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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

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Portugal Arrisca Tragédia com Sismos

Novo artigo em BLASFÉMIAS


por Cristina Miranda

Há 20 anos que especialistas dizem o mesmo: Portugal vai ser atingido por um sismo. Não sabem prever se vai ser já amanhã, para o ano que vem ou daqui uns anos mais. Sabem apenas que este fenómeno é cíclico e pelas contas feitas ao de 1755, a previsão aponta para o ano de 2018. Mário Lopes, investigador especialista em engenharia sísmica do Instituto Superior Técnico (leia aqui a entrevista completa) já perdeu esperança nos Governos para impedir a tragédia.  Nada de novo num Estado que não protege seus cidadãos senão seus próprios interesses. Mas quanto nos vai custar em vidas esta irresponsabilidade grotesca dos governos? Muitos milhares.

Mário Lopes é peremptório: não se sabe quando, nem com que intensidade, nem tão pouco as consequências de um próximo sismo, mas uma certeza prevalece. Vai ser certamente trágico. Receia a repetição de 1755 porque mesmo que seja de menor intensidade provocará muitas mais mortes porque as zonas de risco estão mais povoadas. Não é preciso um sismo como de 1755 para termos 10 000 a 20 000 vítimas. Factos.

Segundo o mesmo, bastaria o respeito pelo actual regulamento para minimizar os danos. Embora obsoleto com mais de 30 anos, ser aplicado já era bom. Hoje quem não tem consciência pode aldrabar o projecto sem ver consequências. Sabem que fazendo bem ou mal um edifício, é vendido  na mesma.  Mas o maior problema reside nos edifícios reabilitados.  Porque a legislação técnica  prevê que um edifício anterior a 1958, que tinha um grau de  protecção zero na resistência sísmica, não lhe seja aplicada legislação posterior de reabilitação à construção original. Assim, fazem apenas um "peeling" nos edifícios antigos - o que é perfeitamente legal -  que continuam com protecção sísmica igual a  zero. Nesta realidade estão 40% dos edifícios construídos antes de 1960.

Mário Lopes fez uma proposta ligada aos seguros para que as companhias fizessem seguros indexados à componente de risco sísmico ( nos Açores, por exemplo, está indexado ao crédito habitação). Assim, as pessoas através dos seguros iriam ver o risco da sua construção e isso iria influenciar o mercado valorizando, obviamente, as melhores. Porém, quando isso foi discutido com um governo mandaram-no calar porque isso iria desvalorizar os prédios piores, mostrando uma insensibilidade pela vida humana em detrimento do mercado imobiliário. Depois em 2012 propôs que o reforço sísmico fosse obrigatório em edifícios a partir de certo valor e dimensão. Foi rejeitado.

Austeridade da boa

Aventar

por João Mendes

Na sessão de votação do OE18 na especialidade, que aconteceu na passada semana, as infames esquerdas unidas aprovaram um aumento da derrama estadual do IRC para as empresas com lucro superior a 35 milhões de euros, que passa dos actuais 7% para 9%. Austeridade da boa. Tímida, mas boa.

Não demorará muito até que os suspeitos do costume tentem transformar esta medida num ataque à classe média, ou noutra treta qualquer, tal como fizeram, por exemplo, com o imposto sobre o património, presente no OE17. Mais do que as motivações ideológicas, irrefutáveis, é também para isso que lhes pagam ou que virão a pagar um dia, quando for altura de dar aquele salto público-privado que todos conhecemos bem. Mas não se preocupem, que à partida não haverá o que temer. O que é que classe media-multimilionária pode fazer? Mudar as sedes sociais das suas empresas para a Holanda? Fugir aos impostos através do Panamá e das Caimão?

Uma pena que, mesmo com BE e PCP a influenciar o rumo das coisas, não seja possível ir mais além. Fazia falta carregar um pouco mais em quem pode mais, em quem mais beneficia de apoios estatais e em quem frequentemente contorna as suas obrigações fiscais, prejudicando o todo por simples ganância. Só para não serem sempre os mesmos a financiar a gatunagem.

domingo, 26 de novembro de 2017

A inevitabilidade de ter de esperar sentado

por estatuadesal

(Jorge Rocha, in Blog Ventos Semeados, 26/11/2017)

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Já o tinha aqui escrito e reescrito, mas nunca é de mais recordá-lo: se queremos saber dos estados de alma de Marcelo relativamente ao governo e aos sinais a transmitir ao eleitorado não poderemos prescindir das peças jornalísticas assinadas por Ângela Silva na edição semanal do «Expresso». Quer pelo que através dela se publicita - e convenhamos ser fonte bem mais fiável do que o «criativo» Marques Mendes - quer pelo que deixa implícito para nós podermos conjeturar, essa leitura é sempre imprescindível..

Que Marcelo continua incomodado com esta maioria governativa, não estranhamos!  Ele bem gostaria de a substituir pelo Bloco Central dos interesses económicos, que sempre foram seus clientes bem pagantes nos muitos estudos que, ao longo dos anos, lhe encomendaram. Ora se há mácula de que podemos dispensar o selfieman é que ele não seja agradecido aos que lhe foram engordando as contas bancárias.

Por isso, se os patrões vão a Bruxelas fazer queixa do governo, que dizem secundarizar-lhes as pretensões no Orçamento para 2018, Marcelo dá-lhes música para os ouvidos prometendo alongar-se na análise do documento a fim de o limar de quanto lhe pareça «excessivamente de esquerda».

Arrisca-se, porém, a repetir o erro de Passos Coelho, mesmo que não seja tão veemente na promessa da chegada do Diabo: embora sob a forma de recados para o governo - mas que destina sobretudo ao eleitorado enquanto recetor principal - alerta para uma estratégia governativa focalizada na potenciação do consumo interno, não dando o devido ênfase ao investimento e às exportações.

Sabendo-se que tem a acolitá-lo um conjunto vasto de assessores especializados nas várias vertentes do exercício do poder estranha-se que esteja a proferir sentenças que, a curto prazo, se virarão contra si, não só porque o Portugal 2020 tenderá a acelerar os indicadores relativos ao investimento e ao crescimento da economia, mas também porque, entrando em velocidade de cruzeiro, a produção do novo modelo da Autoeuropa propiciará uma dopagem significativa nos números das exportações.

Colocando-nos na pele de quem analisa friamente a atividade política o interesse dos tempos próximos consistirá em saber por quanto tempo resultará uma magistratura de influência política apenas baseada nos abraços e nas selfies. Quando a determinada ação governativa resultar numa adesão ainda mais significativa do eleitorado a tais resultados será interessante saber se Marcelo quererá ir a jogo para um segundo mandato. A vaidade poderá impulsioná-lo para essa hipótese, mesmo sabendo que se limitará ao papel de «corta-fitas». Mas se o objetivo seria o de suscitar uma firme guinada à direita na política nacional as circunstâncias podem aconselhar-lhe que espere sentado...

Dois anos entre Belzebu e Lúcifer

por estatuadesal

(Francisco Louçã, in Público, 25/11/2017)

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Dois passaram dois anos sobre a tomada de posse deste governo. Se se lembra do início, pode medir o caminho seguido: o presidente Cavaco Silva tocou as trombetas do apocalipse, enunciando uma Nato furibunda, uma União Europeia assustada, uma burguesia de malas feitas e uma sociedade afundada. O presidente foi-se embora e o governo lá singrou, nem precisou de muito para confirmar uma maioria capaz e resultados que desbarataram a contestação da direita, para mais prejudicada pelo voluntarismo simpatizante do novo presidente.

O governo beneficiou assim de um efeito de alívio generalizado e de duas vantagens. A primeira é que, resumido ao azedume, o PSD foi derivando para uma esperança última, a da censura europeia que desbaratasse a geringonça. Tudo correu mal para este plano, aliás bizarro: a União ensaiou umas sanções pífias mas logo se calou, virando-se para a surpresa britânica, o estremecimento francês e a incerteza alemã.

Se é certo que tanto o governo como os partidos de esquerda também temiam essa intervenção da cavalaria prussiana – e Dijsselbloem e Schauble bem se esforçaram – ela esfumou-se. Voltará, logo veremos quando.

A segunda vantagem foi o efeito mobilizador de uma ligeira recuperação de rendimentos. Isso deu à esquerda um sentido pragmático de resultado feito e à sociedade um empurrão de confiança que os anos de austeridade tinham abalado profundamente. Se alguém analisa a política portuguesa sem perceber este efeito moralizador profundo, cultiva o engano e vai esbarrar com a realidade. Marcelo percebeu o que Passos confundiu, e Cristas cola-se a Marcelo porque tem instinto de sobrevivência, as sondagens aliás explicam porque precisa de tal suplemento de alma.

No entanto, ao longo de dois anos o governo revelou fragilidades e essas penalizam também as esquerdas, qualquer que seja a sua coreografia. O governo não está organizado para responder a crise políticas e mesmo uma mini-crise como o Panteão demonstra que estremece perante as redes sociais: quem se lembraria de encarregar o primeiro-ministro de responder sobre o assunto? O governo não mostrou cabeça fria ao longo das crises do verão mas, sobretudo, não percebe o desgaste que a rotina lhe impõe, buscando golpes de asa que, amiúde, dão asneira, como a translação do Infarmed.

A questão da rotina, certamente pior na segunda metade do mandato, é esta: faz olhar para o lugar errado. O problema do país não é o Panteão, mas são as florestas que vão sempre arder, o serviço de saúde que se limita a esconder as suas falhas e a esgotar os seus profissionais no desespero da falta de meios, a prepotência da desqualificação pelos salários baixos.

Belzebu não mora aqui, Lúcifer perdeu-se, mas o mapa é difícil, pois a estratégia para Portugal tem sido ganhar tempo para escapar do pior mas só falta o essencial: fazer o tempo. Os próximos dois anos serão perdidos se faltar essa estratégia para a segurança que o povo merece. Por isso, as prioridades serão saúde e trabalho, ou o governo esgota-se no seu poder.

NB- Defeito meu, não estou habituado a tanta gentileza dos meus antagonistas em debates, mas o Dr. Júdice merece homenagem. Tendo eu lembrado que ele anunciara abstenção do PCP no Orçamento, veio confirmar o facto. Tendo eu notado a sua antecipação de que Costa desencadeará uma crise política para eleições em 2018, assentiu e confirmou que o texto que leu na TVI anunciava esse “palpite”. Palpite, no meu dicionário, sobretudo vindo dali, é coisa séria, pois mobilizaria nada menos do que governo demitir-se alegando interferência europeia e levando o país a uma crise, para nela pedir maioria absoluta. Tudo tão palpitante que desconfio que seja simples afirmação de desejo. Mas só posso agradecer ao Dr. Júdice a cortesia de confirmar o meu texto.