- França: a situação é mais grave do que parece
- Dica (828)
- Mr. Centeno, I presume
- A discussão inexistente
França: a situação é mais grave do que parece
Posted: 20 Nov 2018 01:30 PM PST
Ministro francês denuncia "radicalização" de protesto dos "coletes amarelos".
Leitura importante: «Gilets jaunes», un peuple qui vient?
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Posted: 20 Nov 2018 11:15 AM PST
¿Hacia dónde va Europa? (Jürgen Habermas)
«En definitiva, si me preguntan, no como ciudadano sino como observador académico, cuál es mi valoración general, reconozco que no veo muchas señales que permitan ser optimistas. Por supuesto, los intereses económicos son tan evidentes y tan poderosos —a pesar del Brexit— que parece poco probable que la eurozona se venga abajo. Y ahí está implícita la respuesta a mi segunda pregunta: por qué se mantiene la eurozona. Incluso para los defensores de un euro del norte, los peligros que entrañaría la separación del sur son incalculables. Y en cuanto a la posibilidad de separación de un Estado del sur, acabamos de ver el caso del Gobierno italiano actual, que, pese a sus ruidosas e inequívocas declaraciones durante la campaña electoral, se ha apresurado a ceder, porque una de las consecuencias visibles de marcharse sería encontrarse con una deuda insostenible. Claro que eso tampoco es muy alentador. Asumámoslo: si persiste la aparente relación entre el distanciamiento económico de los miembros de la eurozona y el fortalecimiento del populismo de extrema derecha, nos encontraremos en una trampa que podrá erosionar todavía más las condiciones sociales y culturales necesarias para la existencia de una democracia vital y segura. Esta no es más que una hipótesis pesimista, desde luego. Pero la experiencia y el sentido común nos dicen que el proceso de integración europea está en una deriva peligrosa. El punto en el que no hay vuelta atrás no se ve hasta que es demasiado tarde.»
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Posted: 20 Nov 2018 06:29 AM PST
Marisa avisa Centeno: Não pode justificar-se tudo para a presidência do Eurogrupo.
«Eu devo confessar-lhe que, por isso mesmo, foi para mim tão desconcertante vê-lo gravar um vídeo em que celebrou a devastação económica que foi imposta à Grécia, uma devastação, aliás, que a maioria parlamentar que o apoia recusou. E é por isso também que para mim é desconcertante vê-lo encabeçar as ameaças a um Governo, que por muito pouco que gostemos dele, foi eleito pelos italianos. E que, com essas ameaças, como estamos a ver, só vai saindo cada vez mais reforçado.»
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Posted: 20 Nov 2018 03:35 AM PST
«Há uma história antiga que tem muito que ver com a situação portuguesa actual. Quando George Bernard Shaw, dramaturgo e prémio Nobel da Literatura, falava de arte a um empresário teatral este falava-lhe de dinheiro, e quando Shaw falava de dinheiro aquele falava-lhe de arte. A dúvida metódica portuguesa actual confunde-se com dívida. Quando António Costa fala de touradas fala de dinheiro e quando Manuel Alegre fala de corridas de touros esquece-se do dinheiro. No fundo, o alarido nacional à volta de o IVA das touradas ser de 6% ou 13% não tem que ver com a discussão séria que poderia haver: devem, ou não, existir touradas? Mas, como sempre, em Portugal mistura-se tudo para que, depois, não se tome uma decisão sobre nada. Dela vai sobrar apenas Manuel Alegre, a "voz moral" que sempre conviveu com o "status quo" partidário quando lhe convinha. Nada mais. Discute-se touradas como se fosse uma questão de "civilização" ou de "liberdade", mas evita-se fazer a definitiva pega de cernelha: que política de cultura se quer para Portugal? Que estratégia deve ser seguida? E como é que ela pode e deve ser paga?
Não há, como se sabe, uma ideia de política cultural para o país. Exceptuando alguns "árbitros do gosto" que por aí cirandaram, a evocação da cultura serviu apenas, durante décadas, para a classe política pendurar na lapela nomes que lhes davam "credibilidade" antes das eleições. Nunca a cultura foi considerada como um pilar estratégico da nação. Pensa-se nos monumentos em momentos de turismo sedento, mas fora dessas eras de excitação, ficam a apodrecer (basta ir ao Palácio da Ajuda, sede do Ministério da Cultura, para ver como o património é tratado no país). Fala-se de estratégia audiovisual, mas é tudo para inglês ver. A sorte é haver criadores e artistas que são uma espécie de aldeias de Astérix num país que despreza a cultura, a sua história e a sua memória. Não se discute cultura: grita-se por causa das touradas e, brevemente, do tiro aos pombos. Enquanto isso o país torna-se analfabeto. E fica feliz com isso.»
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