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segunda-feira, 7 de maio de 2018

RTP - O Essencial

O Essencial

7 Maio, 2018

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Carlos Santos Neves
Coordenador Multimédia
Carlos Santos Neves

Bem-vindo

À saída de um fim de semana rico em matéria desportiva, há duas conquistas incontornáveis: o Futebol Clube do Porto festeja desde a noite de sábado o 28.º título de campeão nacional de futebol; João Sousa inscreveu definitivamente o nome na história do ténis português, ao vencer o Estoril Open.


A festa é azul e branca

A festa é azul e branca

A decisão ficou carimbada com o empate entre Sporting e Benfica em Alvalade e a festa dos “filhos do Dragão” começou a desenhar-se logo aí, prolongando-se, depois, por todo o dia de domingo. O Futebol Clube do Porto sagrou-se campeão nacional. Travou assim aquela que seria uma inédita marcha benfiquista rumo ao penta. O Mário Aleixo resume aqui as horas de celebração com epicentro na Invicta.


O feito histórico de João Sousa

O feito histórico de João Sousa

De um fim de semana de títulos desportivos sobressai ainda a conquista de João Sousa, que entra para a história como o primeiro tenista português a vencer o Estoril Open. “Em casa”, o agora 48.º mundial bateu em dois sets o norte-americano Frances Tiafoe. Emocionado, afirmou que este foi “um sonho tornado realidade” e que sempre quis “vencer em Portugal”.


Orçamento do Estado é o pêndulo de Marcelo

Orçamento do Estado é o pêndulo de Marcelo

O aviso à navegação fica feito numa entrevista à Rádio Renascença e ao diário Público. O Presidente da República admite antecipar as eleições legislativascaso o Orçamento do Estado para 2019 seja chumbado. “Se não houver Orçamento aprovado, aí coloca-se um problema muito complicado, que seria o reinício do processo orçamental, e provavelmente aí teria de se pensar duas vezes sobre se faz sentido não antecipar as eleições”, reflete Marcelo Rebelo de Sousa.


Putin. Quatro vezes Presidente

Putin. Quatro vezes Presidente

“Não se sabe se Putin teve de reaprender o juramento como Presidente mas é pouco provável. Foi a quarta vez que o proferiu, esta segunda-feira, e espera-se que já o saiba de cor”, escreve a Graça Andrade Ramos. Vladimir Putin tomou posse para novo mandato à frente dos destinos da Federação Russa. Na véspera desta cerimónia foram detidas mais de 1500 pessoas durante manifestações contra o homem forte do Kremlin. O principal rosto da oposição, Alexei Navalni, figura entre os detidos.


Interior à procura de voz

Interior à procura de voz

O Movimento pelo Interior propõe a deslocalização de 25 serviços públicos nos próximos anos. Reivindica também mais apoios a quem quiser investir nestas regiões. Pensado para três legislaturas, o programa será apresentado este mês.


Irão adverte Trump contra saída de acordo nuclear

Irão adverte Trump contra saída de acordo nuclear

A poucos dias de ser desvendada a decisão do Presidente dos Estados Unidos sobre o acordo nuclear com o Irão, o Presidente iraniano, Hassan Rouhani, volta a sair à liça para garantir que a República Islâmica está pronta a resistir a quaisquer pressões da Administração Trump destinadas a conter a influência de Teerão no Médio Oriente.


Médicos a postos para a greve culpam Governo

Médicos a postos para a greve culpam Governo

Federação Nacional de Médicos e Sindicato Independente dos Médicos publicam hoje na imprensa uma mensagem a desfiar os motivos da greve de três dias que tem início na terça-feira. Entre os erros apontados à tutela está a contratação de serviços temporários que não permitem formação adequada para médicos mais novos. A paralisação visa também reivindicar a revisão de carreiras e grelhas salariais.


Lisboa, palco da Eurovisão

Lisboa, palco da Eurovisão

Arrancou oficialmente o Festival Eurovisão da Canção. Os representantes dos 43 países participantes desfilaram na passadeira azul. Nesta festa de abertura estiveram o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e o presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis.


A NÃO PERDER

Tutankamon. Uma teoria cai por terra

Tutankamon. Uma teoria cai por terra

Teria sido uma das mais importantes descobertas arqueológicas dos nossos dias. Mas a tese não pôde ser confirmada. No milenar Vale dos Reis, em Luxor, as autoridades egípcias deram como concluídos os trabalhos destinados a encontrar uma hipotética câmara secreta no túmulo do icónico faraó Tutankamon. Chegou a aventar-se, no Egipto, que havia “90 por cento de certeza” sobre a existência de tal espaço, supostamente selado por uma parede. E teorizou-se que poderiam ali repousar os restos mortais da igualmente icónica rainha Nefertiti. A BBC conta a história desta desilusão.

La Tomatina

Novo artigo em BLASFÉMIAS


por Sérgio Barreto Costa

tomat

O âmbito de aplicação da “lei do ketchup” está cada vez mais alargado, tendo chegado esta semana à Assembleia da República. Recordemos a experiência: com um prato de batatas fritas à frente, pegamos no frasco do molho, viramo-lo ao contrário e começamos a dar-lhe palmadas no fundo; ao fim de meia dúzia de tapinhas (obrigado, Brasil!) nem uma gota caiu no prato, à sétima ou oitava temos as batatas afogadas em ketchup e o petisco irremediavelmente comprometido.

Tudo começou com o PSD. Depois de meses de sonolência e despertado pela imprensa, exigiu ouvir as explicações do ex-ministro Manuel Pinho no Parlamento sobre as relações com o BES e a EDP entre 2005 e 2009. Logo de seguida, com a mão bem aberta, o Bloco de Esquerda pede a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as rendas no sector energético, alargando a investigação ao intervalo de tempo 2004-2018 e a todos os governos desde Durão Barroso. Entusiasmado com o processo, eis que surge o PCP, propondo que a comissão não se fique pelo ramo da energia e que o inquérito abranja também as privatizações, as concessões, as parcerias público-privadas, as falhas das entidades reguladoras, as relações do Estado com as empresas de transportes, comunicações, banca e seguros, os benefícios concedidos a grandes grupos económicos e os eventuais actos de corrupção de responsáveis administrativos ou titulares de cargos políticos com influência ou poder na definição desses benefícios. O período que será sujeito a análise não é claramente delimitado, mas supõe-se que comece a 19 de Setembro de 1975, dia em que Vasco Gonçalves deixou de ser primeiro-ministro. Entretanto, notícias não confirmadas informam que Oliver Stone já requereu aos serviços da Assembleia que o assassinato de John F. Kennedy seja incluído nos trabalhos de averiguação, e o meu vizinho Berto, filho de pai incógnito, gostaria que os deputados aproveitassem para se debruçar sobre esse angustiante mistério.

O ketchup está já por todo o lado, sujando tudo à sua passagem, da gravata de António Costa às saias da Maria Cachucha. No meio da confusão, quem sabe, até pode haver uma ou outra batata frita que escape, como aqueles curiosos que vão à Tomatina em Espanha mas ficam a assistir a tudo atrás de uma janela, protegidos da grande pândega.

Manuel Pinho, conforme podemos ver na nossa factura de electricidade, é um dos maiores peritos mundiais em energia renovável. Não será de admirar que, com a ajuda do BE e do PCP, tenha competências para conseguir renovar também a sua.

«#metoo josé sócrates»

Novo artigo em BLASFÉMIAS


por rui a.

Está na hora de criar o movimento «#MeToo José Sócrates», para reunir as incontáveis vítimas do ex-«menino de ouro do PS», que se está a tornar, de há duas semanas para cá, num verdadeiro Harvey Weinstein português: Adão e Silva, Carlos César, João Galamba, Santos Silva, António Costa e, agora, até a Mariana de todas as nossas causas fracturantes, a sua ex-namorada Fernanda Câncio, todos foram vítimas do homem que mandou no PS e no país por sete anos consecutivos. Todas estas estrepitosas personagens têm, também, um outro elo em comum: em algum momento das suas vidas beneficiaram, e muito, do poder de José Sócrates, sem que isso as tenha minimamente incomodado quando o ex-primeiro-ministro tinha alguma coisa para lhes dar.

Tendo passado de viúvas de Sócrates a vítimas de Sócrates, talvez o exercício de repúdio do «menino de ouro» que mais incomoda seja este de Fernanda Câncio, que frequentemente parece confundir os seus papéis de ex-companheira, de ex-beneficiária da vida flauteada que teve com Sócrates, de (ex-) jornalista, de testemunha do processo e, agora, de vítima das inefáveis mentiras. É que ele há coisas, por mais que se queira demonstrar que se foi enganada e se fugir de responsabilidades (o ponto central do artigo, para Câncio, é este: «mentiu tanto e tão bem que conseguiu que muita gente séria não só acreditasse nele»), que, por pudor, não se devem fazer. E uma delas é não bater publicamente em mortos. Sobretudo, se nos deitámos com eles quando estavam vivos.

De resto, o que é que ignorava Câncio ao tempo dos factos de que acusa o ex-namorado, que tenha descoberto só agora? Que Sócrates «tratava como insulto qualquer pergunta ou dúvida sobre a proveniência dos fundos que lhe permitiam viver desafogadamente»? Mas não foi isso que ele fazia quando o inquiriam sobre o caso Freeport? Ou sobre a licenciatura ao domingo e a prova de Inglês Técnico? Ou com o processo da Cova da Beira? Onde estava, na altura, a indignada Fernanda Câncio? A passar férias com ele e com Carlos Santos Silva, provavelmente. Ou que, apesar de ter recusado receber pelos seus programas na RTP e a subvenção vitalícia de deputado, fazia uma vida de luxos, que a própria Câncio estimulou, ao indicar-lhe apartamentos milionários para que ele pagasse com o seu salário da Octapharma e com a «fortuna» da senhora sua putativa sogra? A ingenuidade da combativa jornalista Câncio está ao nível das pretendentes a actrizes de Hollywood, que ficavam muito admiradas com o teor das entrevistas de «trabalho» que Weinstein agendava para as suites de hotel? Parece que sim. Pobre moça.

Falta de memória ou cegueira ideológica na análise da História recente de Portugal?

por estatuadesal

(Emanuel Augusto dos Santos, in Expresso, 05/05/2018)

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(“As pessoas que estavam lado a lado com Sócrates ou com Pinho ou eram totós ou cínicas"

Lobo Xavier – SIC, Quadratura do Círculo 26 de abril de 2018)


Foi com estupefação e indignação que ouvi Lobo Xavier dizer a frase em epígrafe, repetindo-a para lhe dar maior ênfase. Não é adequado para fazer prevalecer a nossa opinião que se passe do terreno da argumentação lógica e fundamentada nos factos para os ataques de carácter, e quando estes não se dirigem apenas a uma pessoa mas a um conjunto generalizado de indivíduos a falta é ainda mais grave. Será que Lobo Xavier não se dá conta de quantas pessoas está injustamente a caluniar? Será que é assim que se fortalece a democracia e se dignifica o exercício de cargos políticos? Ou, agora noutra perspetiva, será que Lobo Xavier se esqueceu porque é que José Sócrates ganhou as primeiras eleições com maioria absoluta? Certamente que a punição severa que o povo lhes infligiu nas eleições de 2005 não foi pelo imaculado comportamento e a ação política exemplar do Governo PSD/CDS que antes esteve no poder.

Quando tenta a análise dos factos históricos, Lobo Xavier esquece-se ou, pior, oculta deliberadamente que há um período antes da crise financeira internacional, que foi desencadeada pela falência do então quarto maior banco do mundo, o Lehman Brothers, e um período depois desse evento, que foi classificado pelos economistas de reputação mundial como a Grande Recessão. De 2005 a 2008, Portugal, que entrara num Procedimento por Défices Excessivos na sequência do grave desequilíbrio das contas públicas deixado pelo Governo de Santana Lopes, não só reduziu o défice público o suficiente para sair desse procedimento como o fez um ano antes do prazo que lhe tinha sido dado pela Comissão Europeia. Em termos de desempenho macroeconómico, recorde-se apenas que em 2007 o PIB cresceu em termos reais 2,4 por cento, valor que só no ano passado foi ultrapassado. Como todos sabemos, e Lobo Xavier também o sabe, a crise económica e financeira internacional afetou todas as economias e teve reflexos muito negativos nas finanças públicas de todos os países pertencentes à área do euro e não só. Assim, imputar ao Governo de Sócrates todas as responsabilidades do que aconteceu às finanças públicas portuguesas é um erro fatal de análise política, económica e financeira. A Grande Recessão foi, com efeito, uma época negra, mas não apenas para Portugal. A queda do PIB em 2009 foi generalizada e, em média, até foi mais acentuada no conjunto da União Europeia do que no nosso país.

É claro que podíamos confrontar Lobo Xavier com os resultados da política de austeridade encabeçada por mais um Governo PSD/CDS, mas não é este o propósito e, por isso, deixamo-lo apenas com este dado estatístico: segundo o IGCP, a dívida direta do Estado aumentou 74,6 mil milhões de euros entre o final de 2010 e o final de 2015, o que dá quase mais 50 por cento em relação ao valor deixado pelo Governo PS. É caso para dizer, Lobo Xavier, se Portugal estava à beira da bancarrota, do abismo, o Governo PSD/CDS fez o país dar este salto em frente, e repare-se que não foi pequeno.


Secretário de Estado do Orçamento entre 2005 e 2011

domingo, 6 de maio de 2018

Entre as brumas da memória


Dica (756)

Posted: 06 May 2018 12:42 PM PDT

Economist Paul Krugman Warned India's Growth Model Could Cause Problems. Was He Right? (Suparna Dutt D'Cunha)

«India’s economy has a lot going for it: it's already huge, and still growing relatively fast, at 7.2%, surpassing even China's 6.8%. It has a young, working-age population; and a public that craves new technology. In the last three years, foreign investors poured in $209 billion, while multinational companies are expanding their Indian operations or starting new ones. In 10 years, economic forecasters predict that India’s economy will climb to the third largest in the world, behind only the U.S. and China.»

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Vital Moreira nos seus labirintos

Posted: 06 May 2018 09:40 AM PDT

Geringonça (10): Uma história afeiçoada.

Não conheço Vital Moreira a não ser como figura pública, mas há muitos anos que sigo o seu percurso. Confesso que é uma das pessoas cuja «evolução» (entre aspas, sim…) me custa mais compreender, embora não seja caso totalmente isolado na nossa praça. Este texto é todo ele extraordinário, mas o ponto 5 é um primor (viva o chumbo do PEC4!).

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E nem os meus bisnetos verão um pequeno TGV em Portugal…

Posted: 06 May 2018 07:39 AM PDT

Ferrovias automatizadas entram em fase de testes em Beijing.
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06.05.1968 – Barricadas em Paris

Posted: 06 May 2018 02:37 AM PDT

Na segunda-feira, 6 de Maio, começou a semana das barricadas. A partir das 15:00 horas, registaram-se muitos e graves confrontos entre estudantes e polícia. Um bom resumo neste vídeo:

Na véspera, 5 de Maio, Cohn-Bendit, fizera a seguinte declaração: «Nous disons que l'État est partie prenante de l'antagonisme de classe, que l'État représente une classe. La bourgeoisie cherche à préserver une partie des étudiants, futurs cadres de la société. Le pouvoir possède la radio et la télévision, et un parlement à sa main. Nous allons nous expliquer directement dans la rue, nous allons pratiquer une politique de démocratie directe.»