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quinta-feira, 8 de março de 2018

3.9 mil milhões de euros em cima de outros 3.9 mil milhões de euros

por j. manuel cordeiro

7.8 mil milhões será o montante injectado no Novo Banco quando o Estado português colocar mais 3.9 mil milhões de euros neste banco para cobrir as imparidades, aos quais se fala de ainda virem a ser precisos outros 400 milhõese para cenas e coisas. Esta injecção de dinheiro resulta do acordo com a Comissão Europeia para capitalizar o buraco Novo Banco, criado com a jura de nenhum português lá precisar de colocar um cêntimo.

É oportuno recordar as palavras do Governador do Banco de Portugal, do ex-primeiro-ministro Passos Coelho e de toda a tropa de comentadores da direita, David Dinis e Raúl Vaz incluídos, que lançaram louvores à decisão ímpar, segundo eles, de o Governador e o Governo de então terem tido a coragem de enfrentar Ricardo Salgado, tese repetida ad nauseum, quando da retirada de Passos Coelho do Parlamento, através da qual os soldadinhos de chumbo procuraram lançar o spin de ainda se estar para ver a dimensão do grande líder tecnoformado.

Mas esta já se vê, com efeito. Aí estão os quase dez mil milhões de euros para pagar uma solução que o Banco de Portugal achava ser a melhor e que obteve a concordância do governo Passos Coelho / Paulo Portas / Assunção Cristas, a tal que assinou de cruz na praia. Mas, como disse recentemente o ex-grande líder laranja, a reforma que ficou por fazer foi a do código do trabalho. Prioridades.

Aproxima-se outro candidato a buraco tapado pelos contribuintes: o Montepio Geral. Abram os olhos, portugueses. Ou então, caso contrário, prepararem-se para abrir a carteira.

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