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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Guterres anuncia iniciativa para relançar desarmamento mundial

ARMAMENTO

26/2/2018, 18:05

António Guterres anunciou uma iniciativa para o desarmamento a nível mundial. O mundo desnuclearizado é um projeto distante, quando "existem cerca de 150 mil armas nucleares no mundo", disse.

MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Autor
  • Agência Lusa

O secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou esta segunda-feira uma iniciativa para relançar o desarmamento mundial e ultrapassar o bloqueio negocial das duas últimas décadas, num discurso na Conferência de Desarmamento, em Genebra.

O objetivo de um mundo desnuclearizado definido pea lONU continua a ser um projeto distante, quando “existem atualmente cerca de 150 mil armas nucleares no mundo”, disse o secretário-geral.

“Alguns objetivos de longa data, como a diminuição da despesa militar e a redução das forças armadas, foram abandonados” e o contexto atual é de “exaltação e glorificação do poderio militar”.

“Ao mesmo tempo, o comércio mundial de armas não era tão pujante desde a II Guerra Mundial”, afirmou.

António Guterres disse que encarregou a sua enviada especial para o desarmamento, a japonesa Izumi Nakamitsu, de iniciar consultas na ONU e junto dos países membros para propor uma estratégia que restabeleça “o papel do desarmamento como componente integral” do trabalho das Nações Unidas.

Os esforços de desnuclearização, sustentou, devem ser acompanhados de estratégias para a proibição das armas químicas e para a definição de instrumentos que permitam responder às ameaças colocadas pelas novas tecnologias, como as armas autónomas telecomandadas.

Rio e Negrão acertam estratégia para semana de provas de fogo

PSD

HÁ 2 HORAS

Fernando Negrão começa semana a reunir-se com Rio, mas com descentralização à mesa. Debate quinzenal, debate sobre justiça e financiamento dos partidos são os temas urgentes. Deputados aguardam.

LUSA

Autor
  • DinisRit

    Se a semana de estreia de Rui Rio na liderança do PSD foi uma
    semana difícil, esta semana também não se prevê que venha a ser propriamente fácil. Pelo menos a avaliar pelo que se vai passar no palco do Parlamento. É que esta quarta-feira vai ser a estreia do novo líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, no debate quinzenal com o primeiro-ministro, mas não só. Para o resto da semana há outros temas importantes em cima da mesma: justiça e financiamento dos partidos. Fernando Negrão reuniu-se esta segunda-feira, pelas 17h, com o presidente do partido, Rui Rio, mas, confirmou o Observador, em ciama da mesa esteve sobretudo o dossiê da descentralização — onde PSD e PS preparam entendimentos.

Depois de almoçar com o Presidente da República, Rui Rio recebeu esta tarde, pelas 17h, na sede do PSD, o líder parlamentar Fernando Negrão, assim como o vice da bancada António Costa da Silva e Álvaro Amaro, coordenador do PSD para a descentralização. Segundo confirmou Fernando Negrão ao Observador, em cima da mesa esteve sobretudo o tema da descentralização. “Vimos os projetos de lei que estão válidos, o que está em cima da mesa, o que queremos”, disse ao Observador Fernando Negrão, sublinhando que a reunião se centrou apenas nesse tema — “e que tema, há muito para fazer”.

E o resto? O resto “ainda há tempo”, sublinhou Negrão, garantindo que o debate quinzenal vai ser “certamente articulado” com o presidente do partido, não confirmando, no entanto, se haverá outras reuniões entre os dois ou se os contactos vão ser feitos maioritariamente “por telefone”.

Certo é que esta “vai ser uma semana de provas”, como ouviu o Observador de um deputado, que lembrou que na agenda do Parlamento está, não só o debate quinzenal, como a discussão de um pacote legislativo do CDS sobre o sistema judiciário, que é um tema caro a Rui Rio e que já ficou implicitamente marcado pela polémica escolha da ex-bastonária da Ordem dos Advogados Elina Fraga para o núcleo duro da direção do partido. Assim como haverá, na sexta-feira, o debate sobre o veto do Presidente da República à lei do financiamento dos partidos — que esteve em banho-maria à espera que Rui Rio assumisse plenas funções. “Vamos ver isso com pormenor, mas é certo que mantenho o que disse na campanha, nomeadamente sobre a parte do IVA”, disse Rui Rio esta segunda-feira à saída de um almoço com Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém, lembrando que sempre foi contra a devolução de IVA aos partidos por atividades que não digam respeito à atividade política do partido.

No rescaldo da polémica eleição de Fernando Negrão para líder parlamentar, com apenas 39,7% dos votos dos deputados, a bancada ficou dividida e com uma forte oposição: 32 dos 89 deputados votaram em branco e 21 votaram “nulo”, num claro murro na mesa contra a imposição de Rui Rio por uma mudança na direção da bancada. Esta semana será também decisiva para serenar os ânimos parlamentares, com os deputados a aguardarem a reunião do grupo parlamentar que deverá acontecer esta quinta-feira. “Ainda não é certo que vai haver reunião da bancada”, dizia ao Observador um vice-presidente esta manhã de segunda-feira, explicando que tudo está dependente das indicações do líder parlamentar. Para já, nada é certo. Aguardam-se instruções.

Rio não vai à reunião da bancada, mas está disposto a “colaborar com os 89 deputados”

O que muitos deputados se interrogavam no final da semana passada era sobre se Rui Rio iria, ou não, reunir com o grupo parlamentar para acalmar as hostes depois de uma eleição atribulada. “Normalmente seria de esperar que o presidente do partido viesse à primeira reunião da bancada depois de ser eleito, mas não sei se irá”, comentava um parlamentar esta segunda-feira, sublinhando que os deputados se mantêm ainda às cegas, não sabendo o que fazer — ou dizer — sobre os temas que vão estar em discussão esta semana no Parlamento.

Mas a semana de Rui Rio começou com um almoço com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém, e foi aí que desfez o tabu: não irá à reunião desta quinta-feira, se houver, porque quer deixar “estabilizar” o grupo parlamentar.  “O grupo parlamentar não tem a direção toda eleita ainda, deixe eleger a direção toda, deixe estabilizar”, disse aos jornalistas, referindo-se à eleição dos coordenadores e dos vice-coordenadores da bancada, que ainda não ocorreu — apesar de Fernando Negrão já ter feito os convites.

Essa é outra questão que preocupa alguns deputados, uma vez que a eleição dos coordenadores ainda não está marcada. É que Fernando Negrão fez os convites — orais — aos deputados para virem a ser coordenadores ou vice-coordenadores de pastas específicas antes de a direção ser eleita, o que foi visto como um “truque” para fidelizar soldados. A ideia era que, tendo esses deputados aceitado ser coordenadores daquela direção não teriam tendência para votar contra essa mesma direção. Mas, feitas as contas, não terá sido bem assim. Agora, resta saber se esses coordenadores (24 no total) vão ser mesmo eleitos. “Das últimas vezes a eleição dos coordenadores foi feita coordenador a coordenador, um a um, em voto secreto”, explicou ao Observador um deputado, sublinhando que a eleição não está ainda marcada.

Certo é que Rui Rio quer paz na casa. “Os deputados são 89, à partida contamos com 89. Aqueles que não quiserem colaborar assumem essa responsabilidade de não colaborar, mas eu vou trabalhar com todos aqueles que quiserem trabalhar”, disse aos jornalistas no final do almoço com Marcelo Rebelo de Sousa, onde terá falado sobre os dois dossiês onde PSD e PS se preparam para chegar a consensos, a descentralização e os fundos comunitários (as reuniões arrancam já esta terça-feira). Não levou “uma pasta com projetos de lei”, porque as reformas estruturais não se põem “numa pasta”, mas o encontro desta segunda-feira a sós com o Presidente terá servido para Rio apresentar ideias mais específicas sobre aquilo que tem em mente.

Para quinta-feira está ainda previsto um almoço com a presidente do CDS, Assunção Cristas, que acontece mais de uma semana depois de Rio ter sido entronizado líder do PSD, ter reunido a sua comissão política para alinhavar a estratégia para os próximos tempos, e ter, inclusive, reunido com o primeiro-ministro para dar o pontapé de saída para alguns acordos de regime.

O CDS, de resto, parece uma peça secundária no xadrez de Rio, e até no xadrez político da própria Assunção Cristas, que assina uma moção ao congresso do CDS (que decorre a 10 e 11 de março) onde ignora totalmente o ex-parceiro de coligação e onde se define como “o partido da alternativa ao governo das esquerdas unidas”.

Impostos arrecadados pelo Estado aumentam em janeiro para 2.914,2 milhões

IMPOSTOS

HÁ 21 MINUTOS

Os impostos diretos aumentaram devido sobretudo ao desempenho da receita de IRS e de IRC. Os impostos indiretos subiram devido crescimento do IVA e ao Imposto sobre o Tabaco.

António Cotrim/LUSA

Autor
  • A
  • Agência Lusa
    O Estado arrecadou 2.914,2 milhões de euros em impostos em janeiro, mais 232,7 milhões de euros do que no mesmo mês de 2017, divulgou esta segunda-feira a Direção-Geral de Orçamento (DGO).

Segundo a síntese de execução orçamental, os impostos diretos aumentaram 12,3% para 1.253,7 milhões de euros, devido sobretudo ao desempenho da receita de IRS (+8,4% para 1.192,1 milhões de euros) e de IRC (quase quatro vezes mais para 59,8 milhões de euros).

Já os impostos indiretos subiram 6,1% para 1.660,5 milhões de euros, impulsionados pelo crescimento do IVA (+7,3% para 1.040,1 milhões de euros) e do Imposto sobre o Tabaco (+23,9% para 58,7 milhões). Já no Imposto sobre Veículos e no Imposto de Selo houve reduções ligeiras, de 5,2% para 60,2 milhões e de 1,8% para 137 milhões de euros, respetivamente.

A DGO diz ainda que “para o incremento cobrança dos outros impostos indiretos do Estado contribuiu o facto de a Contribuição sobre o Audiovisual ser relevada como imposto nesse subsetor”, enquanto até fevereiro de 2017 era reconhecida diretamente como taxa pela RTP.

Lisboa eleita a melhor (e mais barata) cidade do mundo para viver em 2018

Lisboa eleita a melhor (e mais barata) cidade do mundo para viver em 2018

SOCIEDADE

18.01.2018 às 15h45

Alexandre Bordalo

Segundo um estudo da publicação americana Live and Invest Overseas, não há rival à altura da capital portuguesa

Patrícia Fonseca

PATRÍCIA FONSECA

"Lisboa é uma cidade nobre e elegante, com edifícios seculares de pedra e cores pastel, com ruas debruadas por jacarandás, desenbocando em jardins românticos, com elaboradas fontes. Os seus passeios e praças são feitos com pequenos paralelepípedos em cores contrastantes, criando padrões elaborados, como mosaicos - verdadeiras obras de arte." É assim que a editora da publicação norte-americana Live and Invest Overseas (Viver e Investir no Estrangeiro), Kathleen Peddicord, descreve a capital portuguesa, atribuindo-lhe o pódio da lista em que determina Quais os 10 melhores locais (e mais baratos) para viver em 2018.

A escolha, que acabou por captar a atenção da revista Forbes, tem em conta vários fatores, como a beleza arquitetónica, o custo de vida e a segurança, e é criada para o público norte-americano que deseje investir e viver fora dos EUA. A capital portuguesa, garante a publicação, é uma cidade onde é possível viver confortavelmente com 1300 dólares mensais (cerca de 1000 euros).

Portugal é também a 5ª escolha, a nível mundial, entre os melhores locais para investir em imobiliário. Contudo, segundo o consultor Lief Simon, alguns bairros em Lisboa têm agora "preços que não fazem sentido" para um investidor, embora nalgumas áreas ainda seja possível encontrar oportunidades, sobretudo para projetos de renovação. A sua aposta? "Algumas áreas menos conhecidas da costa do Algarve e a região do Porto."

Já em novembro passado a publicação norte-americana tinha colocado Lisboa em terceiro lugar entre as melhores cidades europeias para viver a reforma, graças ao seu clima ameno, alta qualidade de vida a bons preços e uma das taxas de criminalidade mais baixas da Europa.

António Capucho: "Estão a tentar fazer a cama ao Rui Rio"

POLITICA

25 de fevereiro 2018

Capucho vai regressar ao PSD cinco anos após a expulsão. Acredita que Rui Rio vai mudar o partido e atira-se aos críticos da nova liderança. ‘Pode ser que tenham pouca sorte’.

Diana Tinoco

Luís Claro
luis.claro@newsplex.pt

Foi muito crítico de Passos Coelho e vai regressar ao PSD com Rui Rio. Espera que o partido sofra uma mudança significativa com a nova liderança?

É manifesto que a liderança de Rui Rio vai imprimir ao partido uma inflexão claríssima em duas vertentes fundamentais: a matriz social-democrata é recuperada, isso é evidente, como mostra a moção de estratégia que ele apresentou e depois a prática política vai confirmar; e, em segundo lugar, a democratização do partido. Rui Rio não pactua com situações menos claras e menos transparentes na vida interna do PSD. Nessas duas áreas as alterações vão ser significativas.

Essas mudanças internas normalmente não são fáceis de fazer...

Claro que não. A prova disso é que há uma oposição interna. São aqueles que ainda estão agarrados à imagem de Pedro Passos Coelho e alimentam naturais e legítimas ambições de regressar ao poder. É verdade que internamente há dificuldades, mas poderão ser superadas como foram superadas as divergências que poderiam ocorrer com o outro candidato, Pedro Santana Lopes. Essas foram, aparentemente, ultrapassadas. E depois existem as dificuldades próprias de o PS estar no poder muito favorecido por uma conjuntura económica vantajosa.

Alguns deputados e militantes do PSD criticam o seu regresso e lembram que apoiou António Costa nas últimas eleições legislativas. Como é que responde a essas críticas?

Não têm nada a criticar, porque, nessa altura, eu não era militante. Era independente. Se o partido aceita ex-militantes do PCP e votantes no PCP... Eu só posso ser sancionado por decisões que tomei quando fui militante do PSD. Foi o caso. Apoiei uma candidatura adversária do PSD. Não têm nada que me sancionar por atitudes que eu possa ter tomado quando não estava ligado ao PSD. Atitudes que eu assumo inteiramente.

Não se arrepende de ter apoiado António Costa?

Não. Tendo em conta a conjuntura própria. O partido não me quis e passei a independente. Como independente apoiei e votei em quem muito bem entendi.

Dois anos depois como é que analisa a governação de António Costa?

O saldo é positivo, já que os principais índices que interessam aos eleitores são animadores. As pessoas estão contentes. Mas como é óbvio o cimento que unia os partidos que apoiam o Partido Socialista parece começar a esboroar-se e, ao mesmo tempo, qualquer pequena degradação na situação económica internacional pode fazer baixar esse tipo de apoios que o Governo tem merecido.