por estatuadesal
(Joseph Praetorius, 12/11/2018)
Joseph Praetorius
Hariou (não é a primeira vez que o sublinho) formulou a concepção de administração pública comum a Petain, Salazar e Franco.
Essa concepção ainda hoje é a que vigora em Portugal.Somos portanto uma democracia parlamentar com uma administração pública salazarista, mas com uma judicatura salazarista, também. E de um salazarismo de critérios perdidos.
No tempo de Salazar não se faziam buscas domiciliárias à noite, nem detenções à noite. Hoje sim. Ainda há pouco vim de uma dessas com os alarves enlevados com o poder de sobressaltar uma família à hora de jantar, de interromper a decoração da árvore de Natal, de espavorirem o gato da casa com a entrada do cão rastreador (bicho simpático, por acaso, mas o gato não sabia). E os alarves a medirem-se com os da casa... Contentíssimos.
E o tribunal é incompetente, a Direcção do MP (DIAP) é incompetentee a GNR não tem competência para fazer diligências destas em Lisboa e na matéria em causa. É de Terrorismo que se trata. E o pobre terrorista seria, imaginem, o Bruno de Carvalho. Mas era Domingo à noite... Nem a PIDE invadia casas Domingo à noite.
Nada há que possa temer-se na extrema direita que não esteja já, no essencial, em livre curso. E a perversão veio por ali. Pela Administração Pública e pela judicatura e as faculdades de direito.
São nacional-católicos, embora uns paneleirões (como boa parte do clero da ICAR, aliás, nisso seguidos por alguns excelentes católicos oficiais ) digo paneleirões, porque ser homossexual será talvez outra coisa. (Há mesmo uma "ala liberal" que é o PS da Casa Pia, cujas caras Sócrates decidiu ocultar com bons motivos).
São nacional-católicos, embora cornos mansos (para usar as expressões da matriz deles)... E são, por tudo, mais do que alguma vez foram, inimigos da liberdade, da dignidade e da felicidade dos outros.
É um enorme problema, isto.
E a solução não é jurídica. (Embora, evidentemente, o Direito tenha aqui várias coisas a dizer, coisas que estou incumbido de enunciar e naturalmente enunciarei)... A solução, todavia, a propriamente dita, é completamente outra.
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