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sábado, 31 de março de 2018

Novidades (e surpresas) da ciência*

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Eduardo Louro

  • 30.03.18

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A notícia é nova, acabadinha de chegar. E surpreendente. Diria mesmo, inacreditável!

Uma bomba: acabou de ser descoberto um novo órgão no corpo humano!

Isso mesmo, quando julgávamos que sabíamos tudo do nosso corpo, que conhecíamos todas as células pelo nome, mesmo as mais remotas e disfarçadas, eis que todo um órgão novo se nos revela.

Mas vamos a ele, sem mais demoras: chama-se interstício – não é bonito, mas deve ter sido o que se pôde arranjar – e, para maior surpresa, é até um dos maiores do corpo humano. Era anteriormente conhecido apenas como um espaço - um espaço entre células – já designado de espaço intersticial (daí o nome ter sido o que se pôde arranjar) ou de “terceiro espaço” – por vir depois do sistema cardiovascular e do linfático – e reveste o tubo digestivo, os pulmões e o sistema urinário. E daí o seu tamanho, como se percebe!

A primeira pergunta parece óbvia: “como é que, sendo tão grande, nunca ninguém tinha dado por ele?

A resposta não é menos surpreendente: porque, à imagem daqueles suportes das mensagens da “missão impossível”, se destrói ... em contacto com as lâminas microscópicas. Só que a diferença, faz mesmo diferença – enquanto o “livro de instruções” da “missão impossível” se destruía depois de fazer o seu papel, o interstício destruía-se antes, sem se dar a conhecer.

Não estava no entanto preparado para resistir às novas técnicas de observação. E acabou surpreendido por novos materiais e equipamentos de investigação, como de surpresa apanhou os cientistas quando deram com uma coisa nunca vista em nenhum manual da anatomia. Como surpreendidos continuamos nós a ser todos os dias!

Ah… Faltava-me dizer que que esta descoberta traz um mundo novo à medicina, especialmente relevante no combate ao cancro. É que, o que a ciência acaba de revelar, é uma espécie de auto-estrada por onde circula 20% do volume de fluido que se movimenta no corpo humano. O que quer dizer que determina fortemente a mobilidade das células metastizadas… Por exemplo.

Boa Páscoa!

* A minha crónica de hoje na Cister FM

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