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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Entre as brumas da memória


Trump desvaloriza ataques aos direitos humanos na Coreia do Norte: “Kim é um tipo duro”

Posted: 14 Jun 2018 01:51 PM PDT

«“Quando tomas conta de um país duro, com uma população difícil, e herdas isso do pai, não quero saber quem és, que privilégios tiveste - há uma em cada dez mil pessoas que conseguiriam atingir o mesmo aos 27 de idade." É esta a caracterização que Donald Trump, Presidente dos Estados, faz de Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte com quem se encontrou na terça-feira, em Singapura, para discutir o fim do arsenal nuclear do regime. E foi assim que tentou desviar a pressão de Bret Baier, jornalista da FOX News, que lhe perguntou insistentemente porque é que tinha escolhido não abordar os abusos cometidos pelo regime norte-coreano contra os direitos humanos quando se encontrou com Kim. A esta análise acrescentou que Kim é "um tipo muito inteligente", "um grande negociador" e que os dois se irão "entender muito bem".

Vários ativistas e também numerosas vozes dissidentes norte-coreanas a residir em outras partes do mundo, mostraram a sua indignação face à ausência de qualquer referência aos abusos cometidos por Kim e pelos seus subordinados no exército e nos serviços de informações contra milhões de norte-coreanos.

Num vídeo gravado para o diário norte-americano "The New York Times", Yeonmi Park, que fugiu da Coreia do Norte aos 13 anos, fala das torturas cometidas pelo regime e pergunta a Donald Trump: "Senhor Presidente, encontrar-se-ia com o Hitler?".

Os números da ONU sobre a situação humanitária no país não oferecem muito espaço de manobra a Kim mas Trump deu-lhe um pouco mais, dizem os responsáveis da Human Rights Watch na Ásia. Segundo a ONU, duas em cada cinco pessoas estão malnutridas na Coreia do Norte, e cerca de 120 mil estão presas por motivos políticos em instituições onde os abusos aos seus direitos são constantes e muito violentos: abusos sexuais, execuções públicas, tortura física, trabalho forçado e refeições insuficientes são alguns dos exemplos explícitos no último grande relatório da ONU, com data de 2015.

Donald Trump foi e veio a Singapura, apertou a mão a Kim Jong-un, convidou-o para visitar a Casa Branca, apesar de o líder norte-coreano se encontrar numa lista negra de pessoas que não estão autorizadas a entrar nos Estados Unidos, e várias vozes, incluindo aquelas do seu campo político se têm mostrado bastante críticas com a complacência de Trump. Um exemplo das fissuras a nascer no próprio partido foi a cobertura feita pelo George W. Bush Presidential Centre, um instituto de análise política, museu e instituição de solidariedade social estabelecido pelo ex-Presidente republicano, que durante toda a conferência focou a sua atenção na questão dos direitos humanos. Como seria de esperar, os Democratas foram menos contidos e acorreram ao Twitter em avalanche para criticar Trump. Chris Murphy, senador democrata do Connecticut escreveu: "Os gulags do Kim, as execuções públicas, a fome premeditada legitimadas no palco do mundo. Que raio é isto?"

Pressionado ainda mais uma vez pelo entrevistador da FOX sobre as "coisas muito más que o regime [norte-coreano] faz", Trump respondeu que, sim, que isso é verdade mas que "muitas outras pessoas fizeram coisas" e que "é possível fazer uma lista de várias nações que fizeram coisas más". Num comentário pouco depois de terminada a conferência, Christopher Green, analista especialista em assuntos das duas Coreias do Crisis Group falou com o Expresso e, não dando razão a Trump, disse não estar surpreendido com esta omissão porque se Trump falasse da questão da abertura do regime poderia perder para sempre a linha de contacto com o regime e anular qualquer possibilidade futura de diálogo para esse fim.»

Mafalda Ganhão, no Expresso diário, 14.06.2018

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José Mário Branco: como o compreendo…

Posted: 14 Jun 2018 11:11 AM PDT

Daqui.
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Vistos Gold? Não, obrigada

Posted: 14 Jun 2018 08:04 AM PDT

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Trump: da idiotice pura e dura

Posted: 14 Jun 2018 06:59 AM PDT

Make North Korea Great Again?
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O Mundial do Goldman Sachs

Posted: 14 Jun 2018 03:08 AM PDT

«Como todos os mais famosos treinadores de bancada, o Goldman Sachs também achou importante dar o seu prognóstico sobre o Mundial de futebol. Fez uma milhão de simulações para todas as equipas presentes no torneio e chegou a algumas conclusões extraordinárias. Foi um esforço inglório. O polvo Paul, que adivinhava os resultados do Mundial de 2010, só precisava de duas caixas. O banco fica claramente a perder. Mas, mesmo assim, partilha connosco a ideia de que o Brasil vencerá a Alemanha na final e será campeão. Portugal chegará às meias-finais, vencendo nos quartos-de-final a Argentina. Ficamos aliviados. Vivemos, nas vésperas do início do Mundial, um período de euforia. É um sinal dos tempos: Portugal está imerso no seu esplendoroso passado (ser campeão europeu) sem reconhecer a realidade de hoje. E nada condiciona mais uma selecção do que isso. Há dois anos, Portugal, seguindo a engenharia conservadora de Fernando Santos, vivia de uma defesa muito sólida e da vontade genial de Cristiano Ronaldo. Ele resolvia. Foi assim, entre este esquema rígido e a sorte, que Portugal venceu.

Dois anos depois, Portugal está diferente. Ronaldo já não é super-homem e não resolve tudo. E a defesa já não tem a frescura de então. A chegada de médios criativos de grande qualidade (Bernardo Silva, Gelson, Bruno Fernandes, Gonçalo Guedes) implica que a curto prazo, com o eclipse de Ronaldo, o estilo da selecção terá de se adaptar. Ou seja, estamos perante um outro conceito estético. Neste Mundial, Portugal ainda jogará dividido entre estas duas culturas tácticas. Mas há uma satisfação: se o futebol permite o orgulho, a satisfação com as coisas bem-feitas e a comunhão de valores, hoje a selecção já não vive só de vitórias morais. Geralmente os portugueses choravam a derrota como se ela tivesse sido uma vitória. Havia sempre desculpas. Havia sempre o fado. Havia sempre a sorte arredia. Hoje há uma outra cultura, mesmo com um Fernando Santos avesso ao risco. Este é o fim de um ciclo. E o início de outro.»

Fernando Sobral

“Não consegui proteger a minha filha. Agora não há nada”. Os sobreviventes de Pedrógão um ano depois


14 Junho 2018
Miguel Santos Carrapatoso
João Porfírio
Gina Antunes perdeu a filha e a mãe no fogo: "Aquela imagem está sempre na minha cabeça. Para mim, todos os dias são 17 de junho, aquele malvado dia que nunca devia ter acontecido".
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Gina, Manuel, Cacilda, Maria e Alzira. Cinco sobreviventes de Pedrógão Grande, um ano depois da tragédia. Cinco formas de lidar com o luto. Negação. Raiva. Medo. Depressão. Aceitação?

A negação. “Hoje, vou aos cemitérios e penso que elas não estão lá”

A porta abre-se e revela o amplo e fresco salão que serve de piso inferior à moradia de dois andares. O impacto é imediato. É impossível não reparar naqueles olhos azuis-claros que espreitam em cada retrato. Lá ao fundo, junto à parede, as luzes brancas do altar improvisado compõem o resto do cenário. Está decorado com peluches, bonecas e um carrinho de bebé em tons de rosa. Eram os brinquedos de Bianca, a criança de quatro anos que morreu quando o carro em que seguia com a avó, a mãe e o irmão foi engolido pelas chamas. Passou um ano desde os incêndios de Pedrógão Grande.

O VERÃO QUENTE DE ALVALADE

por estatuadesal

(In Blog O Jumento, 14/06/2018)

leões

(Escrever sobre o Sporting sem ser acusado de "benfiquismo" ou "portismo", "brunismo" ou "martismo" é um difícil número circence no momento actual.

Como acho que este texto consegue isso, aqui o deixo.

A Estátua não pode ficar à margem de um tema tão candente que ofusca todas as notícias e todos os restantes acontecimntos que vão ocorrendo no país e no mundo.

Comentário da Estátua, 14/06/2018)


Sem incêndios ou assaltos a quartéis, com a oposição a aproveitar o clima para prolongar o estado de hibernação, João Pereira Coutinho achou que do alto do seu brilhantismo devia dar uma ideia à oposição, uma nova frente de batalha, agora que a pediatria do Santo António já deu o que tinha a dar. Este ideólogo da direita teve a brilhante ideia de sugerir que o governo devia ser criticado por não intervir na situação do Sporting.

A ideia era boa; seguindo o velho ditado popular o ideólogo sugere que o governo meta a colher num caso de marido e mulher. Se tomasse partido pelo Bruno ficava com o ódio dos do Marta, se apoiasse o Marta tinha de aturar o Facebook do Bruno, se entrasse armado em Herodes tinha de enfrentar os dois. O homem não só não explicou como e porquê deveria intervir, como deve ter-se esquecido de que Portugal é um Estado de direito e que nenhum governo se pode meter num caso que serão só tribunais a resolver.

O que quer o brilhante Coutinho? Que o governo reinstalasse o COPCON e neste verão quente da 2.ª Circular mandasse uma coluna militar a Alvalade para meter um tenente no lugar do Bruno de Carvalho e depois chamasse o Marta para adjunto? Ou que as providências cautelares, em vez de serem dirigidas ao Supremo Tribunal Administrativo, dessem entrada na secretaria de Estado da Juventude e Desportos?

A situação do SCP parece ser cada vez mais complexa e embrulhada em questões jurídicas que só conseguirão ser desembrulhadas nos tribunais. A única forma de intervir do governo seria envolver-se numa luta pelo poder que não lhe cabe apreciar ou decidir ou, pior ainda, retirar ao clube o estatuto de utilidade pública, o que seria um golpe quase fatal. Provavelmente seria este o desejo de Coutinho, numa lógica em que transformaria um problema de estatutos de um clube num problema nacional. Enfim, esperteza saloia.

Infelizmente, para o SCP, a luta pelo poder entre Bruno de Carvalho e a oposição à sua liderança é o equivalente a uma guerra civil, um tipo de guerra onde o nível de destruição é por vezes levado ao absurdo. Neste momento já nenhuma das fações está preocupada com o que se destrói, convencida de que essa destruição é um custo que se justifica se estiver em causa a derrota do adversário.

Neste estado de coisas a que a situação chegou já ninguém exterior ao SCP, exceto os tribunais pode intervir, nem o Governo, nem a Federação, nem a Liga de Clubes. Parece que se perdeu o bom senso e o clube caminha para a destruição, restando esperar que tal não aconteça e que as consequências se fiquem pela solução de poder. Se algo de mais grave suceder, esperemos que o MP responsabilize os responsáveis pelas situações de violência que podem ocorrer, porque depois dos vexames e ataques públicos dos jogadores já se lêem apelos aos sócios contra outros sócios.

NA PROA DOS MOLICEIROS, CARAGO!

por estatuadesal

(José Gabriel, 14/06/2018)

moliceiro

"Universidade de Aveiro anuncia estágios com salários de 120 euros para licenciados"- lê-se no Jornal de Negócios. (Ver notícia aqui ).

Perante isto, o nosso primeiro impulso - que, a bem dizer, costuma ser o certo - é dar um murro na mesa, em a havendo - somos pela paz - e gritar: cambada de crápulas! - notem, apesar de tudo, a contenção. Depois, pensamos bem e a coisa merece uma análise mais fina.

Ora, sabendo nós que a palavra "salário" tem a sua origem no latim "salarium" , o soldo, pagamento do soldado que era feito em sal, logo nos apercebemos de que a iniciativa da Universidade de Aveiro é uma aposta na economia local, já que todos conhecemos a importância da produção do sal nesta região.

São, pois, só vantagens. Excepto para os contratados, claro, mas esses vão tornar-se, por esta via, funcionários públicos os quais são, asseguram-nos quase todos os comentadores televisivos, um bando inúteis com demasiados privilégios.

Deste modo, não só se aproveitam os recursos locais como, por esse facto, se dá força ao movimento municipalizador com que o nosso governo quer livrar-se de problemas, entregando a sua resolução aos poderes locais que, no caso de Aveiro, são de uma formosura democrática e de uma tradição progressista da qual já muitos de nós tivemos explosiva - literalmente - experiência.

E mais: levando às últimas consequências a etimologia deste pagamento, a vida dos contratados não apresenta grande esperança, uma vez que bem sabemos do efeito do consumo de sal nas doenças cardiovasculares, dando assim novo sentido à ideia de contrato a prazo.

Como se vê, a Universidade da chamada - por um pobre de espírito, é verdade - "Veneza de Portugal", rasga novos caminhos para a Nação. Desta vez não são caravelas, são barcos moliceiros de passear turistas, mas é o que se arranja com a boa vontade local.

Elevado por este espírito inovador, eu próprio proponho para a dita Universidade um novo hino académico:

"Sapore di sale
Sapore di mare
Un gusto un po' amaro
Di cose perdute
Di cose lasciate
Lontano da noi
Dove il mondo è diverso
Diverso da qui"

O Falso “Sozialstaat” Alemão

por estatuadesal

(Dieter Dellinger, 13/06/2018)

ingrid

As Contas da Viúva Alemã Frau Ingrid Millgram de 84 anos de idade condenada por juízes mais do tipo Nazi SS que Humano:

Receitas:
Euros
423,52 - pensão de viuvez
302,18 - pensão de velhice
51,00 - subsídio de renda de casa
----------
776,70 - Total

Despesas:
506,00 - renda da casa + aquecimento social
24,00 - eletricidade social
40,00 - telefone
4,50 - Associação de inquilinos
13,12 - televisão e rádio
5,12 - revista Hör Zu
8,31 - serviço nacional de saúde alemão pago por reformados
15,00 - medicamentos, parte paga pelo paciente
8,10 - taxa do banco para ter conta e cartão
80,00 - prestação de custas judiciais e condenação por roubar comida
-----------
704,15

Ficam-lhe 72,55 para comer todo o mês, pois comprar roupa ou produtos de higiene não chega.

Os 80 euros que os nazis dos tribunais lhe roubam mensalmente davam para ter uma quantia de 152,55 com a qual podia comer a comida barata alemã, pão, salsichas e chucrute.

O juiz " NAZI SS" condenou a uma pesada multa e custas judiciais por ter roubado comida no valor de 84,65 Euros que foi fundamentalmente 500 g de carne e esteve presa por isso durante 55 dias e 15 horas durante os quais perdeu 10 kg de peso devido à abundante comida prisional alemã. A gigantesca cadeia de supermercados alemã não perdoou a pequena dívida do roubo nem a queixa em tribunal no qual não pôde utilizar advogado por não ter dinheiro.

Esta senhora que viveu melhores dias e é culta e educada faz parte dos 2,9 milhões de reformados/as idosos da riquíssima Alemanha que vivem na mais profunda pobreza.

Estes dados foram tirados da página 53 da revista "Der Spiegel" do dia 9.6.2018. Claro, menos o termo nazismo que é da minha autoria, mas merecido a quem não tem piedade de uma pobre idosa de 84 anos de idade e muitas mais.

Na Justiça alemã ficou a cultura de um certo "Nazismo Impiedoso" e uma Ingrid de 84 anos recebe muito menos que qualquer refugiado.

O falecido marido tinha um negócio de produtos agroalimentares e quando se reformou colocou uma avultada quantia em fundos de bancos americanos que faliram completamente sem que o Estado americano tivesse indemnizado, deixando o casal na pobreza e apenas com alguns móveis bons e vestidos que a pobre vai usando até se gastarem completamente.

Sucedeu à Ingrid aquilo que muitos portugueses desejam aos seus compatriotas que perderam as suas poupanças roubadas pelo cavaquistas do BPN e pelo Salgado Espírito Santo e que não foram condenados. Em Portugal também uma Ingrid de 84 anos apanhada a roubar comida num supermercado era capaz de levar mais de 55 dias de prisão.

Isto mostra que o social na Alemanha e até na Escandinávia e outros países da Europa tende a desaparecer. Fica apenas a extrema MISÉRIA.

Foto: Ingrid Millgram à porta da prisão. A Alemanha é um dos poucos países do Mundo que prende por quase nada uma pessoa de 84 anos de idade que já sofreu um ataque de coração e padece de algumas doenças. Em Portugal poderia ser condenada a pena suspensa, algo que a justiça sádica alemã não gosta de utilizar. Apesar da sua idade, Ingrid é ainda uma senhora interessante, dizem as televisões alemãs, nas quais ela tornou-se uma heroína para grande vergonha da magistratura alemã. À saída da prisão tinha muita gente a oferecer-lhe dinheiro e nenhum juiz a pedir desculpa por esse atentado à condição humana, algo que historicamente foi sempre desconhecido dos alemães.

Portugal, um paraíso para mafiosos e criminosos de colarinho branco

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

Fotografia: Paulo Sprangler/Global Imagens@Jornal de Notícias

Em 2014, Duarte Lima foi condenado a 10 anos de prisão, por crimes de burla e de branqueamento de capitais, relacionados com o BPN. Desde então, entre simpáticas prisões domiciliárias, onde pôde alegremente desfrutar dos frutos dos seus crimes, e sucessivos recursos, Duarte Lima continua, na prática, livre como um passarinho. E não é o único ladrão do bloco central nestas condições.

Portugal é um paraíso para criminosos de colarinho branco. Não admira que os vistos gold tenham feito tanto sucesso entre oligarcas chineses e russos, entre outros mafiosos.

António Costa nos EUA: “Somos um país com boas infraestruturas e população jovem fluente em inglês”

Jornal Económico com Lusa

07:48

O primeiro-ministro salientou esta quinta-feira, perante alguns dos maiores investidores mundiais do setor agroalimentar, as potencialidades económicas resultantes do alargamento da área de regadio do país, particularmente do Alqueva, até 2022.

O primeiro-ministro salientou esta quinta-feira, perante alguns dos maiores investidores mundiais do setor agroalimentar, as potencialidades económicas resultantes do alargamento da área de regadio do país, particularmente do Alqueva, até 2022.

“Temos uma elevada área por explorar na zona do Alqueva. Com o novo plano nacional de regadios vamos alargar até 2022, significativamente, as áreas de exploração que podem atrair importantes investimentos no Alqueva, no centro e norte do país”, declarou António Costa.

O líder do executivo falava em Napa Valley, no coração vitivinícola da Califórnia, num jantar com empresários californianos, parte dos quais com origem portuguesa, depois de ter visitado as instalações da Corticeira Amorim – um projeto industrial classificado como o maior investimento nacional nos Estados Unidos.

Neste jantar em Napa Valley – o maior centro de produção de vinho dos Estados Unidos – o primeiro-ministro teve a companhia de empresários e investidores como Rusty Areias, da ‘Califórnia Strategies’, que é neto de portugueses e que é considerado um próspero empresário agrícola.

Na mesa de António Costa sentou-se também Manuel Eduardo Vieira, açoriano, conhecido como o rei da batata-doce e um dos maiores produtores do mundo deste produto.

Esteve também presente Ângelo Garcia, presidente da Lucas Real Estate Holdings, que após ter vendido a ‘Lucas Films’ à Disney, investe agora em propriedades vitivinícolas e no enoturismo, inclusivamente na Europa.

Xavier Unkovic, presidente da ‘Amy’s Kitchen’ – empresa que produz refeições vegan congeladas e que equaciona um investimento total de 60 milhões de euros em Santa Maia da Feira, marcou igualmente presença no evento.

Outra presença em destaque foi a de Bill Duhamel, da ‘Route One Investment Company’, empresa de São Francisco que atualmente tem investimentos no Alvito e em Aljustrel.

Bill Duhamel tenciona abrir uma ou duas unidades de transformação em Évora – um investimento estimado entre 10 e 20 milhões de euros – para produção de amêndoas, tendo em vista exportar para o mercado dos chocolateiros europeus.

António Costa referiu a estes empresários californianos que o investimento direto estrangeiro no regadio nacional está em acelerado crescimento, sendo Portugal atualmente o terceiro maior produtor de concentrado de tomate e o quinto de azeite.

“Somos um país com boas infraestruturas e com uma população jovem fluente em inglês”, advogou, já depois de se ter pronunciado sobre o setor florestal.

“Temos também o grande desafio da reforma da floresta, em relação ao qual precisamos de novos investidores com uma visão empresarial do setor florestal e da sua exploração. O nosso objetivo é apresentar as diferentes oportunidades”, justificou o líder do executivo.

O presidente da AICEP (Agência Externa para o Comercio Externo Português), Luís Castro Henriques, apresentou a ideia segundo a qual o investidor agroalimentar californiano “vai sentir-se em casa” se apostar no Alqueva.

“O Alqueva é o maior lago artificial da Europa com grandes reservas de água. Vão encontrar ali também grandes extensões de terreno”, apontou Luís Castro Henriques.

Na sua breve intervenção, o presidente da AICEP procurou deixar uma mensagem direta aos empresários californianos: “Portugal não é só um mercado de 10 milhões de habitantes, mas é a porta de entrada para o mercado europeu de 500 milhões de consumidores”.

“Temos também relações privilegiadas de cooperação com os países de expressão portuguesa”, completou Luís Castro Henriques.

A fábrica da corticeira Amorim visitada por António Costa está a operar em Napa Valley desde 2012, fornece anualmente cerca de 350 milhões de rolhas ao mercado do vinho norte-americano e está ganhar entre 500 e mil novos clientes ao ano.

O responsável da empresa na unidade de Napa Valley, Christopher Fouquet, transmitiu ao primeiro-ministro que todo o equipamento de máquinas da empresa é produzido em Portugal, parte do qual já faz por laser a impressão das marcas das diferentes companhias nas rolhas.

Durante a visita, António Costa ouviu também que a corticeira Amorim está a avançar para a produção de novas rolhas de abertura fácil, que não precisam de ser retiradas das garrafas por um saca-rolhas. Essas novas rolhas destinam-se preferencialmente ao mercado asiático para facilitar o consumo de vinho.

“Fornecemos a generalidade do mundo com as melhores rolhas de cortiça, sendo que a Amorim é a principal produtora. Num mercado tão importante como o norte-americano, não podia deixar de estar aqui”, justificou o primeiro-ministro aos jornalistas portugueses.

Mas António Costa foi ainda mais longe, considerando que a Amorim “é um excelente exemplo de como as relações económicas portuguesas com os Estados Unidos podem ter dois sentidos”.

“E podem ser também relações económicas onde a indústria agroalimentar tem um papel importante”, completou.

Mundial 2018: Commerzbank diz que no final, ganha a Alemanha. E Portugal fica nos “quartos”

José Varela Rodrigues

10:52

Seleção alemã celebra conquista do Mundial Mundial'2014, no Brasil

O Campeonato do Mundo de 2018, que se realiza na Rússia, começa esta quinta-feira com o jogo inaugural marcado para as 16h00 (hora de Lisboa), no Estádio Luzhniki, em Moscovo. Em antevisão ao Mundial, uma análise estatística do Commerzbank dá a vitória da competição à seleção da Alemanha – de novo -, deixando a equipa das quinas no sexto lugar da tabela de probabilidades do banco alemão.

A seleção portuguesa é a sexta equipa com mais probabilidades de vencer o Campeonato do Mundo de futebol, com uma possibilidade de 6,3%. De acordo com uma análise estatística dos economistas do Commerzbank citada pela “Bloomberg“, no campo das probabilidades, Portugal fica pelos “quartos-de-final”, à frente das seleções de Inglaterra, Colômbia, Bélgica e Rússia, por exemplo.

A congénere alemã é a grande favorita, reunido 18,3% de probabilidades de levantar o troféu do Mundial. Brasil (12,7%) e Espanha (9,6%) são os países com mais hipóteses de vitória a seguir aos germânicos.

A fechar o top cinco das equipas favoritas à vitória estão as formações da Argentina e França, com uma probabilidade de vitória de 7,7% e 7,5%, respetivamente.

Seleção Nacional
Probabilidade de vencer o Mundial (%)
Probabilidades Implícitas (odd’s)

Alemanha
18,3
4-1

Brasil
12,7
7-1

Espanha
9,6
9-1

Argentina
7,7
12-1

França
7,5
12-1

Portugal
6,3
15-1

Inglaterra
6,2
15-1

Colômbia
4,1
23-1

Dinamarca
2,8
34-1

Bélgica
2,8
35-1

Senegal
2,7
36-1

Croácia
2,6
37-1

Rússia
2,6
38-1

(Fonte: Commerzbank)

Ao observar a tabela do Commerzbank, constata-se que para os economistas alemães a seleção do Senegal é a única formação africana com chances de vencer a prova, ainda que os senegaleses reúnam somente uma probabilidade de 2,7%. Mesmo assim a análise do banco alemão dá mais hipóteses de vitória à formação do Senegal do que à congénere russa, que acolhe o Mundial na sua 21.ª edição.

Para chegar a estes números, os economistas do Commerzbank tiveram em consideração o atual ranking de seleções da FIFA (Portugal é quarto classificado), o histórico em campeonatos do mundo das 32 seleções em prova na Rússia (Portugal conta com sete participações e o melhor desempenho foi um terceiro lugar no Inglaterra’1966), incluíndo o número de golos no torneio e trajetória na qualificação.

Com estes cálculos o banco alemão pretende explicar a aleatoriedade inerente ao desporto-rei. E, por isso, realizou dez mil simulações de cada jogo da prova até chegar aos resultados observados na tabela acima.

Luzhniki: Onde tudo começa e acaba

O Estádio Luzhniki, em Moscovo, abre e fecha o Mundial. É neste estádio que se joga o jogo inaugural Rússia-Arábia Saudita, esta quinta-feira, e é nele que será entregue o título de Campeão do Mundo, no dia 15 julho. Mas antes há toda uma cerimónia de abertura com pompa e circunstância para mais uma edição da prova FIFA.

Pelas 15h30, meia hora antes do início da partida inaugural, e perante 80 mil pessoas nas bancadas, o Estádio Luzhniki acolhe um espetáculo coreográfico (500 artistas russos, entre bailarinos e ginastas) de boas-vindas aos participantes e de apresentação do país-sede, a Rússia, ao som do britânico Robbie Williams e da soprano russa Aida Garifullina.

Para apresentar o troféu mais desejado ao mundo subirá ao relvado o “fenómeno” Ronaldo, o ex-jogador brasileiro que venceu os Mundiais de 1994 e 2002 e que foi o escolhido para ser o apresentador da cerimónia de abertura. No final, está previsto fogo de artifício.

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FIFA World Cup

@FIFAWorldCup

The #WorldCup begins THIS WEEK!
To start the week right, we have some news... Thursday's Opening Ceremony will feature @ronaldo, @robbiewilliams and @a_garifullina!
More info https://fifa.to/CSta0vVDEN

07:07 - 11 de jun de 2018

Informações e privacidade no Twitter Ads

O Campeonato do Mundo de 2018 decorre em 12 estádios, divididos por 11 cidades – Moscovo, São Petersburgo, Sochi, Ekaterinburgo, Kaliningrado, Saransk, Rostov-on-Don, Volgograd, Samara, Kazan, Nizhny Novgorod. O maior dos 12 estádios é o Luzhniky, em Moscovo, a única cidade com dois estádios a acolher jogos da prova.

Quase todos foram construídos de raíz, à exceção do recinto de Ekaterinburgo e do Luzhniki, embora este tenha sido totalmente remodelado.

Portugal jogo o seu primeiro jogo em Sochi, contra a Espanha. A segunda partida de Cristiano Ronaldo e companhia joga-se em Moscovo, no Luzhniki, com Marrocos, e o terceiro jogo da fase de grupos para a equipa lusa ocorre em Saransk, com o Irão.

Saiba que jogos do Mundial 2018 são transmitidos em Portugal, em canal aberto:

14 junho (Quinta-feira)
Rússia-Arábia Saudita, Grupo A (16h00,  RTP1)

15 junho (Sexta-feira)
Portugal-Espanha, Grupo B (19h00, RTP1)

16 junho (Sábado)
França-Austrália, Grupo C (11h00, RTP1)

Argentina-Islândia, Grupo D (14h00, SIC)

Peru-Dinamarca, Grupo C (17h00, RTP1)

17 junho (Domingo)
Costa Rica-Sérvia, Grupo E (13h00, RTP1)

Alemanha-México, Grupo F (16h00, SIC)

18 junho (Segunda-feira)
Suécia-Coreia do Sul, Grupo F (13h00, RTP1)

Tunísia-Inglaterra, Grupo G (19h00, RTP1)

19 junho (Terça-feira)
Colômbia-Japão, Grupo H (13h00, RTP1)

20 junho (Quarta-feira)
Portugal-Marrocos, Grupo B (13h00, SIC)

Uruguai-Arábia Saudita, Grupo A (16h00, RTP1)

21 junho (Quinta-feira)
Dinamarca-Austrália, Grupo C (13h00, RTP1)

França-Peru, Grupo C (16h00, SIC)

22 junho (Sexta-feira)
Sérvia-Suíça, Grupo E (19h00, RTP1)

23 junho (Sábado)
Alemanha-Suécia, Grupo F (19h00, RTP1)

24 junho (Domingo)
Polónia-Colômbia, Grupo H (19h00, RTP1)

25 junho (Segunda-feira)
Uruguai-Rússia, Grupo A (15h00, SIC)

Irão-Portugal, Grupo B (19h00, RTP1)

26 junho (terça-feira)
Austrália-Peru, Grupo C (15h00, RTP1)

Nigéria-Argentina, Grupo D (19h00, RTP1)

27 junho (Quarta-feira)
Coreia do Sul-Alemanha, Grupo F (15h00, RTP1)

Sérvia-Brasil, Grupo E (19h00, SIC)

28 junho (Quinta-feira)
Japão-Polónia, Grupo H (15h00, RTP1)

Inglaterra-Bélgica, Grupo G (19h00, SIC)

Alcochete. Juiz aponta responsabilidades a Bruno de Carvalho

12/6/2018, 15:13

No despacho que determina a prisão preventiva a mais quatro adeptos do Sporting, o juiz responsabiliza também Bruno de Carvalho por ter potenciado o clima que levou às agressões em Alcochete.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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No despacho que determina a prisão preventiva de mais quatro adeptos, no processo relativo às agressões em Alcochete, na Academia do Sporting, o juiz de instrução criminal do Tribunal do Barreiro aponta algumas responsabilidades ao presidente do clube leonino.

No despacho a que a TVI teve acesso, lê-se que “Tais comentários potenciaram um clima de animosidade que já existia entre a ‘Juve Leo’, os jogadores e a equipa técnica face a alguns inêxitos de resultados desportivos”.

O juiz afirma ainda que Fernando Mendes, o ex-líder da Juve Leo, que no processo é identificado como Fernando Barata, tinha incitado à prática de crimes violentos dias antes das agressões na Academia do Sporting.

Juiz fala no despacho num “espírito de terror” orquestrado pelos “presentes arguidos”, e refere-se aos autores das agressões enquanto “soldados”:

Envolvidos neste espírito de terror, os presentes arguidos engendraram o plano que colocou os ‘soldados’ à frente, de cara tapada, ficando atrás, de cara destapada, conferindo os estragos e as vitórias que, pelo menos neste desafio, tiveram”, lê-se no despacho.

O juiz refere ainda que os atos dos arguidos “põem em causa” a prestação da Seleção Nacional no Mundial de 2018, disputado na Rússia, bem como a imagem da equipa a nível internacional.

Os arguidos sabiam que punham em causa a representação de Portugal no mundial de futebol na Rússia, denegrindo a imagem do futebol português perante os organismos internacionais, diminuindo as capacidades física e psíquica dos jogadores e prejudicando gravemente as aspirações de muitos portugueses na vitória da seleção.”

Nuno Torres, adepto do Sporting e condutor do BMW azul, assegura que foi Fernando Mendes quem organizou o ataque aos jogadores. Tanto ele como outro adepto, conhecido pela alcunha “Aleluia”, garantem que o ex-líder da Juve Leo lhes ligou a pedir que o acompanhassem a Alcochete no dia das agressões. Dos último quatro arguidos, apenas um não quis falar com o juiz.

De referir que, ao todo, o juiz decretou a prisão preventiva a 27 arguidos na sequência das agressões a Alcochete, suspeitos dos crimes de sequestro e terrorismo. Ainda assim, o juiz fala em 43 envolvidos.