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segunda-feira, 12 de março de 2018

Congresso do CDS

por vitorcunha

Um congresso partidário a meses-luz de eleições legislativas só é notícia em países patuscos, daqueles em que, além da bola, não se passa nada, nem um concerto da banda de tributo a Phil Collins. Ter reparado que a comunicação social e, muito particularmente, amigos que não são do CDS deram alguma importância ao ocorrido este fim-de-semana em Lamego só é justificável por fastio com intrigas da bola e do festival da canção.

Assunção Cristas, ao que se diz, vestiu roupa para a ocasião. Fluíram alguns discursos entre as pausas da degustação de cabrito e, inevitavelmente, chegou-se ao fim da coisa com mais um partido a afirmar-se o futuro da nação e o bastião do centro (tão pouco concorrido - deve ser nicho de mercado eleitoral). Além da conciliação da ala bruta com a homossexualidade do vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes, momento que permitiu aos toscos uma sensação de profundo bem-estar com a sua magnífica superioridade ultramontana de perdão pós-modernista do pecado alheio, restou do evento o habitual rol de larachas dos comentadores indígenas que trocam um ou outro vaticino por momentos de proximidade com o pentelho do quinto poder.

Que espero eu do CDS? Espero tanto do CDS como do PSD de Rio ou do POUS de Carmelinda: nada. E assim é que está bem.

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