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sábado, 14 de abril de 2018

Os três estarolas vão à Guerra

Um Bush com um esquilo albino morto na cabeça, um Tony Blair de saias e um Aznar sem bigode e com tiques pós-modernos descobriram armas químicas na Síria e vai daí toca a testar algumas armas novas, que isto da guerra não é para “meninos”.

O Presidente que funga segue os passos do seu antecessor, que cambaleava, e leva dois parceiros para o Tango Sírio. Desta feita o Touro de Rajoy é substituído pelo Galo de Macron. De comum estas três personagens têm os sérios problemas internos com que se debatem e a fragilidade dos seus poderes.

O único pais do planeta que até ao momento usou armas de destruição maciça em larga escala – em Hiroshima e Nagasaki e no Vietnam – junta-se assim  ao país que durante anos conduziu testes de armas nucleares no Sul do Oceano Pacífico, a França, e ao país que desenhou o desastrado Mapa do Médio Oriente, a Inglaterra, para “punir” a Síria por um ataque químico que só os capacetes brancos, leia-se “equipas de televisão da CIA”,  até agora viram.

Estes três países são responsáveis pela guerra na Síria e por 500 mil de mortos e 10 milhões de refugiados mas estão particularmente incomodados com umas putativas 75 vítimas, por “pura sorte” e “feliz coincidência” todas mulheres e crianças, pelos vistos mais susceptíveis aos efeitos da arma química usada por Assad. Não é que Assad seja flor que se cheire, como Hussein não era, Khadafi também não e Mubarak e muito menos o seu vizinho Tunisino Ben Ali não eram. Mas estas ditaduras comparativamente eram “sossegadas”.

Mas é verdade que nos Emiratos, na Arábia Saudita ou no Quatar, ou até mesmo no Kuweit a situação não é melhor que a das ditaduras acima referidas. E não é menos verdade que as Primaveras Árabes se tornaram em Outonos do nosso descontentamento e que entre mortos, refugiados e emigrantes em fuga desta zona do mundo não cessam de aumentar e de abalar a Europa, o Euro e o mundo. O Yemen é mais um exemplo da desastrada intervenção dos velhos aliados, com um enorme rasto de sangue atrás de si e o desaparecimento total do Estado e de qualquer vestígio de instituição que não seja a Guerra.

Estes três países têm serviços secretos especializados em assassinatos selectivos, que recorrem a Drones para eliminar os adversários políticos em países cujos regimes não são do seu especial agrado e têm pouca moral para falar das armas químicas da Síria. Que, de resto, devem estar escondidas ao pé das armas de destruição maciça do Iraque que ainda não apareceram. Tancos, pelos vistos, não é ali.

Percebemos agora melhor a mediatização da fantasia da tentativa de assassinato do ex-espião e da sua filha pelos russos. Era para criar o clima. O vírus, esse, pelos vistos é poliglota.

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