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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

KUANZEIROS ATRAPALHADOS

por estatuadesal

(In Blog O Jumento, 18/01/2018)

joanam

Ainda há poucos dias a Procuradora-Geral era elogiada por toda a direita por ter atacado os poderosos, entendendo-se por poderosos um ex-primeiro-ministro sem funções num partido da oposição e um banqueiro arruinado e caído em desgraça na banca e na sociedade, falido e sem amigos.

O mais divertido é que dois dos poderosos que mais se podem queixar da coragem da Procuradora-Geral são um procurador que não resistiu à tentação das guloseimas e um ex-vice presidente de Angola. Não deixa de ser estranho que, com tanta gente a elogiar a coragem da Procuradora-Geral, ninguém da direita se tenha lembrado destes dois exemplos. Porque é preciso coragem para destruir as relações com um país amigo que tem sido um verdadeiro abono de família de Portugal e para prender um colega de uma instituição que estava acima de qualquer suspeita.

Com tanta gente a lambuzar-se em Angola, desde modestos kuanzeiros a ex-ministros super poderosos em governos do PSD é divertido ver como toda esta gente elogia a Procuradora-Geral em público, enquanto em privado rezam para que alguém faça alguma coisa.

Já se percebeu que a PGR não recua no caso do ex-vice-presidente de Angola, não só avança com a acusação como ainda ofende o nosso parceiro de muitas aventuras, dizendo que em matéria de justiça é gente de pouca confiança. Isto é, o dinheiro dos angolanos é de confiança, o apoio deles a uma CPLP que sem Angola perdia todo o interesse é bem-vindo, agradece-se que importem muito e nos levem os excedentes de quadros, o problema está na justiça.

Não importa que muitas empresas portuguesas entrem em dificuldades, que a CPLP imploda, que Portugal perca um dos seus grandes parceiros à escala mundial, uma potencia regional e um dos países mais ricos do mundo. O que importa é levar o ex-presidente de Angola a julgamento e em Portugal, não se sabe muito bem quando e muito menos se vai ser condenado. Mesmo que seja condenado isso só serve para o impedir de viajar para países com os quais Portugal tenha um acordo de extradição.

Vai ser muito divertido ver como é que os que há duas semanas defendiam a senhora Procuradora da tentativa de destituição a prazo por parte da ministra da Justiça, curiosamente uma angolana de uma família que no passado foi vítima do regime, vão agora conseguir que a Procuradora-Geral deixe a vida do poderoso angolano em paz.

Veremos como é que estes kuanzeiros vão defender os bons princípios que andavam a apregoar. Veremos se vão defender a Procuradora-Geral em público, enquanto em privado farão pressões sobre o presidente e o primeiro-ministro para se verem livres dela.

Portas elogia papel da Europa como farol da humanidade

por j. manuel cordeiro

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Ao afirmar que "a cultura de direitos adquiridos só existe na Europa", Portas estava a realçar o papel da Europa como exemplo para o mundo, certo?  Ou então estava simplesmente a usar o pasquim direitola para ser o habitual cretino.

Ladrões de Bicicletas


É o poder, estúpido

Posted: 17 Jan 2018 03:47 AM PST

Um crime político sempre foi cometido à luz de um grande princípio moral.

A Comissão Europeia estuda o problema das notícias falsas (fake news), depois de uma conveniente interferência russa nos processos eleitorais, quando interferência eleitoral - abusiva, mentirosa e até chantagista - foi algo que nunca chocou à Comissão Europeia fazer, vidé casos da Grécia e Reino Unido. Os diferentes documentos comunitários que vão sendo conhecidos misturam, contudo, o conceito de falsidade com o de desinformação, o que representa uma ideia bem mais lata do que apenas o combate à falsidade: integra já um âmbito bélico ao conceito.

"Notícias falsas consistem na disseminação intencional de desinformação através de plataformas sociais online, difusão de notícias por órgãos de comunicação ou impressão tradicional"

"Notícias falsas representam um conceito mal definido que abrange diferentes tipos de deturpação ou distorsão da realidade na forma de notícias"

O próprio conceito de notícias falsas torna este combate num terreno altamente movediço, minado e perigoso, em que rapidamente se resvala do ataque ao aumento industrial do tráfego de plataformas, ao cerceamento através da lei daquilo que poderão ser narrativas contrárias às oficiais. Exagero? Basta verificar que o ataque às noticias falsas é apresentado em diversos países como uma forma de combate ao populismo - outro conceito mal definido... -, ao extremismo - outro conceito mal definido, pelo menos a julgar pelo uso do CDS quanto ao PCP e BE... - e aos riscos que causa à democracia - outro conceito mal definido por estes documentos.

Será por acaso que surge todo um debate sobre as notícias falsas ilegais e as legais?

Uma larga distinção pode contudo traçar-se entre a falsa informação que contém elementos que são ilegais sob a legislação nacional ou comunitária, e as notícias falsas fora do âmbito dessas leis" (idem)

Ilegais serão as mentiras, a difamação. Mas e as legais?

O recém-nomeado embaixador norte-americano Pede Hoekstra, apesar de ter sido gravado e filmado a dizer que o movimento islâmico queria lançar o caos na Europa, negou-o até à última, afirmado tratar-se de... notícias falsas. O presidente francês quer fazer aprovar leis que impeçam o surgimento, divulgação e difusão de notícias falsas, que permita aos juízes retirar conteúdos em linha ou bloquear acesso aos sites. "Se queremos proteger as democracias liberais, devemos ter forte legislação", diz Macron. Como escreve a Veja,

"um órgão estatal ficaria encarregado de vigiar as transmissões para detectar tentativas desestabilizadoras controladas ou influenciadas por outros países. Mas quem tiver o poder de retirar conteúdos do ar o fará de forma isenta? Qual o risco de que essa prática esbarre na censura pura e simples? O governo francês, é óbvio, não sabe dizer. Além do risco, há o perigo de que reportagens e posts verdadeiros sejam confundidos com notícias falsas e deletados".

A Alemanha está a preparar uma lei que castigue quem difundir notícias com "mentiras e difamações". Um grupo de trabalho, criado no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral brasileiro, chegou a propor a possibilidade de se retirar conteúdos colocados por perfis falsos, ainda que as informações divulgadas sejam verdadeiras". Pretende criar-se uma norma punitiva de quem fabrique notícias falsas ou as propague "com o intuito de influenciar os eleitores". Foi já feito um pedido de cooperação com o FBI norte-americano "para que especialistas venham ao Brasil nos próximos meses compartilhar a experiência das eleições americanas de 2016". Isto soa-lhe familiar?

O acesso a informação credível é o coração do que faz uma democracia efectiva, ainda que muitas pessoas achem difícil diferenciar informação factual e bom jornalismo da propaganda. Crescentemente, informação imprecisa é partilhada nas redes sociais e ecoam em numerosos tipos de plataformas". (...) Algo que se tornou "fonte de preocupação durante recentes processos eleitorais na União Europeia". (...) A falsa informação tem por objectivo minar o funcionamento das instituições políticas ou decisões democráticas, bem como propaganda patrocinada por Estados destinada a influenciar as eleições ou a reduzir a confiança nos processos eleitorais"

Por contrapartida à disseminação dessas notícias falsas, já se prepara uma forma de ampliar a divulgação daquelas que serão consideradas notícias verdadeiras. As redes sociais contribuem com o poder instituído. As marcas Facebook e Google - duas marcas que andam a delapidar as receitas publicitárias dos órgãos de comunicação social nacionais - já entabularam contactos para arranjar formas de fazer circular em maior número as notícias verdadeiras, indo ao encontro das decisões na União Europeia que

"insta as plataformas em linha a fornecerem aos utilizadores ferramentas para denunciar notícias falsas duma forma que osoutros utilizadores possam ser informados de que a veracidade do conteúdo foi contestada".

Ora, como se pode verificar o problema das notícias falsas vai muito para lá do princípio tão pacífico a todos, como seja o de punir quem aldraba, mente e, assim, interfere no que pensam os cidadãos.
Ora, o que esta guerra aparenta ser é precisamente uma guerra pelo monopólio da mentira e da capacidade de desinformação social. Todos os dias apercebemo-nos dessa manipulação e desinformação, em qualquer assunto. Ainda há pouco se tornou conhecido que o Banco Mundial manipulou dados sobre o Chile para atingir o governo de esquerda, de Bachelet. Faz parte da guerra, vem em todos os manuais. A questão é saber em que guerra estamos, todos os dias, a participar. Mais não seja por omissão.
Mas neste caso concreto, os jornalistas acabam por alinhar nesta guerra ao lado das iniciativas oficiais, também porque as redes sociais - para o bem e para o mal - representam a sua perda do monopólio de intermediação com os cidadãos, com pesados efeitos nas receitas de publicidade dos órgãos de comunicação tradicionais, que se traduzem em despedimentos sucessivos de jornalistas, deteriorando a informação.

Segundo a Marktest, quase milhão e meio de portugueses lê notícias nas redes sociais. Deixou de haver intermediação entre o público e a informação.

E ainda se fala de proteção da democracia contra as notícias falsas....
Trata-se, antes, da luta pelo monopólio de informar. E da forma de informar. Sempre o foi. Agora são as notícias falsas, mas antes era a difamação, conceito sempre usado contra os jornalistas quando apresentavam factos que contrariavam a versão oficial. E nesse capítulo os magistrados eram também um elemento da equação.

Recordo-me sempre daquela sentença do Supremo Tribunal de Justiça português em relação a uma notícia em que participei, sobre uma avultada divida fiscal do Sporting Clube de Portugal, em que o douto magistrado escreveu algo como isto: mesmo que uma notícia seja verdadeira não deve ser publicada se põe em causa o bom nome da instituição. O jornal Público teve de pagar uma multa de 75 mil euros e depois o Tribunal Europeu, considerando que o direito de informar tinha sido posto em causa pels sentença, obrigou o Estado a ressarcir o jornal. O clube queixoso ficou com o dinheiro...

É o poder, estúpido. E a sensação de se estar a perder o pé num mundo em desequilíbrio. Ou talvez uma reformatação na superestrutura da sociedade.

Presidente militante

Posted: 17 Jan 2018 02:17 AM PST

Marcelo Rebelo de Sousa sobre a eleição de Rui Rio, daquele que foi o seu ex-secretário-geral quando Marcelo foi presidente do PSD.

"Só posso dizer aquilo que tenho dito desde o início do meu mandato. A democracia ganha em ter um governo forte, uma forte área da governação, e uma oposição forte para poder ser uma alternativa no momento do votos dos portugueses. Aquilo que já pensava no passado, penso também para o futuro e desejo naturalmente felicidades ao novo líder do PSD."

Sente-se o esforço de Marcelo Rebelo de Sousa para fazer um aviso ao povo da direita, ao mesmo tempo que diz uma banalidade política.
E esse jogo é para ele uma brincadeira. E Marcelo irá brincar com a realidade até que a realidade se encaminhe para os seus desígnios. E é tão óbvia esta tendência para rebaixar o nível da discussão política, ao nível do que possa ser apreendido pelos meios de comunicação social, que se torna patético que esta personagem que é Presidente da República se dedique à intriga quando tudo está por fazer, sem que ele saiba muito bem, além das generalidades, o que deveria ser feito.

Lisboa desaparecida: 35 belíssimo edifícios que já não existem

por admin

A capital é hoje uma cidade muito diferente do que era há cinquenta anos. Do início do século XX, então, resta muito pouco. E se ganhou umas coisas, perdeu outras, entre elas estes belos edifícios. É sempre curioso olhar para as imagens antigas de Lisboa, conservadas pelo extensíssimo Arquivo Municipal ou pela fabulosa (e viciante) Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian e perceber o quanto a cidade mudou. Porque mudou e muito: é difícil encontrar uma rua que pudesse entrar numa rubrica do género “Descubra as Diferenças” com a sua versão de há um século.

Pouco interessa, para o caso, especular se mudou para melhor ou pior. Interessa, isso sim, aproveitar as referidas plataformas (à qual se pode juntar, por exemplo, a coleção Lisboa Desaparecida, da olisipógrafa Marina Tavares Dias) para fazer uma viagem no tempo e, neste caso, descobrir vários edifícios marcantes da capital, que foram parte da sua história, mas que, por uma razão ou outra, desapareceram ou mudaram drasticamente de aparência.

Entre teatros, cinemas, espaços comerciais ou palacetes, muitos deles, inclusive, distinguidos com Prémio Valmor, há muito por onde escolher. E viajar.

01

Paulo Guedes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

A Casa Empis, do arquiteto António Couto de Abreu, venceu o prémio Valmor em 1907 e foi demolida em 1954. Ficava no 77 da Avenida Duque de Loulé.

02

Paulo Guedes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

De autoria do arquiteto António do Couto Abreu, esta casa ganhou Menção Honrosa no Prémio Valmor de 1909 e foi demolida em 1954. Ficava no cruzamento da Rua Viriato com a Tomás Ribeiro.

03

Paulo Guedes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Este palacete neo-manuelino foi demolido em 1951 para a construção da Cidade Universitária.

04

Joshua Benoliel / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Chama-se Villa Sousa e está em ruínas há décadas. Fica na Alameda das Linhas de Torres, no Lumiar, e ganhou o Prémio Valmor em 1912. O arquiteto foi Manuel Norte Júnior.

05

Paulo Guedes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Outro magnífico trabalho de Manuel Norte Júnior, esta casa, pertença de José Cândido Branco Rodrigues, foi demolida em 1949. Ficava na esquina da Avenida da República com a Visconde de Valmor.

06

Paulo Guedes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Raul Lino, autor, entre outros, do Teatro Tivoli, projetou esta moradia na Rua Castilho. Foi Prémio Valmor em 1930 e demolida em 1982. As suas colunas foram usadas na construção do Páteo Alfacinha.

07

Arnaldo Madureira / Arquivo Municipal de Lisboa ©

O edifício atrás da paragem ficava na Avenida Duque de Loulé e destacava-se pelas varandas e azulejos. Foi menção honrosa do Prémio Valmor 1909. Um trabalho do arquiteto Adolfo Marques da Silva.

08

Paulo Guedes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Gabriel José Ramires tinha o seu próprio palácio na Fontes Pereira de Melo, com um urinol público mesmo em frente, a fazer lembrar o monumento de Cutileiro ao 25 de Abril.

09

Joshua Benoliel / Arquivo Municipal de Lisboa ©

O arquiteto Raul Lino desenhou esta moradia de estilo quase nórdico, construída na Avenida António Augusto Aguiar e demolida há já algumas décadas.

10

Armando Serôdio / Arquivo Municipal de Lisboa ©

O Teatro Apolo, que antes se chamou Príncipe Real, em homenagem a Dom Carlos, ficava na Rua da Palma. Foi demolido em 1957.

11

Artur Inácio Bastos / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Este palacete ficava na Avenida de Berna. À data desta fotografia estava já pronto para ser demolido.

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Nuno Barros Roque da Silveira / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Na esquina da Barbosa du Bocage com a Avenida da República existia este magnífico palacete, entretanto já demolido.

13

Paulo Guedes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Data do início do século XX esta fotografia que mostra um chalet em plena zona do Saldanha.

14

Eduardo Portugal / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Na Rua Júlio César Machado, junto à Avenida da Liberdade, a Baronesa de Samora Correia teve o seu palácio, demolido em 1948.

15

Joshua Benoliel / Arquivo Municipal de Lisboa ©

As obras para a abertura da Praça do Martim Moniz levaram à demolição, em 1949, da Igreja do Socorro, na Rua de São Lázaro.

16

DR

Outra moradia unifamiliar belíssima distinguida com Menção Honrosa no Prémio Valmor (1914), esta na Rua Cidade de Liverpool, entretanto demolida.

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Arnaldo Madureira / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Foi Cine Bélgica e Cinema Universal antes de acolher o Rock Rendez Vous nos anos 80, um dos palcos mais conhecidos da cidade. Depois de a sala de concertos fechar, em 1990, o edifício foi demolido.

18

Augusto de Jesus Fernandes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Manuel Joaquim Norte Júnior, um dos grandes arquitetos do início do século XX, tinha o seu ateliê neste curioso edifício situado na Praça Ilha do Faial, em Arroios. Foi demolido em 1979.

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Estudio Horácio Novais / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian

O palacete Silva Graça foi projetado por Miguel Ventura Terra e viria, mais tarde, a transformar-se no Hotel Aviz, demolido em 1962 para ali se construir o Sheraton e o Imaviz.

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Joshua Benoliel / Arquivo Municipal de Lisboa ©

No lugar desta fábrica de construção foram erguidos os chamados lofts da 24 de Julho, mantendo-se apenas parte da fachada original.

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Autor Desconhecido / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Nesta fotografia, de início do século XX, vê-se a fachada do Matadouro Municipal, na atual Praça José Fontana. O complexo viria a encerrar atividade em 1955.

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Arnaldo Madureira / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Em 2012, o edifício do antigo Cinema Rex (que depois se tornaria Teatro Laura Alves) foi vítima de um incêndio. Nessa altura albergava uma pensão de cariz duvidoso.

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Estúdio Mário Novais / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ©

Esta foi a primeira versão do Cinema Europa, em Campo de Ourique. Funcionou assim entre 1931 até 1957, altura em que foi demolido para dar origem...

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Estúdio Mário Novais / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ©

...a esta versão, desenhada por Antero Ferreira e inaugurada em 1958. O relevo na fachada, de Euclides Vaz, vai manter-se no projeto para ali previsto que mistura um centro cultural com habitação.

25

Paulo Guedes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Este edifício, construído no início do século XX, com elementos de Arte Nova, foi demolido para a construção do prédio que acolheu a Companhia Nacional de Electricidade, na Avenida Casal Ribeiro.

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Eduardo Portugal / Arquivo Municipal de Lisboa ©

Ocupando o antigo palácio Rosa Damasceno (atriz, ex-amante real), o Hotel Tivoli começou por ser este singelo edifício, em 1933. Só depois foi expandido e remodelado até se chegar à versão de hoje.

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Estudio Horácio Novais / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ©

Antes de ter sido adaptado a centro comercial era este o aspeto do Cine-Teatro Monumental, um projeto do arquiteto Rodrigues Lima.

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Estúdio Mário Novais / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ©

Com uma cúpula a fazer lembrar o tripeiro Bolhão, o Mercado da Praça da Figueira foi demolido em 1949. A intenção, nunca concretizada, era a de ali construir uma praça arborizada.

29

João Brito Geraldes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

O restaurante Panorâmico do Monsanto, uma das ruínas mais famosas da cidade, tinha este aspeto em 1967, um ano antes da sua inauguração.

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Paulo Guedes / Arquivo Municipal de Lisboa ©

A Casa da Cerâmica, na Rua Braamcamp, apresentava-se desta forma no início do século XX.

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Estúdio Mário Novais / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ©

Acredite ou não, esta moradia, de autoria de Cassiano Branco, foi fotografada em 1937. Traços muito à frente do seu tempo mas que não resistiram a uma demolição precoce.

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Estúdio Horácio Novais / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian

O Theatro Avenida (da Liberdade) abriu portas em 1888 e esteve em atividade até 1967, ano em que foi destruído por um incêndio.

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Estudio Mário Novais / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian

Na atual Avenida das Forças Armadas (antes designada 28 de Maio) existiu em tempos idos este belo edifício de esquina.

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Estudio Mário Novais / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ©

Outro belo exemplar que se perdeu com o tempo, este na esquina da Avenida 5 de Outubro com a Júlio Dinis.

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Estudio Mário Novais / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ©

Eis o muito moderno, para a época, stand Rios D'Oliveira, situado no número 227 da Avenida da Liberdade, que hoje é um prédio de escritórios.

Autor: Tiago Pais/observador.pt

Tumultos em supermercado de portugueses por causa de margarina

Um engano, em baixa, no preço da margarina ocasionou hoje tumultos numa sucursal da rede de supermercados Central Madeirense, na Venezuela, que levaram as autoridades a deter três pessoas, acusadas de roubar alimentos.

Segundo diversas fontes, o erro deveu-se a uma falha do sistema informático, que fixou o preço da margarina em 12.000 bolívares (bs) em vez de 120.000 Bs (2,93 euros em vez de 29,32 euros à taxa de câmbio oficial), este último um valor que os venezuelanos têm dificuldade em poder pagar.

Segundo o portal Notícias de Venezuela, quando os administradores do supermercado "tentaram reparar o erro, as pessoas exigiram que fosse respeitado o preço" marcado, originando tumultos que forçaram os trabalhadores a oferecem a margarina, "para evitar um saqueio".

Proprietários de outras lojas do Centro Comercial Plaza Las Américas, onde está a sucursal afetada, denunciaram aos jornalistas que além da margarina, as dezenas de pessoas que se encontravam no supermercado aproveitaram a situação para roubar bebidas alcoólicas, sabão em pó e guloseimas.


Entretanto, através do Twitter, o presidente da Câmara Municipial de Baruta, Darwin González, anunciou que "foram detidas três pessoas, que teriam roubado comida no Central Madeirense".

Além do estabelecimento comercial afetado, por falha de segurança, várias lojas do mesmo centro comercial fecharam as portas.

O problema informático teve lugar num momento em que há cada vez mais denúncias de tentativas de saques em estabelecimentos comerciais de diverso tipo, principalmente fora da capital venezuelana.

Além dos estabelecimentos comerciais, os camiões que transportam mercadorias são também alvos frequentes de tentativas de pilhagem.

O Governo venezuelano ordenou na terça-feira ao setor agroindustrial do país que diminua o preço de venda de 6.500 produtos e regresse aos valores de início de dezembro de 2017.

A ordem foi proferida pelo vice-Presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, durante uma reunião com representantes do setor agroindustrial, em Caracas.

Segundo o vice-Presidente da Venezuela, os preços subiram de "maneira injustificada" desde 15 de dezembro do ano passado, entre 10% e 10.000% e particularmente depois de o Presidente Nicolás Maduro ter anunciado um aumento de 40% do salário mínimo dos venezuelanos que entrou em vigor no passado dia 01 de janeiro.