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sábado, 17 de março de 2018

Sondagem : PS à beira da maioria absoluta, PSD sobe

por estatuadesal

(Mariana Lima Cunha, in Expresso Diário, 16/03/2018)

costa_ri_1Popularidade do Governo continua a subir e António Costa é o único líder partidário cuja popularidade aumenta. A CDU também sobe nas intenções de voto, estando agora a menos de meio ponto do Bloco de Esquerda.


As notícias são boas para os dois lados: no primeiro mês de Rio como presidente oficial do PSD, os sociais-democratas registam a maior subida em termos de intenções de voto de toda a legislatura, ao mesmo tempo que o PS continua a caminhar para a maioria absoluta. Embora se mantenha bem longe do PS, o PSD de Rui Rio sobe 1,5 pontos percentuais, algo que não se verificava desde 2015, e conquista a preferência de 28,4% dos eleitores, segundo indicam os resultados do barómetro da Eurosondagem de março para o Expresso e a SIC.

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A subida do PSD acontece um mês depois do congresso laranja em que Rio foi entronizado líder do partido, um mês recheado de casos do lado dos sociais-democratas. A escolha de Elina Fraga para a direção do partido, a polémica do currículo de Feliciano Barreiras Duarte e as convulsões na bancada do PSD, que elegeu Fernando Negrão como líder com mais votos brancos e nulos do que favoráveis, não parecem ter prejudicado o partido, que desde o início da legislatura tinha subido em quatro ocasiões mas sempre, no máximo, com uma variação positiva de 0,7 pontos percentuais.

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Embora este pico seja novidade para o PSD, isso não significa que o cenário esteja a ficar mais negro para o PS, cada vez mais perto da maioria absoluta. Sem descer do patamar dos 40% há meses, o PS reúne agora 41,5% das preferências dos eleitores e quase soma mais percentagem do que todos os seus adversários juntos. E a reforçar esta tendência, também a popularidade de António Costa sobe – caso único entre os líderes partidários – assim como a do Governo.

Entre os restantes forças políticas, só a CDU consegue subir nas intenções de voto, o que significa também que se instala a menos de meio ponto de distância do Bloco de Esquerda. Para trás fica o CDS, que neste barómetro, com 6,6% das intenções de voto, é a quinta força.

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Apesar de não haver dados que sirvam de comparação, uma vez que só se tornou líder do PSD em janeiro, Rui Rio posiciona-se como o mais popular dos líderes partidários depois de Costa (com 10,3% de aprovação) e é seguido por Assunção Cristas, que desce mas continua a ter uns 7,9% mais favoráveis do que os 3,6% de Jerónimo de Sousa e os 1,4% de Catarina Martins.

Portugueses querem mais pactos de regime

Depois de meses de especulação e de Rui Rio ter finalmente no Congresso do PSD comparado a hipótese de um bloco central a discutir “o sexo dos anjos”, o líder laranja nomeou interlocutores para negociar com o PS e chegar a acordos no que toca à descentralização e aos fundos comunitários. Mas os resultados deste estudo de opinião indicam que, para a maioria dos portugueses (59,4%), os pactos devem ir mais longe.

A prioridade é clara: dos que acreditam que PSD e PS se deveriam entender noutras áreas além das duas já definidas, 41,3% consideram que se deveria seguir um pacto para a Saúde. Depois vem a Justiça (18%), numa altura em que Marcelo pede consensos nesse sector e Rio diz querer uma reforma que inclua até uma revisão constitucional; a Segurança Social (16,7%), uma das prioridades mencionadas também pelo novo PSD no Parlamento; e a Educação (11,5%).


FICHA TÉCNICA

Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem S.A. para o Expresso e SIC, de 8 a 14 de MARÇO de 2018. Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por região: Norte (20,8%) — A.M. do Porto (13,5%); Centro (29,2% — A.M. de Lisboa (26,7%) e Sul (9,8%), num total de 1010 entrevistas validadas. Foram efetuadas 1170 tentativas de entrevistas e 160 (13,7%) não aceitaram colaborar neste estudo. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma resultou, em termos de sexo: feminino — 52%; masculino — 48% e, no que concerne à faixa etária, dos 18 aos 30 anos — 18,2%; dos 31 aos 59 — 50%; com 60 anos ou mais — 31,8%. O erro máximo da amostra é de 3,08%, para um grau de probabilidade de 95%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

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