Do rio ao mar a Palestina será livre
(Whale project, in Estátua de Sal, 11/09/2024, revisão da Estátua) (Este artigo resulta de um comentário a um texto que publicámos, de Hugo Dionísio, sobre o neoliberalismo e o fascismo, (ver aqui). Pela sua demonstração de que o fascismo - na sua vertente de cerceamento da liberdade de expressão -, já está instalado na Europa, resolvi dar-lhe o apropriado destaque. Estátua de Sal, 11/09/2024) Um sírio a viver em Portugal há 25 anos - não foi daqueles que de lá saíram em 2014 -, diz que gosta de viver em Portugal. E diz que nos últimos tempos gosta mais ainda. Diz ele que, Portugal é hoje o único país da Europa Ocidental, onde se pode dizer “Palestina Livre” sem ser preso. E as notícias que nos chegam da França ou da Alemanha confirmam isso mesmo. O simples uso de um keffieh pode valer multa em França e grosso espancamento pela polícia na Alemanha. O antissemitismo é um saco enorme onde cabe tudo, todas as dissidências, todas as condenações ao estado genocida de Israel e à sua soldadesca sodomita.
Alguém disse um dia que Portugal era um oásis. Era mentira, mas agora é, infelizmente, verdade. Portugal é um oásis onde se refugia a liberdade de expressão na Europa Ocidental. A vaca da Van der Pfizer disse a manifestantes no Porto que tinham sorte em não estar em Moscovo, porque logo seriam presos. A vaca sabia que estava a mentir pois, dificilmente, alguém seria preso na Rússia por criticar apoiantes do genocídio em Gaza. Mas, no seu país, na Alemanha, seriam imediatamente presos e levariam logo ali umas bastonadas por conta. Porque é assim que têm acabado todas as manifestações contra o genocídio em Gaza, naquela terra que nunca foi desnazificada.
Do rio ao mar a Palestina será livre. É uma frase pela qual muita gente já foi presa ou apanhou da polícia por essa Europa que se diz um livre jardim. Vão ver se o mar dá choco. |
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