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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Anacom: "É incompreensível que as ligações telefónicas não estejam totalmente retomadas"

TELECOMUNICAÇÕES

João Cadete de Matos, presidente da Anacom, diz ser inadmissível que as telecomunicações ainda não estejam repostas nas zonas afectadas pelos incêndios. Mas garante que está a pedir urgência aos operadores e mantém-se no terreno a analisar a situação.

Anacom: "É incompreensível que as ligações telefónicas não estejam totalmente retomadas"

Alexandra  Machado

Alexandra Machado amachado@negocios.pt28 de fevereiro de 2018 às 14:50

Há notícias de que as comunicações ainda não estão totalmente repostas para alguns portugueses nas zonas afectadas pelos incêndios. João Cadete de Matos, presidente do regulador, diz ser uma situação inadmissível.

Em conferência de imprensa, João Cadete de Matos deixou o aviso: "é incompreensível que as ligações não estejam totalmente retomadas", o que no seu entender "é uma situação prioritária".
O presidente da Anacom garante que tem pedido aos operadores urgência na reposição das ligações. E garante que está no terreno para ver o que se passa, nomeadamente ao nível de práticas comerciais.

Também foi comunicado à Anacom dificuldades nos acessos às ofertas grossistas da Meo, mas a Anacom diz que está a pedir esclarecimentos sobre os eventuais problemas.
Quanto ao grupo de trabalho que visa implementar um sistema de alertas a nível nacional, João Cadete de Matos garante que esse grupo tem tido reuniões, estando a verificar as necessidades técnicas para implementar o sistema.

Sonangol: Participações na Galp e BCP são "investimentos estratégicos"

EMPRESAS

A Sonangol vai manter as participações que tem no capital social da Galp e no Millennium BCP por se trataram de "investimentos estratégicos", garantiu esta quarta-feira em Luanda o presidente do Conselho de Administração da petrolífera angolana, Sonangol.

Sonangol: Participações na Galp e BCP são "investimentos estratégicos"

Simon Dawson/Bloomberg

Lusa

28 de fevereiro de 2018 às 14:46

Segundo Carlos Saturnino, que falava numa conferência de imprensa, no âmbito das comemorações dos 42 anos de existência da empresa angolana, os investimentos na Galp e BCP são estratégicos e dão "bons resultados".

"O investimento na Galp é um bom investimento. A Galp está envolvida em concessões petrolíferas e outras actividades não só em Portugal, na Península Ibérica, tem investimentos em Angola, em vários blocos, tem investimentos muito interessantes e sonantes a nível do Brasil, de maneira que é um investimento estratégico e que tem dado bons resultados", disse Carlos Saturnino.
Relativamente ao Millennium BCP, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol salientou que o banco "melhorou substancialmente, tem produzido dinheiro, tem produzido resultados, não tem distribuído grandes montantes, mas é um banco que tem adicionado valores através da sua actividade".

"Ou seja, por cada euro investido, o banco hoje gera valor adicionado, para a organização que o banco continua a reinvestir, ainda não deu o salto no sentido de gerar valor para distribuir aos accionistas, mas são conhecidos os seus resultados", acrescentou.
Questionado sobre o reforço da participação que a Sonangol mantém no Millennium BCP, Carlos Saturnino disse ser prematuro avançar dados, anunciando que a petrolífera tem estado a desenvolver negociações com o grupo chinês Fosun, o maior accionista no BCP quanto ao futuro do banco.
"Essas negociações são normais e são feitas pelos maiores dois accionistas, a Fosun e a Sonangol. A administração do BCP terminou o mandato em Dezembro de 2017 e normalmente é no fim do ano e no início do ano seguinte, quando o mandato acaba, que os dois accionistas fazem concertações sobre qual deve ser o modelo de governo e de negócio do banco, qual deve ser a equipa que deverá assumir o comando dos órgãos sociais", adiantou.
"Nós temos estado a fazê-lo nas últimas semanas, com muito mais afinco, naturalmente há discussões também directas com o presidente do Conselho de Administração do Banco Millennium, com o presidente da Comissão Executiva do Banco Millennium, tem estado em discussão um novo modelo de governo para o Banco Millennium e tudo isto é uma preparação para a informação que tínhamos que fazer chegar durante o mês de Fevereiro à supervisão bancária, ao Banco de Portugal e ao Banco Central Europeu, em Frankfurt, esse trabalho está praticamente concluído e é a preparação para a assembleia geral que haverá em maio deste ano", acrescentou.
Sobre o futuro dos investimentos no BCP, adiantou que tudo depende da estratégia que vier a ser acordada dentro do banco.
"Para dar um exemplo, a Sonangol propôs à gestão do banco e também ao parceiro Fosun, reactivar um Conselho Superior de Estratégia, que o banco sempre teve, mas que não estava muito activo, que nós achamos muito importante para termos assento com os nossos representantes, pessoas da administração da Sonangol, da administração do banco, da Fosun e de outros accionistas e discutir qual vai ser a estratégia do banco consoante as diferentes regiões, ou seja, geoestratégia para África, para a Europa, etc", frisou.
Carlos Saturnino recordou que futuros investimentos no banco não são uma decisão somente da administração da Sonangol, é do seu dono, com um parecer da direcção da petrolífera.
"Ou seja, nós não estamos a dizer que não vamos investir em Portugal", destacou.
A respeito de futuros investimentos, Carlos Saturnino não afastou a hipótese, não particularizando apenas Portugal.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da petrolífera angolana, a Sonangol é uma empresa que tem presentemente uma exposição internacional, razão pela qual devem ser analisados quais os resultados que novos investimentos podem trazer.
"Dizer que não investiremos em Portugal, não podemos dizer. Pode ser que haja investimentos a fazer. Nós não particularizamos o caso de Portugal. Hoje a Sonangol tem investimentos em Portugal, em empresas que têm actividade no Brasil, em Cuba, na Venezuela, através de participadas tem investimentos na Indonésia, Singapura, Wall Street, Nova Iorque", enumerou.

Fernando Negrão against the world

por João Mendes

JC

Hoje é o dia da estreia de Fernando Negrão nos debates quinzenais com o governo, na qualidade de líder da bancada parlamentar do PSD. Um líder que não lidera todos os deputados da sua bancada, ou não estivesse em curso a tal rebelião com que Negrão não contava, mas que, ao contrário daquilo que o próprio afirmou, não foi suficiente para se demitir do cargo. Ler mais deste artigo

1978: quando Kadhafi exigiu que a Madeira pertencesse a África

por admin

Diz-nos o Diário da Assembleia da República de há quarenta anos que por estes dias os deputados Furtado Fernandes (PSD), Marcelo Curto (PS) e Sousa Marques (PCP), discutiam animadamente as diferenças entre o sindicalismo reformista, o sindicalismo revolucionário e o anarco-sindicalismo. O presidente da sessão avisou com bonomia que a discussão estava a ficar muito teórica. O período antes da ordem do dia começou com algumas indicações da Mesa sobre procedimentos protocolares relativos à visita do rei da Noruega Olavo V que dali a momentos receberia cumprimentos no Salão Nobre do Parlamento. E seguiu-se a apresentação de um voto de protesto do PS e do CDS, apoiado pelo PCP, PSD e pelo deputado da UDP Acácio Barreiros, e depois aprovado por unanimidade, “contra as declarações do presidente líbio Kadhafi, exigindo, numa clara ingerência nos assuntos internos portugueses, a independência do arquipélago da Madeira”.

Espera aí — a independência da Madeira?!— Kadhafi?

Que história é esta?

Posso explicar. Estávamos em Fevereiro de 1978. Era primeiro-ministro Mário Soares, com o II.º Governo Constitucional, de coligação entre PS e CDS (durou sete meses, de Janeiro a Agosto). E de repente, o país acordou para a notícia de que na reunião da Organização de Unidade Africana do dia 20 anterior, o líder líbio Muammar Kadhaffi fizera um discurso no qual defendeu a anexação para a OUA de todos os territórios africanos “sob ocupação” incluindo, entre outras, a “colónia portuguesa” do arquipélago da Madeira.

Ponta de São Lourenço

“O imperialismo ocidental ficará furioso, porque exigimos a liberdade das nossas ilhas africanas que foram ocupadas pela Grã-Bretanha, França e Portugal”. Kadhaffi mencionou ainda a possibilidade de apoiar um movimento separatista no arquipélago das Açores, mas tendo em conta que este era muito longe de África não o incluiu nos planos de o juntar depois à OUA.

A OUA foi mais longe no que diz respeito às Canárias, tendo oferecido através do seu Comité de Libertação apoio logístico e financeiro ao MPAIAC, Movimento para a Independência do Arquipélago das Canárias. Como se imagina, os nossos vizinhos espanhóis não reagiram com moleza. O escândalo foi geral, da extrema-esquerda à extrema-direita. Um jornal titulou a toda a largura “INTOLERABLE”. Proclamou-se noutro uma pleonástica “unanimidade de todos”. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Marcelino Oreja, prometeu que as ilhas seriam “defendidas com todas as nossas forças”.

curral das freirasCurral das Freiras

Em Portugal, a reacção foi mais moderada. O PSD, pressionado pelo PSD-Madeira, apresentou também um voto de protesto (que não foi discutido na mesma sessão porque o deputado Acácio Barreiros alegou que não tinha tido tempo para o ler). O PCP declarou que “a Madeira é território nacional”, e acrescentou que o separatismo na Madeira e nos Açores “exprime bem o carácter antinacional do fascismo e da reacção”. Mas globalmente, lendo os jornais da época, dá para perceber que a atitude nacional esteve entre desconcertada e fleumática.

Ainda assim, colocava-se a questão de decidir como reagir na cena internacional — competência partilhada com o Presidente da República Ramalho Eanes, que também emitira, ao seu estilo, uma nota firme e seca sobre o assunto. O que fazer agora? Apresentação de queixa na ONU? Chamar os embaixadores da OUA para um protesto formal? Corte de relações? Para a escolha definitiva deve ter pesado sobretudo a vontade de encerrar o assunto sem chamar demasiado a atenção para ele.

MadeiraMadeira

E é por isso que podemos assinalar com patriótica vaidade como efeméride para ontem que no dia 27 de Fevereiro de 1978 Portugal reagiu à última ameaça externa sobre a integridade do território nacional através de… uma nota à imprensa distribuída na ONU em Nova Iorque. “Portugal demonstrou após o 25 de Abril de 74 compreensão perante as legítimas aspirações dos povos africanos à total independência do seu continente”, dizia a nota. Ora, esse facto “outorga a Portugal o direito indiscutível de repudiar qualquer interferência nos seus assuntos internos, em especial quando vem acompanhada por ameaças do uso de força”.

E pronto. Os diplomatas portugueses em Nova Iorque deram o dia por bem acabado. Tanto quanto sei, a história ficou por aí. Trinta anos depois Kadhafi chegou finalmente à Madeira, mas para instalar uma das suas empresas no off-shore do arquipélago.

Jardim Botânico da MadeiraJardim Botânico da Madeira

Além da curiosidade, esta história serve também para nos lembrar que, uma vez que a Madeira faz efectivamente parte da placa tectónica africana e as ilhas açorianas das Flores e do Corvo estão na placa norte-americana, Portugal pode ser considerado — embora apenas do ponto de vista geológico — um dos poucos países tricontinentais do mundo.

Fonte: texto de Rui Tavares no Público

NOTA: a propósito deste acontecimento, Francisco Seixas da Costa acrescenta um dado curioso e importante que pode ajudar a explicar a atitude do ex-ditador da Líbia. Ao que parece, Kadhafi teria grandes esperanças em ter uma boa relação diplomática com Portugal e manifestou isso mesmo nos anos após a revolução dos cravos. No entanto, em 1977, Mário Soares, que era o primeiro-ministro naquela época, começou uma aproximação diplomática com Israel, atitude que não agradou a Kadhafi. Desde essa altura, o ex-ditador da Líbia começou a mostrar uma atitude de confronto com o nosso país. A situação diplomática acabaria por melhorar décadas mais tarde, tendo Portugal estabelecido vários acordos comerciais com a Líbia ainda durante o governo de Kadhafi.

RTP - O Essencial

O Essencial

28 Fevereiro, 2018

Sérgio Alexandre
Jornalista
Sérgio Alexandre

Bem-vindo

Portugal fechou 2017 com crescimento de 2,7%; desemprego continua a descer. “Intenção de demissão” de diretores do Hospital de Faro é “situação pontual”, comenta ministro da Saúde. Cessar-fogo volta a ser violado em Ghouta Oriental. Temperaturas no Ártico 20 graus acima do que é normal alarmam comunidade científica. Aves e Caldas começam hoje a discutir a passagem à final da Taça de Portugal.


Economia recupera para valores antes da crise, desemprego continua a diminuir

Economia recupera para valores antes da crise, desemprego continua a diminuir

O Instituto Nacional de Estatística confirma a estimativa rápida feita há 15 dias, relativamente ao desempenho da Economia do país em 2017. Com um crescimento de 2,7%, para os 179,2 mil milhões de euros, o valor atual da Economia portuguesa recuperou para números semelhantes aos que tinha em 2010, antes da crise. A taxa de desemprego, por seu lado, mantém a tendência de descida e está nos 8%.


Pontuais "intenções de demissão" em Faro, comenta ministro da Saúde

Pontuais

Adalberto Campos Fernandes qualifica de “situação pontual” a “intenção de demissão” de três diretores de serviço do Hospital de Faro, onde, segundo o Sindicato Independente dos Médicos, os diretores dos três serviços de Medicina decidiram bater com a porta, em reação  à sobrelotação de doentes e à alegada pressão para altas intempestivas. Essa acusação acaba de ser repudiada pela administração do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve.


Cessar-fogo violado

Cessar-fogo violado

Ao segundo dia, entre acusações mútuas reciprocamente desmentidas, o cessar-fogo parcial em Ghouta oriental, perto da capital da Síria, continua a ser violado, tornando difícil ou mesmo impossível auxiliar a população civil encurralada pelos combates entre as forças governamentais e os rebeldes.


Coreia do Norte, "amigo químico" de Al-Assad?

 Coreia do Norte,

O diário norte-americano The New York Times cita um relatório de peritos das Nações Unidas, segundo o qual a Coreia do Norte tem enviado equipamento para o Governo sírio, que pode estar a ser usado na produção de armas químicas. Esta informação surge numa altura em que os EUA voltaram a acusar Bashar al-Assad de, uma vez mais, utilizar armas químicas em ataques sobre civis, em particular nos recentes bombardeamentos em Ghouta oriental.


Dias de tempestade

Dias de tempestade

Escolas fechadas em Trás-os-Montes, barras marítimas em que a navegação está interdita ou condicionada, quase 200 ocorrências registadas pela Proteção Civil durante a noite e madrugada, mas sem notícia de vitimas ou acidentes graves. Para o território continental, o Instituto do Mar e da Atmosfera prevê a continuação de céu geralmente muito nublado, períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e de granizo e queda de neve nos pontos mais altos. A Madeira está em alerta vermelho, por causa de ventos que podem ter rajadas de 140 quilómetros por hora, e para a agitação marítima, que pode gerar ondas de 14 metros de altura.


Temperaturas no Ártico 20ºC acima do normal

Temperaturas no Ártico 20ºC acima do normal

O estado do tempo na Europa deve-se a uma vaga de calor sem precedentes na região polar que está a preocupar a comunidade científica. Temperaturas 20 graus centígrados acima do que é normal fazem soar sinais de alarme, já que estão a afetar o vórtice polar, um círculo de ventos que isola o norte gelado do resto do hemisfério norte, mais quente.


O sonho do Jamor

O sonho do Jamor

“De certeza que, no jogo das probabilidades, há um bocadinho” para o Caldas e é por isso que a equipa do terceiro escalão do futebol nacional se vai bater no jogo desta noite, promete o treinador José Vala. Em causa, está a passagem à final da Taça de Portugal e o adversário dos caldenses é o Desportivo das Aves, da I Liga. Apesar do  desequilíbrio de forças, é um jogo memorável para ambos os clubes, já que nenhum deles havia chegado tão longe nesta competição. A bola começa a rolar às 20h15, com relato em direto na Antena1. A segunda-mão é nas Caldas da Rainha, a 18 de abril.