por Bruno Santos
Almada Negreiros. Óleo sobre tela. Sem título.
Conta-se que vivia no Porto, pelos finais do século XIX, um certo Typo Estranho, como lhe chamavam os jornais da época. Estranho no sentido em que ainda hoje o são alguns tipos que habitam as margens do quotidiano, muitas vezes em solidão voluntária, e que se destacam por terem algumas características peculiares. Às vezes é o modo como vestem, ou a atitude alheada, ou os gestos que não combinam com a coreografia comum das ruas e das pessoas e dos espaços citadinos. Sempre houve esses Typos. Por vezes chegam e partem levando consigo a tragédia que já traziam, ou não, apenas a comédia ou a elevada consciência do momento, que os faz transbordar para um plano paralelo ao mundo comum.
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