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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Os alemães que o aturem

Schäuble

por João Mendes

Wolfgang Schäuble prepara-se para trocar a pasta das Finanças pela presidência do Bundestag. Haja uma boa notícia, no meio da tempestade alemã.

O bando de candidatos

Assunção Cristas

Eleição após eleição, tomam o espaço público de assalto e ao abrigo da lei que os próprios fizeram (claro). Espetam cartazes gigantes em todo o local, por regra privilegiado, não vá o eleitor não dar por eles. Largam lixo qb, sendo contribuintes líquidos para cidades mais feias . Vem isto, também, a propósito da camioneta que a campanha de Cristas parqueou em cima do passeio, fazendo concorrência à chico-espertice daqueles que largam a carrinha algures para anunciar caixilharias de alumínio. Foi bloqueada pela EMEL e a única coisa que acho mal é esta empresa não ser implacável com todos os que ocupam os passeios com os seus veículos.


Meet Me on WAYN by Scarlett

Sempre, sempre ao lado do povo


SIC

por estatuadesal

(Por Estátua de Sal, 27/09/2017, 23h 15m)

zegomes1

Estou a ver o Gomes Ferreira na SIC Notícias. O assunto é o anúncio de greves no sector da saúde para a primeira quinzena de Outubro. São de novo os enfermeiros, depois vêm os médicos e os técnicos auxiliares de saúde.

Toda a gente quer mais dinheiro, porque toda a gente ganha mal. Todos tem razão. Até aqui tudo certo. A novidade é o Gomes Ferreira, contrariamente ao que  defendeu durante anos, surge agora como um grande paladino das classes trabalhadoras, sempre, sempre ao lado do povo.

Nunca vi a direita e os seus grilos falantes, como o Gomes Ferreira, serem tão amantes e defensores da "classe operária". Conseguem ultrapassar o PCP pela esquerda alta. Os grevistas, sejam eles quais forem, tem tempo de antena quase ilimitado e direito a directos sucessivos na SIC. As greves, que ainda não ocorreram, tem direito a anúncios reiterados em todos os blocos noticiosos e os telespectadores são avisados de que a chegada do caos ao SNS está eminente.

Devo saudar esta reconversão da direita, esta mudança radical tardia, esta suposta conversão à defesa dos interesses dos trabalhadores que sempre quiseram punir nas suas reivindicações mas, devo dizê-lo, trata-se da manifestação da hipocrisia mais soez.

A direita apenas se congratula com as greves da função pública na medida em que é o Estado que paga os salários e tal cria dificuldades ao Governo que fica emparedado entre dois fogos: a justiça das reivindicações dos trabalhadores, que tem dificuldades em satisfazer, e os imperativos do Tratado Orçamental que impõe ao país a redução substancial e rápida do déficit e da dívida. Quando se trata de greves no sector privado - como ocorreu no caso recente da Auto Europa -, aí a direita não acha nada bem porque não é o Estado a pagar, mas sim o mealheiro dos privados que a direita apoia e cujos interesses corporiza.

Mas o mais caricato da análise do Ferreira foi ele concluir que a culpa da existência das reivindicações é do próprio Governo. E porquê? Porque o Governo tem um discurso optimista; diz que acabou a austeridade e que a economia está a crescer, sendo todos os indicadores positivos, desde o emprego, às exportações, ao crescimento económico. Ou seja, no limite a culpa é do INE que só publica números bons...

Ou seja, para o Gomes Ferreira, o melhor seria voltarmos aos tempos da troika  e à gestão melodramática das expectativas que Passos Coelho tão devotadamente praticava. O nosso destino enquanto país seria empobrecer, dizia o Passos. Ora, com um destino de penúria traçado até todo o sempre, quem é que se atrevia a reivindicar aumentos de salários?

Em suma, meu caro António Costa. Passe a dar más notícias e diga que vem aí o diabo. Roube o discurso ao Passos e mande os jovens emigrar porque o Centeno não tem os cofres cheios e tem que pagar ao FMI. É esta a mágica solução que o Gomes Ferreira lhe dá para resolver o problema das greves. Se o tema não fosse sério demais esta solução mereceria mais do que um sorriso rasgado.

Contudo, digo eu, é preferível ter boas notícias na frente económica do que más. É preferível ter um país com esperança do que um país subjugado ao infortúnio e ao espectro da pobreza e da miséria. É preferível falar verdade do que manipular os factos para domesticar as justas reivindicações de quem trabalha. E a prova é que os portugueses também o preferem como provam todos os indicadores de confiança, tão elevados que estão, como há muito não estavam.

E é por isso que a direita range de fúria, tudo fazendo para destruir a imagem positiva do Governo e das suas políticas junto do eleitorado. Recorre a tudo. Mesmo à defesa veemente de valores e de grupos sociais que sempre combateu.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O mágico


O mágico

francisco_pinto_balsemao

por estatuadesal

(In Blog 77 Colinas, 27/09/2017)

Magico

O Tio Balsemão, autentico Houdini da Comunicação Social, conseguiu transformar os Panamá Papers no Relatório de Tancos, criando mais uma cortina de fumo para distrair os incautos.


O relatório que ninguém viu, mas que o Expresso diz que "anda por aí". Eu, também tenho montes de relatórios cá em casa e tenho para a troca. Pior que o Expresso só o Trump quando há uns dias sublinhou a excelência do serviço nacional de saúde da "Nâmbia" que é um país que não existe e ninguém sabe onde fica, ou a existir, existe tanto quanto o relatório do Expresso.