Translate

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

D. Cristas – Da política à arruaça

  por estatuadesal

(Carlos Esperança, 19/12/2018)

cristas_arruaça

A Dr.ª Cristas esqueceu-se rapidamente do governo onde votou a resolução do BES a pedido de uma amiga, sem saber do que se tratava, da defesa dos eucaliptos que julgava as árvores mais adequadas à prevenção dos incêndios, do dinheiro dos submarinos que entrou nas contas do CDS, e das malfeitorias que assinava a mando de Portas, por quem nutria uma inabalável sedução política.

Do governo que integrou, trouxe a paixão do fado e das touradas, com o secreto desejo de fazer do CDS um grande partido e suceder a António Costa. Aproveitando a luta que se trava no interior do PSD, onde a honestidade de Rui Rio representa um risco para os negócios de grupos organizados em torno de Passos Coelho, e a indecisão dos donos da comunicação social sobre quem vai liderar a direita, aparece em todos os noticiários, na TV e na Rádio, nos jornais e nas redes sociais, com um destaque que rivaliza com o do Dr. Marta Soares e da bastonária dos Enfermeiros.

Abençoada oposição onde as exigências não seriam para cumprir, se acaso fosse poder, onde deixou de haver constrangimentos orçamentais e, à falta de um programa e de um projeto, se pede a cabeça de um ministro em cada acidente, a ida de outro à AR por cada caso judicial e se responsabiliza o governo pela estrada que rui, o elétrico que descarrila, o eucaliptal que arde, e a cabeça do primeiro-ministro por cada desgraça que nos atinge.

Não primando pelas boas maneiras desata a berrar insultos, chama mentiroso ao PM e, a cada oportunidade, sem medo do ridículo, repete que o Estado, leia-se Governo, falhou.

Até o PR, na pungência de um enterro, desabafa que “o Estado falhou. Se…”, como se a queda trágica de um helicóptero do INEM fosse culpa do PM.

Não fora o medo do radicalismo da direita, que anda aí a dominar a comunicação social e as redes sociais, já Marcelo a teria abraçado e osculado.

Esta direita prefere destruir o país a esperar pelo poder, e é isso que Marcelo teme.

Que não seja a esquerda, nos excessos reivindicativos que nenhum OE pode satisfazer, a devolver-lhe o regresso na bandeja eleitoral.

Sem comentários:

Enviar um comentário