Christine Lagarde acredita que a recuperação da economia mundial será "mais forte e melhor repartida" no próximo ano.
Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Lusa31 de dezembro de 2017 às 17:28
"Em 2017, pela primeira vez em muito tempo, revimos as previsões de crescimento mundial. A recuperação será mais forte e melhor repartida", considerou Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI),salientando que este comportamento positivo não envolve apenas os países emergentes.
O FMI definiu que a taxa de crescimento mundial para 2018 será de 3,6%, o que para Lagarde significa um regresso "aos níveis médios das últimas décadas", interrompidos pela crise financeira de 2007 e 2008.
Em entrevista ao "Le Journal du Dimanche", este domingo, 31 de Dezembro, a directora da instituição considerou ainda que a zona euro está "fortemente consolidada" e que a moeda "está bem", sublinhando que a união monetária é "uma criação magistral, que constitui uma alternativa à China e aos Estados Unidos".
No que concerne aos Estados Unidos, Lagarde apontou que o potencial de crescimento atingiu os 2%, valor que só pode ser superado com um aumento da produtividade, algo "difícil" num ambiente marcado pelas novas tecnologias.
Ao mesmo tempo, a representante do FMI referiu que África "tanto pode ser o continente do futuro, como um continente dramático", o que dependerá do controlo da demografia e das políticas de desenvolvimento.
"O desenvolvimento económico face ao crescimento populacional é uma corrida contra o tempo, que será perdida se a demografia não for controlada, o que passa, em primeiro lugar, pela educação das mulheres e pela consciência geral desses países", concluiu.
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