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sábado, 4 de novembro de 2017

JEUNESSE® PRÉMIOS





JEUNESSE®

PRÉMIOS

291

E CONTINUAMOS A SOMAR

OS ELEVADOS PADRÕES DE EXCELÊNCIA ESTABELECIDOS PELA JEUNESSE ABRANGEM TODAS AS
VERTENTES DO NEGÓCIO, DAS OPERAÇÕES À TECNOLOGIA, PASSANDO PELO MARKETING E
COMUNICAÇÕES. O NOSSO COMPROMISSO PARA COM A QUALIDADE E EXCELÊNCIA TEM SIDO
DISTINGUIDO POR DIVERSOS PROGRAMAS DE PRÉMIOS DE PRESTÍGIO E GRANJEOU À EMPRESA
INÚMEROS GALARDÕES PROFISSIONAIS AO LONGO DOS ÚLTIMOS ANOS.

RANKINGS DE EMPRESAS E SETOR


#14
DIRECT SELLING NEWS
GLOBAL 100

#9
DIRECT SELLING NEWS
AMÉRICA DO NORTE 50
GLOBAL 100

#867
LISTA INC 500/5000
EMPRESAS PRIVADAS
DE MAIS RÁPIDO CRESCIMENTO

#9
INC 5000 HONORS
TOP ORLANDO, EMPRESAS
DA FLORIDA
CLASSIFICAÇÕES DE ANOS ANTERIORES

TOTAL DE PRÉMIOS EM NÚMEROS


79
STEVIE
AWARDS


50
TELLY
AWARDS


29
MARCOM
AWARDS


29
VIDEOGRAPHER
AWARDS


29
AVA DIGITAL
AWARDS


17
DIRECT SELLING
NEWS AWARDS


27
COMMUNICATOR
AWARDS


7
GRAPHIC DESIGN
AWARDS


8
INC 500/5000
AWARDS


8
WOMEN
WORLD AWARDS


4
MLM TOPER
MALAYSIA AWARDS


1
GOLDEN BRIDGE
AWARDS


1
DSA ETHOS
AWARDS


1
ENTREPRENEUR OF THE
YEAR AWARDS

VENCEDORES DE PRÉMIOS DESTAQUE

PRODUTOS


NV PERFECTING MIST FOUNDATION – NOVO PRODUTO DE CONSUMO DO ANO


INSTANTLY AGELESS – NOVO PRODUTO DE CONSUMO DO ANO


NEVO – NOVO PRODUTO DE CONSUMO DO ANO

FERRAMENTAS DE MARKETING


REVISTA WE LIVE JEUNESSE

BROCHURA DO CATÁLOGO DE PRODUTOS JEUNESSE

GUIA JEUNESSE DE TÉCNICAS DE VENDA NAS REDES SOCIAIS

BROCHURA "JEUNESSE ACHIEVEMENTS & RECOGNITION"

BROCHURA "HOW TO EARN WITH JEUNESSE"

BROCHURA ZEN PROJECT 8

FOLHETO DE BOAS-VINDAS "JEUNESSE LEAD"

FOLHETO DE BOAS-VINDAS "JEUNESSE ONE CONVENTION"

FOLHETO DE BOAS-VINDAS "JEUNESSE UNITE SINGAPORE"

VÍDEOS

A vida com Jeunesse
Lançamento Nevo
M1ND
NV - Be the Envy
Instantly Ageless
Como é o seu dia?
Fundadores
Biografia de Scott Lewis
6 Anos Incríveis
Jeunesse uma marca de $1 Bilião de dólares
6 Maneiras de Ganhar

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DE PRÉMIOS









A gota de água

Opinião

Miguel Guedes

Miguel Guedes*

01 Novembro 2017 às 00:18




Não há nada nem ninguém que impeça quem é crente de rezar. Para uns, é o deserto interior do homem em tempo de aflição que convida a oração para o remédio dos males. Um caso de desespero. Para outros, é a imensidão da alma que, nesta sua pequenez de teimar ser entre muitas, crava os braços ao céu pedindo pelo bem comum. Um caso de esperança. No fim da história, o dilúvio. O cardeal D. Manuel Clemente assina um comunicado a rogar por chuva aos seus diocesanos, acompanhado de Oração Coleta aos sacerdotes do Patriarcado de Lisboa: "Deus do universo, em que vivemos, nos movemos e existimos, concedei-nos a chuva necessária (...)". Esta co-responsabilização divina pela seca dos homens é, como toda a fé que se imputa ao alto, bipolar pelo confronto entre a criação do mal e a boa resolução. "Ouve as minhas preces", tanto se cantou. No momento em que possam ler esta blasfémia torpe, é provável que caiam as primordiais gotas que anunciam as primeiras chuvas da época. Mas "O boletim meteorológico anunciou calor", escreveu Jorge Palma numa das canções do "Bairro do amor", qual profecia das teses do aquecimento global, arte líquida. E é por isso que já não chega a "chuva necessária" que o divino, magnânimo, nos conceda.

Em matéria oficial, a Protecção Civil foi dizimada pelos fogos mas a assertividade do Boletim Climatológico do Estado não deixa margem para chuvas: segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a 30 de Setembro, 81% de Portugal continental sofria de seca severa. A seca extrema afectava 7,4% do território e a seca moderada elevava-se a 10,7%. 0,8% do solo sobrevivia em seca fraca. Feitas as contas, sobra aquele 0,1%, a gota de água. Os negacionistas das alterações climáticas passam por tempos difíceis. Também aí é preciso ter fé.

Vai para além da crendice. A gestão e poupança individual de água faz parte do manual dos bons costumes, civilização e responsabilidade solidária em comunidade. O planeta enquanto condomínio. A Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, criada em Maio, agrupa responsáveis de diversos ministérios e acorda para o nono verão mais quente desde 1931. Anunciam-se, agora, redobradas campanhas pela poupança e pela utilização racional dos recursos naturais. A tese do pecado original dos consumos privados é, sem dúvida, válida enquanto alerta. Mas as assimetrias da distribuição da água no território não se resolvem num abrir e fechar de torneira. Planificação e ordenamento, dessalinização. Como no caso dos fogos florestais, continuamos a chover no molhado com uma gota de água.

Corram para os supermercados: a democracia portuguesa foi suspensa por despacho ministerial

Aventar

por João Mendes

Quando esta tarde fui ao supermercado, abastecer-me dos essenciais para a próxima semana, notei que algo estava errado. Prateleiras vazias, semblantes fechados e aterrorizados, milicias comunistas paramilitares à porta e eu a pensar com os meus botões: "querem ver que se instaurou uma ditadura, e eu, que hoje dormi até tarde e ainda não consumi a minha dose diária de informação, não sabia?".

Apressei-me com as compras, deixando para trás tudo o que fosse aburguesado demais, não fossem os comunas levar-me para o pequeno-almoço, que eu até aparento ser mais jovem do que na verdade sou, dirigi-me imediatamente para casa, evitando, com alguma sorte, os checkpoints entretanto montados na via pública, e, lá chegado, percebi que a internet ainda não tinha sido cortada e fui à procura de informação que me esclarecesse o que se estaria a passar. Ler mais deste artigo

A grande regressão

Estátua de Sal

por estatuadesal

(António Guerreiro, in Público, 04/11/2017)

Antonio Gurreiro

António Guerreiro

Se alguém fizesse uma história semântica da ideia de progresso, encontraria a razão pela qual o qualificativo “progressista”, que teve outrora um uso político imoderado e de grande utilidade, já só emerge quando se fazem escavações lexicais. Parece que já ninguém acredita no progresso nem encontra nele uma razão capaz de fundar uma visão do mundo. Em contrapartida, a palavra “regressão” está em alta e revela-se mesmo capaz de dar sentido a um conjunto de sintomas patentes nos processos sociais e políticos que marcam o nosso tempo. Uma prova eloquente desta nova fortuna concedida à ideia de regressão é um livro colectivo que foi publicado na Alemanha, este ano, e logo traduzido nas principais línguas europeias. O título original é Die große Regression – Eine international Debatte über die geistige Situation der Zeit, um título que cita um outro, famoso, de Karl Polanyi, The Great Transformation (1944). Mas o subtítulo, que fala da “situação espiritual [geistige] da época”, só aparece no original por razões óbvias: ele dialoga de maneira explícita com a filosofia e a literatura alemãs (retoma, ipsis verbis, o título de um famoso ensaio de Karl Jaspers, de 1931). A regressão como categoria analítica da governamentalidade e das tendências de ordem política já tinha sido introduzida, há alguns anos, por um importante sociólogo e teórico da cultura, Stuart Hall (1932-2014), que configurou a política de Margaret Thatcher como uma “modernização regressiva”. O thatcherismo teria inaugurado o projecto de uma modernização reaccionária. Quais são então esses sintomas que justificam o uso da regressão como categoria psico-política? Antes de mais, a “fadiga da democracia”, fazendo emergir por todo o lado não apenas formas de autoritarismo, mas também um conjunto de práticas políticas e gestionárias que dão razão a um conceito que foi entrando no léxico da teoria política: pós-democracia. Num plano mais englobante, a regressão adquire a figura de uma “des-civilização”, como se pode ler no ensaio de Oliver Nachtwey, incluído neste livro. Remetendo para o “processo civilizacional” de Norbet Elias, enquanto resultado de uma mutação das estruturas sociais e da personalidade e manifestando-se no controle dos afectos e no alargamento do espaço mental (cujo resultado foi a constituição progressiva de um poder centralizado que detém o monopólio da violência), a des-civlização que Nachtwey vê como uma dinâmica fundamental das sociedades ocidentais a partir da última década do século passado seria um processo de erosão e declínio.

A ideia de que o progresso traz consigo uma regressão pode então ser deduzida destes sintomas: a sujeição ao mercado e a ausência de alternativa económica;  a interrupção do processo colectivo de mobilidade social ascendente; o triunfo da “modernidade regressiva” que se traduz por uma igualdade horizontal de grupos com traços característicos diferentes (a pertença sexual ou étnica, por exemplo), mas simultaneamente por novas desigualdades e discriminações verticais. Estes e outros factores instalaram um mal-estar que é simultaneamente social, político e cultural.

O processo da civilização de Norbert Elias já comportava esta ideia de uma des-civilização. Como muitos outros espíritos lúcidos, Elias não acreditou no progresso como uma caminhada irreversível nem viu a “civilização” como uma conquista definitiva. Essa foi a ilusão da utopia iluminista e, mais perto de nós, a dos arautos do “fim da história”. Como é que em tão pouco tempo se passou de uma feliz escatologia para uma grande regressão?