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Roma é uma das mais antigas cidades do mundo. A história de Roma abrange mais de 2500 anos e tem sido um centro de poder, política, cultura e desenvolvimento desde a sua génese. A criação da cidade está mergulhada em lendas e mitologia e existem vários relatos diferentes de como este majestoso lugar foi construído. Vários imperadores romanos e Césares governaram a poderosa Roma e este é o local onde o colossal Império Romano cresceu.
À medida que o tempo avançava, vários monumentos, palácios e edifícios religiosos foram construídos na cidade e estes representam, agora, belas atracções. Roma é, consistentemente, classificado como um dos principais destinos turísticos europeus e com pontos como o Coliseu e o Vaticano torna-se fácil perceber porquê. Descubra os melhores locais para visitar em Roma, Itália.
Coliseu
É um dos monumentos mais famosos e icónicos do mundo e uma viagem a Roma não estará completa se não o visitar. O Coliseu é facilmente acessível e tem uma estação de metro nas proximidades. Maravilhe-se com esta famosa estrutura. Enfrente as filas e entre para realmente apreciar a grandeza deste antigo local de celebração.
Praça de São Pedro
Roma tem um pequeno país dentro de um país: o Vaticano. Este estado independente é um dos mais importantes locais religiosos do mundo e a Praça de São Pedro é um lugar emblemático onde muitos eventos significativos tiveram lugar. Na extremidade da praça fica a Basílica de São Pedro. Aproveite a enormidade da praça e espere encontrar multidões de pessoas esperançosas de ver o Papa.
Basílica de São Pedro
Possivelmente o edifício religioso mais reconhecido e célebre do mundo. Há uma elegante fachada frontal e encontrará estátuas dos apóstolos e de Jesus. Dentro da basílica, a arquitectura e a decoração são absolutamente incríveis. A Basílica de São Pedro é, sem surpresas, considerada um dos mais belos edifícios do mundo. Impressione-se com a quantidade de decoração e detalhes. Michelangelo e Bernini contribuíram a nível de design.
Panteão (©nejdetduzen)
O poderoso Panteão é um dos mais conhecidos edifícios romanos do mundo e é uma das atracções mais famosas de Roma. Foi construído em 118 d.C. pelo imperador Adriano. O interior tem uma cúpula magnífica. Localizado no centro de Roma, na Piazza della Rotonda, o Panteão merece verdadeiro destaque, sendo um ponto de paragem obrigatória.
Fonte de Trevi
Não há muitas outras fontes no mundo tão ricamente decoradas e esculpidas como a fonte de Trevi, que presta homenagem ao deus romano Oceanus e foi construída em 1762 por Nicola Salvi. O detalhe das esculturas é simplesmente maravilhoso. Não existem dúvidas: a fonte é uma verdadeira obra de arte. De realçar, igualmente, que se tornou tradição atirar moedas para a água a fim de se obter sorte.
Escadaria da Praça de Espanha
Localizados na Piazza di Spagna e na Piazza Trinita dei Monti, os 135 degraus da escadaria da Praça de Espanha foram construídos em 1725. No topo da escadaria encontra-se a igreja Trinita dei Monti, uma bela atracção. Na parte inferior da escadaria, a Piazza di Spagna é espaçosa e há uma boa variedade de lojas e cafés.
Fórum Romano
As ruínas mais importantes de Itália serão, possivelmente, estas. O Fórum Romano é um antigo sítio que consiste em muitas ruínas que, outrora, eram o centro da vida pública e política de Roma. Vários templos ergueram-se aqui: Saturno, Tito e Vesta. Localiza-se ao lado do Coliseu e do Altar da Pátria.
Capela Sistina
A Capela Sistina possui uma quantidade impressionante de detalhes e iconografia. Situada no Palácio Apostólico na Cidade do Vaticano, esta capela foi amplamente restaurada nos anos 1400. É na Capela Sistina que um novo Papa é escolhido. É, igualmente, famosa pelas decorações extensas e detalhadas, como “O último julgamento” (Michelangelo) e as obras de arte a nível de tecto.
… Mas «exigiu» que a Boeing só tivesse 51%: o controle!
A edição deste domingo do jornal O Globo confirma mais um lance do entreguismo nacional, que veio como decorrência do golpe de 2016, contra a presidente Dilma Rousseff. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, a norte-americana Boeing fechou a compra do controle da Embraer e terá 51% da nova empresa. No entanto, na ‘novilingua’ do Brasil pós-golpe, o entreguismo é vendido ao público como um lance de soberania. Segundo Jardim, Michel Temer exigiu que a Boieng só tivesse 51% – exatamente o controle de mais uma empresa brasileira desnacionalizada.
Abaixo, reportagem da Reuters
A Boeing terá uma participação de 51 por cento em uma empresa atualmente em negociação com a fabricante brasileira de aeronaves Embraer, informou o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, neste domingo.
A Boeing concordou com a exigência do governo brasileiro de que a empresa norte-americana não tenha mais do que uma participação controladora de 51 por cento, disse Jardim, sem citar fontes.
A Boeing não respondeu imediatamente a pedidos de comentários. A Embraer afirmou que não vai comentar a informação.
A Boeing procurou a aprovação do governo brasileiro para uma parceria com a Embraer que criaria uma nova empresa focadana aviação comercial, excluindo a unidade de defesa da Embraer, reportou a Reuters há três semanas.
O jornal Valor Econômico informou posteriormente que a proposta da Boeing daria a ela uma participação de 80 por cento a 90 por cento em um novo negócio de jatos comerciais com a Embraer. A Embraer é a terceira maior fabricando de aviões e alíder no mercado de jatos regionais com 70 a 130 lugares. Com o contrato proposto, a Boeing seria o líder do mercado de aviões menores de passageiros, criando concorrência mais forte para o programa de aeronaves CSeries projetado pela Bombardier do Canadá e apoiado pelo rival europeuAirbus. O plano inicial da Boeing para comprar a Embraer foi rejeitado pelo governo brasileiro porque este não queria uma empresa estrangeira controlando sua unidade de defesa por razões de segurança estratégica.
O governo mantém uma “golden share” na Embraer, anteriormente uma empresa estatal, que lhe dá poder de veto sobre decisões estratégicas, incluindo a aproximação da Boeing.
Na quinta-feira, o ministro da Defesa brasileiro, Raul Jungmann, disse a repórteres que a Boeing entendeu a recusa do Brasil em desistir do controle da Embraer. Ele disse que as negociações sobre a criação de uma terceira empresa estavam avançando bem.
Deputado Carlos Zarattini (PT-SP) sobre a venda “criminosa” da Embraer
Texto original em português do Brasil
Exclusivo Editorial Brasil247 / Tornado
Foi já há quase quatro anos, a 14 de Junho de 2014, que o Partido Comunista Chinês anunciou o seu “sistema de crédito social” que se tornará obrigatório em 2020 para todos os seus cidadãos e entidades, e que os classificará de 350 a 950 pontos de acordo com a “correcção social” da sua actuação, que incluirá o que compram, como andam nas ruas, com quem se relacionam e, claro, os seus pontos de vista políticos.
Foi já há quase quatro anos, a 14 de Junho de 2014, que o Partido Comunista Chinês anunciou o seu “sistema de crédito social” que se tornará obrigatório em 2020 para todos os seus cidadãos e entidades, e que os classificará de 350 a 950 pontos de acordo com a “correcção social” da sua actuação, que incluirá o que compram, como andam nas ruas, com quem se relacionam e, claro, os seus pontos de vista políticos.
Para construir a base de dados, as autoridades chinesas utilizam toda a parafernália da tecnologia contemporânea, incluindo redes sociais, câmaras de vigilância e dados de compra, e contaram à partida com o empenho de oito das maiores empresas chinesas.
Assim sendo, dentro de dois anos, já será possível decidir de forma quase automática como tratar cada pessoa ou entidade, se ela deve receber um empréstimo, se deve ter acesso à universidade, se se pode e deve ser promovida, como deve ser tratada pelas autoridades policiais e fiscais, etc., numa materialização quase perfeita do mundo antevisto por George Orwell.
O programa é objecto do comentário de um dos think tanks de referência de Singapura (RSIS) que o enquadra em vários outros desenvolvimentos tecnológicos no Ocidente com consequências potenciais nas liberdades individuais. O comentário questiona assim, não o sistema político, mas antes a tecnologia que torna possível este controlo.
Recordemos que as autoridades chinesas têm directa ou indirectamente uma presença esmagadora na economia e sociedade portuguesas e que não têm feito reserva da sua intenção de a reforçar nos domínios onde ainda não têm uma posição dominante. Esse facto explica naturalmente a generalizada subserviência portuguesa, incluindo o silêncio sepulcral da comunicação social, sobre esta ou outra matéria que possa vir a prejudicar a pontuação das elites portuguesas numa futura extensão do “sistema de crédito social” chinês ao nosso país.
Mas se as instituições portuguesas se têm mantido completamente alheadas desta temática, elas têm dado uma grande relevância a uma “Comissão Nacional da Protecção de Dados” em nome da qual se tem impedido a utilização racional dos recursos públicos ou o conhecimento de dados que são obviamente do interesse público (como sejam o valor e os destinatários de pensões de reforma públicas).
Enquanto na Bélgica eu, como cidadão europeu residente (tal como a instituição que dirijo), tenho um único número, que serve para a identificação eleitoral, a identificação civil, a identificação no sistema nacional de saúde, a identificação no sistema de segurança social ou a identificação fiscal, em Portugal tenho um número diferente para cada caso. O número de cidadão eleitor português, por exemplo, parece existir mesmo apenas para as autarquias inventarem residentes e portanto, maximizarem receitas de transferências públicas, e a imprensa e os comentadores se lamentarem ritualmente sobre os elevados números da abstenção.
Por exemplo, o meu médico, ou qualquer autoridade médica que tenha de me atender com urgência, lendo o meu cartão de identificação belga, sabe logo todo o meu historial médico.
Impedirmos que isto seja feito em nome da “defesa da privacidade” é inverter as causas e as consequências dos fenómenos. A violação da privacidade não se previne proibindo a utilização das modernas tecnologias – que existem, se difundem e nos condicionam, independentemente da vontade de quem quer que seja – mas ela só se previne, prevenindo os Estados totalitários, ou os agentes totalitários dos Estados, de as utilizarem.
Por outras palavras, se a “Comissão Nacional para a Protecção de Dados” quer ter uma actividade útil entre nós, em vez de impedir a utilização racional da tecnologia existente, tem antes de se preocupar com o abuso por agentes do Estado (do nosso, e dos outros, especialmente dos mais poderosos e totalitários) da tecnologia existente.
Preocupe-se com a sistemática violação do segredo de justiça e a sua utilização a despropósito; preocupe-se com a utilização não controlada de dados pelas redes sociais, registos de empresas e câmaras de vigilância; e preocupe-se, acima de tudo, contra a óbvia ameaça totalitária que o sistema de crédito social chinês faz pesar sobre as nossas cabeças.
Publicou o senhor Ministro Santos Silva na “Folha de S. Paulo” um artigo de opinião intitulado “Será que as redes sociais estão substituindo os intelectuais?” que discorre longamente sobre o tema, manifestando o receio de as elites intelectuais poderem ser postas em causa pelo populismo, que seria hoje encarnado pelas redes sociais.
Tal como Tan Ming Hui e Walid Lemrini (autores do comentário da RSIS acima referido) também o senhor ministro inverte a relação causal entre o fenómeno político (populismo) e a base tecnológica (redes sociais). Fá-lo, no entanto, de forma bastante menos defensável que estes, dado que o populismo é um fenómeno que é tratado pela ciência política há uns milhares de anos e as redes sociais são contemporâneas.
O texto do senhor Ministro, no esteio da tradição intelectual portuguesa, discorre longamente sobre a história do populismo, sem tratar de relacionar a sua manifestação de sapiência com a tese que procura demonstrar e sem cuidar de ter em conta que com uma história tão longa, dificilmente poderemos culpar as redes sociais pelo populismo contemporâneo.
A tese de que a liberdade de expressão do cidadão, agora catapultada pelas redes sociais, é um desafio à democracia e ao Estado de Direito, que as redes sociais inventaram as “fake news”, e que o Estado tem de proteger as suas elites destes ataques, não é na verdade original, e está em consonância com os repetidos apelos à censura que têm sido desenvolvidos nos últimos tempos por vários dirigentes europeus, de quem, curiosamente, não se conhece um único alerta perante os perigos reais que o “sistema de crédito social” chinês faz pairar sobre os direitos do cidadão; na China e entre nós.
Quanto às reais “fake news”, ou melhor, as estratégias de desinformação, que o senhor Ministro entendeu por bem pôr às costas de quem usa as redes sociais, há uma obra que ele certamente conhece e que deveria ter em conta neste contexto: A arte da guerra de Sun Tzu (general chinês que a escreveu há cerca de 2500 anos). Na sua mais famosa citação, ele diz-nos:
A guerra é toda feita de engano. Se puderes fazer algo, faz o teu inimigo crer que não podes; se estiveres perto, fá-lo crer que estás longe.”
Se a tivesse em conta, em vez de atribuir ao “populismo” as estratégias de desinformação com que nos confrontamos, talvez ele as pudesse entender de forma diferente.
O senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal resolveu assim verter para português do Brasil aquilo que é o ponto de vista que paira nos corredores de Bruxelas, emprestando para isso as suas credenciais políticas e académicas bem como a de ser usuário da língua de Camões. Daqui, só posso concluir que quadra bem com a estratégia do “bom aluno” que continua a dominar a nossa diplomacia.
O Economist do dia 17 de Fevereiro na sua rubrica “Schumpeter” faz uma interessante comparação entre a competitividade dos Estados Unidos e a da China onde sobressai o ritmo avassalador com que o segundo país ultrapassou, vai ultrapassar, ou se aproxima velozmente do primeiro. Os únicos domínios essenciais onde a China apenas se aproxima velozmente dos EUA são a finança e a tecnologia, sendo que neste último é bem possível que a ultrapassagem se dê já na próxima década.
As implicações do que está a acontecer são relativamente fáceis de entender, se bem que os seguidores de Sun Tzu – o lendário general tem um estatuto quase transcendente – sejam muito discretos na matéria, naturalmente em obediência aos mandamentos do seu ídolo.
Os líderes europeus agem como se os perigos colocados à sociedade livre e democrática (as elites intelectuais na versão ainda mais sobranceira do nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros) fossem a linguagem desbragada, a afirmação popular não devidamente escrutinada ou os milhares de outras formas de “incorrecção política” que o “populismo” incentivaria, e não as estratégias de desinformação e subversão dos inimigos da democracia.
O plano chinês para acabar com a incorrecção social (e, semanticamente, a expressão escolhida pelo Partido Comunista da China faz mais sentido que a populista “correcção política”) nunca motivou nenhuma manifestação no Ocidente da parte de toda aquela enorme mole de devotos partidários da liberdade e democracia que asseguram querer acabar com todas as discriminações, atavismos e perseguições.
Da mesma forma que foi possível mobilizar milhões de cidadãs livres e cultas dos EUA para manifestações de mulheres onde é dada a palavra a uma representante da Irmandade Muçulmana (mas a nenhuma das suas vítimas), organização que se distinguiu ao longo dos seus noventa anos de existência no cercear dos direitos da mulher em todo o mundo muçulmano, também parece ser possível mobilizar os defensores da liberdade para acabar com essa mesma liberdade.
Parece-me por isso que o admirável mundo novo antevisto por Huxley no auge da crise dos anos trinta resulta assim mais da loucura colectiva que paira entre nós do que de conspirações ou de crises.