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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Macron em Washington: O Novo Patrão da Europa

Macron em Washington: O Novo Patrão da Europa

No “governo” das relações transatlânticas, o “tamdem” Trump-Macron substituiu o casal Merkel-Obama. A “Europa” tem um novo patrão que foi a Washington para garantir a “paz económica” euro-americana e afirmar-se como a única potência militar e estratégica de uma “Europa” sem Inglaterra.

A “nova Europa” (Estados da antiga “Europa de Leste”), organizada no Grupo de Visegrád e no quadro estratégico do Intermarium, adopta cada vez mais posições próprias, ignorando as directivas de Berlim/Bruxelas, a Itália procura desesperadamente um governo para apresentar e evitar mais um mergulho numa interminável crise de confiança, o governo de Madrid ocupa-se a apreender camisolas amarelas e mesmo o “resto” da soma começa a ter prioridades próprias. Neste (des)concerto, Washington precisa de saber o número de telefone para que valha a pena ligar… E só Paris tem condições para responder.

Paradoxalmente, a estratégia austeritária e nacional-mercantilista de Merkel tem como corolário o voltar a colocar a França como centro estratégico da Europa (aqui sem aspas). Em Paris, ainda há muita gente que nem quer acreditar no que está a começar a ver… Trump e Macron partilham talvez muito mais do que os separa. São ambos “populistas” (embora cada qual a seu modo), ambos se apresentaram contra a classe política instalada e ganharam e ambos ignoram ideologias ou credos e são apenas pragmáticos. A separá-los têm, sobretudo, o facto de Trump ter o dinheiro suficiente para não estar dependente de ninguém. O que está longe de ser o caso de Macron.

Por isso, pelas suas características e pelo jogo das circunstâncias, parecem fadados para se entenderem. Se, durante oito anos, o casal Obama-Merkel (com mais ou menos arrufos para consumo da plateia) governou as relações transatlânticas, tudo indica que esses tempos passaram mesmo à história e que agora é o “tamdem” Trump-Macron que vai estruturar o desenvolvimento das relações entre as duas margens do “Mare Nostrum” da NATO.

Macron foi a Washington como patrão da Europa, com uma agenda muito preenchida e onde duas questões se destacam. Uma muito vistosa e mediática, a da enorme bagunça em que está transformado o Médio Oriente, e outra mais discreta e muito mais preocupante: a de safar a União Europeia da inevitável guerra económica que vai assolar os próximos tempos (um tema que dá suores frios a Merkel).

Os verdadeiros resultados desta visita não constarão de comunicados oficiais e nem de declarações. Macron é o único aliado militar possível para Washington, nesta “Europa” sem Inglaterra. A França bate-se há anos contra os islamismos em África: na Nigéria (muito discretamente), no Mali, na RCA, etc.. Tem a posição europeia mais forte no xadrez médio-oriental. E, sobretudo, é o único Estado da UE que tem capacidade de projecção de forças, que tem serviços de inteligência sérios e dotados de meios e, sobretudo, que tem ânimo para se bater.

Macron, continuando a política externa de Hollande que ele viveu por dentro, sabe bem o que precisa e o que pode dar em troca. O seu êxito (ou não…) ver-se-à nos próximos meses, não agora em comunicados e declarações oficiais. O não dito é, neste momento, mais importante que o dito. Como não ditas são igualmente as posições de Moscovo, Londres ou Varsóvia. Mas o senhor Vladimir deve a esta hora estar a fazer figas, tal como a senhora Theresa e muita gente pelo Intermarium, pelo êxito da missão de Macron…

"Quanto maior for a pressão anti-Rússia, maior será a resistência"

Em entrevista ao Vozes ao Minuto, o embaixador da Rússia em Portugal fala numa campanha russofóbica que é protagonizada por alguns países do Ocidente.

"Quanto maior for a pressão anti-Rússia, maior será a resistência"

© Global Imagens

Notícias ao Minuto

HÁ 5 HORAS POR ANDREA PINTO

MUNDO OLEG BELOUS

Na sequência da crescente tensão entre o Ocidente e a Rússia, o Notícias ao Minuto esteve à conversa com o embaixador da Federação Russa em Portugal. Oleg Belous, por cá desde 2013, fala numa campanha contra a Rússia e acredita que o seu país está a ser acusado sem provas nos casos do envenenamento do ex-espião Sergei Skripal, no Reino Unido, e no alegado ataque químico na cidade de Douma, na Síria. Tudo isto, defende, não passará de "uma provocação" daqueles que não concordam com a política "independente" da Rússia.

Embora não acredite na possibilidade de uma terceira guerra mundial, defende que os problemas no mundo só terão fim quando os países perceberem que vivemos numa nova realidade, onde já não existem hegemonias de Estados.

Está em Portugal como embaixador desde 2013. Como é ser representante de um país como a Rússia?

Sinto-me muito confortável. Temos relações excelentes com Portugal, não temos nenhuns problemas políticos. O que temos são oportunidades para desenvolver as nossas relações, tanto na economia, como na cultura, como no desenvolvimento dos contactos entre as pessoas. Posso dizer que me sinto muito confortável e acredito que vamos conviver numa atmosfera de amizade e trabalhar em prol da prosperidade da Europa.

Ser embaixador, num país como Portugal, que mantém uma política de boas relações, facilita o seu trabalho?

Sim, a coisa que facilita mais o meu trabalho é que Portugal está disposto a construir boas relações com a Rússia. O facto de Portugal querer manter e desenvolver relações boas e positivas com todas as nações do mundo é muito positivo. Isso agrada-nos.

Recentemente e, no âmbito do caso Skripal, vários diplomatas foram expulsos dos países onde representavam a Rússia. Isso não aconteceu em Portugal. O que acha que levou Portugal a assumir uma postura diferente da de outros países?

Temos acompanhado e continuamos a acompanhar com muita atenção todas as declarações feitas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e pelo Presidente da República [portugueses]. Esta foi uma decisão soberana de Portugal e compreendemos essa decisão.

Caso Skripal? É uma provocação. Um gesto hostil da parte da Grã-Bretanha. Eles não apresentaram provas nenhumas

A Rússia alega não ter nenhum envolvimento no caso do envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e chegou a falar numa campanha anti-Rússia”. Quem é que lidera esta campanha?

Poderia falar durante muito tempo sobre este assunto. Mas, de forma breve, é uma provocação. Um gesto hostil da parte da Grã-Bretanha. Eles não apresentaram provas nenhumas, nenhuma pergunta colocada pela Rússia recebeu resposta por parte do Reino Unido e até o presente momento continuam a impedir os diplomatas russos de ter contacto com Yulia e com Sergei Skripal.

O Reino Unido declarou, desde o primeiro dia, que a culpa é da Rússia, como se isto fosse um ultimato. O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, afirmou que aquele agente nervoso encontrado tinha sido produzido alegadamente na Rússia mas o próprio laboratório britânico e a Organização para a Proibição de Armas Químicas não provaram que a origem desta substância seja a Rússia.

Estes assuntos foram debatidos várias vezes nas reuniões do Conselho de Segurança das Nações Unidas e também no decorrer das reuniões do Conselho Executivo da Organização para a Proibição das Armas Químicas mas não recebemos nenhuma resposta nova às perguntas que colocámos. Tudo se mantém no mesmo nível do 'highly likely', ou seja altamente provável, mas nada concreto, nem provado.

Esta campanha russo-fóbica é feita não só pela Grã-Bretanha mas também, e sobretudo, pelos Estados Unidos da AméricaE qual é objetivo desta campanha?

O melhor é perguntar-lhes. Provavelmente, estão interessados numa confrontação com a Rússia ou simplesmente não gostam da linha de política externa e independente da Federação da Rússia. Se calhar têm a intenção de distrair a atenção dos problemas internos do Reino Unido. E, infelizmente, tenho a dizer que esta campanha russo-fóbica é feita não só pela Grã-Bretanha mas também, e sobretudo, pelos Estados Unidos da América.

Primeiro, afirmaram que tínhamos interferido nas eleições norte-americanas e não há provas disto até ao momento. Depois, aproveitaram cada oportunidade para desenvolver esta campanha anti-Rússia e introduzir novas sanções. Se calhar, querem fazer com que nós corrijamos de qualquer maneira a nossa linha de política externa mas existe uma lei da natureza, da física, que diz que 'quanto maior é a pressão, maior é a resistência'.

Falando nessa resistência, Vladimir Putin afirmou que haveria “consequências”. A que se referia?

Temos de perguntar ao Sr. Putin. No que se refere à área militar, no seu discurso perante a Assembleia Federal da Rússia, ou seja no parlamento, ele anunciou certas medidas que já foram tomadas para garantir a segurança e a defesa do nosso país. Em relação à expulsão dos diplomas, já tomámos medidas simétricas. No que se refere às recentes sanções introduzidas pelos EUA, estamos a analisar qual será a nossa resposta, sendo que sem dúvida haverá uma resposta. O presidente da Rússia tomará essa decisão.

E sentem que esta alegada campanha já está a ter impacto no desenvolvimento das vossas relações internacionais?

Acho que tem mais impacto no clima das relações. Está a criar obstáculos para uma cooperação nas relações internacionais, que é o essencial.

No que se refere ao recente espetáculo com uso de armas químicas, evidentemente estes vídeos são uma encenaçãoNa sequência do caso Skripal, e com o aumento de tensões com o Ocidente, a Rússia volta a ser acusada de estar envolvida num alegado ataque químico, desta vez em Douma, na Síria. Qual seria o interesse da Rússia em perpetrar um ato desses?

Nos últimos dois ou três meses, a Federação da Rússia já tinha avisado várias vezes que, segundo dados dos nossos serviços secretos, estava a ser preparada uma provocação na Síria e que consistira no uso das armas químicas pelos terroristas para provocar uma acusação às autoridades sírias. Os terroristas na Síria estão a perder terreno, quase todo o território do país está livre dos terroristas e neste momento eles precisam de financiamento e armamento adicional para tentar fortalecer as suas posições naqueles pequenos terrenos que ainda continuam a dominar.

No que se refere ao recente espetáculo com uso de armas químicas, evidentemente estes vídeos são uma encenação. Já foram encontrados testemunhos desta falsificação e que indicam que foram usadas personagens nas imagens. Os peritos da Organização para a Proibição do Uso de Armas Químicas estão em Douma e vamos ver que conclusões é que eles vão tirar. Quanto à conclusão dos nossos peritos da defesa anti-química, segundo as análises deles, não houve nenhuma aplicação de armas químicas naquele território. Foi incompreensível aquela situação quando os EUA, Grã-Bretanha e França decidiram atacar o território da Síria com mísseis não tendo nenhuma prova desta situação. Posto isto, acreditamos que se trata de um ato de agressão.

Mas acreditam que há o envolvimento destas três forças no ataque em Douma?

De acordo com alguns dados, como os representantes russos já falavam, não se pode excluir a possibilidade de envolvimento dos serviços secretos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos.

A Rússia já está a ser acusada pelo hacking de toda a Internet mundial. Estes são só os primeiro sinais. Vamos ver o que vai acontecer

Trata-se, portanto, de uma nova campanha contra a Rússia?

Vai haver um novo ciclo desta campanha. Um ciclo novo porque a Rússia já está a ser acusada pelo hacking de toda a Internet mundial. Estes são só os primeiro sinais. Vamos ver o que vai acontecer.

Morreram mais de 70 pessoas neste alegado ataque químico e as pessoas parecem mais preocupadas em arranjar culpados do que encontrar uma solução para o povo sírio...

Mas até ao momento não foi encontrada nenhuma vítima deste ataque. Os próprios médicos sírios dizem que não havia nenhuma pessoa com sinais de envenenamento químico. Vamos pensar nisto de uma forma lógica. Porque é que o presidente al-Assad faria este ataque? Com que objetivo? A cidade de Douma e a região de Ghouta estão livres dos terroristas. Para que é que ele iria usar as armas químicas? Não há nenhuma razão. Além disso, os três países ocidentais atacaram a Síria com os seus mísseis precisamente quando os peritos já estavam na Líbia e prontos para entrar no território sírio para fazer esta investigação. Talvez não queiram nenhuma investigação imparcial desta situação. Não querem que apareçam as provas de que, na verdade, não houve nenhum ataque.

Enquanto aliado do regime sírio, como reage a Rússia a esta aliança destes três países para atacar a Síria?

Esta aliança do Ocidente não é nova. Na Líbia aconteceu o mesmo. A Líbia foi bombardeada também por estes três países e em violação da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Pode ver qual foi o resultado na Líbia: não há Estado, não há economia, a população está a sofrer muito e numa situação muito precária, os terroristas fogem da Síria para a Líbia… Suponho que este é o resultado que os três países Ocidentais querem repetir na Síria. Alguns dados interessantes, segundo o nosso ministério da Defesa, e de que estes três países não gostam de falar, apontam para que só cerca de 30% dos mísseis lançados ao território sírio atingiram os seus alvos. Foram lançados cerca de 100 mísseis , os outros 70% foram destruídos pela força de defesa aérea da Síria.

Os EUA não gostam de Assad, acham que é mau, mas não podem querer destruir a Síria só com base nesta atitudeA Rússia é um dos principais apoiantes de Bashar al-Assad, sendo que esse apoio prejudica as relações entre o vosso país e o Ocidente. Até que ponto é que isso vos é vantajoso? Alguma vez ponderaram alterar a relação que têm com a Síria?

Não posso compreender a pergunta. Porque deveríamos alterar ou corrigir as nossas relações com a Síria? Para nós, todos os Estados são iguais. A Síria tem um presidente legítimo. O território sírio viveu uma guerra terrorista e os EUA declararam que o seu objetivo, pelo menos um dos seus principais, é derrubar o governo de Bashar al-Assad. Os EUA não gostam de Assad, acham que é mau, mas não podem querer destruir a Síria só com base nesta atitude. 

O nosso objetivo na Síria é único: é manter a integridade territorial da Síria, manter o Estado multinacional, multiconfessional, laico. E isso só pode ser providenciado através do diálogo político entre todas as forças e participantes do processo político da Síria.  Isto foi debatido há pouco tempo entre os líderes da Rússia, Turquia e do Irão, países que são garante dos acordos e entendimentos alcançados ultimamente em relação à Síria. E é por isso que foi organizado no final de janeiro, em Sochi, um congresso onde ficou decidido que se iria criar uma comissão constitucional composta e eleita pelos próprios sírios, algo a que atribuímos muita importância. Vão ser os próprios sírios a tratar dos assuntos referentes ao futuro do país porque deve ser o povo a decidir o seu futuro. E os ataques aéreos não facilitam isto.

Este conflito com os Estados Unidos intensificou-se com a eleição de Donald Trump?

Não quero fazer uma conexão entre o aumento da tensão nas relações com a eleição do presidente Trump. Esta intensificação do conflito tem origem no início dos anos 2000, sobretudo após o discurso do presidente russo na conferência sobre os assuntos da política de segurança em Munique em 2007. Naquela altura, ele declarou que a Rússia iria realizar uma política externa independente e que não ia permitir que o mundo fosse gerido e administrado por um só Estado ou algum grupo de Estados. Isso não agradou aos EUA. Porque eles afirmam que têm um papel exclusivo, que são líder único, e que todos devem subordinar-se às ordens de Washington.

E a reeleição de Vladimir Putin este ano, com uma votação recorde, é a prova de que acreditam que ele é o líder certo para fazer frente a esse tipo de pensamento?

Sem dúvida. Ele como candidato ao cargo de presidente recebeu mais de 76% dos votos e é uma prova bem evidente do apoio que a sua política tem, tanto nos assuntos internos como externos.

E quais são as características que fazem dele um bom líder?

É russo. Simplesmente isso. É um russo que dá prioridade inequívoca aos interesses do seu país , do seu povo, à prosperidade económica da sua pátria. Mas não com uma posição agressiva. Está sempre a dizer que temos os nossos interesses nacionais, mas no que se refere as relações internacionais sabe que é preciso ter em conta os interesses legítimos dos outros Estados. Ou seja, as relações devem ser feitas com base na igualdade de direitos, sem fazer linhas divisórias, definindo que estes são os bons e estes são os maus.

Se nós conseguirmos convencer todos a abrir os olhos para o facto de que estamos num mundo diferente, as coisas vão ser mais fáceisAcredita numa solução para pôr termo a estes conflitos? E, se sim, é algo para breve?

O processo vai ser muito longo e não é por causa da Síria. O assunto mais importante e que nós tentamos explicar é que o mundo está a entrar numa nova fase das relações internacionais, uma fase em que não há a hegemonia de um Estado ou de um grupo de Estados. Este mundo novo já tem vários polos de poder, centros de influência, como a China, a Índia… Se nós conseguirmos convencer todos a abrir os olhos para o facto de que estamos num mundo diferente, as coisas vão ser mais fáceis. Portanto, o problema não é a Síria mas a visão geral do mundo em que vivemos.

Se houver uma guerra de grande escala serão aplicadas armas nucleares e será o fim da civilizaçãoHá quem fale numa possível terceira guerra mundial. É a isso que vamos assistir caso se mantenha este período de tensão?

Não estou a ver nenhuma terceira guerra mundial. Se falarmos de uma guerra mundial isso significará a destruição da humanidade. Se houver uma guerra de grande escala serão aplicadas armas nucleares e será o fim da civilização.

Mudando de tema, a Rússia recebe este ano o Mundial de Futebol. Como é que o país se está a preparar para este grande evento?

A própria FIFA acredita que o processo de organização está a correr perfeitamente, todos os estádios estão prontos, os bilhetes a ser vendidos e toda a infraestrutura está pronta. A única coisa que não sei é se a seleção da Rússia e de Portugal estão preparadas. E há aqui um problema que podemos vir a ter com Portugal: como estamos em grupos diferentes, caso consigamos passar, há a probabilidade de as seleções dos dois países se virem a confrontar.

E vai estar do lado de quem, nesse caso?

O que acha? Claro que vou torcer pela Rússia.

Diz-se que o futebol é capaz de unir o mundo. Será esta uma oportunidade para a Rússia passar uma imagem diferente e mudar a relação que tem com alguns países?

A coisa mais importante no desporto é que não sejam introduzidos elementos políticos. O Reino Unido, por exemplo, já está a dizer que as autoridades não vão estar presentes no campeonato e não vão à Rússia. Mas se o desporto ficar fora da política vai sempre consolidar os povos e construir pontes entre as nações. 

RTP - O Essencial

O Essencial

26 Abril, 2018

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Sérgio Alexandre
Jornalista
Sérgio Alexandre

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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

  • Eduardo Louro
  • 25.04.18

Resultado de imagem para cravo na lapela

Grande discurso da Margarida Balseiro Lopes, nova líder da JSD, e cá da região, nas comemorações oficiais do 25 de Abril, na Assembleia da República, em representação do PSD, de cravo ao peito. Muito aplaudido por Rui Rio, também com o cravo no sítio certo.

Apenas um reparo: não houve nenhuma revolução em 1975, e hoje tratava-se de lembrar 1974. Abril, 25. Mas não é certamente isso que explica uma coisa que não tem explicação: Por que é que nenhum deputado aplaude o discurso do de outro partido? 

Mas, claro... os olhos estão sempre no Presidente da República. Marcelo, cujo percurso político até à actual unanimidade nacional é conhecido, entrou de cravo na mão. Não é novidade. Como novidade não é o destino que lhe tenha dado, mesmo que tenha sido possível confirmar que o casaco que vestia tinha lá o bolsinho que dá para acolher o lencinho, mas também serve de casa para aconchegar o cravo ao peito. Na hora do discurso lá estava, despido de simbologias. Do outro lado da fronteira que o cravo vermelho sempre traça a cada comemoração do 25 de Abril, no lado onde sempre vimos o seu antecessor, que não deixou saudades e de quem já nem nos queremos lembrar. 

Se calhar foi por isso que o discurso do PR não mereceu os aplausos da esquerda do Parlamento... Mesmo que o principal da mensagem tenha sido a óbvia e urgente necessidade de renovação do sistema político, como já fora a do Presidente do Parlamento, Ferro Rodrigues, ao referir-se à necessidade da "renovação democrática das instituições" e da exclusividade dos deputados, mesmo que revisitando a sua lamentável posição relativamente às últimas denúncias sobre os deputados insulares.

E viva o 25 de Abril. Sempre!

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