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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

POSSO FALAR?

  por estatuadesal

Virgínia da Silva Veiga, 20/11/2018)

sporting

(Já nem sei o que diga sobre a nossa Justiça. E nem sei o que mais me atordoou. Se mais uma violenta quebra do segredo de Justiça, se o modo grosseiro, autoritário e prepotente usado pela procuradora durante o interrogatório ao arguido.

A vergonha continua, o Estado de Direito está cada vez mais enlamedo com tais servidores.

Comentário da Estátua, 21/11/2018)


Penso que a procuradora que conduziu este ... como lhe chamar? este episódio se chama Cândida Vilar.

No clip sonoro (AQUI), a que mais uma vez um órgão de comunicação teve acesso, não se compreende como, consegue ouvir-se o que, em boa justiça, deveria levar à anulação de todo o processo, se assim pudesse ser e, não podendo, ao arquivamento dos autos. Vilar, em lugar de fazer perguntas dá respostas, mostra-se, não em busca da verdade, mas a tentar impor a sua, a todo o custo.

Para ela, interessa, não que o arguido fale e fale verdade, mas, que ela própria fale e vocifere a sua pessoal fixação num pré- julgamento quando, pelas funções que exerce, não tem sequer direito a julgamento nenhum.

Além de trocar palavras, num atropelo linguístico sobre si própria que, só por si, atemorizaria qualquer arguido, tal o parco nível intelectual, a procuradora do Ministério Publico de Lisboa, nunca quis ouvir o que podia ser uma revelação importantíssima: a antecipação do treino fora decisão de Jorge Jesus e o mesmo sabia que a claque iria estar presente.É o que sobressai nos monossílabos que admite ao arguido.

Vilar não quis ouvir. Embirrou e, do princípio ao fim, conduziu aquilo que devia ser uma investigação, no sentido do que dava jeito à sua própria pessoa, como se as funções que ocupa fossem a própria verdade sem necessidade de ouvir mais ninguém que não quem interroga.

Não admira que tenha mandado prender Bruno. não admira que o tenha mandado fazer a um Domingo. Não admira nada porque isto não é Justiça. Era nada se não fosse um escândalo e uma vergonha nacionais.

Isto não é um interrogatório a menos que o ministério público ache que eram interrogatórios os que os agentes da PIDE faziam e só nas salas de tortura.

E volta que isto vem a lume num órgão de comunicação a quem Marques Vidal nunca levantou qualquer processo.

Avisei sempre que o caso Sporting e Bruno de Carvalho não devia ser visto nem num, nem noutro desses dois ângulos opostos. Era mais um caso de Justiça em Portugal. Nunca imaginei que o fosse a este ponto.

Pessoalmente, sempre achei que na possível versão deste arguido estava a verdade sobre o caso. Não foi investigada.

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