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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Sou de esquerda e defendo os valores de esquerda com muito orgulho

Sou de esquerda e defendo os valores de esquerda com muito orgulho

Actualmente existe uma moda mundial na Politica de achar que os valores de esquerda e direita são todos a mesma coisa e meter tudo no mesmo saco. Esta moda conseguiu convencer que isso de esquerda ou direita é velho, está ultrapassado.

Mas porque existe essa moda? Nada acontece por acaso e não é por acaso que milhões de pessoas no mundo pensam e defendem isso. É urgente analisar e estudar as causas que levaram a que essa moda se tenha instalado com um sucesso tão grande que está a mudar o mundo e infelizmente para muito pior.

Após a queda do Muro de Berlim o mundo mudou e a correlação de forças na sociedade mudaram. Isso levou a que o ultra liberalismo extremista conseguisse chegar ao poder mundial, impondo as suas leis e pensamento único: no fundo uma ditadura extremista disfarçada de democracia.

Como o conseguiu? Domínio dos meios de comunicação social, impondo uma visão única de sociedade. Domínio da classe política, que se transformou num corpo de funcionários dessa ditadura ultra liberal extremista. Políticas totalmente viradas para o endividamento colectivo e individual, transformando os Países e os Povos em escravos do crédito e da dívida. Mudança de mentalidade, de colectiva para individual e egoísta. Domínio total da Internacional Socialista e Social-democrata, através da corrupção e de um sistema mafioso. Saque total de todas as riquezas mundiais pela força das armas. Estas foram as bases para o domínio da ditadura mundial após a queda do Muro de Berlim.

As forças de esquerda e os Sindicatos não estavam minimamente preparados para esta mudança, em parte porque ficaram KO com a queda do Muro de Berlim, noutra parte porque não compreenderam essa mudança, lutando entre si, principalmente os Trotskistas que pensaram que finalmente as suas teses iriam vencer e derrotar todos aqueles que ficaram atordoados com a queda do Muro de Berlim, e ainda numa terceira parte a esquerda Socialista e Social-democrata que se entregaram totalmente nas mãos da nova ditadura ultra liberal extremista aliciados pelo dinheiro que conseguiam ganhar, através da corrupção e sistema mafioso.

Perante o atrás exposto o que aconteceu? Os ultras liberais extremistas criaram um sistema, pseudo-democrático, uma espécie de jogo entre dois sócios, a direita e a Internacional socialista e social-democrata, dando a ilusão aos povos que tinham escolha democrática, que não tinham pois as politicas aplicadas no Mundo eram únicas e de sentido único: Governo de direita ou Governo “socialista/social-democrata” defendem exactamente as mesmas politicas ultra liberais extremistas – privatização total da sociedade, lucros privatizados, prejuízos nacionalizados. Lucro máximo para os accionistas, escravidão e ordenados de miséria para os trabalhadores, descapitalização total dos Países com fugas de capitais para Paraísos Fiscais, todos os direitos e regalias das classes trabalhadoras, conseguidas no século XX, excluídas e substituídas pela lei da selva do salve-se quem puder, individualismo máximo e luta entre as classes trabalhadoras de forma individual e egoísta, retirando toda a força aos Sindicatos ou, se possível, acabar com os Sindicatos.

Perante isto a tal moda do “todos iguais” tem razão de ser e é concreta e real. É verdade. sim: é exactamente igual um Governo de direita ou um ” Socialista ou Social-democrata” na actualidade. Como é lógico existem pequenas nuances senão seria descarado de mais; nuances mas de pouca importância e que levam a que os Povos balancem entre a direita e a Internacional Socialista, mas o resultado final é exactamente o mesmo.

Mas…. O sistema ultra liberal extremista compreendeu ainda que tudo isto podia levar a que as classes trabalhadoras devido ao sistema de escravatura elevado se podiam revoltar ou cair para o lado das forças verdadeiramente de esquerda e colocar em perigo a sua ditadura. Como têm muita experiência no assunto foi buscar uma das suas armas mais poderosas que já utilizou varias vezes durante os séculos em que lutou e dominou o poder, desta vez com duas vertentes para não correr riscos nenhuns: a primeira vertente criou movimentos para a moda do “são todos iguais”, que dizem que não são nem de direita, nem de esquerda, mas que são no fundo uma união concreta entra a direita e a Internacional socialista / Social-democrata. São na prática o verdadeiro Partido do sistema, exemplo concreto, TRUMP e MACRON. Segunda vertente a extrema-direita procurou captar todos os descontentes e enfraquecer as forças verdadeiramente de esquerda e os Sindicatos. Isto não é novo, já com Mussolini e Hitler, nos anos 20, essas tropas de choque tinham sido utilizadas pelo sistema para derrotar as forças verdadeiramente de esquerda e os sindicatos.

Perante esta catástrofe Mundial o que deve fazer a verdadeira esquerda e os Sindicatos? Primeiro ponto sair do Burguesismo em que caíram, sair do quentinho do Parlamento, Recuar, dar um passo atrás, reorganizar as suas bases, sair do casulo e deixar de trabalhar em circuito fechado, Parlamento, militantes. As forças verdadeiramente de esquerda e Sindicais, estão a cometer erros enormes querendo lutar contra um sistema que utiliza armas nucleares, lutando com pedras.

As forças de esquerda e Sindicais cometeram o enorme erro de pensar que no Parlamento podiam lutar contra o sistema. Tal não é possível e as provas estão bem à vista. A luta dos Partidos de esquerda tem de ser em primeiro lugar nas ruas, nas fábricas, nos locais de trabalho, junto dos trabalhadores, a luta Parlamentar nunca pode estar em primeiro lugar, como está neste momento. As forças de esquerda e Sindicais por isso têm de recuar, fazer um trabalho de politização, explicar o que são os valores de esquerda, milhares de vezes, em todos os lugares onde isso for possível. Voltar de novo ao trabalho de base concreto e realista. Por exemplo em Portugal é um erro enorme das forças de esquerda e Sindicais, levarem ao colo o PS, isso vai ter resultados catastróficos para as forças de esquerda, Sindicais e para as Classes trabalhadoras.

As forças de esquerda e Sindicais, a nível mundial, têm culpas enormes ao deixarem, e em alguns casos se tornarem cúmplices, essa moda do “todos iguais” e todos no mesmo saco e isso está a ter resultados catastróficos para a esquerda, para os Sindicatos e classes trabalhadoras.

Temos de acordar, temos de nos reorganizarmos, temos de voltar aos fundamentos da esquerda, temos de defender com todos os meios disponíveis os nossos valores de esquerda, temos de explicar milhares de vezes o que são os valores de esquerda, no fundo e resumindo temos de derrotar essa moda do “todos iguais”, que é uma das bases, talvez a mais importante, de que a ditadura que manda no Mundo utiliza: o analfabetismo político.

Por isso os TRUMP e os MACRON estão a chegar ao poder em todo o lado, por isso a extrema-direita tem uma importância enorme no Mundo de novo e chegando de novo ao poder, por isso a esquerda está sendo derrotada em todo o lado e em muitos lugares aniquilada, por isso os Sindicatos perderam toda a força e influência e estão sendo massacrados.

Agentes de imigração dos EUA prenderam o médico de Michigan que viveu nos EUA por 40 anos

NOS

O Independente 

Clark Mindock, The Independent há 15 horas atrás


Sr. Niec em uma foto tirada do site do empregador: Bronson Healthcare

Um médico respeitado que esteve nos Estados Unidos há quase 40 anos foi apanhado por agentes de imigração americanos depois que a administração do Trump negou sua tentativa de renovar seu cartão verde.

Lukas Niec, médica de medicina interna conhecida por longas horas no hospital em Kalamazoo, Michigan, foi apanhada pelos agentes de imigração e aduaneiros durante o fim de semana.

Ele agora está sentado sentado em uma prisão esperando por uma palavra quando ele será autorizado a retornar à sua vida normal - ou se ele pudesse fazê-lo.

O Sr. Niec, médico de medicina interna do Hospital Metodista Bronson de Kalamazoo, mudou-se para os Estados Unidos há quase 40 anos quando tinha cinco anos de idade. Seus pais o trouxeram da Polônia em 1979, ao lado de sua irmã, que disseram que tinham embalado apenas duas malas antes de fazer a viagem.

"Em 1979, meus pais eram dois médicos, deixaram a Polônia e levaram duas malas e duas crianças pequenas - meu irmão tinha cinco anos e eu tinha seis anos e eles vieram aqui para uma vida melhor para seus filhos", Iwona Niec-Villaire, A irmã do Sr. Niec disse a um repórter local.

Mas agora, o Sr. Niec enfrenta uma eventual deportação depois de viver aqui para a grande maioria de sua vida.

"Ele nem fala polonês", disse a Sra. Niec-Villaire, que agora é advogada.

A prisão foi feita na terça-feira, enquanto o Sr. Niec estava curtindo um dia de folga com suas filhas em um lago que ele possui perto de Kalamazoo. Três agentes de Imigração e Alfândega entraram em casa e o levaram à prisão preventiva.

"Enquanto a Bronson Healthcare, como outras pessoas, respeita as leis e regulamentos relativos à imigração dos Estados Unidos, estamos seguindo de perto a situação em torno da detenção do Dr. Lukasz Niec e estamos fazendo tudo o que podemos para defender o Dr. Niec," o hospital onde ele Os trabalhos escreveram em um comunicado na segunda-feira. "Fomos em contato com nossos representantes eleitos e temos nossos conselheiros de imigração coordenados com o advogado do Dr. Niec para explorar todas as opções para garantir sua pronta liberação da detenção".

A administração do Trump supervisionou um aumento nas prisões de imigrantes durante o ano passado, e os serviços de imigração dos EUA dizem que a prioridade para as prisões e ataques feitos é atingir pessoas com histórico criminoso ou perigoso. Enquanto as prisões foram elevadas, houve menos sobre todas as deportações desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo.

O ICE não respondeu a um pedido de comentário sobre o caso do Sr. Niec, e para esclarecimentos sobre como sua história o qualificou como alvo para a agência.

“E viveram assim-assim para sempre”

por Sérgio Barreto Costa

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No final do ano passado, em entrevista ao canal americano CNBC, Mário Centeno defendeu que tinha chegado a hora de colher os frutos da austeridade; na última semana, em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, o mesmo Centeno afirmou estarem errados todos aqueles que lhe colocam o rótulo de anti-austeridade e de anti-Schäuble, uma vez que nunca se descreveu dessa forma.

Quando comparamos estas palavras com aquelas que são proferidas aos portugueses, vemos que o ministro das finanças é um grande fã do filme O Pátio das Cantigas, nomeadamente da parte em que Maria da Graça canta a música Conversa para Estrangeiro ao Ribeirinho. É que na “conversa para cidadão nacional”, a canção mais ouvida dentro de fronteiras, a austeridade, além de ter sido inimiga de qualquer tipo de apanha, deixou os pomares mirrados e moribundos, quase sem salvação possível.

Na opinião de alguns analistas políticos de grande qualidade, e também na minha, os ares internacionais funcionam para os nossos governantes como uma espécie de tiopental de sódio, mais conhecido na gíria por soro da verdade. Basta colocarem um pé em Badajoz e transformam-se imediatamente no advogado impossibilitado de mentir com que Jim Carrey nos divertiu nos anos 90.

Curiosamente, as versões propagadas no território nacional são sempre mais cor-de-rosa do que as transmitidas lá fora, como se a magia ficasse retida no posto fronteiriço de Vilar Formoso. Desconfio até que as histórias de embalar que os nossos ministros contam aos filhos quando estão em viagem sofrem ligeiras transformações. Uma vez no estrangeiro, em lugar de finais felizes, o mais provável é que a casa de tijolos e cimento do porquinho Prático seja abalada estruturalmente por um terramoto, acabando os três suínos na barriga do lobo mau; e que a Cinderela desenvolva um doloroso joanete que impeça o sapatinho de cristal de lhe entrar no pé; e que o Pinóquio resista a todos os malandros que o tentam desencaminhar no percurso até à escola, apenas para acabar morto de frio numa sala de aula devido à falta de aquecimento provocada pelas cativações orçamentais.

Economia política encontra-se

Ladrões de Bicicletas


Posted: 22 Jan 2018 01:12 PM PST

Por coincidência, no ano em que se assinala os 200 anos do nascimento de Karl Marx, a recém-criada Associação Portuguesa de Economia Política realiza (Lisboa, ISCTE, 25-27 Janeiro) o seu primeiro encontro anual. Um dos conferencistas estrangeiros convidados é Ben Fine, precisamente um dos principais economistas políticos marxistas mais relevantes da actualidade, sendo co-autor daquela que é, do que eu conheço, a melhor introdução a O Capital de Marx. A sua tradução portuguesa será aí lançada.
Fine é um economista político do desenvolvimento, que, entre outras, tem dado contributos significativos na área dos sistemas de provisão, ou seja, da miríade de instituições, valores e relações que moldam a produção e distribuição de bens no capitalismo, um quadro que alguns de nós temos usado para analisar o capitalismo em Portugal.
Numa associação interdisciplinar e pluralista haverá espaço para muitas abordagens e temas, ou não fosse este encontro subordinado ao tema “A Economia enquanto Realidade Substantiva”, remetendo explicitamente para a abordagem institucionalista de Karl Polanyi, outro dos pontos intelectuais de encontro de cientistas sociais que estudam a evolução histórica do capitalismo, enquanto processo social e político de provisão.
Obviamente, as dezenas de comunicações já estão registadas, a Escola de Inverno já está cheia, mas há sempre espaço para inscrições de última hora para quem queira assistir à conferência. Até lá. 

Governo autoriza prolongamento de prospeção de petróleo ao largo da Costa Vicentina

Pela terceira vez, o consórcio Eni/Galp consegue prolongar a concessão para fazer furos na Costa Vicentina. Este prolongamento é por mais um ano. O consórcio obtém agora o que não conseguiu em 2016, quando pediu o prolongamento por dois anos.

21 de Janeiro, 2018 - 10:01h

Pela terceira vez, o consórcio Eni/Galp consegue prolongar a concessão para fazer furos na Costa Alentejana

Pela terceira vez, o consórcio Eni/Galp consegue prolongar a concessão para fazer furos na Costa Alentejana

Segundo o “Expresso” deste sábado, 20 de janeiro de 2018, o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, autorizou, a 8 de janeiro, o prolongamento dos direitos de prospeção das concessões “Lavagante”, “Santola” e “Gamba”, ao largo da Costa Vicentina, por mais um ano. Esta era a pretensão do consórcio Eni/Galp e o secretário de Estado justifica a sua decisão com o chumbo pelo tribunal de três providências cautelares (apresentadas pela comunidade Intermunicipal e pela Câmara de Odemira) e com os gastos de investimentos “superiores a 76 milhões de euros” por parte de Eni/Galp nos últimos 10 anos.

O jornal assinala que o plano de trabalhos para a realização do furo depende da aprovação de uma Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), por parte do ministério do Ambiente, e ainda de mais duas condições: a apresentação de cópia da apólice de seguro e a “prestação de uma caução de 20.375.500,00 euros”.

A Eni pretende, no entanto, a aprovação incondicional do prolongamento do plano de trabalhos para realizar o furo até ao final de 2018, recusando estas exigências e considerando que a Avaliação de Impacte Ambiental não é necessária. O jornal refere que a exigência de AIA, por parte do secretário de Estado da Energia, é reforçada por uma resolução aprovada em dezembro passado na Assembleia da República que exige a suspensão da prospeção de hidrocarbonetos, enquanto “não houver conclusão e discussão pública” da AIA.

As Câmaras da Costa Vicentina (Santiago do Cacém, Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo) estão contra os furos ao largo dos seus concelhos e várias associações ambientalistas defenderam não só que essa posição fosse respeitada, como exigiram “a anulação de todos os contratos de prospeção e exploração de petróleo e gás em vigor em Portugal”.

Na sua página no facebook, João Camargo critica a decisão do governo e afirma: “Não passarão”: