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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Entre as brumas da memória


Dica (693)

Posted: 11 Jan 2018 01:12 PM PST

Ce jour-là en 68

«Si c'est surtout son mois de mai qui a marqué l'histoire de France, l'année 68 fut mouvementée sur toute la planète, au Nord comme au Sud. Alors que la «société de consommation» est en plein boom, la génération de l'après-guerre tente de se faire entendre, et les aspirations sociales montent. Premiers signaux des crises économiques, printemps de Prague, guerre du Vietnam… «Libé» remonte au jour le jour les différents fils qui vont se nouer pour faire de 1968 une année charnière.»

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Europa hipócrita

Posted: 11 Jan 2018 11:05 AM PST

Cada vez suporto menos esta Europa hipócrita, que vê morrer pessoas no Mediterrâneo e que quer agora evitar a dor das lagostas. Em breve virão as pulgas e as carraças.

«O Governo suíço proibiu a prática de cozer lagostas frescas e também vai deixar de ser permitido fazer o transporte destes animais vivos sobre gelo ou em água gelada.»

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Ontem fui sondada

Posted: 11 Jan 2018 09:13 AM PST

Tocou o telefone fixo e uma menina simpática pediu-me para responder a um conjunto de poucas perguntas «sobre política». Aceitei.

Tudo normal, o que penso de um ou outro aspecto da política nacional, da europeia, se sei quem é fulano ou beltrano. Com uma simples curiosidade, já mesmo a terminar: uma especial atenção e insistência a propósito de Carlos Moedas. Registei.

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Se adjectivar, não beba

Posted: 11 Jan 2018 07:36 AM PST

Ricardo Araújo Pereira na Visão de hoje:

Na íntegra AQUI.
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Retido para derreter?

Posted: 11 Jan 2018 03:10 AM PST

«Há quatro “tipos” de impostos: os directos, os indirectos, os disfarçados de taxas e os de “tesouraria”. Estes últimos são os mais subtis e não precisam de aprovação parlamentar. Sempre que há uma mudança de taxas e/ou de escalões no IRS com algum desagravamento, eis que surge a polémica, logo esquecida ao virar da página.

Foi o que aconteceu agora que foram publicadas as taxas de retenção de IRS sobre os salários e pensões a pagar em 2018. O Governo decidiu dividir, por dois anos, a modesta redução. Este ano, fazendo-a reflectir, ainda que parcialmente, nas taxas de retenção. Em 2019 – por acaso, ano de eleições – devolvendo o excesso de imposto retido.

Esta prática, verdade seja dita, não é só de agora. É recorrente, mas tem vindo a agravar-se. Se um contribuinte é devedor paga com língua de pau, ou seja, com juros legais a uma taxa que, em 2017, foi de 4,966%, sem contar com as omnipresentes coimas. Se é credor, recebe tarde e sem qualquer compensação. É este o quarto tipo de impostos: um tributo de empréstimo forçado ao Estado. Uma retroescavadora fiscal. Não que haja retroacção de pagamentos, mas, com o mesmo resultado, há diferimento por não recebimento a horas.

Bom seria que este “quase-imposto” passasse a ser regulado em sede orçamental parlamentar, até para que seja pleno o escrutínio do financiamento do Tesouro feito através de retenção mensal de IRS excessiva em relação à liquidação anual. Tanta tinta que corre à volta das cativações da despesa do Estado e tão pouca à volta destas outras cativações excessivas de receitas. Tanto barulho do BE e do PCP sobre as primeiras e tanto silêncio sobre as segundas!

É evidente que, matematicamente, as tabelas não podem ser completamente neutras. Mas, nos tempos que correm, nem sequer é difícil construir tabelas que repercutam, em termos médios, as deduções à colecta que as famílias fazem. É que estas não são uma excrescência, fazem parte substantiva da economia do imposto.

De acordo com dados oficiais conhecidos, a diferença entre as retenções na fonte e o valor final liquidado de IRS vem aumentando. Em 2014 (relativo ao IRS de 2013) estima-se que foi de 1,4 mil milhões de euros. Nos anos seguintes, o montante atingiu já 2,5 mil milhões de euros, com um reembolso médio por contribuinte de 955 euros! E é provável que o valor a reembolsar após a entrega, em 2019, da declaração de IRS deste ano exceda os valores até agora alcançados.

Este anestesiado “quase-imposto”, bem forçado por sinal, até está bem classificado no “ranking” fiscal: é o 5º, a seguir ao IVA, IRS, IRC e ISP. Está acima de todos os outros impostos indirectos. Em termos financeiros corresponde a 3,2 vezes o ISV (veículos), a 9,1 vezes o IABA (álcool), a 6,1 vezes o IT (tabaco), a 1,7 vezes o IS (selo), a 7 vezes o IUC (circulação).

É claro que os zelotas orçamentais da União Europeia favorecem esta ilusória e manipulável contabilidade. É que uma cobrança excessiva de receita no IRS num determinado ano não é corrigida no ano seguinte com efeitos retroactivos pelo montante do valor devolvido aos contribuintes. Tal significa que o IRS retido a mais em 2018 fica mesmo assim em 2018, ajudando a diminuir (em termos brutos) o défice. Depois, a devolução do que foi retido a mais apenas influencia o exercício de 2019, ano eleitoral…

Última nota: esta imposição repete-se anualmente. Assim, acompanhará o contribuinte com rendimentos de trabalho e pensões até ao fim da vida. É que, de facto, quando o Estado devolve o devido do ano anterior, já o contribuinte está a pagar a mais por via da retenção de rendimentos desse ano. E assim por diante…»

António Bagão Félix

Pirelióforo: em 1904 um padre português maravilhou a América com a energia solar

Novo artigo em VortexMag


por admin

O ambiente cultural e científico em Portugal nos primeiros anos do nosso século não era brilhante. A cultura científica e técnica estavam perto da estagnação. As instituições que a elas se dedicavam eram escassas. As publicações nesta área eram também poucas e de qualidade vária. Uma das publicações de maior longevidade era o Boletim de Obras Públicas e Minas órgão da Associação dos Engeneheiros civis (que também congregava os engenheiros militares) e que tem hoje continuidade na Ordem dos Engenheiros. Uma análise, ainda que breve, do Boletim de Obras Públicas e Minas da primeira década do nosso século dá-nos conta da quase inexistência de inovações científicas e técnicas produzidas por portugueses.

E certo que são divulgadas as estrangeiras. Mas a discussão ao nível interno, está ainda centrada na questão dos transportes, sobretudo dos Caminhos de Ferro. Neste panorama um pouco desolador avulta a figura de um homem que se interessou pelos mais variados campos da ciência e da técnica, tendo feito e patenteado inventos e produzido, ainda, reflexões no campo da economia e da política sociais. Referimo-nos ao Padre Manuel António Gomes, "Himalaia", por apodo que incorporou no nome.

Manuel António Gomes nasceu em Cendufe, concelho de Arcos de Valdevez, um dos sete filhos de uma família de lavradores pobres do Minho. Terminou em 1880, com 11 anos de idade, os estudos elementares na escola primária do Souto, uma aldeia próxima da sua terra natal onde ao tempo vivia com os avós. Depois de uma interrupção nos estudos, período durante o qual trabalhou na lavoura familiar, ingressou em 1882, com 15 anos de idade, no Seminário de Braga, ficando integrado no Colégio do Espírito Santo, um instituto criado para acolher estudantes pobres. Tal como o seu irmão Gaspar, que também seria sacerdote, a família tinha-o destinado à vida clerical, ao tempo o destino dos jovens rurais que no ensino primário se revelavam bons alunos, mas cujas famílias não podiam suportar os custos do ensino liceal e superior.

As suas origens rurais, com forte ligação à agricultura e às crenças e tradições populares minhotas, influenciaram de forma marcada o seu pensamento: manteve ao longo de toda a sua vida um grande interesse pelas culturas agrícolas, em especial nas questões relativas à fertilização dos solos e da produção de adubos e da escolha de plantas e cultivares a empregar em função do solo e do clima. Outra vertente que o influenciaria profundamente foi o pendor para o curandeirismo e para a medicina popular, matéria a que dedicaria grande atenção. A estes interesses associava uma apaixonada curiosidade pelas ciências naturais, pelo contacto com a terra e pela observação empírica dos fenómenos.

A sua elevada estatura levou a que os colegas de seminário lhe dessem a alcunha de Himalaia, que adoptou informalmente, passando a utilizá-la como se fora parte do seu nome. Por essa razão, Manuel António Gomes passaria à posteridade como o «Padre Himalaia», o «Padre Himalaya» na grafia da época.

O Pyrheliophoro do Padre Himalaia

Entre os pioneiros do aproveitamento da energia do Sol e suas aplicações com finalidades úteis é justíssimo enaltecer a figura e a obra do Padre Himalaia. Nascido em Arcos de Valdevez (Cendufe) em 1868 e falecido em Viana do Castelo em 1933, consagrou grande parte da sua vida ao estudo de variadíssimas técnicas capazes de incrementar com menores custos a actividade económica, sobretudo a agricultura. Incansável homem de ciência, sem descurar a actividade pastoral, o Padre Himalaia fez registar inúmeras patentes de invenções suas, que abarcam de um explosivo de tipo novo para fins pacíficos, a "Himalaíte", que chegou a comercializar, passando por motores ou aperfeiçoamentos para motores, até à sua mais conhecida invenção, o Pyrhéliophoro. Este invento, que é adinal, um forno solar capaz de atingir elevadíssimas temperaturas conheceu quatro fases, cuja cronologia e evolução vamos tentar estabelecer.

De facto, entre 1899 e 1904 Himalaia terá construído e experimentado quatro diferentes versões do seu aparelho. Os poucos biógrafos que se têm ocupado da actividade do Padre Manuel António Gomes não estão de acordo no que respeita às datas e aos locais em que teriam funcionado os dois primeiros projectos. António Lopes Araújo indica o ano de 1900 para as duas primeiras experimentações respectivamente em Argeles (nos Pirinéus) e em Paris já um outro autor pretende que o aparelho terá sido inicialmente experimentado na capital gaulesa e a segunda versão terá funcionado nos Pirinéus. Avelino de Jesus da Costa indica que o primeiro aparelho terá de facto funcionado em Paris mas em 1899 e que no ano seguinte terá tido lugar a experiência nos Pirinéus Orientais. Também quanto aos resultados das experiências não há unanimidade. Alguns autores consideram que teriam sido insatisfatórios os resultados alcançados tanto nos Pirinéus quanto em Paris. Avelino J. da Costa aponta no entanto, que na primeira experiência o Padre Himalaia teria conseguido uma temperatura de cerca de 500° C, e logo com o protótipo seguinte, nos Pirinéus a temperatura obtida pelo forno solar rondou os 1100° C, o que está longe de ser um fracasso...

Onde todos os autores coincidem é no que respeita às duas fases seguintes do Pirelióforo. Parece ser ponto assente que o terceiro modelo, já diverso dos anteriores, foi construído em Lisboa em 1902 e montado no Parque de Exposições da Tapada da Ajuda onde funcionou algum tempo. Ali terá acorrido grande parte da sociedade científica lisboeta, muitos professores e, até, o rei D. Carlos assistiu a uma demonstração. Com este aparelho o Padre Himalaia obteve 2000° C. de temperatura, tendo fundido blocos de basalto, rocha que, como é sabido, é de difícil fusão. A última versão destinou-se a ser montada e exibida no Pavilhão Português na Exposição Universal de St. Louis (E.U.A.) de 1904. Este derradeiro modelo do Pirelióforo, nome que de resto, parece só então ter sido adoptado, foi premiado na citada Exposição Universal com o "Grand Prize", duas medalhas de ouro e uma de prata. O invento foi saudado pela comunidade científica e atraiu os elogios de toda a imprensa mundial, com particular ênfase da americana. Mesmo o circunspecto New York Times lhe dedicou uma primeira página que incluía uma entrevista ao cientista português. A versão final do Pirelióforo era capaz de produzir uma temperatura cie 3800° C. o que permitia efectuar a fusão de quaisquer rochas ou metais, já que nenhuma substância destes tipos necessita de uma temperatura superior para ser fundida.

Este aparelho compreende essencialmente um sistema óptico que faz convergir os raios solares num ponto único onde está colocado o cadinho; compreende além disso um mecanismo tendo por função orientar o aparelho numa posição conveniente segundo a altura do sol no horizonte e segundo a época do ano, de maneira a manter sempre a convergência dos raios no ponto em que se encontra o cadinho e ainda um sistema de cadinho ou forno preparado para a mudança automática dos materiais a fundir, permitindo fazer a fusão no vácuo ou num meio inerte ou diferente do meio atmosférico.

Temos, pois, que o Pirelióforo era inicialmente um gigantesco forno destinado a fusão, capaz de obter altas temperaturas sem dispêndio de energia, isto é, usando exclusivamente a energia fornecida pelo Sol. O aparelho, como fica descrito, compunha-se de três partes distintas: uma calote de material cristalino destinado a receber e concentrar os raios solares, o forno propriamente dito e um complicado mecanismo de relojoaria que permitia ajustar todo o aparelho ao movimento aparente do Sol durante todo o dia, bem como a posição do forno em relação aos reflectores.

O modelo de St. Louis incluía uma parábola de 80m2 composta de 6 177 espelhos reflectores que convergiam para o cadinho. A armação metálica que sustentava o aparelho media 13 metros de altura. Talvez esta envergadura gigantesca tenha contribuído para que o invento português tenha sido dos mais apreciados e dos que chamou maior número de visitantes na Exposição Universal. Findo o certame o Pirelióforo foi desmontado, encaixotado e depositado num armazém. O padre Himalaia demorou-se nos Estados Unidos por dois anos, estudando com físicos e matemáticos de nomeada e proferindo lições e conferências nos mais variados estabelecimentos científicos americanos.

Quando na hora de regresso quis reaver o seu invento verificou-se que tinha sido roubado, não obstante o peso e as dimensões que apresentava. Já desanimado pela funesta ocorrência, já porque o seu espírito se ocupava agora de novos inventos, nunca mais o Padre Himalaia se ocupou da energia solar nem do Pirelióforo.

Logo durante a exposição o Padre Himalaia teve várias ofertas de compra do engenho, incluindo uma do Japão que pagava 350 contos pelo invento. Parece que por razões de brio patriótico o sábio português recusou a venda do aparelho solar, bem como recusou a naturalização como cidadão americano que lhe tinha proposto o Governo da União.

O futuro do passado

por estatuadesal

(Por Francisco Seixas da Costa, in Blog Duas ou três coisas, 11/01/2018)

bola_cristal

Hoje, vou ter por aqui o meu momento Maya.

Neste sábado, Rui Rio vai vencer Santana Lopes. E a margem vai ser relativamente confortável. Rio vai fazer alguns gestos para recuperar o “passismo” que esteve com Santana, cooptando alguns dos quadros da nova geração de liberais Católica/Observador.

O futuro de Santana passará a ser incerto, porque terá de “disputar” com Passos Coelho a futura liderança da lista para o Parlamento Europeu, tanto mais que, ao contrário do que esteve (quase) para acontecer em 2011, já não haverá agora para ele a perspetiva de uma embaixada multilateral em Paris no fundo do túnel, alternativa que então recusou em face da apelativa Misericórdia (que também já se foi). Rio vai ter de agravar fortemente o discurso contra o governo de António Costa, potenciando qualquer erro deste e a mínima distanciação que vier a detetar no Presidente da República face ao governo, porque essa é a única maneira de se legitimar dentro do partido. Se vier a perder em 2019, hipótese mais provável (a menos que “trapalhadas” imprevisíveis, internas ou na ordem financeira externa venham a ocorrer, o que não é de excluir, em absoluto), “saltará” no dia seguinte às eleições, com Luis Montenegro a suceder-lhe, quase pela certa. Isso limitará muito as chances de Carlos Moedas, que em 2019 sairá da Comissão Europeia (onde será seguramente substituído por Mário Centeno) e cujas hipóteses de vir a suceder a Rio seriam maiores se a derrota do PSD nesse ano fosse titulada por Santana Lopes, porque os “passistas” (e Montenegro) seriam disso co-responsabilizados.

As coisas vão correr assim? Vão, tal como o (meu) Sporting vai ganhar o campeonato (já a “Champions” está um pouco mais difícil) e eu o Euromilhões.

O verdadeiro livro exposivo assinado por Trump

por estatuadesal

(Manlio Dinucci, in Blog Foicebook, 11/01/2018)

fury

Todos falam acerca do livro explosivo sobre Trump, com revelações sensacionais do modo como Donald dispõe o seu tufo de cabelo, de como ele e a esposa dormem em quartos separados, o que se murmura atrás dele nos corredores da Casa Branca, o que o filho mais velho fez que, ao encontrar-se com uma advogada russa, na Torre Trump, em Nova York, traiu a pátria e alterou o resultado das eleições presidenciais.

No entanto, quase ninguém fala sobre um livro com um conteúdo verdadeiramente explosivo, publicado há pouco e assinado pelo presidente Donald Trump: "NationalSecurity Strategy = Estratégia da Segurança Nacional dos Estados Unidos". É um documento periódico elaborado pelos poderes máximos das várias administrações, sobretudo das administrações militares. A respeito do anterior, publicado pela Administração Obama, em 2015, o da Administração Trump contém elementos de continuidade considerável.

O conceito basilar é que, para "colocar a América em primeiro lugar para que seja segura, próspera e livre", é necessário ter "força e vontade para exercer a liderança dos EUA no mundo". O mesmo conceito expresso pelo governo Obama (bem como os anteriores): "Para garantir a segurança do povo, a América deve dirigir a partir de uma posição de força".

A respeito do documento de estratégia da Administração Obama, que falava da "agressão russa à Ucrânia" e do "alerta para a modernização militar da China e da sua presença crescente na Ásia", o livro da Administração Trump é muito mais explícito: "A China e a Rússia desafiam o poder, a influência e os interesses da América, tentando diminuir a sua segurança e prosperidade".

Desta forma, os autores do documento estratégico descobrem as cartas, mostrando o que está em jogo para os Estados Unidos: o risco crescente de perder a supremacia económica perante o aparecimento de novos actores estatais e sociais, sobretudo a China e a Rússia, que estão a tomar medidas para reduzir o domínio do dólar que permite aos EUA manter um papel preponderante, imprimindo dólares cujo valor se baseia não na capacidade económica real dos EUA, mas no facto de serem usados ​​como moeda global.

"A China e a Rússia - sublinha o documento estratégico - querem formar um mundo incompatível com os valores e com os interesses dos EUA.

A China procura tomar o lugar dos Estados Unidos na região do Pacífico, divulgando o seu modelo de economia estatal. A Rússia procura recuperar o seu estatuto de grande potência e estabelecer esferas de influência junto às suas fronteiras. Pretende enfraquecer a influência dos EUA no mundo e afastar-nos dos nossos aliados e parceiros". Daí uma verdadeira declaração de guerra: "Vamos competir com todos os instrumentos do nosso poder nacional para garantir que as regiões do mundo não sejam dominadas por uma única potência", ou seja, para garantir que todos estejam dominados pelos Estados Unidos. Entre "todos os instrumentos", estão incluídas, obviamente, as forças militares, nas quais os EUA são superiores.

Como sublinhava o documento estratégico da Administração Obama, "possuímos uma força militar cujo poder, tecnologia e alcance geoestratégico não tem igual na História da Humanidade; temos a NATO, a aliança mais forte do mundo ". A "Estratégia da Segurança Nacional dos Estados Unidos", assinada por Trump, envolve a Itália e os outros países da NATO, chamados a fortalecer o flanco oriental contra a "agressão russa" e a destinar, pelo menos, 2% do PIB para as despesas militares e 20% do mesmo para a aquisição de novas forças e armas. A Europa vai para a guerra, mas não se fala deste problema nos debates televisivos: este assunto não é um tema eleitoral.

Inquérito: Quem vai ganhar as eleições do PSD, no próximo sábado?

Rita Frade

  • 14:33
A poucos dias das eleições do PSD, o ECO decidiu lançar a pergunta aos seus leitores, quem vai ganhar: Pedro Santana Lopes ou Rui Rio?
Depois dos resultados obtidos nas eleições autárquicas realizadas a 1 de outubro, o ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou que não se iria recandidatar à liderança do PSD, salientando que “uma nova liderança (…) terá melhores possibilidades de progressão do que uma que eu pudesse encabeçar“.
De imediato surgiram vários candidatos para suceder a Passos Coelho, como Luís Montenegro, Paulo Rangel, Pedro Duarte ou Eduardo Martins, mas foram Pedro Santana Lopes, ex-Provedor da Santa Casa da Misericórdia e ex-primeiro-ministro, e Rui Rio, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que decidiram avançar, realmente, com a candidatura.
As eleições diretas, para decidir quem vai ser o sucessor de Pedro Passos Coelho, ocorrem já no próximo sábado, dia 13 de janeiro. Ao todo, são cerca de 70 mil os militantes com quotas pagas que vão poder escolher entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes.
Em antecipação ao escrutínio, o ECO decidiu lançar uma pergunta nas redes sociais (Facebook e Twitter) para saber, na opinião dos seus leitores, quem vai ganhar: Pedro Santana Lopes ou Rui Rio?