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sexta-feira, 8 de junho de 2018

Moçambique - Seguindo a costa, os “Al-Shabaab” já fizeram o trajecto a partir de Palma até Quissanga

08/06/2018


PALMA_ASSASSINATOS2O terror desce a caminho de Pemba
- Seis mortos, 210 casas queimadas, unidade sanitária local vandalizada e medicamento roubado e ainda barracas saqueadas é o rescaldo
- No global, desde 5 de Outubro de 2017, quase 70 pessoas já foram assassinadas
Numa altura em que os dirigentes governamentais e do Estado continuam a fazer uma gestão bastante questionável em relação ao assunto dos ataques que, desde 5 de Outubro de 2017, tem estado a ter lugar na província de Cabo Delgado, a situação, no terreno, mostra sinais de estar a deteriorar-se de forma bastante rápida.
Depois daquilo que foi considerado um ataque de um “grupinho” que pontualmente foi rechaçado e controlado, o facto é que desde o cenário de 5 de Outubro, em Mocímboa da Praia, os atacantes, localmente apelidados “Al-Shabaab já conseguiram, em oito meses, semear pânico, dor e um autêntico terror em cinco dos dezasseis distritos da província de Cabo Delgado. Com Mocímboa da Praia escolhida como ponto de partida, o grupo subiu para Nangade e Palma, mais a norte e fronteira com a República da Tanzânia.
Depois fez descer as suas incursões para Macomia e já, na noite de quarta-feira, o grupo alcançou o distrito de Quissanga, tendo o ponto escolhido para semear terror sido a localidade de Namaluco, posto administrativo de Mahate. Com excepção de Nangade, a norte, todos os restantes quatro distritos já atacados pelo grupo estão rentes à costa e esta realidade não é casual.
Segundo, contou ao mediaFAX, um conhecedor de Cabo Delgado e das estratégias de actuação do grupo. Aqui, segundo disse, fica a ideia de que ao longo da costa há muitas zonas que constituem “grandes centros de fácil recrutamento”, a exemplo de Mucojo, no distrito de Macomia. Com o alcance do distrito de Quissanga, já quase a sul de Cabo Delgado e tendo em conta a estratégia de descer pela costa, parece adensar a ideia de que o grupo pretende mesmo chegar à capital provincial, a cidade de Pemba.

Até este local, o grupo precisa ainda passar por Pemba Metuge. Apesar de ao nível oficial continuar o discurso de situação controlada, a realidade, no terreno, mostra um avanço assustador do grupo ou dos grupos que tem estado a atacar em Cabo Delgado e as Forças de Defesa e Segurança não têm estado a conseguir adoptar estratégias para controlar a situação.
A narração do terror
De acordo com o administrador do distrito de Quissanga, o bando atacante entrou na localidade de Namaluco quando eram 21h28minutos e logo começaram a invadir casas e a matar indiscriminadamente quem fosse encontrado. Alertados pelos choros e gritos das vítimas, outros residentes locais acordaram e procuraram refúgio nas matas próximas a procura de segurança e só regressaram ao centro da aldeia nas primeiras horas desta quinta-feira.
“A população está com medo e em alvoroço porque situações como estas não são naturais” – descreveu Bartolomeu Muibo, administrador distrital de Quissanga, em contacto com o mediaFAX. Apelou à calma porque “o governo local, provincial e central e as Forças de Defesa e Segurança estão a fazer todo o esforço para garantir a ordem e segurança e tranquilidade das populações”.
Na contabilização dos danos e prejuízos, o administrador distrital falou de seis pessoas mortas e uma ferida, assim como 210 casas destruídas. Destas casas, 70 estavam cobertas de capim e 140 de chapas de zinco. Além disso, o grupo vandalizou e roubou medicamentos na unidade sanitária local e três barracas fo ram assaltadas, tendo o bando carregado quase toda a mercadoria. O administrador distrital esclareceu ainda que das seis pessoas mortas, quatro foram catanadas e as restantes duas morreram carbonizadas dentro das suas residências, pois, os atacantes ou arrombavam as residências e matavam à facada os ocupantes, ou então, queimavam as casas.
A sexta vítima mortal confirmou-se quando um dos dois feridos graves estava a ser encaminhada ao Hospital Distrital de Macomia.
As Forças de Defesa e Segurança, alertadas, conseguiram chegar ao local ao longo da madrugada, numa altura que o bando já havia desaparecido para parte incerta.
MEDIAFAX – 08.06.2018

Bruxelas quer aumentar a eficiência na cooperação aduaneira e fiscal na UE

Jornal Económico com Lusa

11:26

A Comissão Europeia propôs hoje medidas para tornar mais eficiente a cooperação aduaneira e fiscal entre Estados-Membros, que serão inscritas no próximo orçamento da União Europeia (UE) e que terão uma dotação de 1,2 mil milhões de euros.

A Comissão Europeia propôs hoje medidas para tornar mais eficiente a cooperação aduaneira e fiscal entre Estados-Membros, que serão inscritas no próximo orçamento da União Europeia (UE) e que terão uma dotação de 1,2 mil milhões de euros.

O executivo comunitário inscreveu na proposta do orçamento da UE para 2021-2027 a criação do Programa Alfândegas, com uma dotação financeira de 950 milhões de euros, e do Programa Fiscalis, com uma verba alocada de 270 milhões.

O Programa Alfândegas pretende ajudar a criar uma União Aduaneira moderna, mediante a intensificação do intercâmbio de informações e de dados entre as administrações aduaneiras nacionais, para melhor detetar o fluxo de produtos perigosos e de contrafação.

Este novo programa prevê também o apoio às autoridades aduaneiras na proteção dos interesses financeiros e económicos da UE e na correta cobrança dos direitos aduaneiros, do IVA nas importações e dos impostos especiais de consumo, e a melhoria da capacidade das administrações aduaneiras para lidar com o crescente volume de comércio e com os novos modelos económicos e de trabalho, como o comércio eletrónico e as tecnologias de cadeia de blocos (“blockchain”).

Já o novo programa Fiscalis apoiará a cooperação entre as administrações fiscais dos Estados-Membros e contribuirá para a luta contra a fraude, a evasão e a elisão fiscais.

Na proposta hoje apresentada, o executivo comunitário esclarece que o Fiscalis impulsionará a criação de sistemas informáticos mais aperfeiçoados e interligados, que de outra forma cada Estado-Membro teria de desenvolver individualmente, e o intercâmbio de boas práticas e de ações de formação com vista a aumentar a eficiência.

A criação de ações conjuntas na gestão dos riscos e de auditorias conjuntas é outra das componentes deste novo programa.

“Proteger o território aduaneiro da União Europeia e aplicar as nossas regras comuns em matéria de fiscalidade exige uma estreita cooperação entre as autoridades nacionais competentes. Os nossos novos programas Alfândega e Fiscalis contribuirão para que isso aconteça. A um custo mínimo, proporcionam um verdadeiro valor acrescentado europeu, oferecendo vantagens sem precedentes às autoridades fiscais e aduaneiras dos Estados-Membros”, defendeu o comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e Financeiros, Fiscalidade e União Aduaneira, Pierre Moscovici.

Admiração chinesa por Putin reflete sentimento antiocidental

Admiração chinesa por Putin reflete sentimento antiocidental

Jornal Económico com Lusa

11:38

Milhões de chineses declararam-se fãs do líder russo, Vladimir Putin, segundo uma pesquisa 'online' realizada nas vésperas da sua visita à China, ilustrando o ressentimento antiocidental no país, apesar das reformas económicas pró-capitalistas das últimas décadas.

Alexei Druzhinin/Reuters

“É seguro afirmar que Putin tem mais apoiantes na China do que qualquer outro líder estrangeiro”, afirmou Li Xing, diretor do Centro de Estudos da Eurásia, da Beijing Normal University, citado pelo Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês.

Dezenas de biografias e ensaios sobre Putin estão hoje disponíveis na China, onde o atual Presidente, Xi Jinping, pôs fim à noção de liderança coletiva que perdurou no país nas últimas décadas, assumindo-se como o líder chinês mais forte desde Mao Zedong, o fundador da República Popular.

“Putin: Ele Nasceu para a Rússia”, “O Punho de Ferro de Putin”, “Putin: O Homem Perfeito aos Olhos das Mulheres” e “O Charme do Rei Putin” são alguns dos títulos expostos nas livrarias chinesas.

Coletâneas de discursos e entrevistas de Putin estão também publicadas na China, numa distinção rara para um estadista estrangeiro.

Uma pesquisa ‘online’ realizada pela emissora estatal China Media Group, ao longo de uma semana, com a questão “Quem é fã de Putin?” foi preenchida por cerca de dez milhões de internautas chineses, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

“Putin tornou-se um ícone político, duro e implacável, na resistência à hegemonia do ocidente”, afirma um estudante chinês de 26 anos, formado em Relações Internacionais. “Ele é um grande estadista, que renovou as esperanças e a fé do povo russo após a desintegração da União Soviética”, acrescentou.

No Sina Weibo, o Twitter chinês, um internauta explica a admiração dos chineses por Putin assim: “Gostamos dele porque o mundo ocidental teme-o”.

O próprio Presidente chinês, que este ano emendou a Constituição para poder permanecer no poder sem limite de mandatos, admitiu já que ele e Putin têm “personalidades semelhantes”.

A admiração é reciproca. Numa entrevista recente a uma emissora estatal chinesa, Vladimir Putin afirmou que Xi é o único líder mundial que ele convidou para a sua festa de aniversário.

“Bebemos um ‘shot’ de vodka e comemos umas salsichas no final de um dia de trabalho”, afirmou.

O líder russo considerou Xi um “parceiro agradável” e “um amigo de confiança”.

A Rússia e a China alinharam já posições nas Nações Unidas, ao oporem-se a uma intervenção na Síria e anularem tentativas de criticar as violações dos direitos humanos pelos dois países.

Moscovo apoia a oposição de Pequim à navegação da marinha norte-americana no Mar do Sul da China.

Ambos os países realizaram já exercícios militares conjuntos, incluindo no Báltico. A Rússia partilhou também com a China alguma da sua tecnologia militar mais avançada.

A nível económico, no entanto, a cooperação segue aquém da cooperação política e no âmbito da segurança.

A China é o principal parceiro comercial da Rússia, enquanto a Rússia surge em décimo lugar entre os parceiros de Pequim. O comércio bilateral fixou-se, em 2017, em 90 mil milhões de dólares (76 mil milhões de euros).

Em comparação, as trocas comerciais entre Pequim e Washington ascenderam a 636 mil milhões de dólares (538 mil milhões de euros), no mesmo período, com os EUA a registaram um deficit de 375,2 mil milhões de dólares (mais de 317 mil milhões de euros).

Putin visita entre hoje e domingo a China, onde participará no fórum da Organização de Cooperação de Xangai, organização que reúne vários países da eurásia e é dedicada a questões de segurança.

A união monetária exige uma base de união política, afirma Viriato Soromenho-Marques

Redação

12:03

“Nós precisamos de um federalismo na Europa e não é de agora”, defende Soromenho-Marques, numa palestra organizada pela Sociedade Portuguesa de Autores

Alessandro Bianchi/Reuters

A criação da zona euro não foi um processo pacífico e a união monetária e económica precisa como base uma união política, segundo o professor catedrático Viriato Soromenho-Marques, que sublinhou ainda a necessidade de a União Europeia ter políticas comuns para as relações externas, os refugiados e a energia.

Soromenho-Marques foi o orador convidado para a terceira conferência organizada pela Sociedade Portuguesa de Autores, esta quinta-feira, no âmbito do ciclo de conferências “As Palavras e os Actos”, do qual o Jornal Económico é media partner.

Na palestra, intitulada “Portugal na Balança da Europa – Atração e Dissonância”, o professor catedrático da faculdade de letras da universidade de Lisboa expôs a relação de Portugal com o ideal europeu nos últimos duzentos anos, sem descurar também a relação dos outros povos europeus com o velho continente. “Quando pensamos na Europa, o único país em que a questão da identidade europeia não se coloca é a França, mas apenas por questões geográficas”, disse.

Soromenho-Marques explicou que parte do passado da Europa se mantém atual para descrever certos fenómenos políticos, como o movimento populista, que se tem verificado recentemente em países como a Alemanha, a Holanda ou a Hungria. Citando Andrade Corvo, ministro dos negócios estrangeiros no século XIX, o professor catedrático alertou que “o patriotismo na Europa é muito perigoso porque tem uma base étnica” que conduz à exterminação das raças. Soromenho-Marques sentiu “um certo anti-germanismo” aquando de uma viagem recente a Itália.

A partir do tratado de Maastricht, Portugal – e os restantes países europeus – aproximou-se ainda mais do ideal da Europa de Jean Monnet. Soromenho-Marques demonstrou que a adopção do euro não foi pacífica. “Na Alemanha, houve um debate sério, quer na sociedade civil, quer no Parlamento”, explicou. “A união económica e monetária exige uma base de união política”. No seio da União Europeia falta uma política externa comum, mas também uma política comum sobre os refugiados e na energia, vincou.

Questionado pelo Jornal Económico sobre o futuro da moeda única, Soromenho-Marques foi claro ao afirmar que “nós precisamos de um federalismo na Europa e não é de agora” e que “se o euro acabar, será por implosão”. O professor defende uma reforma profunda da moeda única e que nem a Alemanha, com 54% do PIB dependente das exportações, está a salvo se houver uma desfragmentação da União.

Contrariando a ideia de que sair da moeda única “é fácil”, Soromenho-Marques defende uma reforma da união monetária “dentro do euro e não fora dele”, porque no dia em que um governo sair do euro, “será derrubado pelas massas populares que vão a correr aos bancos buscar os seus depósitos”.

Brasil Escravocrata

Brasil Escravocrata

08/06/2018 by Sotero

A longa tradição dessa elite escravocrata no Brasil produz casos jurídicos absurdos. Recentemente a Justiça do Trabalho de São Paulo condenou a empresa GR Serviços e Alimentação, que é dona da franquia cafeteria Casa do Pão de Queijo, pela demissão de uma funcionária por ter bebido água durante o expediente.

“Na volta do almoço, o gerente imediatamente me chamou para comparecer ao RH, onde me mostraram uma foto minha bebendo água. Perguntaram se eu sabia que a atitude era quebra de procedimento da loja e insistiram para que eu assinasse o documento que atestasse a minha própria demissão por justa causa” declarou a trabalhadora demitida.

O Golpe e a retirada dos direitos dos trabalhadores atiçou a sanha dos escravocratas. Muitos trabalhadores hoje tem medo de denunciar patrões pois temem dívidas astronômicas por conta dos custos dos processos.

Isso aconteceu em SP imagina nos grotões do Brasil.

Fonte: Aventar.eu