por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 09/11/2018)
Não sei o que mais incómoda, se a indignação por ver um deputado a ganhar uns cobres de forma indevida ou a vergonha de ter um representante que recorre a truques, digamos de um bordel, parta ganhar mais uns trocos.
Como se tudo isto fosse pouco ainda temos um deputado que, de dia para dia, arranja novas desculpas e um dirigente que nos quis baptizar num banho de ética, armado em parolo a dar respostas em alemão.
O cargo de secretário-geral não é assim tão importante no PSD, está entre a secretária pessoal do líder e o mestre de cerimónias na sede do partido. Ainda assim, e apesar de ser modesto, ao longo dos anos este cargo foi desempenhado por gente com alguma qualidade e merecia mais cuidado por parte do PSD.
Convenhamos que, ter um secretário-geral que rouba fruta na casa do vizinho, não é uma boa ideia. Compreende-se que o senhor precise de ajeitar o ordenado, que uma deslocação para Lisboa tem custos, que provavelmente não são devidamente cobertos pelo que recebe no parlamento. Ma quem não quer ser urso não lhe veste a pele e se José Silvano acha que o cargo não tem compensação financeiramente então que volte para a terra.
É bom lembrar que, na sua primeira intervenção, o agora secretário-geral do PSD declarou que não temia ninguém e como garantia de qualidade invocou a sua condição de transmontano, como se o ser desta ou daquela região lhe conferisse qualidades, raras noutras regiões. Bem, se não se importa de envergonhar o PSD talvez não fosse má ideia pedir desculpa aos seus conterrâneos.
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