Translate

domingo, 3 de junho de 2018

Eutanásia: é urgente combater a manipulação emocional dos instintos mais básicos e irracionais do ser humano

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

Fotografia: Nuno Botelho@Expresso

Um dos argumentos mais falaciosos daqueles que se opõem à legalização/despenalização da Eutanásia, é aquele que reza que a alternativa a “matar os velhinhos” está na expansão da rede de cuidados paliativos. E não é preciso ser-se um grande académico ou um profissional de saúde para perceber que este não é argumento sério.

Por muita importância e valor que possamos atribuir aos cuidados paliativos, e eles têm, na minha opinião, um enorme valor, a verdade é que, quem procura a eutanásia como solução, não quer cuidados paliativos, até porque, muito provavelmente, já fez esse caminho. Quem procura a eutanásia, com todas as salvaguardas que os ultramontanos afirmam não existir, quer, efectivamente, deixar de viver. É uma solução drástica, uma solução que choca e divide, mas não é, de forma alguma, a mesma coisa que procurar terapêuticas que minimizem o sofrimento e contribuam para proporcionar o máximo de qualidade de vida para um doente terminal. É outra coisa diferente.

Ler mais deste artigo

A eutanásia de Rui Rio

por estatuadesal

(Estátua de Sal, 03/06/2018)

RIO Eutanasiado

Hoje não se está a passar nada. Não há artigos de jeito para publicar na Estátua, pelo que tive que ser eu a fazer as despesas do dia.

Podia ter ido buscar a Espanha e o novo governo do PSOE, a Itália e o novo executivo que se avizinha e as dores de cabeça dos burocratas de Bruxelas. Contudo, decidi fazer coro com a unanimidade dos comentadores do último Eixo do Mal e ficar-me pela politica nacional e pela votação do PSD na legislação sobre a eutanásia.

Foi um festim de "liberdade de voto". Tão livres os deputados, inebriados pela liberdade que o Rio lhes deu que votaram quase todos "em liberdade", isto é contra o líder. Há liberdade maior do que ser contra quem nos dá a liberdade? Suponho que não, porque isso é o cúmulo da liberdade! Montenegro, Negrão e companhia deveriam receber a medalha da liberdade,  por méritos emprestados ao conceito. Marcelo, parece que já está a preparar a condecoração e aguarda os próximos capítulos do folhetim para marcar a data mais conveniente para a cerimónia.

É pena que, aqueles que estão a sofrer, em estado terminal, não possam ser aliviados da dor sem esperança que os aflige porque a bancada laranja decidiu usar a liberdade que lhes foi dada pelo pai, precisamente para matar o pai...

A bancada do PSD quer, à força, colocar Rui Rio em "estado terminal" para que ele lhes venha pedir que o livrem da dor e do suplício que é viver sem esperança, atacado por tumores e agulhadas internas, e que o eutanaziem sem demora, num acto de misericórdia e compaixão.

Cavaco o estripador, já começou a afiar o bisturi, e irá a Fátima a pé penitenciar-se, como bom cristão, para ser absolvido depois de perpetada a mortandade. Passos, qual Dr. Strangelove, também tem já a seringa pronta, carregada de arsénico, para dar a injecção no sítio mais useiro, que é, consabidamente atrás da orelha.

Pobre Rio, bem podes pedir ao Governo e ao Costa que desvie parte das verbas destinadas ao combate aos fogos para um reforço dos cuidados paliativos, de forma a que consigas resistir à dor e não lhes venhas a pedir a "morte assistida".

Não sei é se o Costa te satisfará o pedido. Com uma oposição a degladiar-se no leito da morte e à custa dela, não custa reinar, porque nem sequer é preciso dividir aquilo que já dividido está.

Um imenso teatro de fantoches

Novo artigo em Aventar

por Ana Moreno

Anda tudo a fingir que o sistema funciona. O Conselho da UE “discute, altera e aprova legislação e coordena as políticas europeias“, o parlamento europeu debate e aprova; no país, o presidente "zela pelo cumprimento da constituição e fiscaliza a actividade legislativa dos outros órgãos de soberania", os deputados na AR aprovam legislação, os cidadãos elegem e comentam; os media...  e por aí fora.

Contudo, essa aparência de normalidade democrática é um logro abismal, uma reprodução orwelliana.

De facto, mesmo as pessoas mais avessas a teorias da conspiração (como é o meu caso), lêem e constatam estupidamente abismadas que, ainda muito mais do que suspeitavam, os cordelinhos são puxados por entidades gigantescas e obscuras, como o Pedregulho Negro, aqui ou aqui.

A UE a fazer frente a Trump? Que graça! É tudo muito, muito engraçado, neste teatro surreal.

Resta enfileirar nas abomináveis hostes do mais reles cinismo?

Marcelo Rebelo de Sousa: “Não pode haver vários ‘portugais’’, a várias velocidades”

Almerinda Romeira e Jornal Económico com Lusa

Ontem 16:35

O Presidente da República disse este sábado, em Santarém, que a legislatura de 2021 a 2023 “é essencial para se perceber” se o país consegue reduzir as desigualdades territoriais atualmente existentes.

Cristina Bernardo

Na inauguração da Feira Nacional da Agricultura, ao princípio da tarde, o Presidente da República considerou que a próxima legislatura é “essencial” para redução das desigualdades no país. “Não pode haver vários ‘portugais’, a várias velocidades, dentro de Portugal. Não é possível, porque se isso continuasse para o futuro, que não vai continuar, isso atrasava o país todo. É uma ilusão pensar que havia uma parte do país que podia avançar e o resto ficava para trás. Isso não existe. Estamos no mesmo barco”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, onde até dia 10 de junho decorre este emblemático certame.

A redução das desigualdades é para o Presidente da República “uma aposta” para o período do próximo quadro comunitário, de 2021 a 2027, mas que “começa já”. “Até digo mais – acrescentou –  a legislatura que começa para o ano e vai até 2023 é essencial para se perceber se conseguimos reduzir ou não as desigualdades que existem em termos territoriais” no país, disse, frisando a sua convicção de que esse objetivo será atingido.

Já de manhã, no Encontro Nacional de Associações Juvenis, no Estoril, Marcelo Rebelo de Sousa apelou a que não seja esquecido o objetivo de “mais igualdade e mais justiça”.

“Temos uma sociedade ainda muito desigual. Há vários portugais que são esquecidos. E nós não precisamos de esperar por tragédias para nos lembrarmos desses portugais. Devemos antecipar, prevenir, para não ter de remediar”, pediu.

Ao final do dia, o Presidente vai estar na 15.ª edição do “Serralves em Festa!”, na Fundação de Serralves, no Porto.

Portugal é o quarto país europeu mais satisfeito com o Governo

Revista de Imprensa JE

09:15

Portugal é também um dos países onde a satisfação com quem o governa mais aumentou entre 2014 e 2016, subindo 2,01 pontos, para 5,02 pontos, numa escala de zero a 10.

Portugal é dos países europeus com índices mais altos de satisfação com o Governo, ocupando o quarto lugar entre 23 estados, segundo os últimos dados do estudo internacional European Social Survey (ESS), divulgados este domingo pelo jornal “Público”.

Portugal é também um dos países onde a satisfação com quem o governa mais aumentou entre 2014 e 2016, subindo 2,01 pontos, para 5,02 pontos, numa escala de zero a 10.

Este estudo é feito de dois em dois anos, desde 2002, e, até agora, a nota máxima que os portugueses tinham dado a um executivo tinha sido 3,61 pontos, em 2006, refere o diário. Em 2012, verificou-se o grau de satisfação mais baixo desde que o estudo é feito, com 2,15 pontos.

A liderar a lista está a Suíça, com 6,58 pontos, seguindo-se a Noruega, com 5,58 pontos. À frente de Portugal aparece, ainda, a Holanda, com 5,46 pontos.

Os últimos lugares da lista são ocupados por Espanha, com 3,28 pontos, pela França, com 3,2 pontos, e pela Itália, com 3,07 pontos.

O ESS mede diferentes variáveis em vários países europeus — satisfação com as instituições, abertura à imigração, sentimento de felicidade, por exemplo — a partir de um inquérito a 44.387 pessoas com mais de 15 anos.