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domingo, 18 de agosto de 2024

 

A última jogada do regime de Kiev

By estatuadesal on Agosto 18, 2024

(Major-General Raúl Cunha, in Facebook, 17/08/2024)


O regime neonazi em Kiev, ao serviço da NATO, está a ir à falência, tal como aconteceu com os seus antepassados do Terceiro Reich na Segunda Guerra Mundial. Desta vez, porém, estes fascistas têm uma carta terrorista nuclear para jogar.

Na Segunda Guerra Mundial e após o desastre em Estalinegrado, a Wehrmacht tentou irromper em Kursk como uma forma de desviar as atenções das perdas no campo de batalha em outros lugares da Frente Oriental em ruínas. Essa aposta provou então ser inútil e estou em crer que esse desastre se vai repetir novamente agora.

Vladimir Zelensky, o presidente fantoche ilegítimo da Ucrânia, está sem tropas e sem dinheiro. A sua rotina insuportável de pedinchar por mais armas e dinheiro esgotou-se. O seu país está prestes a dar calote quanto às dívidas exorbitantes que tem com os credores internacionais. Os avanços militares da Rússia no Donbass — a antiga Ucrânia oriental e agora parte da Federação Russa — conseguiram levar o regime de Kiev à beira do colapso, apesar de ter recebido centenas de milhares de milhões de dólares da OTAN em armamento. Zelensky, que continua agarrado ao poder quase seis meses após ter cancelado as eleições, sente que o fim está próximo para o seu regime corrupto e para a sua rede de sicários sedentos de guerra. Com mais de meio milhão de militares mortos e os civis restantes a esconderem-se ou a fugir com medo dos esbirros recrutadores, o ex-comediante jogou à sorte com algumas brigadas, que enviou num ataque suicida transfronteiriço sobre a região de Kursk, na Rússia.

“A invasão de Kursk pode representar o fim militar da Ucrânia”, disseram já alguns comentadores militares, em várias opiniões aos orgãos de comunicação social. Entre os mesmos, houve quem aludisse que as brigadas ucranianas representam as reservas finais para o regime de Kiev apoiado pela OTAN e, uma vez que forem eliminadas por forças russas superiores, nada sobrará para o lado de Kiev.

A BBC relatou — com um tom de certa satisfação — que colunas de tropas estão a ir através da fronteira, da região de Sumy, na Ucrânia, para Kursk, na Rússia. Esta ofensiva já dura há uma semana e Moscovo diz que envolve ataques indiscriminados a civis e residências. De facto, o regime de Kiev disse abertamente que o objetivo é “incutir medo” entre os civis, sendo que isso é, de certo modo, uma admissão de terrorismo.

Se o outro objetivo de Kiev era desviar as forças russas do Donbass, tal não parece estar a funcionar. As forças russas continuam a ganhar terreno naquela zona, que é, efectivamente, o principal campo de batalha deste conflito.

Então, o que pretende o governo de Zelensky? O desperdício de vidas militares ucranianas é, no essencial, uma birra para tentar mostrar aos seus patrões da OTAN que ainda vale a pena apoiar este seu regime proxy. Enviar o seu povo para morrer é mais uma tentativa de Zelensky para mostrar aos seus investidores, que o seu regime ainda é “rentável”. Mas é um acto final de desespero. Quando esta fútil incursão em Kursk findar, acabou-se.

Porém, e como parte deste desesperado acto final, a carta do terrorismo nuclear também está novamente a ser jogada. Enquanto a incursão em Kursk acontece, o lado ucraniano tenta atacar a Central Nuclear de Kursk e a Central Nuclear de Zaporozhye (ZNPP). A ZNPP tem sofrido bombardeamentos constantes das Forças Armadas da Ucrânia, equipadas com drones e armamento fornecidos pelos países da OTAN, desde que a Rússia assumiu o controlo da central — a maior da Europa — logo após o início do conflito em fevereiro de 2022. A Rússia assumiu o controlo num momento inicial da sua operação, precisamente porque antecipou que, se não o fizesse, o regime de Kiev iria usá-la como uma provocação de falsa bandeira, independentemente da possibilidade de uma contaminação radiológica da Europa.

No último ataque, uma das torres de resfriamento da ZNPP foi incendiada. A Rússia diz que a torre foi atingida por um drone. Moscovo denunciou o que chamou de “terrorismo nuclear” e apelou à comunidade internacional para sancionar a Ucrânia. Mas Moscovo está a desperdiçar o seu fôlego. Os vários apelos para condenação devido a anteriores ataques à ZNPP pelo lado ucraniano, foram ignorados ou deliberadamente encobertos pelo Ocidente. Vergonhosamente, o órgão de inspeção nuclear das Nações Unidas, a Agência Internacional de Energia Atómica, também participou na farsa de fingir não saber quem estava a atacar a ZNPP. Rafael Grossi, o diretor da AIEA, agiu como Manuel, o infeliz empregado na série televisiva inglesa ‘Fawlty Towers’: “Eu não sei de nada.”

Só mesmo para não levar a sério, a BBC e o Guardian relataram que a Rússia e a Ucrânia estão “a atribuir reciprocamente a culpa” sobre quem está por detrás do ataque à ZNPP. Os meios de comunicação britânicos até citaram os disparates de Zelensky a alegar que a Rússia havia causado o incêndio (numa central de energia que controla) ao queimar pneus de automóveis numa das torres de resfriamento. Em comentários para desmentir a autoria, Zelensky disse que a Rússia estava “a chantagear o mundo”.

O regime de Kiev cometeu inúmeras atrocidades de falsa bandeira – desde assassinar o seu próprio povo no “massacre de Bucha” (como já ninguém tem a audácia de desmentir) até bombardear hospitais pediátricos, teatros e blocos de apartamentos. Não tem havido limites para a depravação deste agrupamento de neonazis. Atacar as centrais nucleares de Kursk e Zaporozhye, numa aposta calculada para conseguir um maior envolvimento da OTAN, é mais uma das marcas registadas deste regime.

Como observou um ex-dignitário europeu, o regime ucraniano está a agir como “um aventureiro em quem não se pode confiar”. Está prestes a cair e parece querer arrastar o resto do mundo com ele.

Em última análise, são os Estados Unidos e a sua máquina de guerra da NATO os responsáveis por esta calamidade. O império das mentiras criou o monstro terrorista Zelenskytein, unicamente por força das suas ambições geopolíticas imprudentes contra a Rússia e para tentar evitar o declínio do seu poder imperial.

Esta guerra por procuração irá ser perdida, no que será, possivelmente, o pior desastre para o império ocidental desde o final da Segunda Guerra Mundial. Washington, a UE e a NATO irão ficar denunciados como expoentes de ignomínia, hipocrisia e desgraça. E isso irá representar um anátema sem precedentes para a potência hegemónica derrotada dos EUA, de quem, como a história nos tem vindo a demonstrar, sobretudo desde o final da Guerra Fria, se podem esperar todos os tipos de actos insanos.

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