Translate

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Elina Fraga investigada por gastar dinheiro da Ordem dos Advogados em gambas

Vítor Elias

22 DE FEVEREIRO DE 2018

A liderança de Elina Fraga na Ordem dos Advogados está a ser auditada e os auditores descobriram que a bastonária gastava milhares de euros por mês em gambas, enquanto o antigo bastonário Marinho e Pinto a tratava por “herdeira da parada”. A investigação descobriu ainda que a paixão de Elina Fraga por marisco não acabou e passou a comer camarão de Espinho que lhe é trazido por Salvador Malheiro quando vai ali ao lado à sua Ovar natal.

Quando o humor se confunde com a realidade

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

IP.jpg

via o Inimigo Público

Diz-se por aí que não é montagem

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

PSD

e mesmo que fosse, os fachos modernos já não são muito dados ao bigode.

Encontrado no Twitter de Tiago Silva.

Ladrões de Bicicletas


Posted: 24 Feb 2018 01:35 AM PST

A propósito das visitas regulares do FMI, agora já não podemos invocar o senhor Subir Lall, entretanto substituído pelo mexicano Alfredo Cuevas. Mas a liturgia da visita não mudou muito. Apenas o choque com a realidade, que expõe e contradiz, de forma cada vez mais clara, o fracasso dos mantras da instituição, complica a vida dos seus técnicos, obrigando a maiores concessões e a um esforço acrescido de dissimulação.
A parte mais difícil será essa: reconhecer que os avisos sobre as políticas seguidas, ao arrepio das recomendações do FMI, não tiveram as consequências nefastas então profetizadas, como quem anuncia a chegada do diabo. O desemprego, por exemplo, não aumentou com a subida do salário mínimo - antes pelo contrário - e a economia cresceu mais do dobro que o previsto. E por isso tornou-se necessário reconhecer que o risco da dívida «moderou significativamente» e que o Governo português merece nota positiva.
Feita a parte mais difícil, seguem-se dois tipos de «mas». Os primeiros servem para defender a honra do convento, alertando por exemplo para a necessidade de proteger as reformas laborais e facilitar os despedimentos. Os segundos, que já merecem ser tidos em conta, servem para sinalizar problemas novos (como a necessidade de vigiar a evolução do mercado imobiliário ou de estar alerta para o peso que o turismo tem na recuperação da economia), ajudando também o FMI a melhor acomodar o seu próprio «virar de página», no plano discursivo, sobre os benefícios da austeridade.

Sinal

Posted: 23 Feb 2018 03:57 AM PST

PS, PSD e CDS-PP travam regresso dos CTT à esfera pública e Vieira da Silva volta a defender prémio para baixos salários através da TSU. Duas notícias sem ligação aparente a não ser o sinal relevante de que em Portugal, e ao contrário do que se está a registar no trabalhismo britânico, por exemplo, a Terceira Via continua na prática a dominar uma social-democracia que acha que se pode salvar nesta região dependente através do bloco central europeu de que falava recentemente Centeno (que de resto nem sequer finge que é social-democrata, como se sabe).
O que vai valendo para algumas coisas importantes é não terem a maioria absoluta, ao mesmo tempo que nesta correlação de forças os avanços nas decisivas matérias de relações de propriedade e laborais são demasiadas vezes anulados pelas alianças com a direita, também fruto da pressão externa (Centeno encarna agora claramente esta duas dimensões, já agora). Neste contexto, creio que os factores de crise da social-democracia por essa Europa afora, produto da sua aceitação de demasiados termos euro-liberais, também se manifestarão por cá. Provavelmente, e de forma não desprovida de eventual paradoxo, tão mais intensos quanto por mais tempo forem contidos pela conjuntura económica e política.

Contra

Posted: 23 Feb 2018 02:53 PM PST

Primeiro Facto: Realizaram-se anteontem as eleições para os corpos gerentes do Sindicato dos Jornalistas. Num universo de 2098 inscritos, num total de cinco a seis mil profissionais, votaram 536 sócios (374 em Lisboa e Açores, 119 no Porto e 43 na Madeira).
Segundo facto: Havia duas listas. A Lista B que se candidatava a todos os corpos gerentes e que era presidida pela actual presidente do Sindicato, Sofia Branco. E a Lista A que se candidatava apenas ao Conselho Deontológico (CD) e ao Conselho Geral (CG), e cujo primeiro candidato ao CD era Alfredo Maia, qu foi presidente do Sindicato de 2000 a 2014.
Terceiro facto: Ganhou a Lista B. Para a Direcção, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal, a lista B recebeu 433 votos. Para o CD, a Lista B teve 353 votos, contra 170 da lista A (4 mandatos contra 1). Para o CG, a Lista B teve 366 votos, contra 160 da Lista A (15 mandatos contra 6). Há 3 anos, e pela primeira vez desde 1987, apresentaram-se duas listas. A Lista B (encabeçada por Sofia Branco), ganhou a eleição com 378 votos contra a Lista A (encabeçada por Alfredo Maia) que recolheu 264 votos.
A expressão contra foi usada de forma consciente, na plenitude do seu sentido, e não apenas como utensílio descritivo.
E assim foi por diversas razões. Mas todas elas estranhas, quando os jornalistas têm levado na cabeça todos os dias, quando são forçados a ritmos de trabalho incompatíveis com a produção de uma boa informação e pagos ainda por cima com ordenados cada vez mais pequenos e aliciados/pressionados para fazer horários nocturnos sem ser pagos (aconteceu recentemente na TVI, tendo a administração recuado após resistência de alguns trabalhadores). Os despedimentos campeiam e jazem freelancers, que fazem uns artigos (poucos) pagos ao preço da uva-mijona, com meses de atraso. As redacções estreitam-se, os jornalistas empobrecem, a informação empobrece, ao arrepio das responsabilidades constitucionais (aqui) postas em causa quotidianamente.
Este cenário - que deveria levar todos os sindicalistas a encontrar o que os une, em vez de descobrir razões para se virarem uns contra os outros - foi completamente arredado da discussão eleitoral. E isso ficou claro desde o início:

A primeira eleição da lista B, há 3 anos, já surgiu contra a Direcção então presidida por Alfredo Maia. Defendia-se um novo sindicalismo, com novas pessoas (o que é sempre positivo), mas igualmente, por algumas pessoas, com um certo espírito anti-PCP e anti-CGTP. Sofia Branco disse na altura: "Quem votou escolheu a renovação. Esta votação superou os resultados das últimas eleições quando votaram 500 jornalistas. Desta vez, votaram 700. Temos um longo trabalho pela frente. Queremos tornar este sindicato um sindicato mais forte pela defesa da profissão".
Essa renovação ficou patente na obra que a Direcção quis deixar: realizar o 4º Congresso dos Jornalistas, que não se reunia há décadas. Aconteceu em Janeiro de 2017. Assumidamente por falta de experiência e auto-confiança, o Sindicato entregou a organização do Congresso à jornalista Maria Flor Pedroso que convidou a jornalista Helena Garrido (ambas assumiram essa função, sem quase controlo pela Direcção do Sindicato). E - na minha opinião - transformou-se aquela que poderia ser uma Assembleia Geral alargada do Sindicato numa imensa conferência sobre a comunicação social (inclusivamente com agências de comunicação, directores de informação convidados como tal e até os representantes do patronato), desprovido do seu carácter sindical que deveria ter sido assumido. A ponto de ter sido inclusivamente aprovada uma proposta  (com origem em jornalistas da SIC) que, sem o designar, abre a possibilidade de constituição de uma Ordem, sempre recusada pelos jornalistas.
Apesar do carácter híbrido do evento (integrando mesmo não sócios do Sindicato), a Direcção do Sindicato assumiu-o como um órgão máximo do Sindicato e dispôs-se a cumprir as propostas de lá saídas. Mas passado mais de um ano sobre a sua realização, parte das propostas aprovadas no Congresso ficou, por cumprir. A Lista B apresentou-se a estas eleições dizendo algo que poderá ter uma leitura cómica, que foi: "Votem em nós para que possamos concretizar as propostas aprovadas"...
Mas isso é como tudo: os sindicalistas são generosos, mas são poucos! E o tempo passa depressa e não é possível ir a todas, sobretudo trabalhando ao mesmo tempo. Mas, por isso mesmo, era conveniente agregar toda a gente generosa, capaz e com vontade de ajudar. E não criar barreiras idiotas, apenas próprias de sectarismos políticos que não levam a nenhuma parte, se não a divisões artificiais. Abrir a actividade do Sindicato, em vez de a fechar. 
A campanha eleitoral foi um exemplo claro disso. A Lista A surgiu, com pessoas incomodadas com o rumo do Sindicato, que achavam estar a definhar como sindicato de classe. E a Lista B sentiu-se injustiçada, atacada e armou-se de todas as maneiras. Criou-se um ambiente de barricada estupidamente feio, incompreensível.
Os comunicados da lista A podem ser encontrados aqui. E os da lista B aqui. E convidam-se todos a visitá-los e a testar o que deles transparece sobre o papel do Sindicato. A campanha eleitoral foi pobre, tendo em conta o panorama da classe e do país.
A Lista B abriu as hostilidades e degradou logo o ambiente. Num comunicado sobre o Conselho Geral, fez questão de afirmar que "uma equipa que não segue diretórios ou comités, uma lista de gente que pensa pelas suas cabeças, cuja unidade coerente se baseia na múltipla diversidade daqueles que nela participam", numa alusão ao facto de a Lista A integrar militantes do PCP e ser presidida por Alfredo Maia. Aliás, a lista B achou ainda por bem, no seu último comunicado, questionar a deontologia de Alfredo Maia, primeiro candidato da lista A para o Conselho Deontológico, por ser membro da assembleia municipal da Maia, eleito desde Outubro de 2017...  "Por estas razões – mesmo sabendo que este parece ser um assunto tabu entre a classe –, convidam Alfredo Maia a esclarecer desde já a sua posição: tenciona ou não tenciona renunciar ao mandato na Assembleia Municipal da Maia, caso venha a ser eleito para o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas?" Um entendimento perfeitamente ilegal e abusivo, mas sobretudo uma manobra baixa de final de campanha.
Apesar de fustigada, a lista A ragiu à primeira em tom digno, respondendo à questão de fundo, mas já não quis reagir à última nota. Mas a animosidade estava lá.
Face a falta de resposta, um dos seus elementos da lista desenvolveu na sua página pessoal do Facebook as razões inconstitucionais de limitar os direitos de alguém apenas por ser comunista ou jornalista, quando nem o Tribunal Constitucional o questiona (Artº 13º, 2: "Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual."). E escreveu essa candidata: "O que dizer deste género de gente???!!!! Apenas que desonram o Jornalismo!". E depois atirou-se ainda, numa alusão à orientação sexual assumida pela candidata da lista B: "Ao que parece invocar as opções sexuais de alguém é crime de lesa indivíduo. Por seu turno, invocar as opções político-partidárias de alguém não. Sobretudo quando estas se situam na área do PCP. Pois bem, e que tal irem levar no entrefolhos?"
O mesmo tom de barricada foi recuperado ontem, mas do lado da lista B, por uma das candidatas eleitas ao CD pela Lista B: "E a lista B ganhou as eleições ao sindicato dos jornalistas, com maioria absoluta no conselho deontológico e no conselho geral!!!! A Direcção já era nossa e mantém-se com um belo número de votos de confiança face ao bom trabalho que tem sido feito!!!"
Claro que há demasiado anti-corpos de lado a lado. E, se calhar, baseados em motivos verdadeiros para ambos os lados, outros ampliadas por diversas razões, que tornam a leitura geral injusta. Mas aquilo que poderia ter sido aproveitado para trazer mais pessoas ao sindicalismo, foi desbaratado numa guerra suja.
Há pessoas válidas nas duas listas e interessadas em defender o melhor que sabem os interesses dos jornalistas como trabalhadores. Talvez haja orientações diferentes sobre qual deve ser o papel do Sindicato, mas tudo se discute e deve discutir, sem uma lógica dos "nossos" contra "eles". Receia-se que as divergências de política se transformem em disputas pessoais ou contra pessoas - e não numa unidade de acção ou numa disputa verdadeira de opiniões distintas - e que esse se torne o modo de funcionamento do Sindicato.
Que se arrepie caminho a tempo.

Depressão pós-Davos

por estatuadesal

(Joseph E. Stiglitz, in Expresso, 24/02/2018)

stiglitz2

Os CEO em Davos lamberam os beiços face ao corte de impostos aprovado por Trump e pelo Congresso. Trata-se de um mundo em que o materialismo é rei

DAVOS — Tenho assistido à conferência anual do Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça — onde a chamada elite global se reúne para discutir os problemas do mundo — desde 1995. Nunca saí tão desalentado como este ano.

O mundo está a ser assolado por problemas quase incontroláveis. A desigualdade está em ascensão, especialmente nas economias avançadas. A revolução digital, apesar do seu potencial, também implica riscos sérios para a privacidade, a segurança, os empregos e a democracia — desafios que são agravados pelo crescente poder monopolístico de uns poucos gigantes de dados americanos e chineses, que incluem o Facebook e o Google. As mudanças climáticas representam uma ameaça existencial para a economia global como a conhecemos.

Talvez mais desanimadoras que estes problemas, contudo, sejam as respostas. Na verdade, aqui em Davos, CEO provenientes de todo o mundo começam a maioria dos seus discursos reafirmando a importância dos valores. As suas atividades, proclamam, visam não só a maximização dos lucros para os acionistas, mas também a criação de um futuro melhor para os seus trabalhadores, para as comunidades em que trabalham e para o mundo de um modo geral. Podem até referir os riscos colocados pelas mudanças climáticas e pela desigualdade.

Mas quando os discursos terminaram este ano despedaçou-se qualquer ilusão que restasse sobre os valores que motivam os CEO de Davos. O risco que mais parecia preocupar estes CEO era a reação populista contra o tipo de globalização que construíram — e com a qual beneficiaram imensamente.

Não surpreende que estas elites económicas tenham dificuldade em compreender a extensão com que este sistema falhou a grandes faixas da população na Europa e nos Estados Unidos, fazendo estagnar os rendimentos reais da maior parte das famílias e com que a parte do trabalho no rendimento baixasse substancialmente. Nos EUA, a esperança de vida desceu pelo segundo ano consecutivo; para as pessoas com uma educação apenas de nível secundário, o declínio verifica-se há muito mais tempo.

Nem um dos CEO dos EUA cujos discursos ouvi (ou ouvi falar) mencionou o fanatismo, a misoginia ou o racismo do Presidente dos EUA, Donald Trump, que estava presente no evento. Nem um deles mencionou o fluxo imparável de declarações ignorantes, mentiras deslavadas e ações impetuosas que erodiram a posição do Presidente dos EUA — e, portanto, dos EUA — no mundo. Nenhum mencionou o abandono de sistemas para a determinação da verdade, e da própria verdade.

Desde 1995 que vou ao Fórum de Davos mas nunca saí tão desalentado como este ano

Na verdade, nenhum dos titãs corporativos da América mencionou as reduções governamentais no financiamento para a ciência, tão importantes para o fortalecimento da vantagem comparativa da economia dos EUA e para a sustentação dos ganhos no nível de vida dos americanos. Nenhum mencionou a rejeição a que a administração Trump votou as instituições internacionais, ou os ataques à imprensa ou à justiça nacional — que correspondem a um assalto ao sistema de controlo que sustenta a democracia dos EUA.

Não, os CEO em Davos lamberam os beiços face à legislação fiscal recentemente aprovada por Trump e pelos republicanos do Congresso, e que entregará centenas de milhares de milhões de dólares às grandes empresas e às pessoas abastadas que as detêm e as gerem — pessoas como o próprio Trump. Estão imperturbados pelo facto de que a mesma legislação levará, quando for completamente implementada, a um aumento de impostos para a maioria da classe média — um grupo cujas fortunas têm vindo a declinar durante os últimos 30 anos.

Mesmo no seu mundo tacanhamente materialista, onde o crescimento importa mais que tudo o resto, a legislação fiscal de Trump não deveria ser celebrada. Afinal, diminui os impostos sobre a especulação imobiliária — uma atividade que em nenhum lugar produziu prosperidade sustentável, mas que contribuiu para o aumento das desigualdades em todo o mundo.

A legislação também aplica um imposto sobre universidades como Harvard e Princeton — onde foram originadas várias ideias e inovações importantes — e levará a uma diminuição da despesa pública ao nível local, em partes do país que se desenvolveram precisamente porque fizeram investimentos públicos na educação e nas infraestruturas. A administração Trump está claramente disposta a ignorar o facto óbvio de que, no século XXI, o êxito na verdade exige mais investimento na educação.

Para os CEO de Davos, parece que os cortes fiscais para os ricos e para as suas corporações, juntamente com a desregulamentação, são a resposta para todos os problemas do país. A economia do gotejamento (trickle-down economics), defendem, acabará por garantir que toda a população retire benefícios económicos. E os bons corações dos CEO são aparentemente tudo o que é necessário para assegurar que o ambiente fica protegido, mesmo sem regulamentação relevante.

Porém, as lições da história são bem claras. A economia do gotejamento não funciona. E uma das principais razões pela qual o nosso ambiente se encontra num estado tão precário é que as empresas, por si só, não cumpriram as suas responsabilidades sociais. Sem regulamentação eficaz e sem um preço real a pagar pela poluição, não existem quaisquer motivos para acreditar que se portarão de forma diferente do que já fizeram.

Os CEO de Davos estavam eufóricos com o retorno ao crescimento, com os seus lucros e salários crescentes. Os economistas relembraram-lhes que este crescimento não é sustentável, e que nunca foi inclusivo. Mas estes argumentos têm pouco impacto num mundo em que o materialismo é rei.

Por isso, esqueçam os lugares-comuns sobre valores, recitados pelos CEO nos parágrafos de abertura dos seus discursos. Pode faltar-lhes a fraqueza do personagem de Michael Douglas no filme, de 1987, “Wall Street”, mas a mensagem não mudou: “A cobiça é boa.” O que me deprime é que, embora a mensagem seja obviamente falsa, tanta gente que ocupa o poder acredite que é verdadeira.

(Prémio Nobel da Economia, professor universitário na Universidade de Columbia.
© Project Syndicate 1995-2018)