Conclusão
O presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelou, esta quarta-feira, que a carga poluente que afetou o rio Tejo na zona de Abrantes, a 24 de janeiro, teve origem nas descargas da indústria da pasta de papel.
MANTO DE ESPUMA POLUENTE COM UM METRO DE ALTURA NO RIO TEJO
"O que estamos aqui a referir é que, com base nestas análises efetuadas, e na monitorização e acompanhamento efetuados, se confirma que o acumular da carga orgânica nestas localizações do rio, com origem nas indústrias de pasta de papel localizadas a montante, tem um impacto negativo e significativo na qualidade da água no rio Tejo", afirmou Nuno Lacasta.
O dirigente da APA, que falava na sede do organismo, no Zambujal, concelho da Amadora, explicou que a elevada concentração de carga orgânica resultou de uma conjugação de fatores, mas que na próxima semana será avaliada a medida de redução de descargas, determinada pelo Ministério do Ambiente, da fábrica da Celtejo.
Uma espessa camada de espuma branca, com cerca de um metro de altura, foi detetada no dia 24 de janeiro, no leito do rio Tejo, junto ao açude de Abrantes. A denúncia partiu de Arlindo Consolado Marques, do movimento proTEJO, que documentou em vídeo e fotografia o manto de poluição visível na zona.
A Celtejo é uma fábrica de pasta de papel da Altri, grupo cujo CEO é Paulo Fernandes, um dos acionista e presidente do Conselho de Administração do grupo Cofina.
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