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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Aquela que pensavas ser tua filha é, na realidade, o teu bisavô

por vitorcunha

Quando ela deu à luz a filha que é filha da filha, não esperava que filha-mãe se pusesse com tretas de lhe vestir um vestido igualzinho ao do boneco opressor que recebera no McDonalds em vez do G.I. Joe com pénis de polistireno. Quem diria que numa família tão progressista, com a esposa da filha-mãe a jurar eterna identidade de género do tipo fufa-puro, acabaria tudo à molhada com o caso da mãe-pai com um canalizador de identidade de género do tipo bonzo? O que é certo é que a mãe-avó está a braços com o encargo da filha-neta enquanto a filha-filha vai espairecer do choque emocional de ver a esposa-pai a engravidar do bonzo.

Estas histórias, verdadeiros dramas de pungência hollywoodesca pré-violações são corriqueiras na assembleia da república.

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A provocação está-lhe nos ossos

Ipsilon

  Vasco Câmara 

15 de Dezembro de 2017

“Foi uma altura tão fértil para a rebelião, em todos os sentidos. Socialmente, politicamente, sexualmente, artisticamente… Foi muito formativo para mim. Os anos 60 estão-me nos ossos”, dizia ao Ípsilon Yvonne Rainer, 83 anos, dias antes de mostrar no Museu de Serralves, no Porto, parte daquilo em que se tornou: numa das mais influentes coreógrafas do século XX (o Judson Dance Theater, que também foi dela, foi responsável por uma revolução a que se chamou dança pós-moderna, abrindo os corpos ao quotidiano, aos gestos banais e imprevíveis), mas também escritora e activista política.

Sábado dá uma conferência, Revision: A Truncated History of the Universe for Dummies. A Rant Dance (Revisão: Uma História Truncada do Universo para Totós. Uma Dança Inflamada), com leitura do seu livro de poesia, Poems. No domingo apresenta The Concept of Dust: Continuous Project – Altered Annually. Confirmaremos o que Mariana Duarte escreve no tema de capa deste suplemento: Yvonne continua a ser a rebelde com causa que nas décadas de 60 e 70 saía para as ruas em protesto. Ei-la nesses anos:

Qual é a nossa história? Star Wars pode contá-la. Pode contar-nos. Na altura em que chega a Portugal Os Últimos Jedis, Joana Amaral Cardoso faz a intersecção dessas duas trilogias, de uma terceira em curso e de uma quarta a caminho com o que importa dentro de nós: A atracção do lado negro: crescer com Star Wars.

Mas é tudo isso, ou é apenas um filme como os outros? É sempre a mesma galáxia?

É de luz que continuamos a falar: esteve atrás da câmara em Apocalypse Now, O Último Tango em Paris ou O Último Imperador e explica ao Ípsilon como constrói a fotografia de um filme, no caso, Roda Gigante de Woody Allen. É Vittorio Storaro à conversa com Jorge Mourinha.

Gonçalo Frota conversa com Filipe Melo e Juan Cavia, os da saga Dog Mendonça e Pizzaboy, que, depois de Os Vampiros, se aventuram por uma BD em que o espectacular cede terreno para a ambiguidade: Comer/Beber.

Isabel Lucas leu o primeiro dos dois volume das cartas (mais de 1400) de Sylvia Plath, uma obra gigantesca que dificilmente será editada em Portugal. São quase 1400 cartas que a autora escreveu desde os oito anos até às vésperas da sua morte, a 11 de Fevereiro de 1963, quando aconchegou os dois filhos, fechou a porta da cozinha e pôs a cabeça no forno. Mas The Letters of Sylvia Plath desafia o mito: revela uma mulher ambiciosa, com sentido de humor, relação obsessiva com a comida, que gostava de moda e queria ser feliz.

E damo-vos música. Melhor: Neil Young disponibiliza-nos toda a sua música. Até 30 de Junho de 2018, através do  seu serviço de streaming de alta fidelidade, ela é toda nossa. Mário Lopes conta-nos essa vida.

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Nicolau Santos deixa o “Expresso”

por estatuadesal

(In Jornal Económico, 15/12/2017, 20h)

O jornalista manter-se-á como cronista do jornal, no seu espaço de opinião no caderno de Economia, no site e no "Expresso Diário", bem como na "SIC Notícias", como comentador e como moderador do "Expresso da Meia Noite".

Continuar a ler aqui: Media: Nicolau Santos deixa o “Expresso” – O Jornal Económico

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RARÍSSIMAS vezes…

por estatuadesal

(Por Carlos Esperança, in Facebook, 15/12/2017)

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Raríssimas vezes a mãe de uma criança disforme e deficiente encontra forças para lutar por ele e, com ele, por outros como ele.

Raríssimas vezes a mãe, que trouxe no ventre um feto teratogénico, tem a sabedoria e a arte de conseguir, para a criança, a solidariedade de tantos, a simpatia geral e o apoio da Segurança Social, para fundar uma obra de cuidados modelares para crianças diferentes.

Raríssimas vezes a mágoa e o desespero que marcaram a tragédia de uma mulher foram tão criativos, e tiveram um final tão feliz para as crianças que nasceram diferentes num país que é solidário e tem o SNS que nasceu dos votos do PS, PCP, UDP e do deputado independente Brás Pinto.

Raríssimas vezes uma obra nasce tão bem e passa pelo sobressalto de ter à sua frente a mãe que, perdido o filho, canibalizou a obra para proveito próprio e alegadamente a usa para comprar vestidos caros, viagens mundanas e promover relações que atraem as tias de Cascais e a D. Maria Cavaco (equiparada), a rainha de Espanha e o PR português, os ministros da Segurança Social e outras altas personalidades, de Eanes a Leonor Beleza, de Maria de Belém a Fernando Ulrich.

E eis como a ambição da mulher mundana e venal, que eventualmente desviou dinheiros e cometeu peculato, se transforma, de um caso de polícia, num caso político. Um jornal confundiu a verba legítima que o atual governo transferiu com as comparticipações previstas no anterior para vários anos e, para denegrir um ministro competente, atribuiu-lhe a quadruplicação das verbas, o que é mentira; a TVI referiu-se a vestidos caros como sintoma do Governo que temos, quando comprados na vigência do anterior e como se isso fosse uma legítima arma política e não um caso de abuso pessoal.

Face à conspiração de silêncio perante os desmandos da direita e à necessidade desviar atenções sobre o desnorte do PSD e do CDS, é preciso criar casos para lançar suspeitas sobre o governo que procura a saída do buraco em que Passos Coelho e Portas lançaram o País, com a cumplicidade de Cavaco.

Bastam meias-verdades e grosseiras mentiras para adicionar à monotonia nauseante dos noticiários sobre os incêndios e atacar o Governo, mas não destruam a RARÍSSIMAS de cujo conselho fiscal não se ouviu falar.

Apostila – Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017 – Agência Europeia de Doenças Raras suspende Raríssimas.

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