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domingo, 11 de março de 2018

Entre as brumas da memória


Passos Coelho «catedrático»: uma Petição

Posted: 11 Mar 2018 12:10 PM PDT

«Queremos justiça, transparência e decência na política educativa e da ciência em Portugal» – uma Petição que pode ser assinada AQUI.

Este parágrafo parece-me «decisivo»:

«A atribuição do grau de catedrático a Pedro Passos Coelho, mesmo sem cadeira designada, constitui um atropelo flagrante ao estatuto da carreira docente universitária em Portugal. O estatuto estabelece, no seu Artigo 8.º, que os “professores convidados desempenham as funções correspondentes às de categoria a que foram equiparados por via contratual”, sendo que para a categoria de professor catedrático as funções estabelecidas são “de coordenação da orientação pedagógica e científica de uma disciplina, de um grupo de disciplinas ou de um departamento” (Artigo 5.º). Ora, a experiência relevante do ex-Primeiro Ministro em funções governativas não evidencia formação científica ou pedagógica que o habilite para a coordenação científica e coordenação pedagógica exigida a um professor catedrático, ou equiparado. Aliás, o ECDU concretiza no seu articulado um conjunto de funções particulares em que se enfatizam funções de regência, coordenação, direção de disciplinas, programas de estudos inteiros e mesmo programas de investigação, ao ponto de estar habilitado a “substituir, nas suas faltas ou impedimentos, os restantes professores catedráticos do seu grupo.” (alínea e, Art 5.º)»

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11 de Março

Posted: 11 Mar 2018 10:09 AM PDT

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A pesada herança de Adriano Moreira

Posted: 11 Mar 2018 05:58 AM PDT

Adriano Moreira: “Eu morro com culpa, porque a minha geração deixou uma pesada herança às gerações seguintes”.


Deixará uma pesadíssima herança, sim: ter sido ministro das colónias de Salazar e ter reaberto o Campo do Tarrafal para os «terroristas» que lutaram pela independência das ditas colónias.

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Segurança policial e Direitos Humanos

Posted: 11 Mar 2018 04:05 AM PDT

«O recentemente divulgado relatório do Comité Europeu para a Prevenção da Tortura do Conselho da Europa, que visitou Portugal em 2016, critica Portugal por abusos de violência policial, com particular descriminação racial por parte das forças de segurança. Ao mesmo tempo que aponta a sobrelotação dos estabelecimentos prisionais e das condições de habitabilidade dos mesmos, sem que investigações transparentes e independentes se façam, não obstante as queixas.

Tenho alguma experiência na matéria e até escritos sobre o assunto. Revisito por isso, aqui, alguns dos problemas que se colocam fundamentalmente à condição humana dos encarcerados e ao atávico comportamento violento das polícias nas esquadras a que são conduzidos os cidadãos, a maioria das vezes de forma ilegal, por não haver indícios de infracção, aliás situação expressamente consignada na lei e na prática tantas vezes omitida.

Na minha condição de “advogado de causas”, que fui na Ordem dos Advogados, defendi, no regime da ditadura do Estado Novo, alguns cidadãos vítimas dessas violências, praticadas impunemente pela polícia e junto dos tribunais fiz a denúncia do que se passava. Num desses julgamentos, o juiz era Godinho de Matos, magistrado íntegro e corajoso, que então absolveu o réu e, no final, disse ao chefe de polícia presente: “Não é a primeira vez que aqui aparece, mas se o fizer outra vez, tomo medidas para encerramento da esquadra e diligências sobre uma rigorosa inspecção ao comportamento policial." Referia-se então ao que se passava na esquadra da Praça da Alegria, verdadeiro açougue dos presos para aí levados, principalmente nas comemorações do 1.º de Maio. Sou testemunha destes testemunhos judiciais destes massacres e ofensas corporais sobre os detidos e lembro aqui o meu colega, José Roque, também ele defensor de muitos desses presos, quase sempre provindos da mesma esquadra.

Mas o que é inquietante é que hoje, num Estado de Direito, a condição de um detido sofra as violências de uma polícia sem formação cívica e ausente das inquietações dos direitos humanos. Pela actualidade do tema, permito-me, aqui, o seu enquadramento, num Estado de Direito como o nosso.

Vai longe o tempo deste modelo de direito penitenciário, em que o estatuto jurídico do recluso estava adstrito a uma relação de dever e de subordinação face ao Estado e à administração penitenciária, com clara limitação da dignidade pessoal e dos direitos fundamentais dos detidos e reclusos em cumprimento de pena em estabelecimentos prisionais. Era um modelo em que a gestão e o quotidiano prisional eram um espaço vazio de direito e o recluso um ser despojado da sua humanidade.

A matriz deste novo direito penitenciário é a de que os direitos fundamentais do recluso só poderão ser sacrificados nos casos e nos termos previstos na lei em que o sacrifício seja requerido pelos valores inerentes à execução da pena, salvaguardando sempre o princípio da proporcionalidade, sem prejuízo de que há mesmo direitos fundamentais — a dignidade humana, a liberdade de consciência, a igualdade e outros — que não comportam qualquer limitação ou compressão.

Assiste-se em muitos países, entre eles o nosso, a um discurso neoliberal repressivo que apela ao alargamento indiferenciado da intervenção penal às novas formas de criminalidade, organizada e de massa, que a insegurança (ou o sentimento da insegurança) potenciam e caucionam. Estes aspectos, aliados a uma percepção social da violência, do risco e da ameaça, fazem perder terreno a uma política criminal que dê prioridade à "garantia da liberdade", substituindo-a por uma "política de segurança". O discurso da lei e da ordem tende a renascer e a afirmação dos direitos e liberdades fundamentais a recuar ou a falecer de razão.

Pretendo reflectir e caracterizar sumariamente o sentido e alcance do modelo de um direito penitenciário consonante com os direitos fundamentais a partir das exigências e implicações destes direitos. A subordinação do direito penitenciário aos desígnios constitucionais mais não significa do que inscrever o direito penitenciário num programa de respeito e de promoção dos direitos humanos.

Mas a subordinação do direito penitenciário aos desígnios constitucionais exigirá sempre um modelo de respeito e de promoção dos direitos humanos, levando sempre em linha de conta o que prescreve o artigo 16.º, n.º 2 da Constituição da República Portuguesa: "Os preceitos constitucionais e legais relativos aos direitos fundamentais devem ser interpretados e integrados de harmonia com a Declaração Universal dos Direitos do Homem."

Daí, do ponto de vista material normativo, um direito penitenciário alinhado com o programa dos direitos fundamentais deve axiologicamente reflectir esses valores e obrigar, sem qualquer cedência ao discurso do medo e da insegurança, as autoridades penitenciárias à consciência da necessidade de conformar a sua actuação de acordo com a irrenunciável ética do Estado. Mesmo sob a irritação das mais drásticas e ameaçadoras manifestações da criminalidade, a administração penitenciária deve conformar sempre essa sua actuação de acordo com o princípio da legalidade e no estrito respeito pelos direitos fundamentais do recluso.

Todo o ser humano tem direito à sua humanidade e à sua dignidade enquanto pessoa, e vão longe os tempos dos banimentos e das proscrições, não obstante a morte civil decretada pelos Estados Unidos em relação aos prisioneiros de Guantánamo — essa ignomínia que confronta toda uma civilização.»

José Augusto Rocha

O perigo para a democracia das pessoas muito bem “informadas”

por estatuadesal

(José Pacheco Pereira, in Público, 11/03/2018)

JPP

Pacheco Pereira

Vamos considerar um tipo especial de informação, não a que vem nos jornais, mas a que, se fôssemos jogadores na bolsa, permitiria aquilo a que se chama “insider trading”, o que é um crime. A definição canónica é qualquer coisa como isto: “O uso de informação relevante, ainda não divulgada, ‘por qualquer pessoa que a ela tenha tido acesso’, com o objectivo de auferir lucro ou vantagem no mercado, para si ou para outrem.” O mercado de que aqui estamos a falar inclui a bolsa, mas é essencialmente outro: é o mercado do poder na elite política, económica, social, naquilo a que tenho chamado o “círculo de confiança”, o grupo de pessoas que manda em Portugal, pelo dinheiro, pela influência, por estar no lugar certo na altura certa, mas acima de tudo pelo que sabe sobre quase tudo o que importa, aquilo que sabe sobre nós, e nós não sabemos ou queremos ou permitimos que se saiba. Não é evidentemente dos que denunciam anonimamente abusos e crimes, os chamados “whistleblowers”.

Na parte de baixo desta cadeia alimentar está a pequena corrupção pela compra da informação, desde o funcionário de uma autarquia que sabe quando um processo vai a uma reunião e informa o interessado, como se fosse um grande segredo, ou o que se está a passar no futebol. O caso dos nossos dias envolve um clube, mas duvido que não seja uma prática generalizada por todo o mundo de milhões que é o futebol e os grandes clubes. Pode ser pela pequena corrupção, mas é também pelo clubismo que ajuda a “passar” informações mesmo sem contrapartida, pela ligação promíscua de agentes judiciais, técnicos de informática ou dos impostos, polícias e magistrados com círculos deste poder. Que aí há corrupção ou insider trading generalizado é um segredo de Polichinelo. Desde as redacções de jornais que têm acesso a fugas de informação tão sistemáticas que não podem ser pontuais, nem gratuitas, até comentadores que podem dar informação privilegiada ou porque lhes é transmitida para ser divulgada dessa forma não atribuída, mas que se percebe que só pode ter vindo ou de advocacia de negócios ou de entidades que pretendem aí obter benefício, como, por exemplo, o Banco de Portugal. Não há volta a dar: alguém informou alguém do que não devia, ou para vantagem do fornecedor, ou para vantagem do fornecido. E, como não há verdadeiro escândalo com estas práticas, nunca é feito qualquer escrutínio e tudo continua na mesma.

O Estado facilita esta circulação indevida de informação, recolhendo-a em claro abuso de qualquer regra de necessidade, através do fisco ou de um sistema bancário que é hoje altamente intrusivo da privacidade. É tudo em nome de boas causas, seja a do pagamento dos impostos devidos, seja na luta contra o branqueamento de capitais. Mas vai-se longe de mais, ao mesmo tempo que a informação excessiva adquire um valor em si mesma para além da finalidade inicial, e, sendo obtida, não é protegida.

No outro limite está a informação que procuram os serviços de intelligence, saber coisas sobre aliados e oponentes que permitam ter vantagem geopolítica, nas negociações ou na guerra. Obter essas informações, seja por meios técnicos seja pela chamada “humint”, a informação humana de agentes infiltrados ou comprados, é um processo vital. A importância deste tipo de informações faz com que o seu uso “desleal”, ou seja, o fornecimento de informações qualificadas a um adversário, competidor e inimigo, seja dos crimes com penas mais duras em vários países, a acabar na pena de morte.

Mas quem pensa que a procura sistemática de informações se limita à espionagem política ou policial está muito enganado. O público comum não os vê, e a comunicação social dá-lhes pequeno relevo mesmo quando lhes tem ou pode ter acesso, mas existem boletins confidenciais com assinaturas de montante muito elevado, com pequena circulação, que fornecem a uma elite que os pode comprar ou ter-lhes acesso, informação privilegiada que nalgum sítio foi indevidamente obtida. E quem pense que os detectives privados são contratados apenas para casos de divórcio está bem enganado.

É verdade que muitas destas informações são obtidas legalmente, mas outras são obtidas de forma mais reservada, pelo acesso a lugares e cargos, outras são obtidas no âmbito do segredo profissional, mas estão lá na cabeça do seu portador, quando ele tem de intervir ou decidir, outras são obtidas pela frequência social “certa”, outras pela promiscuidade entre lugares políticos e sectores de negócios, ou de serviços, seja na advocacia de negócios, seja na consultoria financeira ou nas auditoras, ou nas relações com jornalistas, directores e redacções. Um dos meios menos escrutinado são os gabinetes ministeriais, o mundo cinzento dos assessores e consultores, que fazem muitas vezes o sale boulot que os políticos não se arriscam a fazer. Muito do que se passa nestes meios, repito-o, não tem qualquer escrutínio e não é do conhecimento público: alguém, por exemplo, faz alguma ideia de quanto a “informação” de alguma imprensa económica e de negócios tem origem em agências de comunicação que são contratadas a peso de ouro para “colocarem” as notícias que lhes interessam e que aparecem como sendo escolhas editoriais das redacções sem qualquer menção de origem? Qual é o trade-off para os jornalistas? Bilhetes para um jogo de futebol?

Este tipo de informações — reservadas, confidenciais, discretas, secretas — são de um enorme valor. Ter essas informações é em si mesmo uma enorme vantagem. Volto ao mesmo: uma das razões por que tenho chamado a atenção sobre o “círculo de confiança” que existe e manda em Portugal, muito para além da democracia parlamentar e da governação, é que uma das características da sua pertença e dos seus membros é o acesso a uma vastíssima informação que, por sua vez, coloca o seu detentor em condições de ainda obter mais informações pelos cargos de “confiança” a que acede. Os círculos em que se move são densos de informação pessoal, empresarial, financeira e política, num contínuo que permite saber o que é que está em curso, quem quer comprar o quê, quem tem dinheiro para o pagar, quem, não o tendo, o pode obter e como, quem são os seus aliados e os seus adversários, quem está em queda, quem vai falir, quem está em alta e pode aspirar ser um bom parceiro, quem é venal e quem não é, com quem se deve falar para avançar um negócio ou para sugerir a escolha de um nome ou vetar outro.

Há por isso transições de lugar para lugar que são muito perigosas — por exemplo, um director de um jornal que sabe quais são as fontes das fugas que tinha num determinado partido, quando vai para a vida política leva essa informação que lhe dá a possibilidade de uma chantagem invisível e que não precisa de ser nomeada para existir. Ou um político que teve acesso a informações relevantes em áreas sensíveis, como a defesa ou os serviços de informação, quando passa a lobbyista, o seu valor depende desse acesso anterior e das informações que obteve — uma das mais úteis para o novo patrão é a de saber com quem se deve falar para obter novas informações, ou para “ajudar” a uma decisão que se pretende. A informação aqui vale ouro.

A democracia é um regime frágil e a democracia portuguesa ainda mais frágil é. Uma das razões é que há um excesso de poder fáctico que, exactamente por o ser, é invisível e não nomeado, e muito menos escrutinado. Podemos encolher os ombros e dizer que sempre foi assim e vai continuar a ser. Por outro lado, a lei e o direito — incluindo o facto de uma parte dos seus executores fazerem parte do mesmo círculo de que estamos a falar — têm sérias limitações quando se trata de atacar os poderosos que ainda não tombaram.

Esses, sim, todos vão lá atirar uma pedra. E, quando tombam, percebe-se muita coisa de como é que se pode ser “dono disto tudo”. Mas sobra o “sistema”, e esse continua por aí. Contra ele só conheço uma arma, a que eles mais temem: a luz. A luz do debate público e... das informações sobre os abusos das pessoas demasiado bem “informadas”. Mas a verdade é que são eles também quem escolhe directores de jornais, editores da rádio e televisão e têm o enorme poder de decidir o que pode ser dito e o que não pode.

Há coisas que nunca perceberemos

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

  • Eduardo Louro
  • 11.03.18

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O congresso do  CDS, do CDS de Cristas - é a própria a chamar-lhe "o meu CDS" - tem tido cobertura televisiva de gente grande. Tratamento de primeira liga, a que, nas mesmas palavras da própria, aspira vir a pertencer. Tratamento diferenciado.

Se calhar é por isso, por as televisões tratarem os seus 5% de representatividade eleitoral como se fossem 30%, que todas elas, e todos os infindáveis comentadores de cada uma, acharam normal e sério que Cristas se tenha assumido candidata a primeira-ministra nas próximas legilativas.

Que ha rãs que querem ser bois, sabemos. Aparecem até nas histórias com fins educativos, para que as crianças comecem a perceber a diferença entre o bom senso e o ridículo, entre a ambição natural e a desmedida e espalhafatosa... Mas há coisas que nunca perceberemos...

Será que as televisões continuam a soprar na rã só para não perderem o momento em que rebenta?

Lero-lero de Lamego

por Telmo Azevedo Fernandes

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No discurso de encerramento do congresso do CDS Assunção Cristas disse-nos que Portugal tem pelo menos dois "desígnios nacionais":

1) ser líder mundial no combate às alterações climáticas.

2) ser líder mundial na economia azul (e verde, suponho).

O partido vai cavalgar esta onda?

Eu vou fazer como Adolfo Mesquita Nunes e ver mais o Festival da Canção...

Quo vadis, UE?

Ladrões de Bicicletas


Posted: 10 Mar 2018 12:08 PM PST

Ainda há quem pense que as reformas da Zona Euro que estão a ser negociadas são o caminho para dar futuro a esta zona de protectorados da Alemanha. Neste vídeo explicamos que, ao contrário do que os media dizem, a aplicação destas propostas (mesmo que apenas algumas) vai agravar as contradições existentes, apertando o colete de forças sobre as economias e os povos.
A política orçamental continua a ser diabolizada e o faz-de-conta-que-não-sabem que o orçamento do Estado é um resultado do funcionamento global da economia, não dependendo apenas do governo, continua a marcar todas as novas ideias sobre o controlo do défice por via do controle da despesa. Continua o obscurantismo que faz crer aos cidadãos que só pode haver investimento público financiado por impostos, quando o BCE todos os meses cria imenso dinheiro para manter as taxas de juro baixas, apesar de não conseguir alcançar o objectivo de uma inflação perto dos 2%. Não lhes ocorre que o relançamento sustentado de uma economia que esteve em recessão não pode ser feito apenas através da política monetária. Segundo a ortodoxia, evidentemente, a política orçamental é ineficaz.
Propõe-se também uma limpeza de toda a dívida pública do balanço dos bancos, fazendo depender o financiamento de qualquer défice público da emissão de obrigações com um estatuto de maior risco relativamente a um novo tipo de obrigações, a emitir pela UE, garantidas por uma carteira de obrigações dos vários Estados. Repare-se que não é o BCE, como prestamista de último recurso, que garantiria essas novas obrigações. Toda uma engenharia destinada a evitar que os alemães não fiquem assustados com o risco de o BCE monetarizar qualquer défice. E tudo o mais que se propõe é simplesmente trágico. Esta zona euro é mesmo uma aberração histórica.
Tudo o que poderia dar um retoque algo mais progressista à Zona Euro não faz parte das reformas propostas. Felizmente, as eleições em Itália deram o tiro de partida para a fase terminal deste projecto moribundo. Infelizmente, dado que a esquerda entregou a bandeira da luta contra o euro à direita, o fim deste projecto bárbaro será liderado pela direita. Tal como nos anos trinta do século passado, no continente europeu, a esquerda faz haraquiri. Triste.