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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Leva essa tralha medíocre contigo, Santana!

08/08/2018 by João Mendes

Fotografia: Luís Barra@Expresso

À terceira é de vez: Pedro Santana Lopes abandonou mesmo o seu partido de sempre, o PPD-PSD, e vai criar um novo partido, cujo nome, expectavelmente, será PPD-qualquer coisa. Isto acontece seis meses após ter declarado o seu amor eterno ao mesmo PPD-PSD, sob o mote “Unir o partido, Ganhar o país“. Estou certo que os seus mais acérrimos apoiantes estão muito orgulhosos da sua decisão, até porque os spin doctors do esgoto passista já decidiram que a decisão é boa.

Sim, estamos na silly season. E se é para ser silly, o momento é agora. Porém, estamos perante um político que se dizia totalmente comprometido com o seu partido de sempre (apesar de ter já ameaçado, por duas vezes, com os papéis do divórcio), e que pediu aos seus companheiros “união” para “ganhar o país”. Durou pouco, a união santanista-passista.

Já agora, será que os passistas que convenceram Santana a ser sua barriga de aluguer se juntarão à debandada? Afinal de contas, eles odeiam a social-democracia, o sector público e o Estado Social, odeiam e não perdem uma oportunidade de fazer a vida negra a Rui Rio e vão, pelo menos os mais rebeldes, perder o lugar elegível para as Legislativas de 2019. Se não estão lá a fazer nada, porque não arriscar a sua sorte junto daquele que escolheram para seu líder, há meio ano atrás?

Simples: porque o partido de Santana será um flop e os carreiristas que quiseram fazer de Santana fantoche do seu laboratório neoliberal sabem que precisam do dinheiro do PSD para regressar a cargos de poder. Porque esses carreiristas, formados na mediocridade das jotas, sabem que, globalmente, não valem um tostão furado. Para não falar nos boys e girls que gravitam em torno destes carreiristas, mentecaptos e inúteis, que precisam dos tachos e avenças que resultarão da chegada dos seus padrinhos aos lugares de poder. E sem PSD não há cargos de poder, tachos, avenças ou negócios ilegais com empresas de publicidade. E os tipos têm que viver de alguma coisa, não é?

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