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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Entre as brumas da memória


Posted: 16 Jan 2018 02:26 PM PST

O preconceito faz mal à saúde (Mariana Mortágua)

«Há uma substância capaz de fazer face a sintomas associados a várias doenças graves, entre elas o cancro. Os seus benefícios estão comprovados. Tem efeitos secundários, mas não mais que muitas drogas legais, como antidepressivos ou analgésicos fortes. Quem precisa de aceder à canábis para uso terapêutico, ou quem acompanha a situação, conhece a revolta de saber que há um tratamento mais indicado que, por ignorância e preconceito, não está legalmente disponível. Eu já a senti.

O debate na Assembleia da República foi clarificador. Ninguém nega os benefícios do uso terapêutico da canábis, o que torna frágeis os argumentos contra a legalização. De todas as posições, a mais incompreensível, de tão conservadora, é a do PCP.»

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Carta à República

Posted: 16 Jan 2018 11:52 AM PST

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Lisbon, your pilarete’s town

Posted: 16 Jan 2018 09:28 AM PST

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Assim vão as eleições «democráticas»

Posted: 16 Jan 2018 07:00 AM PST

Banco Mundial admite que manipulou dados sobre o Chile contra o Governo de Bachelet.

Este tipo de factos é já preocupantemente habitual e põe em causa a saúde de eleições em democracia. E ainda por cima:

«O economista-chefe do Banco Mundial disse que os índices de competitividade chilenos serão corrigidos e recalculados. Nos últimos quatro anos, por exemplo, a queda do Chile foi provocada, quase em sua totalidade, pela alteração da metodologia de análise, não por mudanças nas medidas permanentes do ambiente comercial do país. “Com base nas coisas que estávamos medindo antes, as condições comerciais não pioraram no Chile sob a administração de Bachelet”, completou Romer.»

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Não há fatalidades

Posted: 16 Jan 2018 03:37 AM PST

«Quem, por estes dias, se refere à tragédia de Tondela como prova de uma qualquer “maldição” que se abateu sobre a sua população omite que essa "maldição" é a negligência com que o Estado central e local trata funções suas que não considera sensíveis. A segurança do edifício de um clube recreativo no interior do país ou a execução de um ordenamento florestal adequado são matérias que emanam de deveres básicos de um Estado organizado.

PUB Falar em maldição é também, por isso, ignorar a dor das famílias afectadas e a insegurança que se vai instalando quanto à capacidade de resposta das administrações públicas para o que foram feitas e isso é o essencial, não uma fatalidade.

De cada vez que uma tragédia destas acontece, abre-se fogo legítimo sobre a responsabilidade dos líderes políticos nacionais e locais, mas também sobre a história. As décadas de receitas político-económicas que defendem Estados mais magros e menos regulados não geram apenas mais iniciativa privada e menos Estado. Quando este se desliga de certas competências, as delega nos privados ou as extingue e gera indefinições, a (já histórica) cultura laxista do risco encontra um terreno fértil para continuar a desenvolver-se, especialmente pelas franjas do licenciamento e da fiscalização. E no papel de protagonistas podem estar tanto interesses poderosos como amiguismos locais.

O que se passou na associação recreativa de Vila Nova da Rainha é associado, na sua origem, ao voluntarismo, ao desconhecimento, ao desleixo, a portas que abriam para dentro ou estavam trancadas, a materiais altamente inflamáveis, inadequados e de instalação deficiente. Mas essas são mais consequências do que razões. Estas são a forma como o poder local fiscaliza e como continuam por definir as responsabilidades e poderes da Autoridade Nacional de Protecção Civil a delegar nos bombeiros. Porém, perante riscos semelhantes de segurança que começam a evidenciar-se em outras áreas, como em edifícios escolares, os bombeiros não apagarão todos os fogos.

Um exemplo: depois do incêndio da torre Grenfell em Londres, que matou mais de 70 pessoas no verão passado, os bombeiros bem invocaram que os seus poderes legais não teriam nunca chegado para evitar a catástrofe. O problema era dos materiais.

Estes casos vão mostrando ainda uma linha que vai dividindo cidadãos: os de segunda, que são as vítimas, os mais desfavorecidos, os mais vulneráveis, os de menores recursos; e os de primeira, os outros a quem nunca nada disto acontece.»

Lurdes Ferreira

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