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sexta-feira, 23 de março de 2018

Brasil. Supremo suspende prisão imediata de Lula da Silva

JORNAL I

23/03/2018 08:30

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O antigo Presidente do Brasil não será preso até 4 de abril.

O Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiu adiar a decisão do recurso do “habeas corpus” preventivo de Lula da Silva, o que significa que o Presidente brasileiro não será preso até, pelo menos, dia 4 de abril, dia em que será julgado o recurso novamente.

Lula da Silva foi condenado a 12 anos de prisão pelo Tribunal Regional Federal, por crimes de corrupção e branqueamento de capitais por, alegadamente, ter recebido 2,25 milhões de reais (cerca de 570 mil euros), de alegados subornos da construtora OAS.

Assim, para evitar a prisão do ex-presidente, a defesa apresentou um recurso ‘habeas corpus’ preventivo, no Tribunal Superior de Justiça, que foi rejeitado, e ainda um outro no Supremo Tribunal Federal do Brasil.

Recorde-se que, Lula da Silva, de 72 anos, afirma estar a ser vítima de uma “perseguição” judicial, para impedir o seu regresso ao poder.

O Brasil está a sete meses das eleições presidenciais, sendo que Lula da Silva é o favorito em praticamente todas as sondagens. No entanto, poderá ficar inabilitado politicamente, uma vez que de acordo com a legislação brasileira, os condenados em segunda instância não podem concorrer a cargos superiores, neste caso eleitorais.

Fernando Rosas: “O CDS até tem um dirigente gay! Ai que moderno que ele é!”

Fernando Rosas: “O CDS até tem um dirigente gay! Ai que moderno que ele é!”

Miguel SilvaJORNAL I22/03/2018 18:45

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O fundador do Bloco de Esquerda ironizou na TVI sobre Adolfo Mesquita Nunes, considerando a direção do CDS como envolta “numa modernidade postiça”

Ironia e causas LGBT não é uma combinação habitual nos próximos ao Bloco de Esquerda. O partido, sempre progressista nas ditas questões fraturantes, não costuma juntar a expressividade mais agressiva a tais bandeiras. Fernando Rosas, todavia, não seguiu esse costume na sua mais recente aparição televisiva.

No programa Prova dos Nove, que partilha com Paulo Rangel e Pedro Silva Pereira na TVI24, o fundador do Bloco de Esquerda referiu-se indiretamente ao vice-presidente do CDS Adolfo Mesquita Nunes, que recentemente assumiu a sua homossexualidade numa entrevista de vida ao Expresso.

Disse Fernando Rosas, ex-deputado do Bloco de Esquerda, sobre Mesquita Nunes: “O CDS pode ter esta coisa da modernidade e tal, são muito modernos, até têm um dirigente que diz que é gay… Ai que moderno que ele é!”, ironizou.

Mas, para Rosas, há uma coisa que é certa: “eles [o CDS] podem comer no PSD, podem ratar no PSD, até podem subir, mas o resultado que vão ter enfraquecerá o bloco da direita”. Portanto, para Rosas, melhor para a esquerda. 

Essa vertente recentemente mais “moderna” do CDS, continuou o académico, não passará de um “disfarce” eleitoral dos centristas. “Sob o disfarce, sob o manto desta modernidade postiça do CDS, está o velho CDS contra a Interrupção Voluntária da Gravidez, contra o casamento entre pessoas do mesmo género e contra a morte assistida”, afirmou depois.

“É um CDS absolutamente contra a modernidade”, concluiu Rosas, modernamente, na TVI24.

RTP - O Essencial

O Essencial

23 Março, 2018

Sérgio Alexandre
Jornalista
Sérgio Alexandre

Bem-vindo

Homem armado que diz pertenceer ao Estado Islâmico mantém pessoas sequestradas no sul de França. Condições de trabalho degradadas: Bastonária da Ordem dos Enfermeiros diz que saúde dos doentes está risco. Supremo Tribunal acusa independentistas catalães de rebelião.


Sequestro em França

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Um homem armado que diz estar a agir em nome do Estado Islâmico mantém várias pessoas sequestradas num supermercado em Trèbes, no sul de França. Informações não confirmadas nesta altura apontam para a probabilidade de existência de feridos e até de vítimas mortais. Há uma operação policial em curso. A informação sobre esta notícia de última hora vai sendo atualizada aqui.


Bastonária dos enfermeiros diz que saúde dos doentes "está em risco"

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Aumento de erros clínicos, um enfermeiro para 40 doentes, bancos de horas ilegais, enfermeiros a trabalhar em exaustão e taxa de absentismo que ultrapassa já os 12 por cento em todo o território nacional. São situações denunciadas pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, que se diz solidária com a greve de 48 horas que termina esta sexta-feira. Ana Rita Cavaco denuncia vários riscos e irregularidades e conclui que assim “é impossível prestar cuidados em segurança.


SCML confirma entrada na Caixa Económica Montepio Geral

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É oficial: a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai injetar até 40 milhões de euros na Caixa Económica Montepio Geral. Em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, o provedor da SCML, Edmundo Martinho, qualifica o investimento de “muito seguro”, afirmando que não coloca outros projetos em causa. O processo de entrada no capital social da Caixa Económica deverá ser concluído em duas semanas.


Incêndios: comissão técnica "vai estudar" argumentação de Jorge Gomes

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Em resposta às declarações de Jorge Gomes, ex-secretário de Estado da Administração Interna, que que acusou a comissão técnica independente de ter usado informação falsa no relatório que investigou os grandes incêndios do outono de 2017, o presidente da Comissão garante à Agência Lusa que “utilizámos documentação oficial, portanto não asseguro que na documentação oficial não haja, eventualmente, qualquer indicação que não esteja totalmente correta“. João Guerreiro diz ainda que vai estudar os argumentos aduzidos por Jorge Gomes, para que as questões destacadas pelo ex-governante sejam “cabalmente esclarecidas”.


Abuso dos contratos a prazo pode dar penalizações

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O Governo leva hoje aos parceiros sociais propostas para limitar os contratos a termo e dinamizar a contratação coletiva. O primeiro-ministro revelou ontem as linhas gerais das intenções do executivo, que apontam para a criação de uma taxa penalizadora das empresas que abusem da contratação a prazo e para o fim do banco de horas individual.


China responde ao protecionismo de Trump

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A China apela aos EUA para evitarem a escalada para um conflito comercial total mas, ao mesmo tempo, garante resposta na mesma moeda à última ação de Donald Trump na chamada guerra do aço e do alumínio. O Presidente americano aprovou novas taxas e penalizações aduaneiras à importação de produtos chineses, no valor de 50 mil milhões de dólares, medida com pouco impacto na economia chinesa mas que Pequim qualifica de protecionista e indiciadora de eventuais restrições similares no futuro, mais gravosas para os interesses dos orientais. Os mercados financeiros internacionais mostram-se preocupados.


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Donald Trump volta a mexer na equipa de conselheiros mais próximos. O general H.R. McCaster deixa de ser o conselheiro presidencial para a Segurança Nacional e cede o lugar a John Bolton, um falcão que serviu a administração liderada por George W. Bush como embaixador dos EUA nas Nações Unidas. São públicas e notórias as ideias críticas de Bolton relativamente ao regime norte-coreano e a sua nomeação acontece numa altura em que começa a ser preparada a histórica reunião entre Trump e Kim Jong-un, com a questão nuclear em cima da mesa.


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Carles Puigdemont e outros 12 líderes independentistas catalães foram formalmente acusados pelo crime de rebelião, punível até 25 anos de prisão. O candidato à presidência da Generalitat, Jordi Turull, é hoje em tribunal e poderá ficar impedido de assumir a liderança da Generalitat.


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Supremo Tribunal do Brasil adia julgamento e impede Lula de ser preso até ao veredicto final

23 mar 2018 00:15

MadreMedia / Lusa

O Supremo Tribunal Federal do Brasil adiou a decisão de recurso de “habeas corpus” preventivo do ex-Presidente Lula da Silva, anunciando que o voltará a analisar a 4 de abril.

Supremo Tribunal do Brasil adia julgamento e impede Lula de ser preso até ao veredicto final

O tribunal determinou que o ex-Presidente não poderá ser preso até à decisão final do julgamento do “habeas corpus”.

Esta decisão é determinante para o futuro do ex-chefe de Estado brasileiro, já que, se a maioria dos 11 magistrados aceitar o recurso de ‘habeas corpus’ (que se pode traduzir como a liberdade para ir e vir), Lula poderá livrar-se da prisão após a condenação em segunda instância.

A legislação brasileira estipula que os condenados por um tribunal colegial têm que começar a cumprir a pena quando já não tiverem possibilidade de recorrer na segunda instância, como é o atual caso do ex-presidente brasileiro.

Se o Tribunal de Porto Alegre indeferir na segunda-feira o recurso interposto por Lula contra a sua condenação e se o Supremo Tribunal não aceitasse o ‘habeas corpus’, o juiz federal Sérgio Moro poderia ordenar a prisão do ex-Presidente na próxima semana.

Lula foi considerado culpado de receber 2,25 milhões de reais (cerca de 570.000 euros) em subornos da construtora OAS, na forma de um apartamento triplex na estância balnear de Guarujá, no litoral do Estado de São Paulo.

Para evitar a prisão de Lula, a sua defesa apresentou um recurso de ‘habeas corpus’ preventivo no Tribunal Superior de Justiça, que foi rejeitado, e outro perante um juiz do Supremo Tribunal, que também o indeferiu, mas optou por transferir a decisão final sobre a matéria para o plenário desse tribunal, o que agora ficou programado para esta quinta-feira.

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT), de 72 anos, considera estar a ser vítima de uma “perseguição” judicial que quer impedir o seu regresso ao poder e encontra-se neste momento em digressão eleitoral por alguns dos Estados do sul do Brasil, que deverá terminar a 28 de março em Curitiba.

A sete meses das eleições presidenciais de outubro próximo, Lula é o grande favorito em todas as sondagens, mas poderá ficar politicamente inabilitado, já que, de acordo com a legislação brasileira, os condenados em segunda instância não podem concorrer a cargos eleitorais.

O que sabe o Facebook sobre nós e como o descobre?

22/3/2018, 19:19339

Que informações recolhe o Facebook sobre os utilizadores? Como é que as descobre? E para que as utiliza? Veja como pode encontrar tudo o que a rede social sabe sobre si.

O Facebook apareceu em 2004 e é a maior rede social do mundo

RITCHIE B. TONGO/EPA

Autor
  • Observador
  • O escândalo rebentou no passado sábado, dia 17 de março. Uma empresa de análise de dados que colaborou com a campanha presidencial de Donald Trump utilizou informação de quase 50 milhões de perfis de Facebook para prever o sentido de voto de cada utilizador. De repente, a Cambridge Analytica saltou para as capas dos jornais e revistas e o mundo que assistiu à ascensão de Mark Zuckerbergaumentou a desconfiança em relação à rede social.

Mas sabemos exatamente o que o Facebook sabe sobre nós? E como obtém essa informação? E para que é que a utiliza?Respondemos às três perguntas e ainda mostramos como é que pode descobrir o que a rede social sabe sobre a sua vida.

Que informações é que o Facebook recolhe?

A partir do momento em que nos registamos no Facebook, o nosso perfil começa a ser traçado. Além de tudo o que podemos voluntariamente tornar público – como o número de telemóvel, o e-mail, o local de trabalho ou o estado civil – a rede social rastreia as nossas movimentações online e compõe aquilo que julga ser a nossa imagem fiel.

[Veja no vídeo 5 medidas que pode tomar para proteger a sua conta do Facebook]

O Facebook consegue ter acesso ao histórico de navegação, à nossa localização (em tempo real ou não), às imagens, páginas e notícias de que gostamos e até às pessoas que nos são mais próximas. Além disso, a rede social compra informação externa a empresas de análises de dados, como a Dunnhumby.

Tudo para conhecer pormenorizadamente cada utilizador do Facebook. Todos já passámos pela experiência algo estranha de, por exemplo, pesquisar voos e viagens e de repente ter o feed invadido de anúncios a sites como o Booking, o Airbnb ou a Trivago. É-nos apresentada publicidade relacionada com o que mais suscita o nosso interesse e que, claro, mais facilmente nos leva a gastar dinheiro.

Mas, como já vimos, o destino de toda esta informação pode ser outro.

Como é que o Facebook recolhe esta informação?

Além das respostas que nós próprios damos “de bandeja” ao Facebook, quando indicamos onde vivemos, onde estudámos, se somos ou não casados e para onde viajámos, a rede social de Mark Zuckerberg tem outras maneiras de nos conhecer.

Comecemos pelo mais simples. Os nossos likes. Gostamos de cantores, atores, filmes, clubes de futebol, humoristas e muito mais. A partir daqui, é fácil perceber o nosso estilo de música favorito, se somos do Benfica ou do Sporting, se preferimos os Monthy Python ou a Porta dos Fundos. A publicidade vai imediatamente filtrar as marcas ou os anúncios que mais se encaixam no nosso perfil.

Mas, e tal como conta o Telegraph, os likes têm sido explorados para criar tipos de personalidade: além dos nossos gostos em relação às mais variadas áreas, as páginas ou pessoas que seguimos podem denunciar as crenças políticas e religiosas de cada um, tornando exequível a formação de “grupos alvo” para um determinado tipo de anúncios.

No que diz respeito à localização, o Facebook pede acesso ao nosso sinal de GPS – que podemos ou não fornecer. Mas, com o simples acto de nos conectarmos a uma qualquer ligação Wi-Fi, desvendamos onde estamos e quanto tempo aí passamos. A partir do tempo e da fase do dia em que estamos em certo e determinado sítio, o Facebook depreende se estamos ou não em casa, no trabalho ou em qualquer outro local.

É por isto que, por vezes, recebemos notificações do Instagram – que pertence ao Facebook – a dizer que o sítio onde nos encontramos é “popular”. Basta termos o 4G ligado para as redes sociais saberem automaticamente onde estamos e não terem medo de nos dizer. Ao aceder à nossa localização, o Facebook consegue englobar-nos, novamente, em grupos de pessoas que terão determinados interesses: por exemplo, as pessoas que trabalham em Lisboa e que vivem no concelho de Sintra.

[Veja no vídeo executivos da Cambridge Analytica a revelarem as tácticas que usavam para influenciar eleições]

E lembra-se daqueles botões de like que aparecem no topo ou no fim de qualquer notícia, artigo ou página da Internet? Eles estão lá por um motivo. Milhares de sites utilizam estes botões para registar as pessoas que acedem aos conteúdos e enviam esses dados de volta para o Facebook. A interação não é necessária, ou seja, não precisa de carregar naquele like para ficar registada a sua presença naquela página.

A opção “Entrar com o Facebook” poupa tempo e veio agilizar o início de sessão noutras redes sociais ou aplicações que instalamos. Também ao instalar o Spotify e associá-lo ao Facebook, vai revelar que gosta de música e, com o passar do tempo, o estilo predileto: e isto funciona exatamente da mesma maneira para todas as outras aplicações em que entra através da rede social.

Mais uma vez, o Facebook consegue traçar um perfil social e identificar os gostos, preferências e áreas de interesse de cada utilizador.

A lista de contactos é a via mais controversa usada pelo Facebook para aceder a informação. Ao partilhar a lista de números que temos guardada no nosso telemóvel, a rede social consegue descobrir o nome de cada pessoa, o contacto, o nome que está associado a esse contacto na nossa lista, a frequência com que falamos com essa pessoa e uma eventual fotografia (caso esteja associada ao contacto).

E agora está a pensar: “Eu não emparelhei a minha lista de contactos, está tudo bem”. Errado. Se um amigo, familiar ou colega seu associou os contactos do telemóvel com o Facebook – com o seu incluído – as suas informações já estão nas bases de dados da rede social.

Como é que o Facebook utiliza esta informação?

Além dos perfis sociais automaticamente traçados a partir dos likes e dos interesses dos utilizadores, os anúncios do Facebook conseguem dirigir-se a grupos específicos de pessoas principalmente a partir da sua localização: desde áreas vastas, como o país, até ao próprio código postal. Através do GPS e das redes Wi-Fi, a rede social vem connosco quando viajamos e adapta-se à mudança de local, acabando por comparar a meteorologia ou o preço de algo no sítio onde somos turistas com o sítio em que vivemos.

As aplicações que utilizam o Facebook também conseguem aceder ainformação sobre a cidade em que vivemos e os países por onde já passámos, além de que, caso um amigo esteja perto de nós, vai receber a indicação de que estamos na mesma zona.

Quando entramos no Facebook, o nosso histórico de navegação é imediatamente emparelhado com a base de dados da rede social e os anúncios que surgem no nosso feed de notícias adaptam-se desde logo às pesquisas que fizemos. Seja uma peça de roupa numa loja, um produto de supermercado ou aquele humorista de quem temos visto vários vídeos no YouTube. Ainda que a atualização só aconteça quando iniciamos sessão, os nossos movimentos são rastreados mesmo sem estarmos no Facebook.

Os dados externos que o Facebook compra, por exemplo, às agências de rating, são uma ferramenta importante para construir os mega-perfis sociais e demográficos. O salário médio por região, a percentagem de pessoas que são religiosas ou o tipo de comida mais apreciado num certo país são alguns exemplos das características que o Facebook adquire e cruza para tornar os anúncios mais apelativos e quiçá mais eficazes.

Esta generalização por zona e área de residência faz com que seja praticamente impossível escaparmos a uma certa manipulação da publicidade que nos é dirigida: podemos até ter todos os filtros possíveis e muros levantados no que toca a likes, histórico de navegação e aplicações, mas basta pertencermos a uma destas bases de dados para o Facebook saber onde vivemos e nos incluir no “grupo alvo” de uma qualquer cidade ou região.

As informações recolhidas através das listas de contactos servem, na sua essência, para sugerir “as pessoas que podemos conhecer”. O Telegraph fala num “perfil sombra” que é criado a partir do momento em que estamos incluídos numa lista telefónica emparelhada com o Facebook: mesmo que não tenhamos um perfil na rede social, existimos na Internet e somos utilizados como meio de comparação com outras pessoas da mesma faixa etária ou zona de residência.

Até 2013, o Facebook conseguia recolher estes dados através do WhatsApp. Em 2015, proibiu as aplicações em que se entra com o Facebook de aceder às listas de contactos e agora só a própria rede social de Mark Zuckerberg o consegue fazer.

Como é que descobrimos tudo o que o Facebook sabe sobre nós?

Sim, sabemos o que partilhámos na nossa própria Cronologia, se temos ou não o número de telemóvel visível, se deixamos saber que somos casados ou solteiros e se temos o local de trabalho público. Mas como é que descobrimos aquilo que o Facebook que sabe sobre nós?Existe uma maneira.

Todos os anúncios que aparecem no feed de notícias do Facebook dizem “patrocinado”. Em todas essas publicações, existem três pontos na horizontal no cantor superior direito.

Ao abrir, surge a opção: “Porque é que estou a ver isto?”. Selecione e, quando aparecer uma segunda janela, clique em “gerir as preferências de publicidade”.

A partir daqui, resta explorar. O Facebook apresenta-nos tudo aquilo que julga serem “os nossos interesses”: baseados, claro, nos nossos likes, amigos e publicações com que interagimos. A informação está distribuída por categorias, como “notícias e entretenimento” ou “estilo de vida e cultura”. Ao clicar em cada um dos interesses, o Facebook diz-lhe porque é que assumiu que gosta de uma ou outra coisa.