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segunda-feira, 28 de maio de 2018
13 explicações sobre a eutanásia: os conceitos, os projetos de lei, a legislação lá fora e os casos mais conhecidos
Quem se lixa é o mexilhão
Novo artigo em Aventar
por Ana Moreno
Um dos temas da agenda do Conselho da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) que se realiza hoje em Bruxelas é o Irão e as consequências do abandono do acordo nuclear iraniano pelos Estados Unidos.
A Europa quer, obviamente bem, demarcar-se de mais um desvario incendiário e manter o acordo. Agora, é bom sabermos o que está em jogo:
Além disso, os bancos europeus terão de garantir as transacções comerciais com o Irão - transacções monetárias privadas e das empresas estatais.
Já se fala também em compensações para empresas europeias que investiram no Irão após a assinatura do acordo e de apoio às empresas contra as retaliações dos EUA.
É que não há volta a dar, quem se lixa é o mexilhão.
Monárquicos que alucinam
Novo artigo em Aventar
por João Mendes
Sinceramente, não sei o que se passa na cabeça desta gente. Não tenho nada contra aqueles que acreditam e defendem uma causa que é legítima, nem tenho dúvidas que o filho varão de Duarte Pio de Bragança tenha recebido uma "educação esmerada", ainda que tenha as minhas reservas sobre "o brilho de uma inteligência superior e uma vontade de saber e qualidades notáveis de um Estadista", que para além de ser uma afirmação com um certo odor fascista, levanta inúmeras dúvidas.
Porém, o resto desta publicação facebookiana, escrita por um conhecido militante monárquico, que optei por não identificar, é um chorrilho de absurdos, dignos de um fanático religioso. Vejam bem: o pseudo-príncipe é ruivo, tem barba e um semblante formoso, algo nunca antes visto neste país de hereges! Que país estúpido é este que não se apressa a abolir imediatamente a República quando tem um descendente real destes, ruivo e formoso, que ainda por cima está pronto para ser rei? Estaremos loucos?
Chapeau, Ana Gomes!
Novo artigo em Aventar
por Ana Moreno
Já uma vez lhe prestei uma humilde homenagem: Ana Gomes, a corajosa e consequente.
E continua a merecê-la.
Aqui https://observador.pt/2018/05/26/ana-gomes-erramos-deixando-que-o-pantano-atolasse-o-pais/
ou aqui https://www.youtube.com/watch?v=QafVCcHF0gg&feature=youtu.be
Ana Gomes é uma voz que dignifica a classe política, enfrentando os dissimulados, seja do seu partido, seja da união europeia.
Sobre a 5a Diretiva Anti Branqueamento de Capitais aprovada no mês passado pelo Parlamento Europeu, Ana Gomes afirma que, embora sendo um passo na direcção certa: "Ficamos aquém de um resultado que poderia ter um impacto global no que respeita à transparência financeira, por responsabilidade do Conselho onde se sentam os nossos governos".
(...) ainda há muito por fazer, - alguns dos "paraísos fiscais" e esquemas desregulados que facilitam o branqueamento de capitais por organizações criminosas, corruptos e corruptores do mundo inteiro estão instalados - e bem instalados na UE, valendo-se do vazio de décadas de desregulação financeira neoliberal. Há muito a fazer, em especial, contra a captura de alguns Estados Membros por interesses sinistros, como os das máfias que controlam o "e-gambling" e investem em criptomoedas".
Ana Gomes é genuinamente íntegra e destemida e, como tal, só pode ser desconfortável para o PS e para o PE. Chapeau, Ana Gomes!
Entre as brumas da memória
- Irlanda: uma bela vitória
- Congresso do PS (5)
- Cavaco / Cavalo?
- Cuidado, Trump descobriu o poder do dólar
Posted: 27 May 2018 01:22 PM PDT
«Sim» vence no referendo à despenalização do aborto.
Água mole em pedra dura...
Os direitos humanos acabam por se impor - como aconteceu cá para a IVG e acontecerá noutros domínios: a morte assistida / eutanásia passará, é apenas uma questão de tempo.
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Posted: 27 May 2018 08:54 AM PDT
Fernando Medina, em entrevista ao Público, 27.05.2018.
Para bons entendedores…
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Posted: 27 May 2018 05:23 AM PDT
Honi soit qui mal y pense.
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Cuidado, Trump descobriu o poder do dólar
Posted: 27 May 2018 03:23 AM PDT
Francisco Louçã, n Expresso Economia de 26.05.2018:
«Pela primeira vez desde 2001, no primeiro trimestre de 2018 a conta corrente da China está em défice. Em 2007, logo antes da crise financeira internacional, a China tinha um superavit de 10%; durante as últimas duas décadas, os seus produtos industriais baratos ajudaram a proteger o consumo nas economias mais desenvolvidas e impulsionaram o crescimento da economia mundial (e chinesa). Trata-se de uma situação excecional, em grande medida provocada por uma balança negativa de serviços (pelo aumento do turismo chinês), dado que a China continua a exportar mais mercadorias do que importa. Entretanto, a redução da poupança interna indica como a sua vida social se está a modificar. Xi Jinping está a proteger-se das tensões dentro de portas.
Este não é o único sinal de arrefecimento da economia mundial, que aliás só recuperou lentamente e de forma desigual desde a crise de 2007 e que, no caso da Europa, se prolongou durante oito anos. A China pode vir a crescer só 1% este ano, na Europa prevê-se 1,6%, no Japão antecipa-se nova recessão e nos Estados Unidos, de recuperação mais pujante, a projeção é 2,3%. Sempre menos do que se esperava há meses. São nuvens carregadas no horizonte. Só que nenhuma é mais ameaçadora do que Trump.
Armas apontadas para o Irão…
Macron e Merkel sucederam-se em visitas à Casa Branca, um sedutor e outra oficialista, ambos com igual insucesso. Não conseguiram nada e é mesmo duvidoso que esperassem algum sucesso: ao chegarem a Washington, sabiam que não demoveriam Trump da rutura do acordo com o Irão.
A Administração norte-americana joga no curto prazo: o conflito com o Irão tem vantagens económicas (os EUA são exportadores de petróleo e beneficiam do aumento do preço, pelas receitas e pela viabilização da exploração mais cara do fracking) e tem vantagens políticas (reforça a aliança com Israel e a Arábia Saudita contra o Irão). E tem ainda a vantagem da desvantagem da Europa, importadora de petróleo.
Por isso, a desvinculação do acordo com o Irão coincide com a abertura apressada da embaixada em Jerusalém. Poucos meses antes das eleições intercalares nos EUA, Trump precisa de um sentimento de guerra permanente e foi o que conseguiu. Ora, essa guerra é também uma arma para pressionar a Europa.
… e um míssil contra a Europa
Bolton, o conselheiro de segurança que Trump foi repescar do tempo da invasão do Iraque, já explicitou a ameaça: quem mantiver negócios com o Irão será sancionado. Para algumas grandes empresas, isso é fatal. A Airbus tem em curso a venda de cem aviões comerciais a Teerão e a Total, em parceria com a PetroChina, assinou um grande contrato para a exploração de gás natural. Sofrerão um rombo nas suas contas se abdicarem destes negócios.
Mas irão Macron e Merkel alinhar com a China e a Rússia para manter vivo o acordo com o Irão, que depende de canais de financiamento e de exportações? Para já, fingem que procuram uma solução. Ora, essa alternativa não existe e Macron já o insinuou numa conferência de imprensa, explicando que entende que as empresas francesas se retirem do Irão. A União Europeia (UE) poderia criar legislação para bloquear medidas de sanção contra empresas, ou até retaliar, mas não o fará: como lembra o “Economist”, o total das exportações alemãs para o Irão não ultrapassa as que dirige só para a Carolina do Norte e a UE não pode perder o acesso ao mercado norte-americano.
O meu botão é maior do que o teu
Neste processo, Trump descobriu que o seu maior poder não é só a ameaça política, nem sequer a militar e que o que os aliados e as empresas europeias mais receiam é o fecho do acesso ao sistema financeiro norte-americano. Esse é aliás o problema do Irão, que recuperou em 2016 o acesso ao SWIFT, o sistema de pagamentos bancários internacionais. Vai perdê-lo agora.
O verdadeiro poder está neste botão. Os dois sistemas de pagamentos norte-americanos transacionaram 4,7 biliões de dólares por dia em 2017 e Hong Kong, uma das principais praças asiáticas e a porta da China, só movimentou 0,8% desse valor.
A banca norte-americana é ainda o centro do sistema de pagamentos mundiais, não só porque o dólar é a principal forma de liquidez, mas porque controla os movimentos de capitais. Sem acesso a este sistema de pagamentos, as grandes empresas ficam congeladas. Ou seja, Trump pode fazer fechar qualquer grande empresa mundial. É assim que ele pensa, não como dirigente político, mas como destruidor da concorrência. A América Inc. vem sempre primeiro. O caos é um esplêndido negócio e Wall Street está radiante.»
(Texto tirado daqui)