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terça-feira, 6 de março de 2018

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Os novos canhões do czar

Os novos canhões do czar

Mísseis balísticos intercontinentais de nova geração movidos a energia nuclear, de alcance ilimitado e capazes de contornar todos os sistemas de defesa actualmente existentes; mini-submarinos atómicos de controlo remoto equipados com ogivas nucleares múltiplas; canhões e lançadores de ultraprecisão guiados a laser…

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«Grey power», o poder grisalho

«Grey power», o poder grisalho

Não é só PIB, não é só crescimento, não é só equilíbrio orçamental. Um país também se mede pela forma como trata os seus velhos e as suas crianças. Há dias, em Espanha, os velhos e reformados gritaram isso nas ruas, em manifestações surpreendentes para quem os julga acomodatícios e medrosos.

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O ocidente e o massacre das crianças sírias

O ocidente e o massacre das crianças sírias

A cultura humanista europeia que se foi afirmando depois do século XVI faz naturalmente da criança o centro de todas as atenções, dado que é ela que incarna a humanidade de forma mais clara. Da mesma forma, todo o quadro legal de protecção do trabalho começou pela defesa da criança que se mantém até aos nossos dias como o centro de toda a atenção social.

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STJ julga hoje habeas corpus de Lula

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BRASIL Os ministros da quinta turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) julgam nesta terça-feira (6) o pedido de concessão de liminar (decisão provisória) apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz…

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As "Capelinhas" Nacionais...

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Na nossa organização social existe um modelo de autonomia com tipificação funcional no tecido urbano e também no tecido rural de interesses amplos ou mesquinhos consoante o contexto, vulgarmente designado…

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Linhas de Torres são monumento nacional

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O conjunto fortificado das Linhas de Torres Vedras foi declarado património nacional pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) na última sexta-feira, 2 de Março. A proposta de classificação foi aprovada…

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Reforçar a luta dos povos contra as armas nucleares

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Ignorando décadas de luta dos povos contra os armamentos de destruição em massa, as potências imperialistas aglutinadas na Organização do Tratado do Atlântico Norte…

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Discursos de ódio: A nova era dos extremos

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Se antes o pensamento progressista era o novo, defendido pelos jovens, hoje é visto como retrógrado, defendido pelos velhos. Discursos de ódio, conservadores, potencializam e se beneficiam com esta inclinação…

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Intelectuais de esquerda criam movimento pró-Haddad

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BRASIL Um grupo de intelectuais ligados a esquerda – não necessariamente ao PT – manifestou apoio ao nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad não como plano B, caso…

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Marcelo não conheceu o fascismo?

por estatuadesal

(Pedro Tadeu, in Diário de Notícias, 06/03/2018)

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Marcelo Rebelo de Sousa teve a sensatez e a sensibilidade de emitir uma nota "a lamentar" (lê-se no título) a morte do coronel João Varela Gomes: "O Presidente da República apresenta à Família do Senhor Coronel João Varela Gomes condolências invocando a sua militância cívica, em particular, a sua consistente luta contra a ditadura constitucionalizada antes do 25 de Abril de 1974", diz o texto enviado às redações no passado dia 28 de fevereiro.

Informo o leitor ou a leitora, caso não saiba, que Varela Gomes passou pelas prisões da PIDE (a polícia política de Salazar), participou na campanha eleitoral do general Humberto Delgado (que desafiou o regime), esteve na conspiração da Sé em 1959 e no assalto ao quartel de Beja em 1962 (que o qualificaram como um dos heróis da resistência).

Depois do 25 de Abril, Varela Gomes liderou a 5.ª Divisão do Estado-Maior das Forças Armadas, que percorreu o país a promover sessões de esclarecimento e de propaganda sobre a Revolução dos Cravos e o Movimento das Forças Armadas. No 25 de novembro de 1975 ficou do lado dos derrotados e teve de fugir do país. Voltou em 1979.

Em primeiro lugar tenho de dizer que se o Presidente da República fosse outra pessoa provavelmente a nota que citei nunca teria sido emitida. Cavaco Silva nunca o faria. Jorge Sampaio e Mário Soares talvez o fizessem, mas não tenho a certeza...

Em segundo lugar quero sublinhar a definição utilizada por Marcelo Rebelo de Sousa, construída para designar a forma como a República se organizou durante o longo consolado de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano: "Ditadura constitucionalizada"... Nem apenas "ditadura", nem o autodesignado "Estado Novo", nem o mais popular "fascismo".

Esta versão agora adotada por Marcelo Rebelo de Sousa é a demonstração de como Portugal ainda tem muitos problemas para falar do seu passado, encerrado há 43 anos: o esforço para encontrar uma formulação bateriologicamente pura da infeção ideológica para dizer aos portugueses o que era o regime que Varela Gomes combateu é, por si só, um exercício de ideologia, pois parte da presunção de que falar sobre fascismo em Portugal é uma incorreção, uma inconveniência ou uma infelicidade.

É verdade que há historiadores e académicos a defender essa tese, mas, para mim, isso não faz sentido: houve partido único, houve câmara cooperativa, houve Mocidade Portuguesa, houve Legião, houve censura prévia, houve polícia política, houve prisões e campos de concentração para os opositores e houve um sem-número de outras instituições e leis no Portugal desse tempo - ou em alguns períodos dentro desse tempo - semelhantes a outros regimes fascistas.

Como não sou historiador nem académico, esta minha posição pode ser facilmente contestada por quem, nesta área, tem mais credibilidade do que eu. Porém, ao longo dos meus 54 anos de vida, já assisti a várias revisões profundas da história, sempre com suposto certificado científico, até de coisas bem antigas, milenares, sobre as quais pensava haver imenso saber consolidado.

Por isso, aquilo que hoje se escreve como sendo verdade científica acerca de história contemporânea será, de certeza, uma falsidade científica amanhã e, se calhar, voltará ao estatuto de verdade científica depois de amanhã.

O problema não é, insisto, de rigor histórico ou científico. O problema é outro. O problema é que quando ouvimos a palavra "fascismo" pensamos em opressão, em repressão, em escuridão. Quando ouvimos "ditadura constitucionalizada" pensamos em legislação, ordem e autoridade. Há aqui um planeta de distância, estamos a falar de dois países diferentes.

Imaginemos que o coronel Varela Gomes estava vivo e que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa se cruzava com ele e lhe dizia: "Quero agradecer-lhe, em nome do povo português, a sua consistente luta contra a ditadura constitucionalizada." Varela Gomes, que se definia como antifascista, como se sentiria? Provavelmente ofendido, se calhar até humilhado, certamente indignado.

E se em vez de Varela Gomes essa mesma frase, essa expressão "ditadura constitucionalizada" tivesse sido dirigida a Álvaro Cunhal? Ou a Mário Soares? Ou a qualquer um dos milhares de pessoas que passaram pela prisões da PIDE, muitas delas ainda vivas e com ativa participação na vida pública? Como podem essas pessoas, de diversos quadrantes ideológicos, que tantos anos da sua vida deram em torno do conceito mobilizador do derrube do fascismo em Portugal, aceitar agora esta esterilização da sua luta?

Como podem os filhos, os netos ou bisnetos dos resistentes a Salazar e Caetano aceitar uma versão oficial de que os seus pais, avós ou bisavós não lutaram contra o fascismo, lutaram antes contra uma "ditadura constitucionalizada"? Julgarão que os seus familiares os enganaram? Ou que o Estado está a trair a memória dos seus familiares?

Dizer, para definir o fascismo português, que se tratou, apenas, de uma "ditadura constitucionalizada" é conseguir inatacável rigor histórico, talvez mesmo para daqui a mil anos, mas é também escamotear a história real, vivida, pessoal de cada lutador político desse tempo, onde se documenta uma parte essencial do que se passou em Portugal durante 48 anos.

Penso que Marcelo tenta, como Presidente, pacificar o país, até com a sua memória. Daí ter decidido lamentar a morte do antifascista Varela Gomes, o que outros, repito, não fariam... Porém, ao tentar as meias-tintas, falhou e, até, afrontou o texto do preâmbulo da Constituição que jurou defender. É pena.

Uma camisa para Vénus

por Sérgio Barreto Costa

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Não sei ao certo há quanto tempo conheço a senhora desta fotografia. É possível que tenha contactado com ela pela primeira vez em 1989, no livro de História do 7º ano, mas também me pode ter sido anteriormente apresentada pelo meu pai, quando folheava comigo aquelas Histórias da Arte em fascículos que gostava de coleccionar e que, por essa altura, ocupavam as estantes de muitos lares portugueses. Numa época em que os pais já não tinham o hábito de levar os filhos varões a casas onde se desenvolve o comércio amoroso, foi com certeza uma maneira familiarmente interessante de ir, quase literalmente, aos primórdios da questão.

Aparentemente, e de acordo com uma notícia que li num jornal estrangeiro, o Facebook não gostou que um retrato desta escultura, exposta num museu de Viena, tivesse sido publicado na rede social. E vai daí, sem meias medidas, censurou-o com a classificação de “conteúdo impróprio”. Faço notar, antes de mais, que, ao contrário do que se passa em Portugal, os estrangeiros limitam-se a dizer Viena, sem acrescentar o país a que pertence, pelo que fiquei sem saber se o dito museu se encontra na Áustria ou no estado norte-americano do Missouri, que tem uma pequena povoação com o mesmo nome. Mas o que verdadeiramente me surpreendeu foi a atitude da empresa de Mark Zuckerberg, retirando dos seus domínios esta vénus pré-histórica. Como não quero acreditar que um empreendedor nova-iorquino do séc. XXI seja mais conservador do que o Ministério da Educação e as famílias portuguesas dos anos 80, tenho de concluir que foi o aspecto da matriarca que lhe desagradou. É certo que a sua forma física não é a melhor, com alguma gordura localizada na área abdominal e com as glândulas mamárias ligeiramente descaídas. No entanto, se levarmos em consideração que a senhora tem quase 30 mil anos, temos de concluir que até está muito bem conservada. Tomara a muitas bem mais novas! Pode não servir para as páginas da Victoria's Secret e da Playboy que o Facebook desinteressadamente alberga, mas talvez ainda conseguisse sacar três ou quatro matches no Tinder às 4 da manhã de uma noite de sábado. Fica a dica para a minha velha amiga.

Passos Coelho – o académico precário

por estatuadesal

(Carlos Esperança, 06/03/2018)

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«Passos vai dar aulas de Administração Pública e Economia (…) no ISCSP, onde deverá ser professor convidado catedrático.»

Quando Passos Coelho, ainda com o pin da bandeira de Portugal ao peito, anunciou que ia dedicar-se à vida académica, pensou-se que ia fazer uma pós-graduação ou tentar um mestrado, numa escola prestigiada, para valorizar a tardia licenciatura.

A surpresa surgiu quando afirmou que ia dar aulas em três universidades, surpresa que se transformou em estupefação quando a comunicação social informou que ia dar aulas em mestrados e doutoramentos; e a estupefação virou pasmo quando uma Universidade pública o contratou como “professor convidado catedrático”, até agora sem desmentido a repor o bom nome da instituição pública.

O seu currículo podia igualmente dar-lhe acesso a general de 4 estrelas nas FA, por ter nomeado o ministro da Defesa; a juiz, do Tribunal de Contas, pela forma como geriu as contas do Estado; do Constitucional, pela experiência de chumbos dos OE; do STJ, pela ignorância de que era preciso pagar à Segurança Social e usar na Tecnoforma os fundos europeus que a UE reclama de volta; a diretor do SIS, pelas relações com Relvas, Marco António e Marques Mendes, excelentes informadores; etc.; etc...

Não censuro Passos Coelho por aceitar o lugar para o qual não tem condições mínimas, tal como sucedeu com o de PM, mas exijo, como cidadão, que a direção do ISCSP diga qual o critério que presidiu ao aviltamento do Ensino Superior Público. A instituição está em causa e, com ela, todos os que tiveram longo e exigente percurso para chegarem a professores catedráticos. O facto de o diretor, Manuel Meirinho, ter sido convidado em 2010, como deputado independente do PSD, por Passos Coelho, pode não ser alheio ao convite e à distinção académica como retribuição.

Por mais ex-dirigentes do PS que se apressem a defender o novo catedrático, com igual entusiasmo ao que usaram no combate ao atual governo, não há um módico de decoro ou de suporte legal na leviandade da contratação e na apreciação do mérito de quem já sabia ter a cátedra à espera. Só surpreende que estivesse vaga e sem concorrentes.

Se é nepotismo, não é um problema académico, é um caso de polícia, mas o ministro da tutela e o reitor da Universidade de Lisboa não podem alhear-se, por maior autonomia de que o ISCSP goze.

Finalmente, Marcelo Rebelo de Sousa, que tem opinião sobre tudo, que opinião terá do novo académico, ora seu colega?

RTP - O Essencial

O Essencial

6 Março, 2018

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Carlos Santos Neves
Coordenador Multimédia
Carlos Santos Neves

Bem-vindo

É a notícia que está a aglutinar todas as atenções. A operação recebeu o título de e-toupeira e levou nas últimas horas à detenção de um alto quadro da estrutura dirigente do Benfica. Trata-se de Paulo Gonçalves. O diretor do departamento jurídico do clube da Luz é suspeito de ter subornado funcionários judiciais para obter informações de processos relativos ao caso dos e-mails.


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