Translate

quinta-feira, 12 de abril de 2018

“Bono”, o cão que “desaparece” para guiar pessoas em pleno Gerês

por admin

“Bono” voltou a “fazer das suas” e desapareceu durante três dias, levando a apelos na redes sociais. À semelhança da última vez, onde nos inícios de Fevereiro de 2016 decidiu orientar o ultramaratonista Carlos Sá ao longo de 55 quilómetros na Serra Amarela, no Parque Nacional Peneda Gerês, Bono voltou aparecer, no sítio do costume para apanhar “boleia” até casa.

Cruzado de labrador com serra-da-estrela, “Bono” não é um cão qualquer. Vive no Parque Campismo de Cerdeira, em Campo de Gerês, concelho de Terras de Bouro, e é conhecido de todos os turistas porque decide acompanhar os montanhistas nos trilhos só acessíveis aos mais corajosos..sem avisar e por vezes levando a alertas de desaparecimento.

Depois de ter andando com Carlos Sá, o conhecido “ultra”, “Bono” decidiu “orientar” dois pedestrianistas que atravessaram a Serra Amarela, até ao Lindoso, entrando noutro distrito via concelho de Ponte da Barca.

«Apesar de chegar cansado, “disse” que desta vez gostou muito da experiência. Que os tipos eram porreiros, deram-lhe da comida deles e nunca o abandonaram. Há noite, dormiu abrigado debaixo de uma capa e que se divertiu muito na neve», revela José Carlos Pires, do Parque de Campismo de Cerdeira.

«Quando chegou a Lindoso, guiou-os até ao Café Restaurante S. Martinho, onde tinha ficado hóspedado da outra vez. Ali foi logo reconhecido por um cliente», acrescenta, dando conta de um novo “final feliz” do cão que “se preocupa com os montanhistas”.

Bono já tinha sido notícia em 2016

Carlos Sá, ultramaratonista português, efectuava um treino 55km nos trilhos do Trail World Championship, no Gerês, quando foi surpreendido por um novo companheiro. De pêlo preto e olhar meigo, o labrador cruzado com serra da estrela percorreu lado a lado com Carlos Sá cerca de 15 km.

“Encontrámos mais um ‘atleta’ que nos acompanhou durante cerca de 15km, encontrou novos amigos na aldeia seguinte e não voltou”, escreveu Carlos no Facebook. Ao Notícias Ao Minuto o atleta conta que é normal encontrar cães na serra que o acompanham, mas este era-lhe ainda desconhecido.

"Desconhecia o cão. Não sabia se estava abandonado ou se não. Ele ouviu-nos a correr e veio atrás de nós", afirma. "Quando aumentei o ritmo, ele ficou para trás e eu pensei que fosse porque estivesse perto de casa", acrescenta.

De regresso a casa, e ao consultar as redes sociais, Carlos jamais imaginara que o animal que o acompanhou estava afinal desaparecido. Nas redes sociais encontrou um pedido de ajuda para encontrar um cão, de nome Bono. E Carlos não teve dúvidas de que o animal da fotografia era o que o acompanhara durante o treino.

“O Bono é um cão de nove meses muito dócil que gosta muito de caminhar e conviver”, contou, por sua vez, o dono do animal ao Notícias ao Minuto. “Ele costuma andar solto e no sábado estava a brincar com outros cães quando mais tarde reparámos que tinha desaparecido”, diz José Carlos Pires, revelando que é normal o cão afastar-se de casa para brincar com outras pessoas. No sábado, contudo, não fez o que era normal: regressar ao lar.

No dia seguinte foi lançado um pedido de ajuda para encontrar Bono, que foi partilhado por centenas de outras pessoas. E os donos “percorreram as aldeias em redor à procura do animal”, nunca suspeitando que este poderia ter ido tão longe - percorreu a distância entre o Campo do Gerês e o Lindoso - apesar de “ser um animal habituado a caminhadas e com um bom treino”

A incessante procura pelo animal acabaria com o telefonema de Carlos Sá, que indicou a José onde tinha encontrado Bono.

“O Bono já apareceu!!!! Um grande obrigada a todas as pessoas que ajudaram a passar a palavra, que fez com que o Bono fosse encontrado e voltasse para a família!”, anunciaram, felizes, os donos do animal no Facebook.

O cão havia sido acolhido, no domingo à noite, pela dona de um restaurante, e conta o dono que quando o viu percebeu que Bono sabia que tinha “feito asneira”. Apesar do susto, o dono, ciente das necessidades do animal, diz que não terá cuidados especiais para impedir novas fugas. “Está habituado a viver em liberdade e assim continuará. Irá aprender a lição por si”, afirma José.

Já para Carlos Sá há uma certeza: “a continuar assim o Bono ainda vai ser apurado para o Campeonato do Mundo de Trail”. Para prová-lo, partilhou no seu Facebook o vídeo que gravou no dia em que Bono 'invadiu' o seu treino.

Fontes: diariodominho.pt e noticiasaominutos.com

Afinal a dívida é sustentável?

por estatuadesal

(Alexandre Abreu, in Expresso Diário, 12/04/2018)

abreu

Os antigos ministros das Finanças Campos e Cunha, Teixeira dos Santos e Maria Luís Albuquerque, em audição parlamentar nesta terça-feira, afirmaram considerar que a dívida pública portuguesa é sustentável e que os desenvolvimentos dos últimos anos vieram desmentir o ‘manifesto dos 74’, que em 2014 afirmava a necessidade de uma reestruturação. Parece-me uma perspectiva bastante míope e até perigosa.

Num qualquer período, a dívida pública em percentagem do PIB aumenta ou reduz-se na medida do défice ou superávite primário, acrescido do produto do stock da dívida existente pela diferença entre a taxa de juro real média da dívida existente e a taxa de crescimento do PIB. Isso implica que quando o stock da dívida é de cerca de 125% do PIB, como é o caso em Portugal, a dinâmica da dívida depende muito fortemente da diferença entre o nível das taxas de juro e o ritmo de crescimento da economia – mais ainda do que do próprio saldo primário.

Com juros historicamente baixos, crescimento robusto, alguma inflação e superávites primários, o stock da dívida pode até reduzir-se nalguns pontos percentuais do PIB ao ano. Mas a probabilidade desta conjugação de circunstâncias se manter tempo suficiente para reduzir significativamente o stock da dívida portuguesa é baixa. Nos anos mais recentes, mesmo com todos estes factores favoráveis, o stock em percentagem do PIB pouco diminuiu. E basta que os juros regressem para níveis mais próximos do que é historicamente normal para que nem estes saldos primários, ainda que prolongados por muito tempo, tenham hipótese de assegurar uma trajectória descendente.

Para além disso, mesmo na actual conjuntura favorável está à vista o que é que superávites primários de 3% ou 4% implicam. Segundo a base de dados AMECO da Comissão Europeia, o investimento público em 2017 foi o mais baixo de toda a União Europeia – menos de um terço do nível de há vinte anos. A cada semana que passa surgem novas demonstrações das graves carências por que passa o Serviço Nacional de Saúde: esta semana foram as condições do serviço de pediatria oncológica do Hospital de S. João e as listas de espera de mais de dois anos para consultas de especialidade em mais de uma dezena de hospitais do país.

A sustentabilidade da dívida pública portuguesa tem por isso dois problemas. O primeiro é que a trajectória de redução do stock actualmente em curso é muito dependente de circunstâncias extraordinárias e vulnerável a um qualquer choque externo ao nivel do abrandamento do crescimento ou do aumento dos juros. O segundo é que mesmo que por milagre tal choque pudesse ser evitado durante uma ou duas décadas, os saldos primários persistentes necessários para trazer o stock da dívida de regresso a níveis de não vulnerabilidade teriam efeitos sociais devastadores. A sustentabilidade da dívida não é um problema meramente matemático, mas político e social.

Portugal não está sozinho neste barco. Os níveis da dívida pública de Itália, Espanha, Grécia e Chipre andam pelos 130%, 100%, 175% e 105% do PIB, mais coisa menos coisa. Este não é um problema de um, é um problema de muitos, esses muitos incluem a Itália e é um problema que se tornará explosivo assim que a conjuntura voltar a mudar. Isso quer dizer que o problema da dívida pública da periferia da zona Euro muito provavelmente não vai ser ultrapassado através de décadas de aperto de cinto em todos estes países, mas por via do reconhecimento político da inevitabilidade de reestruturações.

Portugal deve preparar-se para este debate e, de preferência, procurar antecipá-lo. Agora, o que não faz sentido, e pelo contrário é claramente nefasto, é colocar todas as fichas no cenário improvável da manutenção por tempo suficiente das actuais condições extraordinárias, afirmando a indesejabilidade de uma reestruturação e indo além das exigências de Bruxelas ao nivel da consolidação orçamental. Fazê-lo tem uma reduzida probabilidade de ajudar a resolver o problema no futuro e contribui, no imediato e de forma certa, para a continuada degradação de serviços públicos essenciais.

15 Regras para atingir o sucesso

08/01/2018 - 16:47 POR IMAG

15 Regras para atingir o sucesso

Categorias :

Sabe de que forma pode alcançar as suas metas? Hoje deixamos-lhe algumas regras que ajudarão a atingir o sucesso!

  1. Estabeleça objetivos – Se não sabe o que quer, como vai lá chegar? Crie objetivos e planos para conseguir atingi-los.

  2. Estabeleça rotinas saudáveis diariamente. Comprometa-se a cumprir estas rotinas, não abra exceções.

  3. Tenha atenção à sua saúde – A nossa saúde é um dos nossos bens mais preciosos, trate-a como tal.

  4. Mantenha uma visão positiva das coisas – Independentemente de tudo pode sempre escolher uma forma mais positiva e agradável.

  5. Faça mais- desafie-se, saia da sua zona de conforto.

  6. Leia todos os dias.

  7. Encontre pessoas de sucesso que se reveja nelas – Por vezes necessitamos de modelos de sucesso para nos podermos guiar.

  8. Comprometa-se com o seu desenvolvimento pessoal diariamente. O seu progresso é a sua felicidade!

  9. Não deixe nada para depois, faça acontecer!

  10. Dedique tempo às relações – se não se dedica estas acabarão por morrer.

  11. Ouça mais que aquilo que fale – temos dois ouvidos e apenas uma boca.

  12. Poupe dinheiro de forma regular

  13. Não desista – As pessoas de sucesso, são aquelas que não desistem de procurar o seu sucesso.

  14. Limite o tempo que passa em frente à televisão – Aproveite e faça outras atividades.

  15. Não aceite nenhum pensamento que o limite. Muitas vezes temos pensamentos que limitam as nossas capacidades. Lembre-se que nada é impossível.

Stress no trabalho, como gerir?

08/01/2018 - 12:13 POR IMAG

Stress no trabalho, como gerir?

Categorias :

icon comentarios 0 Comentários

Stress no trabalho, como gerir?

Metas  a cumprir, resultados para mostrar e uma agenda cheia de reuniões que não o deixa respirar.

O stress pode ser causado por uma série de fatores e normalmente está relacionado com situações incómodas no trabalho ou na vida pessoal. Para além de contribuir para o aumento de absentismo e redução da produtividade, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, músculo-esqueléticas e mentais (como a depressão, a ansiedade e a perturbação de pânico).

Identificar o problema é o primeiro passo a dar. Conheça algumas estratégias para colocar em prática no seu dia-a-dia e evitar momentos de stress.

Sinais e sintomas de stress no trabalho

  • Físicos

    Dores de cabeça, tensão muscular, problemas intestinais (úlceras, gastrites nervosas), alterações cardiovasculares (arritmias, taquicardias, hipertensão), alterações do sono;

  • Biológicos

    Por exemplo, níveis anormais de ácido úrico ou de açúcar no sangue;

  • Psicológicos

    Dificuldades de concentração, ansiedade generalizada, deterioração das relações interpessoais, pensamentos confusos e mente pouco clara, perda de interesse sexual, diminuição dos níveis de satisfação do trabalho, da produtividade e da eficiência.

    As causas do stress no trabalho

    A sobrecarga de trabalho, a pressão do tempo, a frustração, os conflitos ou as condições económicas e financeiras são algumas das razões que podem deixar um profissional em stress. No entanto, há também fatores individuais que podem influenciar.

    O que pode fazer

    O primeiro passo é saber quais são as causas das situações que lhe causam stress. Algumas podem ser recorrentes e, depois de as identificar, poderá mudá-las ou o modo como se sente em relação a elas”, Entender o processo do stress é importante para compreender como surgiu o problema, quais os sinais a que deve estar atento e como aliviá-lo. Organize melhor o seu tempo e crie novos hábitos para descomprimir da tensão do trabalho.

  • Faça um registo diário das situações de stress durante uma semana;

  • Analise a forma como tende a reagir perante cada uma;

  • Identifique o que pode melhorar;

  • Defina um plano de ação direcionado para a adoção de boas práticas.

    Adote estratégias de prevenção do stress, no sentido de aumentar a resiliência. Crie novos hábitos de vida saudáveis. Tais como:

    1. Organização e gestão de tempo e tarefas;

    2. Inteligência emocional;

    3. Saúde e bem-estar.

    1. Organização e gestão de tempo e tarefas

  • Planeie metas e resultados de forma realista

    Não tente encaixar demasiadas tarefas num dia. Não tente subestimar o tempo que as coisas demoram;

  • Estabeleça prioridades

    Comece pelo que é realmente importante e abdique do que não é. Se tem uma tarefa difícil pela frente, dedique-se a ela o quanto antes.

  • Divida projetos grandes em pequenos passos

    Focar-se num passo de cada vez ajuda a reduzir o stress e a ansiedade relacionada com objetivos ambiciosos;

  • Não queira ser perfecionista

    Compreenda que nenhuma situação ou decisão é perfeita. Propor-se a metas irrealistas pode causar-lhe desconforto;

  • Desista do controlo obsessivo

    Querer tudo ou supervisionar cada passo é complicado e pode ser muito desmotivador para quem trabalha consigo. Delegue responsabilidades e foque-se no que é realmente importante;

  • Faça pausas regulares

    Em vez de ficar horas sentado, faça pausas de 5 a 10 minutos ao longo do dia. É um hábito que ajuda a recarregar energias e promove a produtividade.

    2. Inteligência emocional

  • Aprenda a reconhecer quando está stressado

    Quanto mais cedo identificar a origem, mais cedo poderá procurar estratégias para gerir eficazmente o stress que está a sentir;

  • Partilhe os seus pensamentos e sentimentos com alguém

    Em algumas situações, dar conta dos seus problemas, dúvidas e dificuldades a pessoas da sua confiança pode ser o suficiente para ultrapassar o problema;

  • Respeite as suas capacidades e limitações

    Ajuste os seus objetivos e projetos pessoais;

  • Aprenda a dizer “não”

    Trabalhe a assertividade e a capacidade de compromisso. Em situações de conflito, adote uma postura construtiva e colaborativa, abstraindo-se de situações passadas e procure uma solução intermédia para ambas as partes.

    3. Saúde e bem-estar

  • Adote uma alimentação variada e equilibrada

    Prefira alimentos saudáveis como fruta, vegetais, cereais integrais e fontes de proteína com pouca gordura (peixe, carnes brancas, iogurtes). Procure comer a cada três horas, pouco de cada vez, de modo a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis ao longo do dia. Assim será mais produtivo;

  • Beba água regularmente ao longo do dia

    A desidratação aumenta o nível de cortisol, uma das hormonas responsáveis pelo stress. Por outro lado, o stress provoca um conjunto de respostas fisiológicas no organismo que tende a aumentar a desidratação;

  • Reduza o consumo de café, não fume e evite consumir bebidas alcoólicas

    A nicotina, o álcool e a cafeína em doses excessivas têm um efeito estimulante e de promoção da ansiedade;

  • Pratique exercício físico regularmente

    É uma excelente forma de melhorar o humor, aumentar a energia, apurar a sua capacidade de foco e relaxar o corpo e a mente. Trinta minutos por dia é o suficiente;

  • Durma o suficiente e com qualidade

    O repouso noturno é essencial para o equilíbrio emocional. Procure dormir cerca de 7 a 8 horas por noite, de forma contínua, num ambiente silencioso e sem luz. Evite atividades com ecrãs (televisão, tablet, smartphone, computador) antes de se deitar;

  • Relaxe, mesmo durante o trabalho

    Os exercícios de respiração lenta e profunda, as técnicas de relaxamento muscular progressivo, a contagem regressiva, a técnica imaginativa, a reeducação postural e o alongamento muscular da região dos ombros e do pescoço. Além de relaxarem, são capazes de evitar e prevenir o surgimento de doenças crónicas como, por exemplo, a hipertensão.

  • Premeie-se

    Recompense-se pelo seu esforço e dedique tempo para si mesmo. Aproveite o fim-de-semana e faça atividades que realmente gosta. Vai ver que se sentirá com mais energia e focado no trabalho.

Degradação da ala de pediatria do São João? "Não é culpa de Centeno"

Joaquim Jorge afirma que “a culpa é de todos”.

Degradação da ala de pediatria do São João? "Não é culpa de Centeno"

© Divulgação Joaquim Jorge

Notícias ao Minuto

HÁ 3 HORAS POR NATACHA NUNES COSTA

Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores considera, segundo faz saber num artigo de opinião escrito para o Notícias ao Minuto, que a culpa do estado degradante da ala pediátrica de Oncologia do Hospital de São João, no Porto, não pode ser atribuída a Mário Centeno apesar de a classe política estar a tentar acusar o ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo desta situação.

“A classe política adora bodes expiatórios e noto que tem inveja de Mário Centeno ser presidente do Eurogrupo. Por isso procura denegri-lo e culpá-lo de factos que deveriam ser atribuídos a várias entidades”, reage Joaquim Jorge à chamada do ministro das Finanças, por parte do PSD e CDS, ao Parlamento, para explicar as restrições orçamentais na área da Saúde.

Ainda quanto a este assunto, o biólogo refere que “a haver culpas, estas devem ser distribuídas pelo anterior governo de Pedro Passas Coelho, pela Administração do Hospital de São João (em funções e a anterior), pelo ministro da Saúde [Adalberto Campos Ferreira] e, uma pequena parte, por Mário Centeno que não disponibilizou as verbas”.

“No São João, a culpa não é de Centeno é de todos. É uma vergonha chegar ao estado que se chegou na ala pediátrica de Oncologia”, acrescenta Joaquim Jorge.

Além desta questão, mas continuando a falar de Mário Centeno, o fundador do Clube dos Pensadores comenta as reações ao artigo de opinião que o ministro das Finanças escreveu para o jornal Público: “A credibilidade da política económica, 2017”.

“O défice ficou 1.000 milhões de euros abaixo do previsto há um ano no Programa de Estabilidade. Metade deste resultado deveu-se à menor despesa em juros, a outra metade foi possibilitada pelo crescimento económico. Centeno mantém a meta de 0,7% de défice para 2018. O BE não gostou e dá a Centeno até sexta-feira para recuar na revisão do défice”, sublinha Joaquim Jorge, lamentando o facto de que “se o BE esticar demasiado a corda e provocar eleições antecipadas pode ser seriamente penalizado. Ninguém quer um sobressalto político e eleições antecipadas. Marcelo já avisou.”

Joaquim Jorge afirma ainda que “Centeno pode vir a demitir-se se não respeitar a sua política económica. Não faz sentido nenhum alguém ser líder da Europa e não cumprir, no seu país, o que pede para os outros países europeus. ‘Depressa e bem, há pouco quem!’. Este provérbio é muito curioso porque retrata fielmente a política portuguesa. É preferível não ter aumentos de ordenados e haver o controlo das contas públicas. É importante melhorar a vida das pessoas, mas é preciso fazê-lo com calma”