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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

João Lourenço dá 1 milhão/mês a cada ministro para saldo da Unitel

Pérola das Acácias

POLÍTICA NACIONAL

Há uma realidade oculta na política social do executivo de João Lourenço. Longe da contenção de gastos que têm sido anunciados, o deputado pela bancada parlamentar da UNITA Victorino Nhany, revela que na prática ainda mantêm-se as mordias para os gestores públicos. O parlamentar cita o caso dos ministros e secretários de Estado que continuam a beneficiar de subsídios milionários. Só para comunicação, denuncia Nhany, cada um dos Ministros e Secretários de Estado, mensalmente, beneficia de um milhão de kwanzas.

“Ao mesmo tempo que diz que combater a corrupção e promover a justiça social, cada ministro, cada secretario de Estado recebe mensalmente cerca de 100 mil UTT´S de saldo da UNITEL”, denuncia Nhany que sublinha que estas unidades traduzidas em valores monetários representam um custo mensal de 1 milhão de kwanzas ao erário público.

“Cada 125 utt´s corresponde a Mil e Duzentos kwanzas. Somando significa que cada auxiliar do poder do titular do poder executivo estará a receber por mês um milhão de kwanzas”, apontou

O político que falava neste fim-de-semana, na localidade da Praia Bebe, no município da Catumbela, num acto político de massas para abertura do presente ano político, falou igualmente do Orçamento Geral do Estado que está em discussão por especialidade na Assembleia Nacional. Para Victorino Nhany o documento está eivado de vícios do passado e não corresponde as necessidades de um país mergulhado em crise económica e financeira.

“Estão a prometer reduzir a importação e aumentar a exportação. Mas um país não pode exportar o que não produz. A prova está nas verbas destinadas para os sectores produtivos. Só agricultura não tem mais 1 porcento”, exemplificou

Olhando para os 52 por cento da proposta do orçamento destinados para o pagamento da divida pública, o deputado da bancada parlamentara do “Galo Negro” volta a falar da necessidade de se auditar os empréstimos para se auferir à sua veracidade.

“Esta divida quando foi contraída pelo presidente cessante não consultou o parlamento. Não pode pagar uma divida em não sabemos o destino dado aos dinheiros recebidos”, vincou o também secretario para assuntos eleitorais junto da presidência da UNITA.

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