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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

12 locais de visita obrigatória em Óbidos

por admin

Óbidos dispõe de um maravilhoso centro histórico, cercado por muralhas com ameias clássicas, composto por um labirinto de ruas calcetadas e casas caiadas de branco, decoradas com flores assim como brilhantes toques de tinta amarela e azul. Esta charmosa vila atinge o seu esplendor durante a tarde, mas há também inúmeras razões para também pernoitar aqui; pois há um excelente ambiente nos bares medievais, assim como um enorme castelo no alto de uma colina, que se tornou uma das pousadas mais luxuosas de Portugal.

ÓbidosÓbidos

Passear pelo seu enredo de ruas antigas e casas caiadas de branco é uma experiência fabulosa em qualquer época do ano, porém ainda mais especial se visitar durante um dos seus muitos festivais. Visitar Óbidos é como regressar ao passado!

Como Óbidos foi reconquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, em 1148, sofreu uma profunda reconstrução. As suas muralhadas foram reforçadas, as torres reconstruídas e as sublimes casas em branco foram restauradas. A cidade já se encontrava encantadora durante a visita do rei D. Dinis, acompanhado pela sua jovem esposa Isabel de Aragão. De tal forma que durante o seu noivado, a futura rainha recebeu a vila como presente, criando assim a tradição de que as rainhas receberiam cidades como presentes, perpetuando-se até 1833.

ÓbidosÓbidos (Maria Gutiérrez)

A entrada principal da povoação é a Porta da Vila, um portão duplo em derrame com o interior revestido de azulejos do século XVIII, conduzindo directamente à Rua Direita, a rua principal, algo estreita e com uma cortadura pavimentada no seu centro, com uma série de casas brancas em ambos os lados, adornadas com gerânios e buganvílias, sendo ocupadas por lojas de artesanato, restaurantes e galarias de arte.

ÓbidosÓbidos

Passear sob as muralhas proporciona um momento bastante agradável assim como sublimes vistas do seu conjunto. Ao caminhar pelas ruas típicas, irá presenciar o testemunho de civilizações antigas. Desde os cantos dos jardins interiores da antiga Medina à presença do Gótico, passando pelo Renascimento e pelo Barroco, esta vila é uma autêntica obra de arte admiravelmente esculpida, reconstruída ao longo dos séculos e perfeitamente conservada.

fim de semana românticoÓbidos

Este legado material do passado, em conjunto com a variada programação cultural da actualidade, faz de Óbidos um dos destinos turísticos mais atractivos do país, sendo considerado como uma das 7 Maravilhas de Portugal.

A Igreja Matriz de Santa Maria, a Igreja da Misericórdia, a Igreja de São Pedro, o Pelourinho e, fora de muralhas, o Aqueduto e o Santuário do Senhor Jesus da Pedra, de planta redonda, são alguns dos monumentos que justificam uma visita atenta. Assim como o Museu Municipal de Óbidos, onde se encontram as obras de Josefa de Óbidos. Foi, no séc. XVII, uma pintora de referência e uma mulher com uma atitude artística irreverente no seu tempo.

ÓbidosÓbidos

Os seus quadros reflectem a aprendizagem com grandes mestres da época como os espanhóis Zurbarán e Francisco de Herrera, ou os portugueses André Reinoso e Baltazar Gomes Figueira, seu pai. Na gastronomia local, destaca-se a caldeirada de peixe da Lagoa de Óbidos, ainda melhor se acompanhada pelos vinhos da Região Demarcada do Oeste. Outra atracção é a célebre Ginjinha de Óbidos, que se pode apreciar em vários locais, de preferência num copinho de chocolate.

Qualquer altura é boa para visitar Óbidos. Pelas histórias de amor que aí se contam e pelo ambiente medieval, é uma sugestão inspiradora para um fim-de-semana romântico ou simplesmente tranquilo. E se incluir uma noite de alojamento no castelo, então o cenário será perfeito. Nos arredores, deverá ainda visitar o Santuário do Senhor Jesus da Pedra, um curioso templo barroco de planta circular; e a Lagoa. Descubra os melhores locais para visitar em Óbidos!

1. Castelo de Óbidos

O castelo de Óbidos terá sido originariamente edificado pelos árabes, no local que já tinha sido ocupado por lusitanos, romanos e visigodos, e no contexto da expansão do território português e reconquista cristã da Península Ibérica, D. Afonso Henriques tomou este castelo por volta de 1148. No reinado de D. Sancho I, foram executadas obras neste castelo, que resistiu aos ataques e se manteve fiel ao rei D. Sancho II, durante a crise que levaria à sua deposição e subida ao trono de D. Afonso III, esta tomada de posição passaria a fazer parte do seu brasão de armas, «mui nobre e sempre leal».

Castelo de ÓbidosCastelo de Óbidos

Uma particularidade deste castelo é que depois de ter sido entregue pelo rei D. Dinis, como dote, à Rainha Santa Isabel, viria a fazer parte do dote das rainhas seguintes, chegando a ser residência da rainha D. Leonor, esposa de D. João II. D. Manuel I, é responsável por importantes melhoramentos no castelo e na vila, sendo dessa época a reconstrução dos Paços do Alcaide. O Terramoto de 1755 causou muitos danos ao castelo, mas ainda viria a desempenhar a sua função durante as invasões francesas, contribuindo para a derrota do exército francês. Classificado como Monumento Nacional, tem instalada, desde 1951, a Pousada de Óbidos, que ocupa o paço de estilo Manuelino construído no início do século XVI, e recuperado dos danos que sofreu no terramoto de 1755.

2. Igreja de Santa Maria

A elegante Igreja de Santa Maria localiza-se perto da extremidade norte da Rua Direita, na bela cidade murada de Óbidos, Portugal. Esta é a igreja principal da cidade, e ergue-se sobre as fundações de um templo visigótico que posteriormente foi convertido numa mesquita. A construção desta igreja começou no século XII, mas foi restaurada várias vezes ao longo do tempo, e actualmente a maior parte do edifício é de estilo Renascentista. Este templo tornou-se famoso em 1444, quando o rei Afonso V, com apenas 10 anos casou-se com a sua prima Isabel, de 8 anos. No interior, separado em três naves por duas fileiras de colunas dóricas, vale a pena observar o seu maravilhoso tecto pintado e as paredes decoradas com belos azulejos azuis século XVII, pintados à mão com motivos florais.

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Além disso, as paredes estão decoradas com mais de 20 pinturas a óleo de vários autores, entre os quais os de Baltasar Gómez Figueira, e obras de Josefa de Óbidos. À direita do altar exibem-se as obras do famoso pintor do século XVII Josefa de Óbidos; enquanto à esquerda encontrará um sepulcrário, cujo túmulo (século XVI) é de estilo renascentista, e encontra-se coroado por uma Piedade acompanhado pelas Santas Mulheres e Nicodemo resolvidos a enterrar o corpo de Cristo, uma obra extraordinária que é atribuída ao escultor francês Nicolas Chanterene. O altar-mor é decorado com oito telas do século XVII, atribuídos a João da Costa, representando cenas da vida de Maria. Por trás da igreja, onde eram os escritórios da antiga Câmara Municipal, encontra-se o actual Museu Municipal de Óbidos.

3. Santuário do Senhor da Pedra

O Santuário Senhor Jesus da Pedra é um templo localizado fora das muralhas da cidade de Óbidos. Este santuário, concebido pelo arquitecto Capitão Rodrigo Franco, foi construído integralmente em pedra no ano de 1747, em memória de D. João V, sendo actualmente um dos edifícios barrocos mais interessantes em Portugal graças à sua estrutura hexagonal. No altar-mor pode observar-se uma autêntica cruz cristã que antigamente permanecia numa capela adjacente.

Santuário do Senhor da Pedra

Este foi um importante local de peregrinação, e actualmente ainda se celebra anualmente as festividades de 3 de Maio.O seu interior apresenta três capelas: o santuário, dedicado ao Calvário, com uma obra em tela de André Gonçalves; as capelas laterais dedicadas a Nossa Senhora da Conceição; e a Morte de São José, com pinturas realizadas por José da Costa Negreiros. A imagem impressionante pedra em que Cristo foi crucificado pode ser observada na capela-mor; foi preservada numa pequena capela, onde recebeu uma imensa devoção (especialmente pelo rei D. João V) até à inauguração do santuário.

4. Porta da Vila

A Porta da Vila é a entrada principal da cidade de Óbidos. Um portão duplo em derrame com o interior revestido de azulejos do século XVIII, conduzindo directamente à Rua Direita, a rua principal da cidade. Acima desta entrada monumental encontra-se uma inscrição “A Virgem Nossa Senhora foi concebida sem pecado original.”

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Esta porta foi encomendada pelo rei D. João IV, em agradecimento pela protecção do patrono durante a restauração da independência em 1640. No seu interior está a capela de Nossa Senhora da Piedade, padroeira da cidade, com uma varanda barroca e azulejos azuis e brancos, que datam de 1740 a 1750, com motivos alegóricos representando a paixão de Cristo.

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