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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Taxa de desemprego: São Vicente volta a bater o recorde nacional26 Abril 2013

ECONOMIA

Taxa de desemprego: São Vicente volta a bater o recorde nacional26 Abril 2013

São Vicente é a ilha com a maior taxa de desemprego em Cabo Verde com 28,9 por cento de pessoas sem uma ocupação, de longe superior à média nacional que é de 16,8 por cento. Este número revela ainda um aumento na ordem dos 10,6 por cento em relação a 2011. No outro extremo, está o município dos Mosteiros com uma taxa de desemprego de 1,5 por cento.

Taxa de desemprego: São Vicente volta a bater o recorde nacional

Os dados referem a 2012 e confirmam o que já se sabia. São Vicente volta a bater o recorde em número de desempregados e revela a grande disparidade existente no país em termos de emprego e uma subida considerável, tendo em conta que os dados anteriores colocavam o desemprego na ilha na ordem dos 18 por cento e a média nacional em 12, 2 pontos percentuais.

A Estatística do Emprego e Mercado do Trabalho, revelada esta sexta-feira, 26, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indica ainda que os concelhos de Barlavento são os mais afectados pelo flagelo.

No Paul, a taxa de desemprego atingiu os 24,8 por cento contra os 13,7 por cento do ano transacto. Na Ribeira Grande chegou aos 21 por cento - antes era 15,3 por cento - e no Porto Novo subiu de 12,7 por cento para 19,5 por cento. São Nicolau também apresenta números elevados: 18,8 por cento na Ribeira Brava e 15,8 por cento no município do Tarrafal. Na Praia e na ilha do Sal, existiam, em 2012, 17,2 por cento e 17,7 por cento, respectivamente, de pessoas sem emprego no período em que foi feito o estudo.

Em São Domingos, 16,6 por cento da população em idade activa não trabalha, cenário que se repete na Boa Vista e Ribeira Grande de Santiago, ambos com uma taxa de desemprego de 14,3 por cento. Na ilha Brava 14 por cento da população está desempregada, em Santa Catarina são 13,4 por cento e Santa Cruz são 10,2 por cento.

Com apenas um dígito estão São Lourenço dos Órgãos com 9,4 por cento, Maio com 8,7 por cento, São Filipe com 8,2 por cento, Tarrafal de Santiago com 7,8 por cento, São Salvador do Mundo e Calheta de São Miguel, ambos com três por cento, e Mosteiros com apenas 1,5 por cento de pessoas sem trabalho.

O INE justifica a reduzida taxa de desemprego nos Mosteiros com o facto do município ter como principal actividade a agricultura e quase sempre regista um bom período de “Azáguas”. O estudo revela ainda que o desemprego afecta sobretudo as pessoas que vivem nas cidades (19,1 por cento) do que os que residem no meio rural (12,1 por cento).

Jovens são mais afectados

Por faixa etária, os jovens são claramente os mais afectados. Em São Vicente, existiam 49,7 por cento pessoas desempregadas com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos. Entre os 15 aos 34 anos, o número baixava para 38,3 por cento. Na Praia existiam no ano passado, 42,7 por cento de jovens desempregados na faixa etária 15 e os 44 anos e 27,3 por cento com idades compreendidas entre os 15 e os 35 anos. Por sexo, a ilha do Porto Grande contou 30,7 por cento de Mulheres desempregadas e Praia com 15,5 por cento.

Outro indicador destacado no estudo é a taxa de desemprego por nível de escolaridade. No meio urbano, existiam 13,2 por cento de homens e 5,6 por cento de mulheres sem instrução no desemprego, enquanto que no meio rural este número baixa para 7,2 por cento e 2,8, respectivamente. Entre pessoas apenas com o ensino primário, a taxa de desemprego era de 19 por cento (homens) e 17,7 por cento (mulheres) no meio urbano e 11,2 e 10 por cento no meio rural.

Estes números aumentam entre pessoas com o ensino secundário, atingindo os 24 por cento (homens) e 21,3 por cento (mulheres), nas cidades e 15,8 por cento e 19,1 por cento no campo. Os números de desemprego entre pessoas com o ensino pós-secundário, ao contrário do que se previa, são menores: 12,3 por cento (homens) 22,3 por cento (mulheres) no meio urbano e 20 por cento e 17 por cento, respectivamente, no meio rural.

A maior parte dos desempregados procuram emprego por solicitação directa 82 por cento. 53,3 por cento procura por intermédio de familiares e amigos, 12,4 por cento recorreram aos concursos, 8,6 por cento aos anúncios, 6,3 por cento à Internet e 0.5 por cento por outras vias. De referir que do total dos 360.861 indivíduos residentes no país com 15 ou mais anos, 225.819 são activos, 187.904 são empregados, 37.915 desempregados e 135.041 inactivos.

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