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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Albinen: A aldeia suíça que quer pagar 21.500 euros a quem for para lá viver

Fonte: Jornal de Negócios

Há uma aldeia na suíça que se propõe a pagar 21.500 euros a cada pessoa que decidir ir para lá viver. Mas há requisitos a preencher: ter menos de 45 anos e ficar pelo menos uma década.

Albinen: A aldeia suíça que quer pagar 21.500 euros a quem for para lá viver

Negócios jng@negocios.pt26 de novembro de 2017 às 13:20

A pequena localidade montanhosa de Albinen, na Suíça, conta com apenas 240 residentes. E, para tentar aumentar a sua população, está a pensar em pagar um incentivo a quem decida por lá ficar.

A iniciativa de incentivo a novos habitantes, assinada por 94 pessoas, foi apresentada por um grupo de jovens em Agosto passado e visa pagar até 25.000 francos suíços (21.510 euros, à cotação deste domingo) a cada novo residente, salienta o El País.

O Conselho Municipal aceitou a iniciativa, que será votada no próximo dia 30 de Novembro. Além dos 21.510 euros por adulto, a proposta contempla a atribuição de mais 10.000 francos (8.600 euros) por cada criança.
Mas há requisitos a cumprir, como ter menos de 45 anos de idade, comprometer-se a viver em Albinen durante pelo menos 10 anos e adquirir ou reabilitar uma casa avaliada em pelo menos 200.000 francos (172.000 euros).

Albinen é uma comuna do cantão suíço de Vallais, situada a no Vale do Ródano, a 1.300 metros acima do nível do mar. E empregos na zona não faltam. O presidente da comuna, Beat Jost, sublinhou à agência de notícias suíça ATS que há postos de trabalho em cidades que ficam a menos de meia hora de carro.

Há muitas localidades de montanha que estão a avançar com medidas similares, explicou à ATS o director da Associação Suíça de Regiões de Montanha, Thomas Egger. Em Inden, por exemplo, os residentes recebem descontos em compras, e en Safien o transporte público é gratuito para os jovens, acrescenta o El País.

Segundo o website SwissInfo, citado pela Exame, a pequena localidade de Bourg-Saint-Pierre, igualmente localizada no cantão de Valais, está também a ponderar atribuir incentivos a novos residentes. Neste caso, a proposta passa por financiar até 10% do valor da renovação ou construção de um imóvel e não há limites de idade. Mas os candidatos têm de se comprometer a viver no vilarejo durante pelo menos 20 anos.

Vergonha

Aventar

por J. Norberto Pires

A Mariana Mortágua fez ontem um intervenção no parlamento de muito boa qualidade. Todos os partidos têm uma retórica sobre as rendas das elétricas. O BE fez uma proposta concreta sobre uma taxa sobre as rendas excessivas. Foi aprovada pelo Governo e depois (aparentemente) removida. Maria Mortágua mostrou a sua indignação e foi muito dura com o Primeiro-Ministro.

Como eu, a generalidade dos portugueses registaram 3 coisas:

1) Ninguém, no PS e no Governo, desmentiu a deputada Mariana Mortágua sobre o acordo que ela afirmou ter existido;

2) Ninguém se indignou sobre o efeito que um lobby fortíssimo da EDP teve sobre uma decisão que estava já acordada;

3) O PSD e o CDS também estiveram totalmente calados.

Quando alguém não percebe por que razão as empresas pagam a ex-políticos, que na generalidade nada sabem fazer, para se sentarem em conselhos de administração dessas empresas, pagos a peso de ouro, agora devem perceber. Estão lá para fazerem este trabalho que agora fizeram.

Querida direita: viver de desgraças não chega

Aventar

por João Mendes

Foto: Alberto Frias@Expresso

Depois dos incêndios e dos sucessivos falhanços em torno da tragédia em que se transformaram, depois de Tancos, da legionella e do jantar no Panteão, para não falar nas sanções-fantasma, no hipotético resgate e no Diabo, que está sempre à espreita, e já depois de iniciado o braço-de-ferro com os professores, após outros que opuseram enfermeiros, patrões e o lobby amarelo dos colégios privados, cujos defensores tendem para a defesa radical do estado mínimo, excepto quando chega a hora de pagar os estudos dos filhos da elite, cujo dinheiro está temporariamente indisponível numa aplicação super-honesta e transparente no Panamá, o máximo que a Cristas e o que resta do passismo conseguiram subtrair ao governo minoritário de António Costa foi 1 mísero ponto percentual. Um. Ler mais deste artigo

As palavras são importantes

Ladrões de Bicicletas


ladroes de bicicletas

Posted: 28 Nov 2017 12:43 AM PST

Permitam-me um comentário: tenho estado atento ao debate interno no PSD e não consigo identificar as famigeradas reformas de que tanto falam. Não encontrei, aliás, mais do que vagas proclamações. E percebe-se porquê. O conceito de reforma para a direita é privatizar, liberalizar e desregular. Reforma que é que reforma tem de doer. O que o PSD e a direita política em Portugal não entendem é que para nós reformas têm outro significado. Para nós as reformas são avanços, não são recuos. Não é privatizar, é investir; não é liberalizar, é proteger; não é desregular, é inovar.

Excerto da intervenção final de Pedro Nuno Santos, que vale a pena escutar ou ler, no encerramento do debate sobre o Orçamento de Estado. É por saber que as palavras são importantes que Pedro Santos usa sempre a a expressão solução governativa e jamais usou a palavra geringonça. Um exemplo que muitos dos apoiantes desta fórmula deveriam seguir, já agora.
A palavra reforma é no seu discurso reconduzida ao seu significado histórico social-democrata, resgatando-a da captura neoliberal que a perverteu ao associá-la a técnicas institucionais para transferir recursos e poder de baixo para cima, de resto impulsionadas pela lógica da integração supranacional. O reformismo social-democrata, de base nacional, precisa mesmo da força e da pressão daqueles que querem ir mais longe em defesa dos subalternos.
Agora, só falta o PS ser consistente com um sentido que comporta uma autocrítica ao seu passado e, já agora, a uma parte do seu presente. Por exemplo, na área onde muito do que é importante nas vidas das tais pessoas concretas se decide: o trabalho. Para quando uma reforma laboral que permita superar a pesada herança institucional da troika?

Um Ricardo Araújo Pereira em cada esquina

por Sérgio Barreto Costa

rap

Na semana passada, entre assuntos sem qualquer importância tais como o aumento de impostos para as empresas (que irá certamente promover o investimento na Holanda e no Luxemburgo, dois países que, ao contrário do nosso, bem dele precisam) e o aumento da despesa pública estrutural (um presente simpático para o governo que estiver em funções quando a conjuntura económica se alterar), tivemos direito a uma polémica verdadeiramente interessante. Ricardo Araújo Pereira, ex-vendedor de bifanas na Festa do Avante, apoiante do LIVRE nas últimas eleições legislativas, galardoado por uma associação (ILGA) que se dedica à “intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo”, figura central na campanha pela despenalização do aborto e Miss Dezembro 2009 da Playboy Portugal, foi acusado de ser um reaccionário.

Alguns frequentadores das redes sociais, defendendo o humorista, insinuaram que os críticos de RAP estavam apenas a sofrer de uma pequena luxação na zona do cotovelo, uma maleita que, de acordo com a vox populi, é frequente em Portugal. Muito honestamente, não vejo fundamento nessa teoria. Se excluirmos o facto de Araújo Pereira ser inteligente, culto, divertido, bonito, famoso, simpático, bem-sucedido, influente, espirituoso, alto, magro e, segundo consta, familiarmente feliz, que raio de motivos teria alguém para o invejar?

Também não partilho de uma outra opinião, que fui ouvindo, em que as críticas são atribuídas à falta de bom senso e de razoabilidade dos acusadores. Estamos a falar, de uma maneira geral, das mesmas pessoas que disseram que Passos Coelho era um radical do liberalismo, que Vítor Gaspar era um clone do Salazar, que Angela Merkel era um Hitler de saias e que o Syriza de Alexis Tsipras ia acabar com a austeridade na Grécia. Como a moderação e a perspicácia não desaparecem de um dia para o outro, a explicação deve ser outra.

Na minha análise – devidamente não fundamentada, como todas as outras que por aqui deixo – toda a polémica se baseia num equívoco. O reaccionário, tal como é visto pela ciência política, é alguém que pretende, usando as palavras de Marx e Engels, fazer andar para trás a roda da história. A esta luz, teríamos de concluir que Ricardo Araújo Pereira sente saudades da época em que era estagiário na TVI; e de usar camisas à programador informático. Já para não falar do penteado. Não é plausível, o contexto tem de ser outro. RAP apenas se limitou a não embarcar em todas as causas que lhe apareceram à frente. E, nesse sentido, foi mesmo reaccionário. Mas à maneira de Nelson Rodrigues: quando achou que não prestava, reagiu. Fez bem. Que nunca lhe doam os dedos.