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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Pedrógão. PGR levantou segredo de justiça sobre relatório da Proteção Civil

EM ATUALIZAÇÃO

A Procuradoria Geral da República levantou o segredo de justiça em relação ao relatório final de uma auditoria realizada pela Proteção Civil sobre os incêndios de Pedrógão Grande.

PAULO CUNHA/LUSA

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“Como foi oportunamente divulgado, o Ministério Público recebeu, em novembro de 2017, da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o relatório final de uma auditoria realizada por aquela entidade na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande”, lê-se na página do Ministério Público. “Este documento foi junto aos autos onde se investigam as circunstâncias que rodearam os referidos incêndios, sendo considerado no âmbito das investigações em curso”.

O inquérito, lê-se na nota, “encontra-se em segredo de justiça, entendendo-se que, quando um documento é incorporado num processo em segredo de justiça, passa a ficar sujeito a esse regime. Contudo, face à relevância do respetivo conteúdo para o esclarecimento público e por se considerar que não existe prejuízo para a investigação, procede-se à divulgação do referido relatório, do qual foram retiradas as identidades das pessoas nele mencionadas”.

Esta quarta-feira o Ministério da Administração Interna dizia que o Governo “nada tem a esconder relativamente ao pleno apuramento dos factos relativos aos incêndios de Pedrógão Grande e de outubro de 2017” e que “o relatório da auditoria efetuada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil foi de imediato remetido ao Ministério Público”.

Como tal, “face à especulação entretanto criada, o Governo não” via “inconveniente na publicitação do relatório, o que transmitiu à Senhora Procuradora-Geral da República, de modo a que seja avaliado o levantamento do segredo de justiça”.

Entre as brumas da memória


Dica (754)

Posted: 03 May 2018 01:14 PM PDT

When we think of migrants, why not include Einstein and Ronaldo? (Jasper Tjaden)

«My own research shows that 55% of international footballers, almost half of the best actor and best actress Oscar nominees since 2000, and about one third of Nobel prize nominees since 1901 were migrants.»

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Pinho: D. Dinis pergunta

Posted: 03 May 2018 07:32 AM PDT

Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
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Georges Moustaki nasceu num 3 de Maio

Posted: 03 May 2018 05:47 AM PDT

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O 3 de Maio na Sorbonne como nunca será esquecido

Posted: 03 May 2018 02:32 AM PDT

Foi numa 6ª feira da primeira semana de Maio que o mítico movimento estudantil francês, que arrancara em 22 de Março com a ocupação da Universidade de Nanterre e chegara ao Quartier Latin na véspera, 2 de Maio, tomou maiores proporções. Depois de reuniões várias e de confrontos entre grupos de estudantes rivais, o reitor da Sorbonne ordenou a evacuação desta pela polícia e seguiram-se horas de verdadeira batalha campal, com barricadas, cocktails Molotov, pedradas, matracas e gases lacrimogéneos. Tudo resultou em dezenas de feridos e mais de 500 prisões e os distúrbios continuaram nos dias que se seguiram.

Depois, o movimento extravasou para o mundo do trabalho, a nível de operários, de camponeses e do sector terciário, reuniu-se numa gigantesca manifestação em 13 de Maio e esteve na origem de uma longa greve geral incontrolada.

Foram-se acalmando as hostes, foi dissolvida a Assembleia Nacional em 30 de Maio e realizaram-se eleições legislativas (que os gaulistas ganharam por larga maioria) no mês de Junho. Mas nada ficaria na mesma e não só em França.

A recordar:

A célebre intervenção de Daniel Cohn-Bendit no pátio da Sorbonne e a evacuação pela polícia:

Duas canções da época, pela emblemática Dominique Grange:

João Galamba e o caso Sócrates: “Obviamente envergonha qualquer socialista”

3/5/2018, 0:10

Deputado socialista admite que partido está "incomodado" com suspeitas que recaem sobre antigo primeiro-ministro e ex-ministro Manuel Pinho, mas que PS não tem de "fazer atos de contrição diários".

TIAGO PETINGA/LUSA

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“Obviamente que é algo que envergonha qualquer socialista, sobretudo se as matérias de que é acusado se vierem a confirmar.” A frase foi proferida pelo deputado do PS João Galamba no programa Frente a Frente da SIC Notícias, em referência à acusação que pende sobre José Sócrates e na sequência das declarações desta quarta-feira do líder parlamentar Carlos César, que foram no mesmo sentido.

Já a propósito das notícias recentemente divulgadas sobre o ex-ministro do Governo Sócrates, Manuel Pinho, e a proposta do Bloco de Esquerda de abrir uma comissão de inquérito sobre o tema, Galamba comentou as suspeitas de corrupção de que são alvo os dois ex-governantes: “O PS acha que estes casos se resolvem antes de mais na justiça”, ressalvou o deputado. “Agora, se me perguntam se fico satisfeito por um ex-secretário-geral do PS, que foi antigo primeiro-ministro, estar formalmente acusado, obviamente que não.”

Questionado sobre por que razão o partido não se tem pronunciado mais frequentemente sobre a Operação Marquês, João Galamba sublinhou que o PS não tem de dizer “todos os dias” que está “muito incomodado”. “É evidente que está, o PS sempre esteve incomodado”, afirmou, voltando a sublinhar no entanto que estas são matérias que devem, antes de mais, ser tratadas pela Justiça. “António Costa afastou-se deste tema e, ao contrário do que muita gente pretendia, não envolveu o partido na defesa ou no ataque a José Sócrates”, disse. “O PS não tem de andar a fazer atos de contrição diários”, acrescentou o deputado.

Sobre a proposta de abertura de uma comissão de inquérito a Manuel Pinho feita pelo BE e apoiada pelo PS, Galamba justificou a decisão com as contradições do próprio: “Estamos sobretudo perplexos com a revelação pública de que houve um ministro de um governo socialista que recebia mensalmente verbas, quando disse publicamente que tinha cessado toda e qualquer ligação com o BES”, explicou. A audição do ex-ministro justifica-se agora e não antes, explica Galamba, “porque surgiu algo aqui que contraria declarações publicas de Manuel Pinho. E que é um caso verdadeiramente insólito se for verdadeiro.”

Provocado pelo deputado do PSD Duarte Marques sobre o desconhecimento alegado por outros membros do Governo que estiveram nos mesmos conselhos de ministros em que Pinho esteve presente (como é o caso de Augusto Santos Silva), Galamba reagiu acusando o PSD de estar a lançar uma “suspeita generalizada”. “Não se pode lançar uma suspeita generalizada, da mesma maneira que eu não olho para Miguel Macedo e não lanço uma suspeita generalizada”, declarou, referindo-se ao ex-ministro da Administração Interna do anterior Governo, acusado de tráfico de influências no caso dos vistos Gold.

Corrupção – ataquem o Cérbero monstro das três cabeças. Não sejam cobardes nem cúmplices.

por estatuadesal

(Carlos Matos Gomes, 03/05/2018)

cerebro1
Vamos falar de corrupção? A sério?

Podíamos falar da constituição de monopólios do tempo da primeira industrialização de Portugal, a do Marquês de Pombal, mas vamos ao tempo aqui mesmo ao virar da porta. Como se reconstruíram os grupos privados após a nacionalização da banca em 11 de Março de 1975?

Como reapareceram os bancos privados, como surgiram o BPI, das confederações do Porto, Santos Silva, o BCP/Millenium da Opus Dei, Jardim Gonçalves, o BPN de Oliveira e Costa, como reapareceram os Espírito Santo, como desapareceram os Burney, os Pinto Basto, o Totta e Açores, o Pinto e Sotto Mayor, o Crédito Predial, como desapareceu o Banco Português do Atlântico de Cupertino de Miranda e o Pinto Magalhães? Como apareceram os Mello /CUF no sector da saúde privada e nas auto-estradas e como desapareceu a CUF, um grupo industrial? Como desapareceu a SACOR e surgiu a GALP? Como foram atribuídas as concessões de estradas – BRISA e Autoestradas do AtLântico, de portos, de aeroportos?

Em resumo: Como surgiu a Quinta da Marinha após o 25 de Novembro? Como desapareceram a Siderurgia Nacional, a CIMPOR, a CUF /SAPEC- adubos, as papeleiras, as refinarias nacionais – SACOR e surgiram os concessionários das portagens de autoestradas, os comissionistas de taxas de combustíveis e de electricidade, os merceeiros da grande distribuição?Corrupção. Como se constroem impérios de serviços? A SONAE, ou o Pingo Doce, ou a Brisa, ou a CUF saúde? Como se constrói uma sociedade de rendas, de rentistas, sem pagar comissões ao poder político?

E não só, como se mantém a ficção de que vivemos num regime de seriedade sem uma comunicação social por conta, como as amantes? A comunicação social é corrupta desde o miolo. É a comunicação da corrupção e ao serviço da corrupção!

Existe algum chefe de governo desde 25 de Novembro de 1975 que não tenha sido um avençado dos grupos cuja criação ou recriação promoveu? Mais, existe algum presidente da República que não tenha sido um instrumento destes poderes? Quem não se aboletou com os fundos estruturais da CEE? A UGT nasceu como? Já alguém ouviu o Torres Couto (um peão, é certo) sobre os fundos para a formação? E quanto ao abate da frota pesqueira ? E sobre a destruição do olival? E sobre a plantação do eucalipto? E como foram elaborados os PDM, os planos directores que trouxeram 80% da população para a faixa litoral? Existe alguém nos vários governos com as mãos limpas?

Como surgiram bancos fantasmas do tipo BPN sem corrupção no topo do regime?

Tenho sobre o cristo do momento, Manuel Pinho, a pior das opiniões: enojam-me os zequinhas como ele, os patetas como ele, os pequenos vigaristas como ele, mas falemos então de gente que determinou o que está a acontecer: Julguem o Ricardo Espírito Santo Salgado! Comecem por ele e deixem para já os peixinhos de aquário, como o Pinho dos corninhos a abrir e a fechar a boca e os Sócrates.

Vamos ser sérios: na operação Marquês comecem por Salgado e pelo Banco Espírito Santo. No caso do Pinho, ou do Sócrates, comecem por Espirito Santo. Sentem Ricardo Espirito Santo Salgado no banco e comecem a fazer-lhe perguntas. Quem o trouxe de regresso a Portugal? Que apoios ele teve para reconstituir o seu império? E chamem Jardim Gonçalves! E chamem as famílias Cupertino de Miranda e de Pinto Magalhães!

Mas, antes de tudo tenham a coragem de julgar Ricardo Espírito Santo Salgado! É nele que tudo começa e é aos Espirito Santo que tudo vai dar. Não sejam cobardes e não atirem areia aos olhos dos portugueses!

Tenham os jornalistas a coragem de ir ao centro do vulcão! Ao Espírito Santo! Porque não vão? Medo? Cumplicidade?

O resto, os ataques a Sócrates e a Pinho são demonstrações de rafeiros que ladram mas não mordem. Estamos a ser – os portugueses em geral – sujeitos a uma barreira de mistificadores e de cobardes que nos querem pôr a discutir as gorjetas que os mandaletes de fazer recados, os groom, receberam quando a questão é a do dono do hotel. Mas esse deu muito dinheiro a ganhar. Sabe muitas histórias… Não é?

A história da corrupção que nos está a ser contada é a história da cobardia de jornalistas e de magistrados. De canalhas que estão a apontar para o lado – foi aquele menino - para que não olhemos para eles.

É o desafio, o meu: políticos, jornalistas, magistrados, tenham espinha, encham o peito e vão a ele! Não sejam rafeiros! Não sejam merdas: atirem-se ao Cérbero, ao “demónio do poço” na mitologia grega, ao monstruoso cão de três cabeças que guardava a entrada do mundo inferior, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem. Vão à fonte da corrupção: ao Espírito Santo.

Falta-vos coragem? Comeram desse tacho? Não?  Se não falta coragem, se não comeram desse tacho, atirem-se ao Espírito Santo, ao monstro, ao Cérbero, exijam o seu julgamento! Ele sorri e escarnece de vós à saída das audiências! Vão a ele!

O resto são merdices e areia para os olhos do pagode.

CGD não revela lista de devedores

Novo artigo em Aventar


por Autor Convidado

Emília Pestana

A Caixa Geral de Depósitos diz que não revela a lista dos 50 maiores devedores, por causa do sigilo bancário. Não tem nenhum problema, contudo, em ameaçar com contencioso, e queixa ao Banco de Portugal, um cliente que deve 15 cêntimos.

Isto, sim, é gestão!