por Bruno Santos
O Ministério da Segurança Social propõe-se subsidiar a creche onde os trabalhadores da Autoeuropa possam deixar os seus filhos enquanto trabalham ao fim de semana. Ainda no dia de hoje, a Secretária de Estado da Segurança Social se desdobrou em explicações, num discurso circular e labiríntico, tentando explicar que este tipo de apoio já existe e é prestado a centenas de IPSS. O que a senhora Secretária de Estado não disse claramente, proeza para cuja realização não necessitaria de mais do que duas ou três palavras simples, é que nenhuma dessas creches recebe subsídio do Estado para estar aberta ao Sábado.
Se é já sintoma de uma sociedade em desagregação pujante o facto de haver creches abertas quase vinte e quatro horas por dia, onde as crianças chegam antes de o sol nascer e saem muito depois de ele se pôr, estender esse castigo ao fim de semana transporta-nos para um patamar novo dos maus tratos e da violação evidente de direitos fundamentais consagrados na Convenção Internacional das Nações Unidas sobre os direitos da Criança, que apenas os Estados Unidos, a Somália e o Sudão do Sul não ratificaram.
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