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terça-feira, 29 de maio de 2018

Um truque que pode salvar a vida de quem está tendo um derrame

por Bau das ideias

Uma agulha pode salvar a vida de um paciente que está tendo um acidente vascular cerebral (AVC), o popular derrame.

Isso é o que garante uma técnica herdada da milenar medicina chinesa.

Tem muito artigo por aí na internet dizendo que esta técnica não funciona, que é um absurdo, uma mentira.

No entanto, esses artigos foram escritos por pessoas sem nenhum conhecimento sobre medicina chinesa.

A sangria periférica é um dos mais antigos procedimentos de um dos ramos da medicina chinesa - a acupuntura.

Para um ocidental não iniciado, esta terapia pode parecer estranha e sem fundamento.

Mas o agulhamento em pontos periféricos do corpo (como os dedos) é explicado como um método de se ajustar o fluxo sanguino  nos vasos.

Os estudiosos da medicina chinesa acreditam que algumas gotas de sangue saindo de um ou mais pontos periféricos têm efeitos significativos.

Enfim, antes de criticar, leia, estude, e não se baseie na medicina ocidental.

Esta técnica pertence a outra medicina, muito mais antiga e com mais de 5 mil anos.

Além do mais, não é para substituir o auxílio médico.

É para usar enquanto esse auxílio não chega.

E que mal fará um simples furo de agulha nos dedos?

Quando alguém está sofrendo um acidente vascular cerebral, são necessários primeiros socorros de emergência.

Deve-se procurar um médico imediatamente.

Enquanto o auxílio não chega, estas dicas herdadadas da antiga medicina chinesa podem ajudar:

1. Segure a agulha no fogo para esterilizá-la e usá-la para picar a ponta de todos os 10 dedos.

  • Não há necessidade de perfurar um ponto específico (como na acupuntura); deve-se fazer apenas um furinho a poucos milímetros da unha.

2. Realize os furos de modo que o sangue saia.

3. Se o sangue não começar a sair, aperta a área para que ele possa fluir.

4. Quando todos os 10 dedos começarem a sangrar, espere alguns minutos e você vai ver que a vítima pouco a pouco melhorará.

5. Se a boca da vítima estiver deformada ou torcida, massageie as orelhas dela até que fiquem vermelhas, para que o sangue possa chegar a elas.

6. Em seguida, fure a parte mais macia das orelhas com a agulha, até cair duas gotas de sangue de cada uma.

Poucos minutos depois, a boca não estará mais deformada.

7. Mesmo a vítima retornando ao normal, leve-a para ser atendida e examinada em uma emergência.

Esta técnica, apesar de tão simplória, é muito séria, pois vem de uma medicina com mais de 5 mil anos de existência.

Mas, repetimos, é para ser usada em casos de suspeita de derrame apenas enquanto o atendimento médico não chega.

Este é um blog de notícias sobre tratamentos caseiros. Ele não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.

[in:curapelanatureza.com]

Depois admiram-se porque as igrejas estão cada vez mais vazias

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

A propósito do debate sobre a legalização/despenalização da eutanásia, e correndo o risco de não estar a par de outras imbecilidades proferidas pelas várias figuras públicas que se pronunciaram a propósito do tema, de um e de outro lado da barricada, descobri ontem que o arcebispo de Évora, D. José Alves, comparou a eutanásia ao Holocausto. É lamentável, é patético, chega mesmo a ser insultuoso, mas o fanatismo e a falta de noção do ridículo não escolhem instituições. E a Igreja Católica, apesar do Papa Francisco, é sempre muito forte neste tipo de imbecilidades. Não é preciso desrespeitar a memória das vítimas do Holocausto para fazer política, senhor prelado!

Depois admiram-se que as pessoas se afastam cada vez mais da Igreja.

As (in)Capazes

Novo artigo em BLASFÉMIAS


por Cristina Miranda

Assumo sem problema algum que não sou nem nunca serei feminista. Mas isso não significa "ódio às mulheres" como alguns homens e mulheres feministas me conotaram (francamente!). Bem pelo contrário: significa que não aceito que se diminua a mulherretirando-lhe capacidades intrínsecas de conquistar objectivos para justificar sua pseudo-defesa por grupos de mulheres radicais e obsessivas. Dizer que uma mulher para conseguir algo na sociedade precisa de outra mulher ou grupo delas, é ofensivo. A mulher para conseguir tudo o que quer na vida só precisa de vontade, determinação e acreditar nela sem medos para iniciar a mudança.  Mulher só não consegue o que não quer.

Lutar pela igualdade de direitos é uma luta de todos, por todos, sem discriminação.E ao fazê-lo por uns, abre-se portas aos outros. Mas a mulher em particular pela sua poderosa natureza de lutadora resiliente capaz de superar barreiras inimagináveis aliada a uma persistência invulgar, foi desbravando caminho para chegar a todo o lado praticamente sozinha. As mulheres sempre souberam ultrapassar tabus e preconceitos com sua teimosia rebelde e poderes de sedução. Sim. Sedução. São as únicas que conseguem dar a volta aos homens fazendo-os perder a razão em segundos e dominá-los sem que se dêem conta usando a narrativa certa. Usaram e usam essa arma desde que existem. Por isso são as mais poderosas dos dois sexos. Se você é mulher e nunca viu isto, é cega.

Ter direitos iguais não significa eliminar as diferenças entre sexos como se as diferenças fossem algo pejorativo para a mulher. Ser diferente é ser o complemento, a diversidade que traz mais valias à sociedade. Precisamos tanto da sensibilidade e intuição feminina como da razão e objectividade do homem. Um ambiente de trabalho que não seja equilibrado entre géneros trará problemas. A propósito,  trabalhei como docente em escolas com mais de 100 pessoas onde as mulheres eram sempre em maioria. Nesse universo desequilibrado (com poucos homens), os problemas começavam a aparecer (devido à natureza fortemente competitiva entre elas) assim que uma outra mulher se destacasse e fosse mais popular junto dos alunos ou professores masculinos.

Porque as diferenças não são uma construção social. Podem vir com todos os estudos encomendados que quiserem. Jamais conseguirão que eles expliquem porque uma célula masculina é diferente de uma feminina. Não vale a pena bater no ceguinho. A biologia é incontornável e determina os géneros vincando o que os diferencia e ainda bem. As feministas que insistem em contrariar este facto, mas dizem-se casadas, que me perdoem: começo a duvidar que têm realmente um homem em casa porque quem os tem sabe o quanto são diferentes sem precisar de estudos para o demonstrar.  Por outro lado, se fosse realmente uma construção social, como se explica que minha filha mais velha nascida nos anos 80, onde não havia ainda lavagem cerebral da ideologia de género, nunca tivesse pedido uma boneca, nas fileiras dos brinquedos devidamente separados pedia para que comprasse action-man, tartarugas ninja, jogos da Sega  e legos enquanto os dois mais novos, nascidos nesta nova era da estupidez da ideologia de géneros, a rapariga escolhia bonecas, cozinhas e maquilhagem e o rapaz sempre se interessou por máquinas com rodas? Afinal em que ficamos?

Num programa da tarde em que Rita Ferro Rodrigues era apresentadora, falava-se de mulheres e homens que tinham renunciado a carreiras profissionais para tomar conta da família (sim, existem pessoas assim). Quando as senhoras referiram ter sido por opção - e que eram discriminadas por outras mulheres por isso -  Rita ignorou completamente. Mas quando foi a vez do homem, elogiou, louvou, e até se emocionou! Porque não teve a mesma reacção para ambos? A hipocrisia das feministas não termina aqui. A mesma Rita que diz defender as mulheres defende a entrada massiva de migrantes islâmicos com uma cultura de opressão bárbara sobre a  mulher. Mais ainda: as Capazes que ela lidera defendem coisas como por exemplo a suspensão do voto de homens brancos para equilibrar a sociedade. É isto a defesa pela igualdade?

A lógica das Capazes é esta: a mulher pode ser enfermeira em vez de médica  ou simplesmente renunciar a uma carreira para tomar conta da família? Pode mas não deve porque isso revela que inconscientemente a sociedade a oprimiu. Pode dirigir  uma multinacional, governar um país ou ter um cargo de direcção na Administração Pública? Pode e deve porque só assim luta pela igualdade. Assumir-se diferente do homem? Nunca, porque isso é desvalorizar-se! Na óptica destas senhoras, temos todas de ambicionar altos cargos e carreiras de topo senão significa que estamos a ser oprimidas. Tal e qual.

As Capazes não passam de incapazes que não foram habituadas a lutar por nada. Que não sabem os caminhos para as  conquistas porque tudo lhes foi dado de bandeja, sem esforço. É gente incapaz de esfolar as mãos, para atingir metas. Nunca tiveram de construir nada por si, com derrotas e fracassos pelo meio. Viveram numa bolha social fofinha onde um dia sonharam criar associações inúteis para arrecadar 73 000€ por 4 sessões de palestras no Alentejo fazendo crer aos incautos que estão a defender algo quando na verdade estão apenas a orientar-se à conta do erário público. É tão somente isto.

Ladrões de Bicicletas


Às escondidas, como um criminoso
Posted: 29 May 2018 02:24 AM PDT
«Caros juízes, autoridades políticas e religiosas. O que é para vocês a dignidade? Seja qual for a resposta das vossas consciências, saibam que para mim isto não é viver dignamente. Eu queria, ao menos, morrer dignamente. Hoje, cansado da preguiça institucional, vejo-me obrigado a fazê-lo às escondidas, como um criminoso. Saibam que o processo que conduzirá à minha morte foi cuidadosamente dividido em pequenas ações, que não constituem um delito em si mesmas e que foram executadas por diferentes mãos amigas. Apesar disso, se o Estado insistir em punir os meus ajudantes, eu aconselho que lhes sejam cortadas as mãos, porque foi essa a sua única contribuição. A cabeça, quer dizer, a consciência, foi proveniente de mim. Como podem ver, ao meu lado tenho um copo de água, que contém uma dose de cianeto de potássio. Quando o beber deixarei de existir, renunciando ao meu bem mais precioso, o meu corpo. Considero que viver é um direito, não uma obrigação, como foi no meu caso. Forçado a suportar esta penosa situação durante 28 anos, 4 meses e alguns dias. Passado este tempo, faço um balanço do caminho percorrido e não me dei conta de ter havido felicidade. Só o tempo que passou, contra a minha vontade, durante a maior parte da minha vida, será agora o meu aliado. Só o tempo, e a evolução das consciências, decidirão algum dia se o meu pedido era razoável ou não.»
Mar Adentro (2004), de Alejandro Amenábar
Posted: 28 May 2018 12:00 PM PDT
É difícil distinguir informação de propaganda. Dito isto, se as palavras de Di Maio, líder do Movimento 5 estrelas, forem verdadeiras, quem manda em Itália decidiu que é proibido ter um ministro da Economia que tenha reservas sobre o euro. Como diz Di Maio, se esta é a questão, então temos um problema.

Aos deputados e deputadas

Opinião

Mariana Mortágua

Hoje às 00:05

  • Hoje votaremos na Assembleia da República os projetos que visam despenalizar a morte assistida. Esta não é a causa de um só um partido, e muito menos só do meu. Atravessa campos políticos, convicções religiosas e convoca, como poucos outros assuntos, o que a nossa consciência mais tem de pessoal: a relação de cada um com o sofrimento e a morte, sua e dos outros.
  • Queria começar por lembrar que votaremos a letra dos projetos de lei, e não os argumentos desonestos de quem escolheu não fazer este debate com seriedade. Estes projetos não abrem a porta à eugenia e não provocam a morte assistida em doentes psiquiátricos, crónicos ou idosos. Estes projetos propõem a despenalização da morte assistida apenas quando exista a combinação cumulativa de quatro situações: um diagnóstico de doença incurável e fatal ou lesão definitiva; um prognóstico de que essa doença é incurável e fatal; um estado clínico de sofrimento duradouro e insuportável; um estado de consciência que demonstre a plena lucidez e capacidade para entender o alcance do pedido.

    Bem sei que o argumento que se segue é o da insuficiência da rede de cuidados paliativos. Estamos de acordo quanto à identificação dessa insuficiência e à necessidade de a suprir. Mas os cuidados paliativos não são uma alternativa à eutanásia. Tal como demonstra um estudo na "Palliative Medicine", uma reputada revista da área, a maior parte das pessoas que solicitaram a morte assistida na Bélgica tinha acesso a cuidados paliativos. O que está em causa é sempre a decisão de cada um face ao sofrimento que pode ser subjetivo para outros mas que, para si, é muito objetivo e real.

    Partilhamos o princípio de que a vida é um direito. Mas a forma como interpretamos esse princípio é plural. Há, entre nós, quem entenda que a sua vida é um dom de Deus, que só Ele pode retirar. Há quem não acredite em Deus mas pense que a vida, enquanto a existência física no Mundo, é inviolável. Há quem ache que morrer é desistir.

    Discordo destas interpretações mas entendo que cada pessoa decida sobre a sua vida, e a sua morte, de acordo com elas. Pessoalmente, acho que a vida é mais que a mera sobrevivência do corpo, e que dignidade é poder preservar, respeitar e elevar essa vida. Pode acontecer que um dia o corpo me sobreviva à dor e à consciência de que isso é tudo o que me resta, até morrer. Condenarem-me a sobreviver nessa condição contra a minha vontade viola tudo aquilo que considero humanista ou sagrado. Quando esse dia chegar quero apenas poder tomar a decisão que dignifica a minha vida, que lhe dá mais valor.

    Seja qual for a nossa escolha pessoal, não temos o direito, como deputados e deputadas, de impor uma única forma de decidir sobre a vida e a sua dignidade. Ao aprovar a despenalização da morte assistida, estaremos a permitir que as pessoas façam as suas escolhas mais difíceis em liberdade, consciência e segurança.

    DEPUTADA DO BE