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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Marques Mendes defende a união em torno de uma candidatura no Sporting

Maria Teixeira Alves

Ontem 23:21

O comentador abordou, entre outros temas, a situação do Sporting que ontem destituiu o presidente, e abordou a aprovação do projeto de lei do CDS-PP que elimina o adicional ao ISP, dizendo que é "pura demagogia" porque a Constituição não permite ao parlamento aprovar reduções de receita.

No seu habitual comentário na SIC ao domingo, Luís Marques Mendes, defendeu que “a bem do prestígio do Sporting, que os sócios se unam em torno de uma candidatura”, e que “não se dividam por muitos candidatos”.

Comentando a mediática Assembleia Geral do Sporting que destituiu Bruno de Carvalho de presidente do clube, Marques Mendes não se mostrou surpreendido com o volte-face do presidente destituído do Sporting. “Há imenso tempo que Bruno de Carvalho diz uma coisa e o seu contrário”, realçou o comentador.

“Começou por dizer que abandonava o Facebook, mas voltou ao Facebook, disse que não ia à Assembleia Geral de ontem, acabou a ir à Assembleia Geral. Com a sua presença e o seu voto reconheceu a legitimidade da Assembleia Geral, agora diz que a vai impugnar.Disse que estava desiludido com o clube e candidatar-se nem pensar e agora anuncia que é candidato”, lembrou Marques Mendes.

Todo este comportamento de Bruno de Carvalho é a demonstração “de que não pode mais ser presidente do clube, porque não tem uma coisa chave para uma grande instituição, não tem credibilidade, não é levado a sério”.

O resultado da Assembleia Geral de ontem prova isso mesmo, disse o comentador, pois “este homem já teve votações de 90%, é lhe reconhecido que fez um bom trabalho no Sporting,  nos primeiros anos, e ontem os votos não chegaram aos 30%”.

Bruno de Carvalho “quis ser o dono disto tudo e isso é fatal”, disse Marques Mendes que considera que o presidente destituído do Sporting se “endeusou”.

Em democracia há limites e “Bruno de Carvalho ultrapassou esses limites, e perdeu o bom senso”, rematou.

Diz o comentador que “esta é uma lição para os populistas”.

Bruno de Carvalho não estava à espera daquele resultado tão baixo, disse ainda Marques Mendes, porque, diz, “descolou da realidade”.

A Sporting vai pagar uma factura alta no futuro, antevê o comentador.

O comentador que é adepto do Benfica elogiou a escolha de Sousa Cintra para a presidência da SAD. “Foi um grande presidente do Sporting”, disse.

Marques Mendes sobre Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos: “isto é tudo um exercício de demagogia e leviandade”

O parlamento aprovou o projeto do CDS que prevê o fim do adicional ao Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), com os votos favoráveis do CDS-PP, PSD e PAN, voto contra do PS e a abstenção do PCP, BE e PEV.

O que é que vai acontecer agora? Nada, diz Marques Mendes.

“Isto foi tudo um exercício de loucura, demagogia e leviandade”, disse o comentador desenganando quem esperava que fosse haver uma lei e com isso os combustíveis ficassem mais baratos este ano. “Não vai haver lei para este ano alterar coisa nenhuma”, disse.

Os projetos de resolução não têm força de lei e servem, na maioria das vezes, para fazer recomendações ao Governo, como é este caso. Por isso esta votação não implica a entrada em vigor da lei.

Depois da votação na generalidade, segue-se o trabalho na especialidade, na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, antes de voltar da votação final global no plenário da Assembleia da República.

“O Governo é o maior culpado. Porque há dois anos prometeu que este adicional no imposto sobre os produtos petrolíferos era transitório – que só existia enquanto o preço do petróleo estivesse baixo. O petróleo subiu e o adicional do ISP não baixou. “Passou de transitório a definitivo”. O Governo faltou à palavra.

Os dois partidos de direita CDS e PSD apresentaram uma lei que “é inconstitucional”. A Constituição diz que não é possível aos deputados durante a vigência de um Orçamento apresentar propostas de lei que diminuam receitas ou que aumentem despesas. Logo “esta proposta é inconstitucional”.  Portanto ou não é votada, ou se for o Presidente da República tem de a vetar, ou vai para o Tribunal Constitucional e é chumbada.

“Outra demagogia é do Bloco de Esquerda e do PCP que viabilizaram isto. Apoiaram este adicional no ISP quando aprovaram o OE e agora viabilizam a iniciativa da oposição. Os mesmos que aprovaram o Orçamento, aprovam o contrário do Orçamento. É desleal”, disse Marques Mendes.

“O que é que isto prova? Que estão todos em campanha eleitoral. A demagogia está à solta”, disse.

Marques Mendes abordou também o facto de já no próximo dia 29 (6ª feira) ocorrer a eleição do novo Director-Geral da Organização Internacional das Migrações, um organismo no âmbito das Nações Unidas. Uma eleição com três candidatos, um dos quais é português e é António Vitorino.

“É uma excelente candidatura”, disse.

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