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quarta-feira, 21 de março de 2018

Um Estado falhado chamado Brasil

21/03/2018

by João Mendes

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O Brasil está cada vez mais violento. Depois do brutal assassinato de Marielle Franco, ontem foi a vez do vereador suplente Paulo Teixeira, também do Rio de Janeiro, ser baleado por gangsters que levam a cabo execuções com uma impunidade que choca e revolta. Gangsters que podem ser simples criminosos ou polícias criminosos ao serviço de padrinhos da máfia, de grandes traficantes de droga ou da elite fascista que controla o dinheiro e as Globos desta vida.

O Brasil caminha a passos largos para se transformar num Estado falhado. Violência e criminalidade terceiro-mundistas, corrupção em níveis estratosféricos, levada a cabo por uma elite política e empresarial que já nem se dá ao trabalho de esconder os seus crimes, uma sequência de governos igualmente corruptos, incapazes de manter a ordem na maior parte do território, parcialmente controlado por traficantes e outros criminosos, que controlam também uma boa parte da elite política e se confundem com a empresarial, e uma série de seitas fanáticas e retrógradas como a IURD, que controlam políticos e lugares-chave da governação, com uma agenda de nova ordem social centrada na interpretação da Bíblia dos gangsters que a lideram. Se tudo lhes correr de feição, chegará o dia em que a sharia destes lunáticos substituirá a lei fundamental do Brasil.

Como se tudo isto não fosse suficiente, o país é hoje governado por Michel Temer, outrora aliado do PT e de Dilma Rousseff, um corrupto consagrado que tresanda a fascismo bolorento e que decidiu colocar o exército nas ruas, quiçá já a preparar os brasileiros para o que aí virá. O Brasil das telenovelas está em vias de extinção, sobrevivendo apenas nos condomínios fechados da pequena elite que controla praticamente todos os recursos do país, e o futuro não augura nada de bom. Não há-de faltar muito tempo até que nem as belas praias e paisagens daquele país deixem de atrair turistas estrangeiros. Ninguém quer ir de férias e voltar estendido num caixão.

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