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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Rajoy. “Reconheço que no PP houve corruptos mas o PP não é um partido corrupto”

EM ATUALIZAÇÃO

"A moção de censura é uma manipulação livre de uma sentença." Rajoy já fez uma intervenção durante o debate sobre a moção de censura proposta pelo PSOE ao primeiro-ministro e a tensão subiu.

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OSCAR DEL POZO/AFP/Getty Images

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“Para vocês, sou a origem de todos os males da Pátria.” Foi o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que o afirmou durante a sua intervenção, que fez subir a tensão no debate desta quinta-feira sobre a moção de censura a ele próprio. É, aliás, uma moção que Rajoy considera ser uma “manipulação livre e interessada de uma sentença judicial”.

O Partido Socialista Operário Espanhol apresentou uma moção de censura a Mariano Rajoy depois de conhecida a sentença do caso Gürtel que investiga um esquema de corrupção ligada ao Partido Popular, liderado pelo primeiro-ministro espanhol. Durante a intervenção, Rajoy alertou: “Não existe condenação penal ao Governo de Espanha ou ao PP. Somente responsabilidade civil.”

Aliás, a sentença reconhece que o partido não tinha conhecimento dos factos. Isto é o que a sentença diz. Podem apresentar moções de censura, mas não podem mentir”, disse Rajoy.

O primeiro-ministro espanhol não deixou de reconhecer que “no PP houve corruptos, mas o PP não é um partido corrupto”. Rajoy vê aí a possível razão para os cidadãos continuarem a votar no se partido: “Etalvez seja por isso que os eleitores continuam a dar-nos confiança.”

Líder do PSOE diz que saída de Rajoy é a única resposta para caso Gürtel

O líder do Partido Social Obreiro Espanhol, Pedro Sánchez, advertiu o primeiro-ministro que a “única resposta” que se admite para o caso Gürtel é a sua demissão, sublinhando que há tempos que já o deveria ter feito. O líder do PSOE sugeriu ainda a Rajoy que se demita, se quiser evitar sair do poder através de uma moção de censura.

Demita-se agora e tudo terminará. O seu tempo já acabou. Demita-se e esta moção de censura acabará aqui e agora”, afirmou Sánchez.

Pedro Sánchez afirmou também que nunca antes uma moção de censura, como a que se debate hoje no Congresso espanhol contra Mariano Rajoy, havia sido “tão necessária” como agora para garantir uma “higienização democrática” em Espanha. “A maior irresponsabilidade seria não apresentar uma moção de censura contra quem é merecedor de uma evidente reprovação política desta Câmara”, disse Sánchez.

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