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domingo, 27 de maio de 2018

DE INSUBSTITUIVEIS ESTÁ O INFERNO CHEIO…

por estatuadesal
(Joaquim Vassalo Abreu, 26/05/2018)
joanamarques
No fundo o que acaba por ditar o conteúdo de muitos dos meus escritos são, aparte dos assuntos que preenchem o momento, pequenas frases que leio ou vejo e onde consigo vislumbrar algo que diz respeito ou a um sentimento comum, por vezes, ou a uma tendência, outras vezes.
E hoje e agora, abstraindo-me do Congresso do PS, onde tudo o que for dito já era por mim esperado, dei por mim a ler um “post” do qual infelizmente perdi o rasto (apareceu, li, voltei a procurar e…nicles!) e que dizia, no essencial, que mexer agora na Procuradora Geral da República era provocar o caos e a confusão…Mais ou menos assim…
E eu perguntei-me logo: e substituir o Presidente? E o Primeiro Ministro? E o Líder da Oposição? E o que manda no Tribunal Constitucional? E se algum deles partir para outra ou falecer? Como é?
Pois é, concluo que quem manda são o interesse ou os interesses momentâneos. E o problema é que nunca ninguém se lembra, opinadores, jornalistas encartados, teóricos do momento, porta vozes arregimentados e muitos mais que, estando-se num cargo público, se cumpre uma missão e se interpreta a lei, mas nunca se é dono nem desta mesma lei nem do lugar que se ocupa!


E daí sermos forçados a concluir que um dos grandes défices da nossa Democracia é o da arregimentação de alguém para algum lugar onde é suposto cumprir os ditames de quem pela sua nomeação pugnou! Isto para ser assim a modos que benevolente…
E porque, na verdade, para mim que me considero um ingénuo e ainda estou convencido que quem é eleito ou nomeado para um qualquer cargo, a sua nomeação deriva da sua comprovada competência, do seu curriculum vitae e das suas qualidades de independência e probidade, custa-me acreditar que alguém defenda a continuação de alguém que exerce um cargo porque esta é precisamente acusada de parcialidade ou de inoperância.
Esse simples facto, para além de deixar em muitos a sensação de parcialidade, também convoca a ideia do exercício de um cargo que, alheio a todas as irregularidades (fugas ao segredo de Justiça, escutas indiscriminadas, Ministério Público em roda livre, Imprensa a substituí-lo, e tudo à luz do dia…) procura um desiderato ou a satisfação de alguém. Torna-se num cargo pré-destinado”!
Esta é a minha análise, que felizmente não é só minha, mas uma análise que a maioria dos políticos abjuram, mesmo sabendo ser esta minha análise válida. Não querem é confusões e o que unicamente desejam é nunca virem a ser incomodados por algum desses excrementos da Imprensa e de Jornalismo.
Mas porque raio de razão não pode ou deve ser substituída se todos neste mundo somos substituídos e, acima de tudo e em regra, quem nos substitui se mostra melhor que nós? É o receio da mudança?
No fundo é! Têm medo que as coisas mudem? Que os métodos se alterem? Que a impunidade instituída acabe? E que se faça Justiça, mas uma Justiça sujeita aos ditames presentes nas actuais leis (e se não concordam então mudem-nas…) e não na “vox populi” que promovem e que os albergam de mantêm nos cargos?
Definitivamente não, e um Procurador ou Procuradora Geral da República tem que ser alguém que, ao mesmo tempo que zela pela preservação das suas leis e do seu cumprimento, agindo contra quem, pelos seus actos prejudica a mesma República, seja independente de facções, de credos ou de interesses e plenamente equidistante de quem da sua postura se quer aproveitar.
Por isso, qualquer testemunho de apoio ou renega de quem se opõe, deveria ser liminarmente rejeitado e, não o lapidarmente sendo, carregará em si um sinal de inoperância e de manietação.
Donde: NÃO SERVE!  E, se faz o favor, deslargue, tá?












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