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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Estoril abre inquérito a jogadores devido à atitude no jogo frente ao FC Porto

DESPORTO

24 de fevereiro 2018

Os estorilistas sofreram três golos em 45 minutos.

Segundo o Correio da Manhã, a administração SAD do Estoril-Praia decidiu instaurar um inquérito aos jogadores do clube em campo nos segundos 45 minutos do jogo frente ao FC Porto.

Em causa estará a falta de empenho da equipa de Ivo Vieira, que acabou por sofrer três golos em 45 minutos.

Depois do jogo, o treinador estorilista Ivo Vieira até disse que “dava dó” ver a equipa a jogar assim. Já este sábado, Ivo Vieira negou que exista qualquer inquérito à sua equipa.

Recorde-se que este foi o jogo em que a primeira parte foi jogada a 15 de janeiro, com a segunda parte a ser adiada para o passado dia 21 de fevereiro por alegados problemas na bancada no estádio do Estoril.

O Estoril até foi para a segunda parte do jogo a vencer por 1-0, mas acabou por perder por 1-3.

Entre as brumas da memória


Catalunha: Beija-mão? Não, obrigada

Posted: 25 Feb 2018 01:48 PM PST

Colau, sobre su plante al rey: "El besamanos es un acto de vasallaje impropio del s. XXI".

«"Ayer [por el sábado] expliqué que no participaré en la recepción protocolaria del rey, lo que coloquialmente se conoce como el besamanos. Sí que participaré en la cena y en la inauguración del Mobile World Congress, donde coincidiré con el rey y otras instituciones. Allí nos relacionaremos con respeto entre representantes de diferentes instituciones que hemos trabajado intensamente para que esta edición del Mobile sea un éxito. Pero una cosa es el respeto institucional y otra la pleitesía. Más en los tiempos que corren", afirma la alcaldesa en su post.

Colau se reafirma en su crítica a Felipe VI por su reacción tras las cargas policiales del 1 de octubre ("en Barcelona ciudad hubo cargas en 27 escuelas", afirma). "El rey no ha tenido un mínimo gesto de empatía hacia la gente que sufrió esas cargas e hizo un discurso durísimo avalando la línea represiva en lugar de intentar apaciguar el conflicto y aportar serenidad, que era lo que en principio se esperaría de un jefe de Estado", denuncia.»

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Dica (723)

Posted: 25 Feb 2018 10:51 AM PST

From Spain to Germany and Italy, the outflanked centre-left cannot hold (Jon Henley)

«The collapse of the social democratic vote across the continent calls for radical solutions – including a decisive break with the centre-right.»

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Num restaurante perto de si

Posted: 25 Feb 2018 07:30 AM PST

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Inovação – entre a Lucidez e a Moda

Posted: 25 Feb 2018 03:03 AM PST

«Seria difícil subestimar o valor central da Inovação em qualquer sociedade, economia, instituição ou empresa do séc. XXI. Trata-se de algo absolutamente crucial para manter a liderança, a competitividade e a eficiência. É mesmo essencial para assegurar a sobrevivência de modelos de negócio, tecnologias, nações, produtos ou sistemas políticos. Contudo, o empolgado reconhecimento dessa relevância tem transformado a palavra Inovação numa moda retórica, algo que “fica bem” em qualquer discurso de um político, um académico ou um empresário. Induz um ar de frescura e modernidade. Todavia, a ritualização do conceito de Inovação enquanto moda, marketing de imagem ou exercício pseudo-intelectual, frequentemente parece contaminá-la com abordagens excessivamente simplistas, fáceis, amadoras e redundantes. Talvez a genuína Inovação seja prejudicada pela ligeireza com que é invocada.

Mencionar a Inovação 1 milhão de vezes não transforma ninguém num inovador. Frequentar mediaticamente eventos como a Web Summit ou cerimónias de apresentação de “programas” sem fim, “fundos” e dinheiro, muito dinheiro, pode capitalizar visibilidade simpática. Mas talvez o que sobra em fácil imagem possa faltar em substância.

Como noutros domínios, retenho a recorrente a sensação de que em Portugal, tal como na Europa, proliferam os elegantes teóricos da inovação que nunca inovaram nada. E erra-se sistematicamente ao interpretar a Inovação como um conceito essencialmente tecnológico. Logicamente, a inovação tecnológica é estruturalmente importante em toda a evolução da humanidade. Ao longo dos séculos fomos gerando vagas de inovação tecnológica, no seguimento de novas técnicas de construção naval, da revolução industrial, do motor de combustão, da eletricidade, do avião, das telecomunicações, do computador, da Internet ou do telemóvel. Já passaram múltiplas gerações desde a descoberta da eletricidade e, no entanto, continuamos em cada dia a desenvolver com ela novas aplicações.

Mas seria redutor da Inovação concebê-la apenas como descoberta de novas tecnologias. Inclusive, a quase totalidade da inovação tecnológica consiste não em inventar novas tecnologias mas, isso sim, em ter a imaginação criativa para, com as tecnologias existentes, criar novas formas de as aplicar.

Inovação consiste também em criar novas abordagens, novos métodos, novas ideias, novas visões estratégicas, por exemplo. E Portugal é um excelente exemplo para esta questão, por exemplo no que se refere à nossa competitividade. Na verdade, Portugal está relativamente modernizado no plano tecnológico. As nossas principais disfunções são outras. Temos boas telecomunicações, uma malha de autoestradas absurdamente luxuosa, uma ampla utilização de tecnologias da informação, uma Internet que considero mais eficiente que a média da Alemanha, terminais Multibanco omnipresentes para um grande número de aplicações como em poucos países se verifica. O que limita a competitividade da economia portuguesa não é um atraso tecnológico mas um atraso de mentalidades, uma cultura de trapalhice, uma fraca gestão, uma compulsiva regulamentação tão exagerada que se torna terceiro-mundista e que gera uma burocracia que asfixia os cidadãos, as empresas e os verdadeiros inovadores. E, lamentavelmente, talvez nada em Portugal necessite de mais inovação do que a decrépita política.

As empresas estão, em média, razoavelmente equipadas com tecnologia. O que falta inovar é a inteligência criativa da sua gestão, que é desorganizada e fraca no plano corrente e péssima no fundamental âmbito da gestão estratégica. O que geralmente falta não é o aumento de luzinhas a piscar e “novas tecnologias”, mas a inteligência da gestão e a boa organização com as tecnologias que já existem, criando modelos de negócio inovadores e proactivos, novas estratégias e novas abordagens aos mercados, ideias inteligentemente disruptivas. Resiste-se, com pavor das mudanças, às enormes mas inevitáveis tecnologias revolucionárias de fintech, enquanto as universidades estão frequentemente desfasadas do conhecimento de ponta e cristalizadas em contextos ultrapassados e enquanto a política e os media tendem a baixar ainda mais em qualidade.

O Homem foi à Lua num programa espacial que utilizava computadores com muito menor capacidade de computação do que os telemóveis que agora temos no bolso. A chave dessa aventura foram as mentes criativas. Falta em Portugal a humildade para se reconhecer que o que falta para aumentar a nossa competitividade é essencialmente a inovação das ideias, da qualidade de gestão e da visão estratégica. Como aqui não existe essa inteligente humidade e essa lucidez estratégica, vivemos em constante negação das realidades e tentamos todos acreditar que a solução é uma qualquer nova chuva de dinheiro, fundos, programas. E, porque detestamos olhar de frente o facto de termos que Inovar a qualidade daquilo que fazemos na política e na gestão de tudo, gostamos de acreditar que faltam novas tecnologias e que a elegante palavra “Inovação” é tudo menos inovarmo-nos a nós próprios.

A própria União Europeia, em negação da realidade que é a sua progressiva secundarização internacional na economia, na produção científica e tecnológica e na influência política, prefere exibir enormes avalanches de dinheiro (dos contribuintes) e elegantes programas sem fim, cuja eficiência global é parcialmente duvidosa e ineficiente. Vivemos num mundo de aparato fácil e de obsessiva mediatização. A sociedade assiste passivamente, não compreendendo que o seu futuro e o das novas gerações é assim vulnerabilizado.

A facilidade com que se assimilam simplismos é impressionante. Criancinhas exibem os seus telemóveis e os seus tablets perante pais que se julgam muito modernos mas que, na verdade, podem estar a revelar tiques de provincianismo. De facto, muitas dessas criancinhas gerarão jovens e adultos que, com um ar tecnologicamente deslumbrado, não terão desenvolvido capacidades de simples cálculo mental ou de real criatividade pessoal. No passado, crianças brincavam com peças básicas da LEGO para imaginarem e construírem com criatividade pessoal a partir do abstrato. Agora as criancinhas recebem módulos da LEGO já “pré-pensados” e digeridos. Montam o que alguém pensou por si e seguem o desenho das instruções. Subtilmente, criam-se de gerações de executores, em lugar de gerações de inovadores e criadores. As exceções são aqueles que resistirem a esta normalização. A China é agora o maior mercado da LEGO e aí as crianças são incentivadas a imaginar. O futuro é assim mudado. Crianças na Índia, sem nada, inventam alegremente brinquedos a partir do básico. Não surpreende que indianos, no seu país original ou espalhados no mundo, recolham uma espantosa gama de Prémios Nobel e estejam por quase todo o lado em posições de liderança na ciência, na tecnologia, nas maiores empresas ou na medicina. E a Índia já controla 2 terços do sofisticado mercado mundial de serviços de software.

A geografia da Inovação muda radicalmente. A Ásia assume uma pujança avassaladora de que a generalidade dos portugueses não tem a mais ínfima noção. Consideramo-nos avançados na promoção dos veículos elétricos mas no ano passado o número de veículos elétricos adquiridos na China foi quase duplo do número desses veículos vendidos em todos os países da Europa juntos. A China é já o maior exportador do mundo em tecnologias da informação e lidera áreas ascendentes como as energias limpas, a genómica ou a nanotecnologia. Só a cidade chinesa de Shenzhen tem mais de 16.000 autocarros públicos elétricos (leu bem).

Na verdade, não é negativo falar muito de Inovação. O que é perigoso é que falar dela constantemente faça os portugueses sentirem, enganadoramente, que este é um país de excelência em Inovação. Olhando diariamente o mundo percebe-se a diferente realidade.»

Pedro Jordão

As frases de Bárbara Guimarães usadas contra ela em tribunal

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

27.12.2017 16:50 por Alexandre R. Malhado645

Juíza que absolveu Carrilho diz que havia um "clima de harmonia" no casal. Para sustentar as conclusões, usa declarações públicas de Bárbara Guimarães e uma noite na discoteca Jamaica.



  • Em Portugal também existem casais desproporcionais.

    Sábado

    Um caso que já tem dois pontos de vista diferentes para o mesmo crime. Em menos de dois meses, dois julgamentos distintos tiveram desfechos diferentes para Manuel Maria Carrilho, que é arguido em processos por violência doméstica contra Bárbara Guimarães, a sua ex-mulher.

    Para o Juízo Central Criminal de Lisboa, que condenou no fim de Outubro o antigo ministro da Cultura a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa por oito crimes de violência doméstica, ameaça, ofensas à integridade física, injúrias e denúncia caluniosa, "o arguido actuou em todas as ocasiões com o propósito de humilhar, denegrir e maltratar física e psicologicamente" a apresentadora.
    Contudo, no dia 15 de Dezembro, a Secção Criminal da Instância Local de Lisboa considerou que "este processo está nos antípodas de uma relação de aterrorizamento, de rebaixamento da dignidade, de domínio e de neutralização da vontade, de um dos membros do casal sobre o outro", frisando que Bárbara Guimarães "se determinasse a 'representar' perante a comunicação social". Com prova pericial inconclusiva e com testemunhas a ilibarem o antigo ministro, Manuel Maria Carrilho foi absolvido das acusações de violência doméstica.

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    Havia um "clima de harmonia" entre Bárbara e Carrilho?
    Afinal, em que se sustenta a decisão da juíza Joana Ferrer — que foi alvo de dois pedidos de escusa do advogado de Bárbara Guimarães e do MP por acusações de beneficiar o arguido - de absolver Manuel Maria Carrilho?
    Além das várias testemunhas do processo e de uma ausência de um relatório pericial de dano corporal, a juíza sustentou-se em declarações feitas por Bárbara Guimarães entre Janeiro de 2011 e Junho de 2013, que revelam, na opinião de Ferrer, um "clima de harmonia entre o casal".
    "A Assistente [Bárbara Guimarães], nas cerca de vinte declarações públicas que fez entre Janeiro de 2011 e Junho de 2013, sem denotar quaisquer constrangimentos ou reservas, traçou, da sua relação com o então marido, aqui arguido, um quadro que está verdadeiramente nos antípodas das descrições de violência doméstica e que terão levado à abrupta ruptura da relação conjugal, em Outubro de 2013", lê-se na sentença, a que a SÁBADO teve acesso.
    A SÁBADO escolheu três frases da apresentadora analisadas durante o processo que correu na Secção Criminal da Instância Local de Lisboa, e que culminou na absolvição de Manuel Maria Carrilho.
    "Ao meu marido, que me tem aturado..." (20 de Abril 2013, jantar de aniversário)
    É um dos episódios de maior destaque no processo. No mesmo mês em que falaram pela primeira vez sobre a possibilidade de separação, Bárbara Guimarães deu uma "grande festa" no restaurante Can The Can, em Lisboa, entre amigos e o então marido - e terá feito um discurso elogioso a Carrilho.
    Segundo a gravação da festa descrita pela juíza, a apresentadora "refere que estão ali as pessoas que mais ama, explicitando que, entre elas, se encontrava 'o meu marido'. Além disso, agradeceu a presença do marido de uma forma que mereceu destaque no processo: 'que me tem aturado'".
    Como presente de aniversário, duas amigas ofereceram à apresentadora um cão. O arguido irritou-se com o facto e foi, como o próprio admitiu, "pouco simpático" para as convidadas. No capítulo dos "factos provados" do processo, lê-se uma "razão elementar e clara" para a irritação do antigo ministro: "A assistente [Bárbara Guimarães] tinha tido, durante cerca de doze anos, uma cadela, a Lola, a que estava muito ligada, e que tinha morrido num acidente, atropelada, cerca de dois anos antes".
    Como presente de aniversário, Carrilho oferecera à apresentadora uma viagem e estadia durante oito dias no Rio de Janeiro. Ambos fizeram a viagem ainda nesse mês e, segundo a Secção Criminal da Instância Local de Lisboa, a apresentadora enviou uma SMS a uma "amiga próxima" a dizer que "estava tudo magnifico" na viagem.
    Ainda nessa mesma noite de aniversário, pelas quatro da manhã, Bárbara Guimarães quis prolongar a celebração na discoteca Jamaica. Contudo, "sem insultar" a apresentadora, Carrilho disse que não acompanhou a então esposa porque, segundo o próprio, "alguém tinha de tratar das crianças".
    "Eu levaria [para uma ilha paradisíaca] uma garrafa de whisky ou vodka ou coisa assim" (17 de Maio de 2013 no programa Curto Circuito)
    É um facto: verificou-se em Bárbara Guimarães uma série de hematomas - e Carrilho garante que essas lesões são provenientes de quedas após a ingestão de álcool.
    Para o antigo ministro, conta o processo, "os hematomas ou ferimentos nas zonas do corpo atingidas, e que a Assistente então evidenciava, prende-se com a ingestão de álcool que a mesma fazia quase diariamente, e com consequentes quedas".
    Uma das declarações públicas de Bárbara Guimarães mencionadas pelo tribunal no que diz respeito a este assunto aconteceu no programa da SIC Radical, Curto Circuito. Para responder à pergunta "o que levaria para uma ilha paradisíaca", a queixosa diz - em tom de brincadeira - "uma garrafa de whisky ou vodka".
    Entre os factos provados, a juíza considera "as únicas declarações que perturbaram o clima de harmonia entre o casal tiveram, quase exclusivamente, por motivo aquilo que o arguido entendia ser um excessivo consumo de álcool" por parte da então esposa.
    O arguido relaciona o consumo de álcool com o mau momento da carreira da apresentadora em 2013, com "o fim de contratos de publicidade (Seat, BCP ou a L'Oréal)". "São dados objectivos com os quais a assistente teve dificuldade em lidar", lê-se no documento.
    Contudo, a juíza Joana Ferrer não apurou a origem das lesões. Mas conclui: "o arguido não agrediu a assistente fisicamente", nem "em termos psicológicos". Esta conclusão vai contra os factos provados no outro processo levado a cabo pelo Juízo Central Criminal de Lisboa. Segundo esse acórdão, a que a SÁBADO também teve acesso, ficou provado, "nos dias 21-05-2014, 30-05-2014, 15-10-2014, que o arguido, além de ofender a assistente [Bárbara Guimarães] com expressões 'tarada', 'ordinária', 'puta', 'cabra', 'vaca' e 'animal', agrediu-a fisicamente".
    A juíza considera que a apresentadora deveria ter ido ao Instituto de Medicina Legal, para que as agressões ficassem documentadas: "Um relatório pericial de dano corporal seria, seguramente, um fortíssimo e decisivo elemento de prova a apresentar num julgamento por crime de violência doméstica". Guimarães diz que o não fez por "vergonha".


    "Recorri a um grande leitor da minha casa, que lê muito, escreve muito, pensa muito" (19 de Junho de 2013, programa da SIC "Boa Tarde")
    Além das alegadas agressões, também é referido pela queixosa que Carrilho se "isolava da família", refugiando-se no sótão.

    Segundo o processo, o sótão era uma "divisão luminosa" de cerca de 100m2, e lá estava instalado o escritório e a biblioteca com milhares de volumes. Carrilho trabalhava lá e, segundo o processo, os seus filhos tinham "uma carteira escolar ao estilo dos anos 60", recantos próprios para brincar" e "uma mesa de bilhar".
    Ferrer diz que o sótão era "um lugar de sonho" para a família - e não "uma divisão sombria onde o arguido se refugiava para se afastar do convívio". "Era uma importante e bonita divisão da casa", lê-se.

    Para a juíza, que se baseia também numa declaração pública de Bárbara Guimarães num programa da SIC, aquando do lançamento do livro Páginas do Páginas Soltas, Carrilho estava disponível para ajudá-la. "Muitas vezes me tirou dúvidas, falámos, discutimos sobre as expectativas de alguns dos livros e matérias que para mim era na altura insondáveis... aqueles grandes filósofos!...", disse a apresentadora em directo.
    A juíza considera que Guimarães "nunca entendeu muito bem a natureza do trabalho intelectual do então marido, o que é bem patente nas alusões que faz ao facto de este se 'isolar no sótão'".

    Onde é que a Ordem dos Advogados gastou mais de um milhão?

    AUDITORIA

    14.11.2017 15:16 por Alexandre R. Malhado e Carlos Rodrigues Lima861

    A SÁBADO revela-lhe todos os gastos do mandato da ex-bastonária Elina Fraga. Envio do documento para a PGR dividiu advogados. O actual bastonário votou contra.


  • A auditoria ao mandato de Elina Fraga à frente da Ordem dos Advogados (OA) aponta à gestão da ex-bastonária incumprimentos do Código da Contratação Pública, violações dos estatutos e falta de controlo orçamental, com um "crescimento significativo nos gastos de 2015 para 2016", no valor de 1.315,50 milhares de euros. Agora, ao que a SÁBADO apurou, os resultados foram remetidos para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para o Tribunal de Contas (TdC), numa votação não unânime do Conselho Geral, em que até o actual bastonário, Guilherme Figueiredo, votou contra.

    Segundo o relatório da auditoria, a que a SÁBADO teve acesso, os "resultados negativos de 2016" referentes aos lucros justificam-se com as "rubricas de fornecimentos e serviços externos" (955 milhares de euros) e "pessoal" (153 milhares de euros), e um aumento nos rendimentos de advogados da Ordem. Em suma, o triénio 2014-2016 apresentou uma "redução significativa" do lucro líquido, com uma diminuição de 1.146 milhares de euros (32%) face ao mandato de Marinho e Pinto.

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    O incumprimento do Código da Contratação Pública
    A auditoria coloca em causa o cumprimento do Código da Contratação Pública, dizendo que "não houve evidência de serem efectuadas consultas ao mercado para a escolha de fornecedores no fornecimento de bens e serviços" - e no mandato de Elina Fraga foram gastos mais de 992 mil euros entre honorários e trabalhos especializados.
    Relativamente a serviços pagos a advogados a título independente, verificou-se que cerca de 84% dos montantes pagos no triénio 2014 - 2016 estão concentrados em três advogados, nomeadamente o ex-patrono de Elina Fraga, Adérito Ferro Pires, e dois membros do Conselho Geral. A título individual, Ferro Pires recebeu 187 mil euros.
    No que toca a sociedades de advogados, 98% dos montantes pagos estão centrados em 5 sociedades de advogados. O nome de Adérito Ferro Pires volta a surgir, mas desta vez ligado à sua sociedade de advogados. De acordo com o documento, neste período, a AFP-Adérito Ferro Pires & Associados também recebeu 127.428 euros. Juntando este valor ao que Ferro Pires recebeu a título individual, dá um total de 314.428 euros.
    Aumentos a funcionários do Conselho Geral. Elina Fraga ganhou mais 15 mil euros que Marinho
    Durante o seu mandato, Elina Fraga aprovou aumentos a funcionários do Conselho Geral da Ordem dos Advogados. "A rubrica de gastos com pessoal aumentou 3 % face ao triénio de 2011-2013, justificado pelo incremento das remunerações", lê-se no relatório da auditoria. O aumento foi de mais de 554 mil euros, com os gastos com pessoal a subirem de 16,2 milhões de euros entre 2011 e 2013 para 16,7 milhões de euros entre 2014 e 2016.
    O próprio salário de Elina Fraga é superior ao do antigo bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto. A ex-bastonária auferiu durante o seu mandato cerca de 61 mil euros, mais 15 mil euros que Marinho.
    "Violação dos estatutos" por acumulação de cargos? Talvez
    Duas das três advogadas que receberam mais a título individual receberam honorários ou pagamentos de prestação de serviços.
    Carla Teixeira Morgado recebeu honorários de assessoria jurídica, e cumulativamente, assumiu funções de vogal do Conselho Geral, no período de 2014 a 2016. Segundo o relatório, "há que aferir se estes pagamentos podem ser considerados, ou não, como uma violação dos estatutos".
    Já Sandra Horta e Silva prestou serviços para a emissão de pareceres e recursos do Conselho Geral enquanto assumia funções de vogal do Conselho Geral.


    "Inconsistências nas despesas" por deslocações

    A auditoria revelou ainda "alguma inconsistência nas despesas apresentadas pela Dra. Elina Fraga, nomeadamente relacionados com os locais de partida".
    Durante o triénio, Elina Fraga foi a que mais gastou em deslocações, maioritariamente em deslocações entre Lisboa - Mirandela - Lisboa. Contudo, lê-se no relatório, "não se consegue aferir sobre a aplicação da norma interna para a integralidade dos pagamentos".
    Ordem tem mais de 200 contas bancárias
    O documento chama a atenção para o facto de a gestão de tesouraria ser realizada "de forma descentralizada" por cada um dos Conselhos, dispondo a OA de cerca de 200 contas bancárias.
    "Uma gestão de tesouraria centralizada permitiria poupanças significativas e uma maior eficiência na gestão dos excedentes", lê-se no documento.
    O silêncio de Elina Fraga
    A SÁBADO contactou na passada sexta-feira (dia 10) por telemóvel a ex-bastonária, que garantiu resposta por e-mail. Contudo, até à data da publicação deste artigo, não respondeu ao e-mail da SÁBADO.

    Nós, Cidadãos! reconduz presidente e quer eleger nas europeias e legislativas de 2019

    POLÍTICA

    21:33 por Lusa

    Mendo Castro Henriques, presidente da Câmara de Oliveira de Frades, ganhou com 90% dos votos.

  • Nós, Cidadãos! reconduz presidente e quer eleger nas europeias e legislativas de 2019
  • Jorge Paula / Correio da Manhã

    Mendo Castro Henriques foi este domingo reeleito, com 90% dos votos, presidente do Nós, Cidadãos!, tendo como objectivos fazer crescer a cidadania em termos práticos, captar os abstencionistas e eleger nas europeias e legislativas de 2019.

    O Nós, Cidadãos! realizou este fim de semana, em Oliveira de Frades, - concelho cuja presidência conquistou nas eleições autárquicas do ano passado - o seu segundo congresso, no qual reelegerem o presidente que, em lista única, conquistou 90% dos votos expressos.
    Em declarações à agência Lusa, Mendo Castro Henriques adiantou que "a nota geral dita por todos os participantes foi de rejuvenescimento e de consolidação do rumo do Nós, Cidadãos!", uma vez que "foi um virar da página" ao traçar "metas para o futuro".

    O presidente reeleito explicou que os objectivos "são fazer crescer a cidadania em termos práticos" e "contactar com as centenas de grupos de cidadãos independentes que concorreram nas últimas eleições autárquicas".
    "Esse reforço do partido é natural que se vá traduzir numa presença em actos eleitorais, como as eleições europeias e previsivelmente as legislativas de 2019", disse.
    Questionado sobre as metas eleitorais para essas duas eleições, Mendo Castro Henriques afirmou que, apesar de ser prematuro, no caso eleições legislativas "a meta serão dois deputados, que é o mínimo para formar um grupo parlamentar" e nas europeias "um deputado europeu".
    Recordando que nas legislativas de 2015 o partido esteve "à beira de eleger", o líder do Nós, Cidadãos! explicou que o "caminho é ir captar os abstencionistas, entre os quais 70% são jovens".
    De acordo com Mendo Castro Henriques, nas últimas eleições autárquicas, a falta de meios impediu-os "de ir a mais sítios", tendo em congresso ficado estabelecido o reforço "não só dos processos de comunicação interna, mas sobretudo os processos de comunicação para o exterior".
    "Um dos objectivos é ter uma presença regular nos órgãos de comunicação social porque a nossa mensagem está cada vez mais afinada e pronta a essa proposta", antecipou.
    Questionado sobre qual o balanço da presidência da Câmara de Oliveira de Frades, Mendo Castro Henriques respondeu que "os primeiros ecos são positivos", apesar de ter sido um concelho muito afectado pelos incêndios.
    "Nós vamos fazer um conselho nacional em Portimão, no verão, que vai ser ao mesmo tempo um seminário de formação autárquica", revelou ainda.